Navegando por Autor "Gomes, Vera Lúcia de Oliveira"
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- ItemDimensões da violência contra crianças e adolescentes, apreendidas do discurso de professoras e cuidadoras(2005) Fonseca, Adriana Dora da; Gomes, Vera Lúcia de OliveiraNeste estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa, objetivou-se investigar a percepção de cuidadoras de uma Instituição de Educação Infantil e professoras de uma Escola de Ensino Fundamental acerca do conceito de violência, bem como a conduta por elas adotada, frente a situações de violência contra crianças e adolescentes. Os dados foram coletados em agosto de 2004, por meio de entrevista semi-estruturada, gravada e transcrita. Constatou-se que as informantes reconhecem violência tanto física quanto psicológica na interação família e crianças, bem como das crianças entre si e referem a negligência como forma de violência. Quanto à atuação das cuidadoras e professoras, percebeu-se a naturalização da violência. O estudo fornece subsídios para atuação de enfermagem frente a situações de violência contra criança e adolescente em instituições educacionais e apresenta a Consulta de Enfermagem como instrumento metodológico capaz de subsidiar as condutas a serem adotadas.
- ItemA influência dos programas infantis na formação da identidade de gênero(2006) Barlem, Edison Luiz Devos; Silva, Bárbara Tarouco da; Fonseca, Adriana Dora da; Gomes, Vera Lúcia de Oliveira
- ItemPadrão de consumo de bebidas alcoólicas entre acadêmicos(as) dos cursos da área da saúde(2010) Baumgarten, Larissa Zepka; Gomes, Vera Lúcia de OliveiraNeste estudo objetivou-se conhecer o padrão de consumo de bebidas alcoólicas, os fatores que mais contribuem para a sua ingestão, bem como analisar as consequências relacionadas ao seu consumo entre universitários(as) dos cursos da área da saúde da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). A amostra foi composta por 351 acadêmicos(as) matriculados(as) nos cursos de Ciências Biológicas Bacharelado, Ciências Biológicas Licenciatura, Educação Física, Enfermagem, Medicina e Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande que ingressaram em 2010, e os que estão cursando o penúltimo ano, independentemente do tempo de duração dos referidos cursos e da forma de organização, ou seja, semestral ou anual. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa na Área da Saúde sob protocolo n. 71/2010. Para a obtenção dos dados foram utilizados dois questionários: um de abordagem sociodemográfica, elaborado pela autora especificamente para este estudo e o Teste para Identificação de Problemas Relacionados ao uso do Álcool (AUDIT). Analizaram-se os dados por meio da estatística descritiva, análise de variância, tabelas de contingência e o teste G. Os resultados demonstraram que a maioria dos estudantes era do sexo feminino (67,80%), solteiros(as) (86,03%) com idade entre 17 e 50 anos, católicos(as) (21,65%), residindo com a família (47,29%) e por ela mantidos(as) financeiramente. Em relação ao padrão de consumo de álcool, 80,90% foram classificados(as) como usuários(as) de baixo risco, 16,90% de risco moderado, 2,28% bebedores(as) de alto risco. Constatou-se ainda que o consumo problemático de álcool foi maior entre as mulheres com idade entre 19 e 24 anos, os(as) informantes solteiros(as) e aqueles(as) que não tinham religião. Dentre os problemas causados pelo beber problemático, identificou-se a ocorrência de apagões, coma alcoólico e acidentes automobilísticos. Esses resultados evidenciam a importância da continuidade do planejamento de estratégias de cunho preventivo no âmbito universitário, na tentativa de detectar precocemente aqueles com potencial para o abuso e possíveis problemas relacionados ao consumo dessa substância. Nesse sentido, acredita-se que seja de extrema importância a implementação de programas educativos junto aos(às) estudantes, abordando a Política Nacional do álcool, alertando-os(as) a respeito dos limites de consumo de baixo risco, dos problemas que podem ser causados pelo abuso e de sugestões para que, caso queiram continuar consumindo bebidas alcoólicas, o consumo seja feito com responsabilidade.
- ItemPercepção de adolescentes sobre uma ação educativaem orientação sexual realizada por acadêmicos(as) de enfermagem.(2010) Fonseca, Adriana Dora da; Gomes, Vera Lúcia de Oliveira; Teixeira, Karina CorreaTrata-se de um estudo descritivo exploratório, com abordagem qualitativa, que objetivou conhecer a percepção de adolescentes acerca das ações de orientação sexual realizadas em uma escola pública do interior do Rio Grande do Sul e identificar fragilidades e potencialidades das ações. Foram informantes 15 estudantes do ensino médio, com idade entre 15 e 17 anos. Os dados foram coletados em agosto de 2008 por meio de entrevistas e tratados pela análise de conteúdo temática. Foi possível identificar que os adolescentes aprovaram esse tipo de trabalho, e a maioria relatou a importância para a sua vida, principalmente devido à ausência de dialogo com a família. Identificaram-se potencialidades do projeto, como o uso de metodologia participativa, que é capaz de promover um clima de trabalho acolhedor e produtivo, proporcionando maior envolvimento e aprendizado.
