Navegando por Autor "Lunardi Filho, Wilson Danilo"
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- ItemAcolhimento: uma construção transversal, ética, estética e política na saúde(2009) Silva, Carla Regina André; Lunardi Filho, Wilson DaniloA Política Nacional de Humanização da Saúde (PNHS) é focada na autonomia e no protagonismo dos sujeitos. Utiliza o acolhimento como uma de suas estratégias e defende as relações, interconexões e interdependências. Sua ideologia e filosofia tornaram-se fatores motivacionais para a realização deste estudo, emergindo o seguinte questionamento: Qual é o entendimento e/ou a concepção dos usuários, colaboradores e gestores do HU/FURG sobre acolhimento e humanização da assistência à saúde no SUS? Assim, este estudo utilizou a PNHS como referencial teórico. O objetivo foi “Conhecer o entendimento dos usuários, colaboradores e gestores sobre o acolhimento e a humanização, com vistas ao fortalecimento e instrumentalização do Grupo de Trabalho de Humanização do HU/FURG para implementar a PNHS. É um estudo qualitativo, exploratório e descritivo. A coleta de dados foi realizada por meio de trabalho em grupo e, após, os dados foram organizados, categorizados e analisados através de análise temática. Os sujeitos foram os usuários, os colaboradores e gestores do HU/FURG. Para os usuários, o acolhimento e a humanização foram expressos pela resolutividade dos problemas que atingem sua condição de saúde. Para os colaboradores, o foco principal foram as questões de relacionamentos pessoais. Percebem-se como equilibristas, entre as prerrogativas dos usuários e gestores e, ao desequilibrarem-se, muitas vezes, têm suas condições de trabalho e de saúde alteradas. Para os gestores, o entendimento sobre o tema foi expresso pela necessidade e obrigação de garantir a viabilidade da oferta da assistência, através de recursos materiais, condições financeiras e condições de ambiências. Buscam assegurar o funcionamento do sistema por meio de satisfação dos usuários através de ações pontuais, objetivas e quantitativas. Usuários, colaboradores e gestores demonstraram compreender a essência do significado do acolhimento na assistência à saúde e também como seria uma assistência mais humanizada, embora não compartilhem da mesma concepção sobre o tema. Ficou evidenciado que urge a necessidade de compreender o ser humano em sua integralidade e de melhorar as relações interpessoais para que se tenha uma assistência à saúde mais acolhedora e humanizada. A subjetividade dos diferentes atores parece estar espremida, em meio a fatores da instituição, do município, das políticas e do próprio sistema de saúde nacional, fazendo com que as pessoas entendam o que é acolhimento, mas não se percebam e não se sintam acolhidas e, consecutivamente, não consigam acolher o outro. Assim, ao não experienciarem e não exercitarem as ações de acolher, colaboram para a assistência à saúde ficar mais focada no objetivo de tratamento da doença e, se possível, de cura, reduzindo as pessoas a portadores e tratadores de patologias, esvaziando estes atores de sua essência humana, ao desconsiderar as subjetividades e aspectos integrais de cada ser.
