Navegando por Autor "Calliari, Lauro Julio"
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- ItemEstudo dos processos de sedimentação no Porto do Rio Grande (Rio Grande do Sul, Brasil)(2019) Silva, Marine Jusiane Bastos Da; Calliari, Lauro Julio; Fontoura, José Antônio ScottiO assoreamento de canais de navegação é um processo natural na maioria dos portos do mundo. O Porto do Rio Grande, situado na região estuarina da Lagoa dos Patos, experimenta um processo de assoreamento acentuado. Embora detenham grande importância para o planejamento e otimização de operações de dragagem, ainda são escassos os estudos acerca dos processos de sedimentação neste porto. Neste contexto, o presente trabalho tem por objetivo estimar as taxas de sedimentação e erosão de cada trecho do Canal Externo e do Canal Interno de Acesso ao Porto do Rio Grande em relação à cota de projeto e analisar o comportamento do fundo nesses locais, avaliando, separadamente, os cenários anterior e posterior à dragagem de aprofundamento do canal de acesso ao porto. A metodologia para estimativa das taxas de sedimentação e de erosão baseou-se em levantamentos batimétricos disponibilizados pela Superintendência do Porto do Rio Grande do período compreendido entre os anos de 2001 e 2018. Além disso, foram coletados testemunhos (dados sedimentológicos) em pontos localizados na região de interesse. Os resultados demonstraram que, para a configuração anterior à dragagem de aprofundamento do Canal de Acesso ao Porto do Rio Grande, as taxas médias de sedimentação e de erosão foram, respectivamente, 2,31 cm/mês e 1,18 cm/mês para o Trecho 1; 1,97 cm/mês e 4,57 cm/mês para o Trecho 2; 0,05 cm/mês e 4,61 cm/mês para o Trecho 3; 0,50 cm/mês e 4,28 cm/mês para o Trecho 4; todas em relação à cota de projeto de - 14,00 metros (NR/DHN). Já para a configuração atual, após o aprofundamento, as taxas médias de sedimentação e de erosão em relação à cota de projeto foram, respectivamente, de 0,56 cm/mês e 0,23 cm/mês no Trecho I; 18,06 cm/mês e 0,72 cm/mês no Trecho II; 24,80 cm/mês e 5,29 cm/mês no Trecho III; 22,76 cm/mês e 0,00 cm/mês no Trecho IV; 6,65 cm/mês e 5,22 cm/mês no Trecho V. Constatou-se que o aprofundamento induziu a maiores taxas de sedimentação, principalmente na porção interna do canal. Em ambos os traçados geométricos do Porto do Rio Grande, as maiores taxas de sedimentação médias foram observadas na região entre os Molhes da Barra do Rio Grande. Os testemunhos coletados, por sua vez, demonstraram a predominância das classes de areia fina e lama no canal. O fluxo bidirecional predominante na região, de vazante e de enchente, imprime nos padrões de sedimentação a presença de intercalações de diferentes fácies sedimentares. Quanto ao comportamento da região mediante forçantes ambientais, foi possível identificar que fenômenos de El Niño de intensidade moderada ou forte geram fluxos de vazante intensos no baixo estuário da Lagoa dos Patos, capazes de ressuspender o sedimento junto ao fundo do Canal Interno e transportá- lo para a região costeira adjacente e para o Canal Externo.