- ItemPercepções de casais heterossexuais acerca do uso da camisinha feminina(2011) Gomes, Vera Lúcia de Oliveira; Fonseca, Adriana Dora da; Jundi, Maria da Graça Insaurriaga; Severo, Tarsila PivetaObjetivou-se, nesta pesquisa exploratório-descritiva, qualitativa, conhecer as percepções de casais heterossexuais jovens, acerca do uso da camisinha feminina e compreender os fatores que propiciam e dificultam seu uso rotineiro. Coletaram-se os dados em outubro e novembro de 2007, por meio de questionário autoaplicável. Utilizou-se o Discurso do Sujeito Coletivo na análise. A idade dos 26 informantes variou entre 20 e 27 anos. Apreendeu-se que conhecem a eficiência desse método, mas reconhecem a dificuldade das mulheres para a negociação. Como limitantes apresentam pequena divulgação e alto custo. Do ato sexual protegido por camisinha feminina emergiram depoimentos discordantes. Uns enfocam o desconforto, dor e aparência grotesca, outros abordam a praticidade, confiabilidade e prazer; no entanto, salientam que a falta de familiaridade e o desconhecimento são fatores que desencadeiam grande parte das dificuldades, evidenciando, assim, a necessidade de implementação de novas estratégias de educação em saúde.
- ItemProdução textual de adolescentes acerca da saúde sexual e reprodutiva: subsídios para atuação de enfermagem(2009) Jundi, Maria da Graça Insaurriaga; Gomes, Vera Lúcia de Oliveira; Fonseca, Adriana Dora daTrata-se de um estudo exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa, que teve por objetivo analisar as mensagens, acerca da promoção da saúde sexual e reprodutiva, produzidas por adolescentes de escolas públicas e particulares da cidade do Rio Grande, num concurso de redação e música promovido pelo Grupo Gestor Municipal (GGM) do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), nos anos de 2007 e 2008. Após autorização pelo GGM para realização deste estudo, foram disponibilizadas para reprodução, via xérox, as 29 redações e as três letras de músicas inscritas nos concursos. Para o tratamento dos dados utilizou-se a técnica de análise de conteúdo na modalidade temática. Participaram 35 adolescentes, sendo 25 moças e dez rapazes, com idades entre onze e dezessete anos. Quanto à escolaridade, dois frequentavam a quinta série; doze a sexta, doze a sétima e nove a oitava. Apreendeu-se que, em sua produção textual, os(as) adolescentes revelaram as vulnerabilidades e fortalezas referentes à saúde sexual e reprodutiva. Entre os inúmeros fatores que aumentam a vulnerabilidade individual, social e programática, discorreram sobre a carência de informações, a dificuldade para transformar o conhecimento em prática, a sensação de imunidade, a violência familiar, a conduta repressora de pais e mães, as mensagens de cunho sexual veiculadas pela mídia, a necessidade de serem aceitos(as) pelo grupo, preconceitos, e falta de ações governamentais direcionadas a adolescentes. No que se refere às fortalezas, sabem que a informação é uma importante aliada para a promoção da saúde sexual e reprodutiva citando, entre as fontes acessíveis, os serviços públicos de saúde, a família e a escola. Demonstraram conhecimento acerca da alarmante propagação da epidemia da AIDS entre jovens, conhecendo os sinais e sintomas das DSTs mais comuns e as formas de prevenção. As moças enfatizaram a necessidade de compartilhar a responsabilidade preventiva com os rapazes, bem como de amor próprio e respeito mútuo. O acesso aos serviços de saúde também foi apresentado como indispensável ao adolescer saudável. Os(as) jovens demonstraram conhecimento sobre drogas seus efeitos e consequências. Referem-se à adolescência como um período gostoso, repleto de dúvidas, mas também cheio de potencialidades. Assim, os mesmos componentes apresentados como desencadeadores de vulnerabilidade podem torná-los(as) fortes e capazes de superar os desafios comuns a essa etapa da vida. Para que tal superação ocorra, é necessário que tenham acesso à informação e a problematizem; que sejam capazes de incorporá-las ao cotidiano, adotando práticas protegidas e protetoras; que haja diálogo, despido de tabus, censuras e preconceitos no ambiente familiar; que as escolas adotem de forma transversalizada temáticas referentes à saúde sexual e reprodutiva; que os serviços de saúde tenham infraestrutura para assegurar os direitos contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente; entre outras estratégias fortalecedoras.