- ItemA adaptação do enfermeiro à cultura organizacional : uma imersão nas formas de produção de subjetividades(2016) Santos, Cristiano Pinto dos; Lunardi Filho, Wilson DaniloO processo de trabalho do enfermeiro deve suplantar qualquer forma de articulação estanque em suas práticas, pois suas ações necessitam de um planejamento contextualizado, para que se possa identificar, envolver e apreender as subjetividades inerentes a este processo, além de produzir sua subjetividade de maneira singular. Estar normalizado à cultura organizacional pode indicar adaptação ao processo de trabalho instituído, adotando um código de comandos de poder e saber, em que os conhecimentos científicos não se apresentam como instrumento de enfrentamento, frente ao processo estabelecido. Suas propriedades, que poderiam gerar enfrentamentos, são utilizadas para a normalização de sua condição e não para um entorpecimento ou modificação da cultura organizacional. Desta forma, defende-se a seguinte tese: O enfermeiro, independentemente do tempo, instituição de origem de sua formação e cursos de pós-graduação realizados, ao ser admitido em uma instituição hospitalar, geralmente, se adapta à cultura organizacional como uma estratégia de normalização, que parece inibir sua produção de subjetividade, dificultando assim, a realização de ações transformadoras que promovam um cuidado de qualidade. Este estudo teve como objetivo geral conhecer os fatores que envolvem a adaptação do enfermeiro à cultura organizacional, em uma perspectiva de modos de produção de sua subjetividade. Foi realizada uma pesquisa de cunho qualitativo, desenvolvida no contexto de um Hospital. Os participantes do estudo foram 12 enfermeiros, sendo a pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande (CEPAS-FURG) sob parecer número 41/2015. Os dados foram tratados pelo método de análise de conteúdo proposto por Bardin. Com os resultados foi possível constatar que existem alguns fatores principais que influenciam a adaptação do enfermeiro à cultura organizacional: a força da instituição hospitalar; a conduta de enfermeiros mais antigos sobre mais novos; o medo de perder o emprego; mudança da função de técnico de enfermagem para enfermeiro; a formação acadêmica; pouca autonomia no trabalho; pensamento político enfraquecido por parte do enfermeiro; identidade unificada pelo sistema dominante; culpabilização; falta de integração dos enfermeiros; atividades burocráticas; ambição profissional limitada; valorização do capital financeiro. O enfermeiro, ao mergulhar no ambiente hospitalar, veste o uniforme subjetivo padrão, expressando minimamente suas ferramentas contra-hegemônicas, unificando ainda mais os comportamentos singulares que podem promover uma protrusão com a ordem capitalista. Dessa forma, coíbe alguns processos que poderiam se tornar inovadores e atuais, evitando a possibilidade de ser visto como um ser marginalizado, que não se encaixa nas leis do trabalho. Aprofundar o estudo das questões que envolvem o trabalho do enfermeiro é fundamental e, acredita-se, que os pontos destacados precisam de estudos permanentes, não se encerrando com os resultados desta tese, pois o contexto de trabalho do enfermeiro é diversificado e dinâmico e a forma como o enfermeiro vem produzindo e reproduzindo subjetividade merece estudos fartos e impetuosos.
- ItemAIDS e Diabetes Mellitus versus justiça distributiva no sistema público de saúde(2004) Lunardi Filho, Wilson Danilo; Oliveira, Silvia Lúcia de CastroReflexão sobre a forma de distribuição dos recursos públicos na área de saúde e as conseqüências decorrentes. Questiona-se a eqüidade da justiça distributiva. Propõe-se uma leitura contextual dos números oficiais, através de inter-relações que possibilitem a compreensão do significado das cifras governamentais. AIDS e Diabetes, escolhidas como paradigmas, representam, respectivamente, os grupos das Doenças Transmissíveis e das Não Transmissíveis. Os números oficiais relativos às duas doenças estão correlacionados em alguns aspectos pontuais: gastos com medicamentos, prevalência, evolução de taxas de mortalidade. Alerta-se para as diferenças de atenção oficial marcantes entre as duas doenças e para as conseqüências sofridas por pessoas atingidas por Diabetes e por outras doenças não transmissíveis, decorrentes da insuficiência de recursos públicos destinados ao seu atendimento.
- ItemA apropriação e uso de conhecimentos de gestão para a mudança de cultura na enfermagem como disciplina(2006) Svaldi, Jacqueline Sallete Dei; Lunardi Filho, Wilson Danilo; Gomes, Giovana CalcagnoReflexão acerca da possibilidade do uso de conhecimentos de gestão no processo do trabalho em saúde, apresentando aspectos gerais do processo gerencial e considerações sobre o trabalho da enfermagem no contexto geral do trabalho em saúde e elementos da cultura organizacional e suas implicações no contexto do trabalho da Enfermagem. A manutenção do modelo de gerência tradicional como o principal norteador da organização do trabalho na área da saúde vem inibindo a produção da Disciplina Enfermagem. Urge, na Enfermagem, que se propiciem aos trabalhadores possibilidades para criar, desenvolver, usar novas ferramentas e tecnologias para gerenciar o processo de trabalho, encontrar formas criativas e inovadoras de produzir e viver, ter qualidade de vida pessoal e profissional, ser ético/estético, dentre outros. Apropriar–se e utilizar conhecimentos acerca das diferentes formas de gerenciar o processo de produção no trabalho apresenta–se como uma importante estratégia capaz de propiciar o desenvolvimento da Enfermagem como disciplina.
