Navegando por Autor "Cabreira, Graciela Oliveira"
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- ItemA enfermagem em saúde coletiva e a modelagem da programação: uma abordagem socioambiental do trabalho(2003) Cabreira, Graciela Oliveira; Cezar, Marta Regina VazO objeto deste estudo está centrado na construção da modelagem da programação em saúde no interior do trabalho da enfermagem, na 3ª Coordenadoria Regional de Saúde, no Estado do Rio Grande do Sul. O termo modelagem, incluso no objeto de estudo, é entendido como modelo de organização do trabalho, que se expressa em um conteúdo tecnológico, através da forma da programação. Para tanto, tem-se como objetivo geral analisar, por meio de uma visão socioambiental, a construção da modelagem (conteúdo/forma) da programação no trabalho da enfermagem em saúde coletiva, na Rede Básica de Serviços Públicos de Saúde da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde. O processo teórico metodológico da pesquisa foi construído através de um quadro de referência teórico, constituído pelas temáticas do conceito de trabalho, modelagem da programação e visão socioambiental do trabalho. Os dados foram coletados através da entrevista semi-estruturada gravada e, da apreciação de documentos oficiais. Foram entrevistadas 30 (trinta) agentes sociais enfermeiras, em 13(treze) municípios, extraídas por meio de uma amostra, do total de 143(cento e quarenta e três) enfermeiras, distribuídas nos 22(vinte e dois) municípios que compõem a 3ª coordenadoria regional de saúde. Através de uma proposta de análise qualitativa, com abordagem dialética, foi possível visualizar a modelagem da programação, historicamente construída, junto às políticas públicas de saúde e, no trabalho da enfermagem, na saúde coletiva. Visualizou-se, ainda, por meio de uma visão socioambiental do trabalho da enfermagem, numa analogia ao processo de trabalho em saúde, a construção de ações individuais e coletivas, mediadas pelas necessidades do objeto/sujeito, visualizando-os como seres humanos culturais, na correspondência do potencial de liberdade da ação, na relação com a natureza social particular e coletiva, por meio da racionalidade cultural. Na tentativa de unificar esta diversidade cultural, as enfermeiras se utilizam do instrumental da programação, codificado através dos grupos específicos instituídos, nos quais busca-se a integralidade da ação, utilizando-se a interdisciplinaridade, conformada pelo trabalho cooperativo, na constituição da força de trabalho, identificada como equipe de saúde, na correspondência da racionalidade instrumental. Desta forma, apreende-se o produto do trabalho, por meio da racionalidade substantiva, vinculado a demanda que aporta na unidade, com uma prédefinição de coletivo, identificando-se a qualidade de vida, na referência das necessidades básicas de sobrevivência. Nesta direção, aproximando-se os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, às racionalidades cultural, instrumental e substantiva, verifica-se que estas tendem para a construção da equidade social e diversidade cultural, no trabalho da enfermeira, na modelagem da programação em saúde. Reitera-se, portanto que a enfermeira, como agente social do trabalho, assume a programação como elemento do processo de trabalho, como forma de aproximação do objeto/sujeito cultural, utilizando-se do conteúdo da programação, como instrumental de trabalho, no seu processo de trabalho na atenção básica, no desdobramento desse conteúdo em formato do próprio trabalho da enfermagem, na aderência às propostas públicas de atenção às necessidades sociais dos grupos humanos em seus ambientes.