- ItemProgramas televisivos infantis na inculcação de habitus precursores da consciência ambiental e eqüidade de gênero(2006) Barlem, Edison Luiz Devos; Silva, Bárbara Tarouco da; Fonseca, Adriana Dora da; Gomes, Vera Lúcia de OliveiraTrata-se de estudo exploratório, descritivo de abordagem qualitativa, com objetivo de analisar o conteúdo das mensagens contidas nos programas infantis, transmitidos pela televisão e sua possível influência na formação da consciência ambiental e da eqüidade de gênero. Selecionou-se três emissoras de televisão, identificadas por A, B e C, com programação aberta e de grande influência nacional. As gravações foram feitas em fitas VHS, durante quatro dias, em semanas alternadas. Escolheu-se o turno da manhã, pois neste período se concentram o maior número de programas destinados às crianças. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo, emergindo três momentos distintos: animação de auditório; comerciais e desenhos animados. Para cada um procurou-se apreender as dimensões educacional, verbal e visual, atentando-se para a postura dos personagens. Verificou-se que os conteúdos veiculados pelos programas analisados estimulavam à violência, o consumismo e a indiferença pelo meio ambiente. Discutir a qualidade dos conteúdos que, através dos programas infantis vêm sendo inculcados nas crianças, deve ser atitude usual entre familiares e educadores, pois questões de educação ambiental e eqüidade de gênero estão relacionadas entre si, são veiculadas pela mídia e interferem na formação da personalidade das crianças.
- ItemRelação entre ciúme e violência na percepção de agentes comunitários de saúde(2007) Silva, Fernanda Dorneles da; Fonseca, Adriana Dora da; Gomes, Vera Lúcia de OliveiraObjetivou-se, neste estudo exploratório descritivo, identificar a existência de relação entre os conceitos de ciúme e violência na percepção de agentes comunitários de saúde (ACS), apreender vivências de situações de ciúme e violência e verificar o conhecimento acerca dos recursos da comunidade para atendimento às vítimas. Entrevistaram-se sete ACS, integrantes de duas Unidades Básicas de Saúde do interior do Rio Grande do Sul. Adotou-se como referencial a Teoria das Representações Sociais. Respeitaram-se os preceitos éticos que regulamentam a pesquisa com seres humanos. Pela análise de conteúdo, percebeu-se que o ciúme foi desencadeador de violência tanto no âmbito pessoal quanto profissional, sendo a mulher a maior vítima. Os achados revelam que é preciso um despertar de profissionais da área da saúde para identificação do risco de violência contra a mulher, o qual pode se apresentar implícito no interior dos lares, e que, muitas vezes, é interpretado como manifestação de ciúme.
- ItemRepresentações de adolescentes acerca de sexualidade, gênero e as implicações na promoção de saúde(2007) Telles, Kátia da Silva; Gomes, Vera Lúcia de OliveiraNo dia-a-dia, observa-se que são estabelecidas entre os/as jovens relações díspares, havendo desrespeito aos seus pares, vínculos afetivos frágeis, uma conduta de dominação dos homens para com as mulheres e, ao mesmo tempo, a aceitação e submissão delas para com eles. Por meio da presente investigação, busca-se desvelar as representações de sexualidade e gênero dos/as adolescentes e como essas implicam na sua promoção de saúde. A pesquisa, aprovada pelo Comitê de Ética da FURG, foi desenvolvida com adolescentes do 1° ano do ensino médio, do Colégio Estadual Lemos Júnior. Adotou-se a Teoria das Representações Sociais como referencial teórico. Utilizou-se a técnica de Grupo Focal para a coleta de dados formando-se dois grupos, um de moças e um de rapazes, pois, acreditou-se que, separadamente, adolescentes teriam mais liberdade para expressar seus sentimentos, emoções, crenças e preconceitos. Escolheu-se o Discurso do Sujeito Coletivo para análise dos dados que foram agrupados nas secções: representações de gênero, representações de sexualidade e implicações de gênero e sexualidade na promoção de saúde de adolescentes. Manteve-se, em separado, a produção de cada grupo para a apresentação dos resultados, no entanto, aspectos semelhantes foram agrupados em um núcleo comum. Apreendeu-se que as representações dos/as adolescentes ainda permanecem, em alguns aspectos, ancoradas em modelos tradicionais de comportamentos para homens e mulheres, isto é revelado com idéias centrais que expressam a Mulher como geradora e o Homem como provedor da prole, o sentimento de menos-valia feminino, a mulher como cuidadora, a dificuldade de estabelecerem diálogo acerca da sexualidade. Por outro lado, há o reconhecimento dos/as adolescentes que as diferenças existentes entre o comportamento de homens e de mulheres são socialmente construídas. Nas implicações na promoção de saúde, suscitam-se idéias centrais que trazem sentimentos emergidos do relacionamento afetivo, vulnerabilidade à gravidez e DSTs, violência contra a mulher advinda de sua própria instabilidade emocional, virilidade e masculinidade como atributos que precisam ser comprovados na adolescência, e, por último, a fragilidade e feminilidade desencadeando a sensação de incompletude. O entendimento de que as representações de gênero e sexualidade, construídas pelos/as adolescentes, estão dificultando o alcance de resultados favoráveis na prevenção e na promoção de saúde, reforça a necessidade de legitimarem-se espaços para compartilhar vivências, reflexões acerca de sua postura e, principalmente, que se possam vislumbrar relacionamentos, embasado na eqüidade e no respeito mútuo.