- ItemClima de segurança entre trabalhadores de enfermagem em unidades de internação adulto.(2015) Nauderer, Taís Maria; Lunardi Filho, Wilson DaniloSegurança do paciente é entendida, conforme a Organização Mundial de Saúde, como a redução do risco de danos evitáveis, associados à saúde em um nível mínimo aceitável. Cultura de segurança envolve atitudes, valores e normas relacionadas com a segurança do paciente, como comunicação aberta sobre erros e apoio de gestores. A implementação de uma cultura de segurança positiva nas instituições de saúde corresponde ao primeiro passo para estabelecer um ambiente seguro. A presente pesquisa trata da Segurança do Paciente, com foco na Cultura de Segurança, e sustenta a tese de que a cultura de segurança da instituição de saúde é repercutida nos domínios do clima de segurança presente entre os trabalhadores de enfermagem e nas relações desses com a qualidade do cuidado prestado, influenciando a segurança dos pacientes. O objetivo geral da pesquisa foi avaliar elementos da cultura de segurança em um hospital universitário, mediante a análise de seus aspectos e sua potencial repercussão na qualidade do cuidado, a partir da mensuração do clima de segurança presente entre trabalhadores de enfermagem atuantes em unidades de internação adulto. Trata-se de um estudo quantitativo, que foi desenvolvido em um hospital universitário situado no município de Porto Alegre, em 12 unidades de internação adulto. Participaram 229 trabalhadores de enfermagem, que preencheram o Questionário de Atitudes de Segurança (SAQ). As médias dos escores obtidos tiveram associação verificada com variáveis selecionadas e com resultados de 12 indicadores de qualidade assistenciais e gerenciais das unidades onde os participantes atuam. O tratamento dos dados foi realizado por meio de estatística descritiva e inferencial. Os resultados revelam que os domínios melhor avaliados foram Satisfação no trabalho e Clima de trabalho em equipe e os domínios com menores médias foram Percepção da gerência hospitalar e Condições de trabalho. O único domínio com avaliação positiva (escore superior a 75 pontos) foi Satisfação no trabalho. O item "eu gosto do meu trabalho" destacou-se com a maior proporção de concordância e o item "nesta área, o número e a qualificação dos profissionais são suficientes para lidar com o número de pacientes"demonstrou maior quantidade de participantes discordantes. Foram identificadas diferenças significativas nas médias do clima de segurança entre as unidades. Os domínios foram percebidos de forma distinta entre as diferentes categorias profissionais da enfermagem e entre os sexos dos respondentes, em algumas unidades. Identificou-se também correlação entre os tempos de atuação na instituição e na profissão e as médias de alguns domínios do clima de segurança, em algumas unidades. Clima de trabalho em equipe, Clima de segurança,Satisfação no trabalho, Percepção da gerência hospitalar e Condições de trabalho obtiveram correlação verificada com algum dos resultados dos indicadores de qualidade assistencial e gerencial. Conclui-se que o exame dos domínios do clima de segurança fornece informações abrangentes sobre a cultura de segurança na instituição e que ações para melhorar a segurança do paciente devem ser direcionadas para a realidade de cada unidade.