- ItemIdentificação de depósitos de lama fluida na antepraia da Praia do Cassino (RS, Brasil) utilizando métodos geofísicos e medições diretas(2021) De-Zotti, Carolina de Oliveira Lempek; Calliari, Lauro Julio; Machado, Débora Martins; Goulart, Elaine SiqueiraO substrato de regiões costeiras e estuarinas pode ser recoberto por sedimentos coesivos. A antepraia da Praia do Cassino (Rio Grande do Sul, Brasil) desenvolve esporadicamente depósitos de lama fluida de origem e dinâmica ainda desconhecidos. Nesta região, estes depósitos podem se deslocar em direção à face de praia causando impactos socioambientais e econômicos. O objetivo deste trabalho é relacionar a estrutura vertical de densidade da lama fluida medida in situ com os horizontes identificados pela geofísica rasa de diferentes frequências. A ecossonda monofeixe de dupla frequência opera simultaneamente com uma frequência mais alta (200 kHz, por exemplo) e uma mais baixa (50, 33, 38, 24 kHz, por exemplo). Nos levantamentos foram utilizados dois equipamentos acústicos de dupla frequência, mapeando os depósitos de lama fluida utilizando a alta frequência de 200 kHz para identificar o primeiro gradiente abrupto de impedância acústica, enquanto a baixa frequência de 33 kHz ou 50 kHz penetra na lama fluida e é refletida no próximo gradiente abrupto de impedância acústica. Doze campanhas ocorreram de 2018 a 2020 na antepraia da Praia do Cassino, unindo perfis de densidade com os registros de ecossonda de dupla frequência, simultaneamente. A correlação de Pearson foi aplicada para determinar a coerência entre os limites detectados por ambos equipamentos. Foram avaliados os erros na penetração do sinal acústico na estrutura vertical de densidade do depósito, identificando os intervalos de densidade melhor reconhecidos por cada frequência utilizada. Os maiores gradientes detectados pela alta frequência parecem ocorrer no intervalo de densidades de 1080 a 1100 kg/m³. A densidade de 1150 kg/m³ tem uma melhor associação com a baixa frequência de 50 kHz e a densidade de 1225 kg/m³ com a frequência de 33 kHz. Esta abordagem integrativa detectou com sucesso a presença e espessura da camada de lama fluida da antepraia da Praia do Cassino. Recursos complementares podem ser agregados a essa abordagem para entender a interação dessas camadas com as particularidades desse ambiente.
- ItemVariabilidade do Sistema Praia-Dunas para o Litoral Norte do Rio Grande do Sul (Palmares do Sul a Torres -Brasil) Apoiado em Dados Laser Scanner – Lidar(2013) Vianna, Humberto Dias; Calliari, Lauro JulioA altura do campo de dunas frontal está relacionada com parâmetros morfométricos e geológicos. Parâmetros como orientação da linha de costa, potencial de deriva de vento, declividade e largura da praia subaérea, percentual de areia média e tamanho médio do grão são determinantes para geomorfologia do campo de dunas frontal e transgressivo. O sistema laser scanner, ainda pouco utilizado no Brasil para estudos oceanográficos e de engenharia costeira, permite a obtenção dos diversos parâmetros citados de forma rápida e precisa, sem a necessidade de levantamentos morosos de perfis de praia. O principal impedimento para a adoção do sistema está relacionado ao alto custo do recobrimento e pouca mão de obra especializada para o processamento. Através de análises cluster e escalonamento multidimensional os diferentes balneários estudados nesse trabalho foram agrupadas, em função das variáveis ambientais, em quatro grupos de afinidade. As variáveis que mais contribuíram para a diferenciação dos grupos foram: largura da praia subaérea, potencial de deriva de vento, azimute da linha de costa e percentual de areia média. Os grupos 1 e 4, situados mais ao sul da área de estudo, possuem balneários com maior largura da praia subaérea, potencial de deriva de vento e variação de volume acima do datum, porém apresentam os menores azimutes da linha de costa . O grupo 1 apresenta o maior volume de perfil e altura das dunas frontais. O menor volume de perfil pertence ao grupo 3, consequência do maior azimute da linha de costa, responsável pela entrada quase paralela do vento dominante no sistema praia-duna e menor potencial de deriva de vento. O grupo 2 apresenta valores de largura da praia subaérea semelhante ao grupo 3, porém possui maior volume de perfil e altura das dunas frontais. Essas diferenças podem ser explicadas pelo menor azimute da linha de costa do grupo 2. Baseado na análise conjunta da geomorfologia do campo de dunas com os resultados encontrados nas análises estatísticas podemos classificar as praias do grupo 1 em intermediárias do tipo banco e cava longitudinal e banco e praia de cúspides. As praias do grupo 2 e 3 em banco e praias de cúspides. Já as pertencentes ao grupo 4 em banco e cava longitudinal e banco e praia de cúspides.