- ItemRepresentações de mulheres acerca da histerectomia em seu processo de viver(2008) Nunes, Maria da Penha da Rosa Silveira; Gomes, Vera Lúcia de OliveiraO presente estudo teve como objetivo compreender as representações sociais que as mulheres possuem acerca da histerectomia, antes e após o procedimento cirúrgico. Caracteriza-se por uma pesquisa qualitativa, descritiva, tendo como base teórico-metodológica a Teoria das Representações Sociais. Foram sujeitos deste estudo, treze mulheres em processo de histerectomia, residentes em Rio Grande e em São José do Norte - RS. A coleta de dados efetuou-se em dois momentos, utilizando-se entrevistas semi-estruturadas, gravadas e transcritas. Os dados do préoperatório foram colhidos no ambulatório de ginecologia do H.U e do pós-operatório, na área acadêmica e no domicílio das informantes. Utilizou-se a análise de conteúdo na modalidade temática para o tratamento dos dados. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da Universidade do Rio Grande - FURG. Apreendeu-se por meio deste estudo que as representações sociais das mulheres variaram em função da presença ou ausência de filhos(as), do motivo da primeira consulta e da patologia de base, evidenciando os diferentes olhares frente ao impacto da retirada do útero. No pré-operatório, as mulheres sem filhos(as) manifestaram sentimentos de insatisfação, lamentando a impossibilidade de cumprirem seu papel social por meio da maternidade e assim realizarem seu sonho. A maioria das participantes, com filhos(as), demonstrou satisfação e alívio, pela solução dos problemas advindos do quadro clínico. As questões relacionadas à sexualidade mostraram-se carregadas de preocupação e insegurança com os aspectos relativos à vida sexual e afetiva. Os mitos, crendices e tabus referentes à histerectomia, não guardaram relação com a maternidade, gerando incertezas quanto às conseqüências da histerectomia. Em relação aos seus companheiros, a maioria concordou com a realização do procedimento, no entanto, referiram-se apenas ao corpo biológico e ao desempenho sexual. No pós-operatório imediato, as mulheres que não possuíam filhos(as), objetivaram queixa de dor intensa e persistente, caracterizada em alguns casos como dor psíquica. Por outro lado, as participantes mães objetivaram tal queixa, a partir da patologia de base, manifestando dor, frente a um câncer, e ausência de dor na miomatose uterina. No pós-operatório mediato distinguiram-se repercussões negativas, ancoradas na impossibilidade de tornarem-se mães, na incapacidade de manterem o casamento, nas incertezas de sentir prazer e serem aceitas socialmente. E repercussões positivas, referentes a solução de problemas e alívio de sintomas, medidas preventivas, cuidado de si, resgate da auto-estima, desmistificação, vida conjugal e afetiva, incluindo aspectos emocionais e sociais. Nesse sentido, percebeu-se que o comportamento da mulher frente à histerectomia, manifestado pelo êxito e satisfação, foi reconstituído a partir de suas vivências. Tal comportamento não se ancorou nos tabus e preconceitos e sim no bem-estar readquirido após terem vivenciado o processo cirúrgico. No entanto, a representação expressou o significado e valor que cada mulher atribui ao seu útero, inspirado no seu contexto de vida e nas suas relações sociais. Dessa forma, entende-se que a problematização das questões imbricadas na prática da histerectomia contribui para que a mulher tenha uma representação menos traumática frente à indicação de retirada do útero. Evidencia-se a enfermagem como coadjuvante na prática do cuidado em saúde a clientes em processo de histerectomia.
- ItemRepresentações de mulheres acerca da histerectomia em seu processo de viver(2009) Nunes, Maria da Penha da Rosa Silveira; Gomes, Giovana Calcagno; Gomes, Vera Lúcia de Oliveira; Fonseca, Adriana Dora da; Padilha, Maria Itayra Coelho de SouzaEstudo qualitativo, exploratório-descritivo, realizado com os objetivos de conhecer as representações sociais de mulheres submetidas à histerectomia e identificar alguns fatores que interferem no seu processo de viver. Foram informantes 12 mulheres histerectomizadas em um hospital universitário no Rio Grande do Sul. Os dados foram coletados em setembro e outubro de 2006 por meio de entrevistas e tratados pela análise de conteúdo temática. Foram identificadas duas categorias: representações negativas e representações positivas da histerectomia no viver das mulheres. Ambas referem-se ao significado atribuído ao útero e ao contexto vivencial da mulher. As negativas foram ancoradas em preconceitos, incapacidade de serem mães e no desinteresse sexual, com possíveis interferências na vida conjugal. As positivas, no bem-estar após a cirurgia e na melhoria da qualidade de vida. É essencial disponibilizar espaço para a problematização do viver sem útero, com vistas a prevenir conflitos pessoais e conjugais.