- ItemA clínica como instrumento do trabalho em enfermagem na produção na produção de cuidados(2013) Sousa, Lenice Dutra de; Lunardi Filho, Wilson DaniloEste estudo teve por objetivo analisar o trabalho do enfermeiro sob a ótica da produção de cuidados em saúde e do exercício da clínica. Para sua realização, optou-se pela utilização do referencial filosófico de Deleuze e Guattari devido às suas convicções acerca de um modo de pensar interconectado. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa e exploratória, na forma de Estudo de Caso, em uma unidade de internação cirúrgica de um hospital universitário, tendo como unidade de análise um grupo de seis enfermeiros dessa mesma unidade de internação. Utilizou-se a observação não participante, a pesquisa documental e a entrevista em profundidade como métodos de coleta de dados. Os dados foram analisados, de acordo com a análise textual discursiva. O projeto dessa pesquisa, elaborado consoante às diretrizes da Resolução196/96 do Conselho Nacional de Saúde, foi aprovado sob parecer n° 87/2012. Obteve-se como um dos principais resultados que o resgate da clínica como saber pode ser um mecanismo de fortalecimento da Enfermagem capaz de propiciar um cuidar que, concomitantemente, legitima a autonomia e a visibilidade das ações de enfermagem. Verificou-se que o modelo clínico/biomédico de assistência traz em suas raízes conhecimentos advindos da clínica como ciência arborífica que, quando incorporados ao trabalho do enfermeiro, possibilitam cuidados resolutivos e coerentes às necessidades de saúde da clientela assistida e ao contexto de trabalho. Os cuidados de enfermagem são instituídos pelo enfermeiro de maneiras distintas e dependentes de conhecimento clínico: seja a partir de conexões diretas com o paciente, assim como, com a criação de linhas de fuga com outros membros da equipe de saúde multiprofissional. Atua como base para a conexão de outros saberes e práticas que expandem o fazer do enfermeiro, por meio de interligações com o ambiente. Deste modo, existe a formação de rizomas, por meio de linhas de fuga que partem da própria estrutura arborífica. Os rizomas são fundamentados e transformados, com base nas necessidades que emergem da prática clínica do enfermeiro e demonstram a capacidade desse profissional de superar o modelo clínico/biomédico hegemônico de assistência, confirmando a tese de que: o trabalho da enfermagem é organizado segundo duas perspectivas interconectadas e interdependentes: a perspectiva do modelo clínico, que compõe a estrutura-mestre da sua prática e equipara-se à estrutura arborescente do referencial de Deleuze e Guattari, que é representada pelos saberes biológico, fisiológico, patológico e farmacológico; e a perspectiva caracterizada por uma estrutura rizomática, composta por elementos múltiplos e heterogêneos, que pode ser representada por aspectos que interferem no ambiente em que o paciente está inserido, seja no âmbito social, familiar, de trabalho, entre outros. Deste modo, o modelo clínico de assistência organiza-se como uma estrutura centrada que possibilita a resolutividade das necessidades biológicas e atua como base para a conexão de outros saberes e práticas que expandem o fazer do enfermeiro, por meio de interligações com o ambiente, resultando em uma prática clínica mais próxima do que se considera/denomina integralidade.
- ItemCompetências do enfermeiro para a prática profissional e implantação do processo de enfermagem(2011) Machado, Aline Pereira; Lunardi Filho, Wilson DaniloA enfermagem é uma profissão que está intimamente ligada à produção de saúde, sendo protagonista do cuidado. Coadjuvantes indissociáveis são seus processos de trabalho, em especial, o de planejamento de cuidado. A conquista de identidade e reconhecimento profissional dar-se-á, principalmente, pela valorização do seu trabalho, ao ser desenvolvido com o suporte cientifico e metodológico da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem (PE). A Resolução COFEN 358/2009 conceitua e atualiza as designações relativas à SAE e ao PE. O PE é um instrumento metodológico que orienta as ações de cuidar, utilizado para dar visibilidade à SAE. Portanto, urge uma nova ordem que busque atender as necessidades emergentes na prática cotidiana, ao realizar diagnósticos de enfermagem, estabelecer e registrar as intervenções de enfermagem de forma sistemática e favorável à avaliação dos resultados alcançados. Este estudo teve como objetivo geral: Conhecer a produção acerca das competências profissionais do enfermeiro necessárias para a prática profissional e a implantação do Processo de Enfermagem, no cenário brasileiro. A metodologia utilizada foi uma Revisão Integrativa da literatura, conforme referencial teórico de Cooper(1982), realizada nas bases Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Banco de Dados em Enfermagem (BDENF). Utilizaram-se como descritores os termos “competência profissional and enfermagem”; “processos de Enfermagem and prática profissional”. Nessa composição, a partir