Navegando por Autor "Farias, Dóris Helena Ribeiro"
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- ItemConvivendo com uma ostomia: conhecendo para melhor cuidar(2004) Farias, Dóris Helena Ribeiro; Gomes, Giovana Calcagno; Zappas, SueliTrata-se de um estudo descritivo que objetiva identificar as alterações causadas por uma ostomia no viver de seus portadores. Foram realizadas entrevistas com oito ostomizados de uma cidade do Rio Grande do Sul. A resolução 196/96 foi seguida. Os dados foram analisados pela técnica de análise de conteúdo. Verificamos que estes pacientes tem sua perspectiva de vida alterada, precisam adaptar-se ao uso de equipamentos, sentem medo da nova situação, tem sua imagem corporal desfeita, sua auto-estima diminuída e sua sexualidade comprometida, perdem o controle sobre o corpo e sentem-se estigmatizados. Algumas pessoas afastam-se do seu convívio enquanto outras se fazem mais presentes como forma de apoio. Verificamos que são complecas as alterações causadas pela ostomização e que a compreensão destas pelo enfermeiro tornam-se importantes no sentido de propiciar o planejamento de um cuidado mais efetivo, humano e de qualidade(AU)
- ItemA cultura como referencial de cuidado familiar à criança no hospital: subsídios para o cuidado na enfermagem(2017) Farias, Dóris Helena Ribeiro; Gomes, Giovana CalcagnoO presente estudo qualitativo teve como objetivo compreender como o referencial cultural da família influencia o cuidado prestado à criança no ambiente hospitalar. Utilizou-se o referencial teórico transcultural de Madeleine Leininger, denominada Teoria da Diversidade e Universalidade Cultural do Cuidado e como referencial metodológico, a Etnoenfermagem. Foi desenvolvido, em 2017, na Unidade de Pediatria de um Hospital Universitáriodo sul do Brasil, mediante observação não participante, observação participante e entrevista com familiares cuidadores de crianças internadas. Participaram 15 familiares cuidadores das crianças hospitalizadas. Os dados foram analisados em quatro etapas, codificados e classificados de acordo com a questão norteadora, escrutinados para identificar a saturação de ideias e os padrões semelhantes ou diferentes, recodificados, sendo realizadas as formulações teóricas e recomendações. Os aspectos éticos foram seguidos, conforme Resolução CONEP 466/2012. Emergiram três temas culturais do conjunto dos dados: Crenças, valores e práticas de famílias no cuidado à criança no hospital; Barreiras presentes no processo de construção do cuidado familiar cultural à criança no hospital e Cultura familiar versus Cultura institucional hospitalar: inter-relação entre dois mundos. Destacou-se o aspecto cultural do cuidado familiar como importante para a recuperação da criança hospitalizada, podendo subsidiar o planejamento da assistência à criança e a prática de enfermagem socioambiental.As crenças, valores e práticas de famílias no cuidado à criança no hospital dependem dos seus referenciais culturais e manifestam-se, nesse contexto, por meio do cuidado com a alimentação, vestuário e higiene, do brincar, da manutenção do sono e repouso, do ser presença, da reprodução no hospital do ambiente do domicílio e do cuidado prestado em casa, do cuidado com a medicação, da construção de uma rede de apoio para o cuidado e do exercício da crença religiosa.O cuidado à criança no hospital é cercado de barreiras, impedindo que, muitas vezes, a família consiga prestar o cuidado à criança, manifestando-se culturalmente. Os dados do estudo mostraram como barreiras a necessidade da internação da criança como fator de vulnerabilidade familiar, o controle dos membros da equipe de saúde da unidade, as normas e rotinas do hospital e a necessidade de transgredir como manifestação de cuidado familiar, a dificuldade da família em lidar com a doença crônica da criança e a sobrecarga do familiar para cuidar no hospital.Durante a internação hospitalar da criança ocorre a inter-relação entre o mundo da família e o mundo do hospital e de suas culturas. Nesse sentido, verificou-se que, no hospital, ocorre a apreensão da cultura hospitalar como instrumento de cuidado familiar e a adaptação e flexibilização das normas e rotinas como instrumento de humanização do cuidado cultural.Os dados possibilitaram confirmar a tese apresentada de que os membros da família são seres culturais e a cultura influencia a forma como essas cuidam de seus membros. Considera-se, então, que a família cuida da criança no ambiente hospitalar baseada em seu referencial cultural, sendo importante a enfermeira levar este aspecto em consideração na sua prática de cuidado.
- ItemVivências de cuidado da mulher: a voz das puérperas(2008) Farias, Dóris Helena Ribeiro; Lunardi, Valéria LerchO puerpério é um período vivido e percebido de forma singular pela mulher, exigindo, dos profissionais da saúde, sensibilidade e esforços para que estas se sintam acolhidas e valorizadas como seres únicos e especiais. Assim, este estudo teve como objetivo compreender como a mulher vem vivenciando o seu cuidado no puerpério, alicerçado no referencial teórico de Madeleine Leininger e em autores que abordam esta temática. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com 10 puérperas egressas da Unidade de Internação Obstétrica do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa - FURG e atendidas na Consulta de Enfermagem. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas semi-estruturadas gravadas e transcritas na íntegra, com o devido consentimento esclarecido das participantes. Mediante a Análise Temática dos Dados, a partir de Minayo, emergiram três categorias: Sendo cuidada no puerpério, O cuidado de si no puerpério e Dificuldades encontradas pela mulher no puerpério. Constatei que o puerpério apresenta-se como um período especial na vida da mulher, em que cada uma o vivencia de acordo com seus valores, crenças e costumes. O estudo evidencia o importante papel da família no cuidado à puérpera e a influência cultural que esta exerce sobre a mulher. As alterações ocasionadas no corpo das mulheres durante a gestação, o parto e o puerpério, afetam sua auto-imagem, tornando-as mais vulneráveis emocionalmente. Para algumas mulheres, após o parto, o corpo volta-se para a função materna de amamentar. Com relação às dificuldades enfrentadas pela mulher no puerpério, percebi que ela pode apresentar uma sobrecarga de papéis, com a sensação de perda de controle sobre sua vida, exigindo reorganização do seu cotidiano. O estudo ainda evidenciou a presença de um homem mais participativo na família, mais atento às necessidades da mulher nesse período, mais companheiro e amigo, procurando assumir responsabilidades, compartilhando as demandas de cuidado com a mulher, o trabalho com a casa e os cuidados com o filho. Compreender como as mulheres vivenciam o seu cuidado no puerpério, possibilita à enfermeira, mais facilmente, planejar ações educativas que as instrumentalizem para o seu autocuidado. Acredito que a partir dos conhecimentos mostrados neste estudo, possa contribuir para a produção de um novo olhar para o ser humano puérpera, possibilitando às enfermeiras repadronizarem suas consultas de puerpério, de modo que não dirijam seu olhar apenas para a dimensão biológica da mulher, mas também incorporemseus aspectos subjetivos, valorizando suas crenças e costumes.