- ItemRepresentações de Técnicos de Enfermagem e Agentes Comunitários acerca da violência doméstica contra a mulher(2014) Silva, Camila Daiane; Gomes, Vera Lúcia de OliveiraCaracterizada como fenômeno universal, a violência acarreta incalculáveis prejuízos e agravos à saúde da mulher. No Brasil, embora exista desde 2006 uma lei de proteção, Lei Maria da Penha, os índices de violência contra a mulher são alarmantes. Na maioria das vezes, os atos violentos são ocasionados pelo parceiro íntimo no ambiente doméstico. Sendo esse um cenário de atuação dos Técnicos de Enfermagem(TE) e Agentes Comunitários de Saúde(ACS), acredita-se que a aproximação desses profissionais com as famílias possa facilitar a detecção da violência doméstica contra a mulher(VDCM) em suas diferentes formas. No entanto, sabe-se que muitos são os que reconhecem como violência, apenas aquela que deixa marcas físicas, representando as demais formas como manifestação de ciúme ou simples discussão. Objetivou-se analisar as Representações Sociais da violência doméstica contra a mulher, entre TE e ACS, atuantes nas Unidades Básicas de Saúde da Família(UBSF), do município do Rio Grande/RS. Desenvolveu-se o estudo em 19 UBSF, sendo 12 localizadas em zona urbana e sete na rural. A coleta dos dados ocorreu de julho a novembro de 2013, por meio de evocações e entrevistas. Na primeira, foram convidados a participar todos os TE e ACS. Solicitou-se que associassem, livremente, cinco palavras ou expressões frente ao termo indutor “violência doméstica contra a mulher”. Para a entrevista, gravada e transcrita, convidou-se parte dos TE e ACS, tendo-se o cuidado de manter a proporcionalidade entre os profissionais e a representatividade entre as zona urbana e rural. Para a análise dos dados obtidos com evocações utilizou-se o software EVOC 2005, que permitiu a construção do quadro de quatro casas, a partir da qual se fez a análise de similitude. O material produzido pelas entrevistas foi tratado pela análise de conteúdo. Projeto aprovado pelo CEPAS, sob parecer nº 020/2013. Nas evocações, participaram 154 profissionais, sendo 115 ACS e 39 TE. O núcleo central das representações desses profissionais foi constituído pelos termos agressão, agressão física, abuso, covardia e falta de respeito. Os dois primeiros são elementos funcionais e os últimos, elementos normativos. Das entrevistas participaram 27 ACS e 12 TE. Com elas apreendeu-se que os profissionais têm a representação da VDCM como uma situação que precisa ser denunciada, bem como expressam que faz parte de sua prática de cuidado, assumir esse compromisso ético e legal. No entanto, referem que muitas vezes não denunciam para respeitar o desejo da vítima, deixando para ela essa responsabilidade. Evidenciou-se ainda que havia confusão no emprego dos conceitos de denúncia e notificação compulsória. Concluiu-se que a possível centralidade das representações sociais de TE e ACS acerca da VDCM fundamenta-se em aspectos negativos. Que tal representação apresenta elementos funcionais e normativos, os quais se referem a julgamentos dos profissionais em relação às ações do agressor e à qualificação das formas de violência. Acredita-se que a análise das representações sociais dos TE e ACS acerca da VDCM possibilite compreender suas práticas de cuidado no cotidiano profissional além de contribuir para o delineamento de estratégias de enfrentamento, incluindo aspectos éticos, legais e de políticas públicas de saúde.
- ItemRepresentações sociais acerca da violência doméstica contra a mulher, dos profissionais da enfermagem atuantes nas Unidades de Saúde da Família(2015) Amarijo, Cristiane Lopes; Gomes, Vera Lúcia de OliveiraMulheres em situação de violência frequentam com maior assiduidade os serviços de saúde, principalmente na atenção primária, o que proporciona aos profissionais uma maior aproximação com esses casos. Nesse contexto, destaca-se a importância das Unidades de Saúde da Família para a detecção precoce de situações de violência. Questões pessoais ou mesmo a representação que o profissional tem sobre a violência podem influenciar no atendimento prestado às vítimas. A Representação Social consiste em um conjunto de pensamentos, ideias e crenças resultantes das interações sociais, comuns a um dado grupo de indivíduos. Revela o saber do senso comum e determina as condutas consideradas aceitáveis e toleráveis pelo grupo, para um determinado contexto. Pressupõe-se, assim, que a Representação Social pode influenciar as práticas assistenciais, motivo pelo qual foi adotada para fundamentar este estudo. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande sob o parecer nº 03/2013. Trata-se de uma pesquisa social, exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa. Com ela objetivou-se analisar as representações sociais de profissionais de enfermagem que trabalhavam em Unidades de Saúde da Família do Município do Rio Grande/RS acerca da violência doméstica contra a mulher. Considera-se a Teoria das Representações Sociais adequada, pois o conhecimento de tais representações pode contribuir significativamente para o planejamento de ações e intervenções de prevenção e combate a essa problemática. A coleta de dados ocorreu no período de julho a novembro de 2013 a partir de um questionário com questões fechadas, referentes à situação pessoal e socioprofissional dos informantes, de Evocações Livres e de uma entrevista direcionada por roteiro previamente estabelecido. A análise das evocações foi realizada com o software Ensemble de Programmes Permettant L’analyse des Evocations - EVOC 2005. O material coletado nas entrevistas foi inserido no software NVivo versão 10. A provável centralidade dos elementos que integram o núcleo central revelou uma representação estruturada da violência doméstica contra a mulher, com conotação negativa. Um dos achados mais importantes deste estudo foi que, ao contrário do que apregoa a literatura, os cuidados prestados pelos profissionais da enfermagem não se restringiram ao aspecto físico. Eles se preocuparam em acolher as vítimas e estabelecer com elas um vínculo de confiança a partir do diálogo, com esclarecimentos sobre a necessidade de continuidade do atendimento, bem como dos encaminhamentos a outros serviços. A apreensão das representações sociais de técnicos de enfermagem e enfermeiros permite compreender o cuidado prestado às vítimas, além de contribuir para fomentar discussões acerca da violência doméstica contra a mulher junto aos profissionais envolvidos no cuidado, bem como facilitar o delineamento de estratégias de combate e prevenção da violência.