dos Descritores em Ciências da Saúde (DECS), foram encontrados 251 artigos, nas bases de dados selecionadas. Com base nos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 14 artigos. Foi possível averiguar, através das categorias desveladas, algumas fragilidades e potencialidades no desenvolvimento dessas competências e constatar que existe uma gama de conhecimentos e experiências relativas ao Processo de Enfermagem. A partir da constatação das competências profissionais elencadas nos artigos, pôde-se melhor clarificar as competências e habilidades necessárias ao enfermeiro no exercício da prática profissional e para implantação do PE, assim, potencializando a busca pelas competências que efetivamente possibilitarão a implantação o PE, como as expostas aqui: conhecimentos clínico, científico e humanístico, habilidades, atitudes, comunicação, liderança, relacionamento interpessoal, gerenciamento participativo, educação e o uso de recursos tecnológicos. A busca pela cientificidade da Enfermagem através do PE é possível por meio de pesquisas que interconectem as competências profissionais e a implantação do PE, como forma de sensibilizar a sociedade, gestores, pacientes e equipe multiprofissional para uma mudança, dentro da Enfermagem que dará visibilidade ao seu fazer, à sua imagem e à sua própria concepção de competência, para buscar seus espaços, no cenário da saúde brasileira.
- ItemComunicação como instrumento de humanização do cuidado de enfermagem: experiências em unidade de terapia intensiva(2008) Barlem, Edison Luiz Devos; Rosenhein, Daniele Portella do Nascimento; Lunardi, Valéria Lerch; Lunardi Filho, Wilson DaniloO presente estudo surgiu de questionamentos sobre a relevância da comunicação como instrumento para humanizar o cuidado de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Assim, o objetivo foi conhecer como pacientes perceberam o processo de comunicação implementado pela equipe de enfermagem, identificar quais as percepções sobre os cuidados prestados pela equipe de enfermagem e situações vivenciadas neste ambiente relacionadas ao processo de comunicação. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa, por meio de entrevista semi-estruturada com sete pacientes que estiveram internados em UTI geral de um Hospital Universitário do extremo sul do Rio Grande do Sul, no período de janeiro de 2004 a junho de 2006, abordando aspectos referentes ao cuidado recebido, com atenção especial ao processo de comunicação. A idade dos entrevistados variou de 21 a 73 anos. Após a análise das falas, emergiram duas categorias: a vivência na UTI, seus significados e as necessidades de comunicação e UTI: potencial ambiente de cuidado. Os resultados permitem concluir que os cuidados recebidos na UTI foram satisfatórios e há o reconhecimento da preocupação da equipe de enfermagem em se comunicar com o paciente, valorizando o olhar, a presença e o toque.
- ItemA comunicação como um dos fatores de auxílio ao paciente cirúrgico no processo de tomada de decisão sobre a sua saúde(2003) Oliveira, Jocelda Gonçalves; Lunardi Filho, Wilson DaniloEste estudo teve sua motivação em quase quinze anos de trabalho da autora em Instituição Hospitalar, em que pôde observar, empiricamente, que as relações de comunicação entre profissionais de saúde e pacientes ocorrem de maneira verticalizada, nas quais o profissional transmite o seu saber, impondo e negando o direito à voz do outro e, em conseqüência, negando-lhe, também, a autonomia de decidir. Transformando essa assertiva em uma questão hipotética, foi constatada a sua confirmação, por ocasião do desenvolvimento da presente pesquisa, cujo objetivo geral foi compreender como vem se dando a participação do cliente/paciente no processo de tomada de decisão. Visando atingir o objetivo pretendido, foi desenvolvido um estudo qualitativo em uma Unidade de Internação Cirúrgica, de um Hospital Universitário, público, do Estado do Rio Grande do Sul. Os sujeitos da pesquisa foram os clientes/pacientes de cirurgia eletiva e os profissionais de saúde (médicos e membros da equipe de enfermagem). A coleta de dados deu-se por meio do uso das técnicas de observação e entrevista. Ambas as técnicas seguiram um roteiro pré estabelecido. A análise dos dados emergentes permitiu comprovar que é o paciente quem decide procurar auxílio médico e que os profissionais parecem percebê-lo somente como um caso cirúrgico, não se identificando perante ele nem fornecendo informações a respeito de exames e procedimentos realizados. Também não permitem ou incentivam a sua participação no seu cuidado. Além de não considerarem queixas e temores, não respeitam o direito à recusa a qualquer procedimento prescrito. Comprovou-se, assim, que subestimam a sua capacidade e inteligência. O Ser humano, portanto, desde o momento em que interna no hospital, aos poucos, é destituído da sua condição de sujeito. Passando a emergir como objeto, perde o comando de seu próprio corpo, a autonomia, sendo-lhe negada a sua capacidade de reflexão e, portanto, de decisão.