- ItemRepresentações sociais de adolescentes mães acerca do momento do parto(2011) Gomes, Vera Lúcia de Oliveira; Fonseca, Adriana Dora da; Roballo, Evelyn de CastroObjetivou-se, neste estudo exploratório-descritivo, compreender as Representações Sociais de adolescentes mães, acerca do parto. Coletaram-se os dados no segundo semestre de 2007 por meio de entrevistas com sete adolescentes primigestas e primíparas, com idade entre 15 e 18 anos, internadas em maternidade no sul do país. A análise temática foi utilizada para tratamento dos dados, delineando-se duas categorias “expectativas” e “vivências” da parturição. As expectativas foram observadas de forma dicotômica, umas temerosas pela dor, outras confiantes. As vivências foram permeadas pela sensação de solidão e constrangimento. Compreender o momento do parto pela perspectiva das adolescentes é fundamental para que o(a) enfermeiro(a) planeje e execute uma adequada assistência, reduzindo o impacto das representações negativas associadas ao parto. Essa modalidade de cuidar requer uma equipe capacitada e sensível às especificidades das adolescentes, para proporcionar-lhes um parto humanizado, por meio da adoção incondicional de princípios éticos, humanísticos e da garantia dos direitos legais.
- ItemRepresentações sociais de adolescentes primíparas sobre “ser mãe”.(2008) König, Adriana Bessler; Fonseca, Adriana Dora da; Gomes, Vera Lúcia de OliveiraEstudo exploratório descritivo, qualitativo, cujo objetivo foi analisar e comparar as representações sociais de adolescentes primíparas, acerca de “ser mãe”, antes e após o nascimento dos bebês. Foram informantes,cinco adolescentes, que realizavam o pré-natal num Posto de Saúde, da periferia do Rio Grande RS, no período de agosto a novembro de 2006.Utilizou-se entrevista semi-estruturada na coleta de dados e análise de conteúdo no tratamento. Apreendeu-se no pré-natal, que todas demonstraram satisfação com a gravidez, orgulho com a barriga e o enxoval. Tinham a representação de mãe ancorada na imagem da mulher bondosa e abnegada, sendo a maternidade algo natural e irrefletidamente maravilhoso. Desconheciam os compromissos advindos da maternidade e limitavam seus sonhos e expectativas aquele momento de vida. Após o nascimento, referiram que a nova realidade foi impactante desencadeando inúmeras modificações em seus projetos de vida. Para tentarem assumir a condição de mãe,para a qual não tinham condições psicológicas nem sociais, cogitaram duas possibilidades, a de procurar um emprego e a de abandonar os estudos, ambas interferindo no processo de adolescer saudável e dificultando o vislumbramento de oportunidades. Acredita-se que, oportunizar o compartilhamento de tais representações com outras adolescentes possa diminuir a vulnerabilidade à gravidez precoce.
- ItemRepresentações sociais de discentes de enfermagem acerca da violência doméstica contra a mulher(2016) Silva, Camila Daiane; Gomes, Vera Lúcia de OliveiraA violência é um fenômeno universal que acomete a população independentemente da cultura, religião e nível socioeconômico, constituindo-se um grave problema de saúde pública. Para a melhor compreensão se tornam necessárias pesquisas que desvendem suas múltiplas faces. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, fundamentado na Teoria das Representações Sociais. Foi realizado com o objetivo geral de analisar as representações sociais da violência doméstica contra a mulher entre discentes do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande e específicos de comparar a estrutura e o conteúdo dessas representações, além de descrever o conteúdo das mesmas. As participantes foram discentes das três séries iniciais e três finais. Colheram-se os dados entre agosto e novembro de 2014, por meio da técnica de evocações livres frente ao termo indutor "violência doméstica contra a mulher" e entrevistas, para as quais elaborou-se um roteiro contendo questões abertas referentes às vivências pré-universitárias com a temática, bem como sua abordagem ao longo das disciplinas teórico-práticas. O tratamento das evocações foi pelo software EVOC, que permitiu a construção do quadro de quatro casas, a partir do qual se realizou a análise de similitude. O material produzido nas entrevistas foi tratado pelo software Alceste e análise contextual. Projeto aprovado sob o Parecer nº 109/2014. Participaram da pesquisa 132 discentes de enfermagem, sendo 71 das séries iniciais e 61 das finais. Responderam às entrevistas 33 discentes, 16 das séries iniciais e 17 das finais. Pela análise estrutural, verificaram-se no núcleo central os termos em comum: violência, covardia, desrespeito e dor. As discentes das séries iniciais evocaram ainda tristeza e as das finais, violência física. Ao comparar a representação dos grupos, identificou-se que o conhecimento do senso comum predominou entre as discentes das séries iniciais, enquanto que o conhecimento reificado, entre as das séries finais. Entre essas, identificou-se uma representação estruturada, pois continha as dimensões atitudinais, imagéticas e informativas, ao passo que as das séries iniciais possuíam apenas as atitudinais e informativas. Na análise de similitude verificou-se que o termo medo, constante na primeira periferia de ambos os grupos, pode ser um elemento central da representação. Pela análise dos conteúdos representacionais, verificou-se que ambos os grupos conheciam a temática e evidenciaram o cuidado à vítima. Também se verificou que o conhecimento do senso comum predominou na representação das discentes das séries iniciais e o conhecimento reificado, entre as finais. Destaca-se que as disciplinas de epidemiologia, saúde da criança e saúde da mulher foram elencadas como fontes de conhecimento. Frente aos resultados obtidos, confirmou-se a tese. Espera-se que a representação de discentes de enfermagem acerca da VDCM oriente a ação profissional, principalmente no que se refere à prevenção, identificação e intervenção dos casos de violência. Ainda, espera-se que os resultados possam alertar para que os cursos de graduação em enfermagem e de outras áreas da saúde, sensibilizando os responsáveis pelas disciplinas afins para a inclusão da temática nos conteúdos programáticos.
- ItemRepresentações sociais de enfermeiras hospitalares acerca da violência doméstica contra a mulher e sua relação com o cuidado(2015) Acosta, Daniele Ferreira; Gomes, Vera Lúcia de OliveiraEstudo fundamentado na Teoria das Representações Sociais com o objetivo geral deanalisar as representações sociais de enfermeiras, acerca da violência domésticacontra a mulher, e sua relação com o cuidado. A pesquisa foi realizada em doishospitais de médio porte do município do Rio Grande/RS. Foram convidadas aparticipar todas as enfermeiras com atuação mínima de dois meses nas unidades que possivelmente internam vítimas de violência doméstica. A coleta de dados ocorreu por meio de Evocações Livres e Entrevista. A primeira consistiu em solicitar que evocassem, espontaneamente, palavras ou expressões frente aos termos indutores "violência doméstica contra a mulher" e "cuidado à vítima". Com a entrevista buscou-se apreender a percepção geral, profissional e pessoal acerca da violência doméstica contra a mulher. Todas responderam às evocações livres. Para as entrevistas convidou-se até três enfermeiras por unidade. As evocações foram submetidas ao software EVOC 2005, que adota como critérios a frequência e a ordem de aparição dos termos evocados para a elaboração do quadro de quatro casas. O conteúdo das entrevistas foi analisado por meio do software ALCESTE 2010. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer nº 80/2014. A análise prototípica da violência doméstica contra a mulher mostrou uma representação estruturada por conter imagem, conteúdo e atitude, evidenciados pelos termos do núcleo central "agressão física", "agressão" e "desrespeito". A "agressão verbal", na zona de contraste, revelou que as enfermeiras com mais de 35 anos, graduadas antes de 2008 ou trabalhadoras da Santa Casa possuem uma variação da representação. A periferia mostrou que o "medo", no quadrante superir direito, refere-se ao sentimento tanto das profissionais quanto das vítimas frente ao agressor, "submissão" faz face com a realidade demonstrando que predominam aspectos históricos e culturais no pensamento coletivo. A estrutura do cuidado à vítima apontou para as dimensões psicossocial, com maior importância; física, educativa, técnica e profissional. Quanto à análise ALCESTE, oito classes fundamentaram os significados da representação, abrangendo conteúdos acerca das vivências, das entrevistadas, sobre a violência no cenário público e privado; os discursos sobre às vítimas e os fatores, relacionados ao agressor, que desencadeiam a violência doméstica; a identificação das vítimas associada às imagens do objeto; a assistência hospitalar as mulheres vitimadas; a articulação jurídica, policial e de saúde no contexto do cuidado; as competências éticolegais das enfermeiras, os limites e as possibilidades no cuidado à vítima. A tese foi confirmada parcialmente, pois evidenciou-se a dimensão relacional do cuidado, fortemente associada ao grau de dependência da vítimas aos cuidados, bem como a preocupação das enfermeiras com a atenção primária e secundária de apoio à vítima. É preciso capacitar as profissionais tanto no que se refere aos aspectos ético-legais sobre o fenômeno, quanto ao preparo emocional para lidar com as vítimas. Cabe expandir as discussões sobre a temática, incluindo a problematização de gênero e as implicações da violência na saúde da mulher, bem como na família.