- ItemConhecimento da equipe de enfermagem e cultura de segurança: análise sistêmica dos riscos na assistência ao doente crítico em ventilação mecânica invasiva(2012) Schwonke, Camila Rose Guadalupe Barcelos; Lunardi Filho, Wilson DaniloO cuidado à saúde vem sendo, na atualidade, sistematicamente influenciado por mudanças produzidas no âmbito da tecnologia, o que tem gerado diversas inquietações e indagações acerca dos benefícios, riscos e das relações construídas entre trabalhadores, doentes e a utilização dessas tecnologias como instrumentos imprescindíveis ao cuidado de enfermagem/saúde. Neste contexto, as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) emergem como ambientes de cuidados em saúde altamente tecnologizados, em que a ventilação mecânica se constitui na tecnologia mais comumente empregada, exigindo dos profissionais envolvidos na assistência conhecimentos específicos e das instituições dispositivos de gestão que garantam um cuidado de enfermagem seguro aos doentes críticos que dependem desta terapêutica. Diante do exposto, foi elaborada a seguinte tese: A equipe de enfermagem possui déficits de conhecimento acerca da assistência ao doente crítico em ventilação mecânica invasiva, que predispõem a riscos na assistência, especialmente, quando atua em organizações de saúde em que a cultura de segurança pautada na abordagem sistêmica dos fatores que envolvem a ocorrência de erros é frágil. O objetivo deste estudo foi verificar o conhecimento dos profissionais de enfermagem que atuam em UTI Adulto acerca da assistência ao doente crítico em ventilação mecânica invasiva e identificar as atitudes, em relação à segurança do paciente, de forma a caracterizar a cultura de segurança presente em instituições hospitalares, na percepção da equipe de enfermagem. Assim, realizou-se uma pesquisa quantitativa com delineamento descritivo correlacional, em sete UTIs, de três municípios que compõem a 3ªCoordenadoria Regional de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul. O número de informantes foi de 173 trabalhadores de enfermagem destas unidades, entre eles, enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de instrumento de pesquisa, contendo duas escalas do tipo Likert com 5 pontos. A primeira escala buscou verificar o conhecimento da equipe de enfermagem relacionado à prática clínica, envolvendo a assistência de enfermagem ao doente crítico em ventilação mecânica invasiva (vmi) e a escala 2, extraída do estudo de Singer et al. (2003), foi adaptada e validada, e buscou apreender a percepção da equipe de enfermagem sobre a cultura de segurança estabelecida pela organização hospitalar. Os dados foram analisados com o uso do software SPSS, versão 18.0, sendo submetidos a análises descritivas e análises de variâncias. Considera-se que os informantes deste estudo apresentaram déficits importantes de conhecimento, especialmente relacionados às categorias Riscos para Pneumonia Associada à ventilação Mecânica, Riscos para lesões traqueais e orais e Riscos para extubação acidental e as atitudes acerca da cultura de segurança, na percepção dos respondentes, podem ser visualizadas sob a ótica de cinco constructos: promoção da segurança do paciente, em nível organizacional; segurança no cuidado ao paciente; prevenção de erros como prioridade organizacional; percepção de riscos e erros que ocorrem na organização. Constatou-se que a forma como as instituições abordam o erro, na percepção dos profissionais de enfermagem estudados, distancia-se daquela proposta pela abordagem sistêmica. Faz-se necessário, portanto, um novo olhar para estas questões que vão além do ato vivo da assistência prestada pelos profissionais e que perpassa todo um contexto de responsabilizações.