- ItemViolência contra a mulher: estudo das ocorrências registradas na Delegacia Especializada de atendimento às mulheres – Rio Grande-RS(2012) Acosta, Daniele Ferreira; Gomes, Vera Lúcia de OliveiraIntrodução: no Brasil, a violência contra a mulher foi reconhecida somente com a Convenção Belém do Pará, em 1995. A partir daí, inúmeras medidas para prevenção e combate foram instituídas, entre elas a criação das Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres (DEAM) e a Lei Maria da Penha. No entanto, muitas mulheres ainda são vitimadas, na maioria das vezes dentro do próprio lar. Objetivos: delinear o perfil das mulheres vítimas de violência; identificar as formas de violência registradas na DEAM da cidade do Rio Grande/RS; identificar os motivos que levam à prática da violência e descrever os atos violentos perpetrados, por parceiro íntimo, às mulheres que registraram ocorrência na DEAM. Metodologia: estudo documental, quanti e qualitativo, de natureza exploratória, descritiva e delineamento transversal. Fizeram parte do estudo todas as ocorrências cujas vítimas eram mulheres com 18 anos ou mais. O espaço temporal adotado estendeu-se de agosto de 2009, quando foi implantada a delegacia, a dezembro de 2011. Os dados foram coletados entre outubro de 2011 e março de 2012. Para a coleta, foi elaborado e aprovado, após testagem, um instrumento contendo informações acerca do agressor, da vítima, bem como do tipo de violência praticada. Os dados foram digitados em planilhas do tipo Excel. A análise quantitativa foi efetuada por meio de estatística descritiva e do software estatístico SPSS versão 17.0. Para o estudo qualitativo utilizou-se a análise de conteúdo. Esse projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa na Área da Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande sob Parecer no 137/2011. Resultados: estão descritos em dois artigos. Analisaram-se 902 ocorrências policiais evidenciando-se que a maioria das vitimas eram mulheres brancas, jovens, com baixa escolaridade. Ainda foi possível identificar que o Centro da cidade ocupou a segunda posição como local de moradia das vítimas, desmitificando a idéia de que a violência predomina na periferia. A violência física prevaleceu nos registros notificados, seguida do descumprimento de ordem judicial. Além disso, encontrou-se a reincidência de denúncias, o que pode estar atrelado à morosidade judicial. Observou-se também, que existem diversos motivos desencadeadores da violência, no entanto todos eles apresentam como pano de fundo as questões associadas ao gênero. A simultaneidade da violência bem como a extensão aos filhos, família e sociedade retratam a gravidade do fenômeno e a necessidade de se rever a resolutividade das medidas protetivas e das penas atribuídas aos agressores. Conclusões: este estudo expôs, parcialmente, a situação da violência contra a mulher no município, pois se sabe que existem muitos casos velados que não chegam a ser notificados. Entretanto, evidenciou-se o predomínio da violência física cometida por parceiro íntimo repercutindo em graves consequências à vida das vítimas. Assim, julga-se ímpar a implementação de uma rede efetiva de apoio a essas mulheres bem como a atuação de equipe multidisciplinar capacitada, coesa e sensível ao problema, incluindo os profissionais da saúde, que precisam, ainda, estar ciente da obrigatoriedade da notificação compulsória, fundamental para a formulação de novas políticas públicas de combate e prevenção a esse fenômeno.
- ItemVulnerabilidades de adolescentes com vivências de rua(2009) Schwonke, Camila Rose Guadalupe Barcelos; Fonseca, Adriana Dora da; Gomes, Vera Lúcia de OliveiraEstudo exploratório-descritivo, qualitativo, efetuado nos meses de maio e junho de 2006, com o objetivo de discutir o contexto de vulnerabilidades em que estão inseridos os adolescentes que vivenciaram o ambiente de rua, com ênfase na exposição à infecção pelo HIV. A História Oral foi a técnica escolhida para a coleta dos dados, que foi operacionalizada por meio de entrevistas individuais gravadas e transcritas. Os informantes foram seis moças e seis rapazes que se encontravam acolhidos em duas instituições de abrigo de uma cidade do Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados revelam que a baixa escolaridade e o barato das drogas os expõem a riscos, e que, acerca da camisinha, ainda há contradições. Tais fatores aumentam a vulnerabilidade às DSTs e AIDS, tendo em vista que o ambiente da rua não oferece condições necessárias à tomada de decisões conscientes, somandose ao fato de estarem distantes do acesso a serviços e profissionais de saúde.