- ItemConstrução da prescrição de enfermagem informatizada em uma UTI(2004) Aquino, Deise Ribeiro; Lunardi Filho, Wilson DaniloO Processo de Enfermagem (PE)contribui para a consolidação da profissão como ciência do cuidado. Esse estudo descreve uma construção coletiva da Prescrição de Enfermagem Informatizada (PEI), enfocando os protocolos de intervenções. O objetivo é apresentar o modo de construção coletiva de um instrumento metodológico para o trabalho, a partir do conhecimento da realidade e da interação dos indivíduos. Sugere um modelo simplificado para operacionalizar o PE, buscando atender as necessidades tanto da academia quanto das instituições hospitalares, através da aproximação teórico-prática e da atenção à integralidade preconizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Traça paralelos entre Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e PE, bem como a sua complementação na fusão de ambos, dentro da organização do trabalho. O modelo de PE, fundamentado na teoria de Wanda Horta, constituiu-se de três fases: histórico, evolução e prescrição informatizada. O acesso às intervenções no sistema informatizado acontece pela escolha do(s) problema(s) de enfermagem, dentro de subsistemas corporais afetados. A abordagem metodológica utilizada foi a pesquisa convergente-assistencial com a equipe de enfermagem da UTI de um Hospital Universitário, que seguiu os seguintes passos para a construção dos protocolos e implantação da PEI: conhecimento da realidade, pela observação sistemática e pesquisa documental; construção individual dos protocolos, com a consulta bibliográfica; construção coletiva, através da estratégia de revisão dos protocolos pelos enfermeiros. Como resultado obtiveram-se 177 intervenções para 64 problemas. O estudo evidencia a viabilidade da adoção do PE e uso da PEI como fundamentais para a valorização e organização do trabalho da enfermagem.
- ItemA construção de um espaço dialógico-reflexivo com vistas à humanização do ambiente hospitalar(2004) Backes, Dirce Stein; Lunardi Filho, Wilson DaniloEste trabalho caracteriza-se por um conjunto de intervenções no campo interdisciplinar da saúde, pautadas em valores e princípios humanos e éticos. Essas intervenções foram realizadas na Santa Casa de Misericórdia, localizada na cidade de Pelotas, no extremo Sul do Rio Grande do Sul, entre os meses de julho/2003 e julho/2004, com lideranças pertencentes à equipe multiprofissional da saúde, perfazendo o total de dezoito profissionais. O problema que suscitou a sua concepção e execução referiu-se à necessidade de humanizar o ambiente hospitalar. Assim, o presente trabalho teve, por objetivo, desencadear um processo de humanização no ambiente hospitalar, o qual estimulasse a construção de um espaço dialógico-reflexivo no contexto interdisciplinar, capaz de atender à Política de Humanização da Assistência à Saúde – PHAS. Para tanto, ao visar à problematização da realidade concreta e estabelecer relações dialógicas e dialéticas de ação-reflexão no espaço coletivo, valeu-se do método crítico e reflexivo de Paulo Freire. O referencial teórico que respaldou a proposta foi constituído de conceitos e princípios do Programa Nacional de Humanização; da organização do trabalho, como fator gerador de humanização e/ou desumanização; de reflexões sobre a postura ética adotada nas relações de trabalho e no processo de construção coletiva (círculo de cultura do método freireano). Na trajetória de execução propriamente dita, três grandes marcos convergiram para sua construção: 1) o grupo de humanização que se constituiu como equipe, enfocando a importância das relações dialógicas para a conquista de um novo espaço no campo interdisciplinar; 2) a humanização centrada no trabalhador, com maior compreensão do significado coletivo de humanização, do resgate de iniciativas de humanização, da construção de espaços concretos para o emergir da subjetividade, a partir do Banco de Idéias, de ambientes coletivos acolhedores, da maior aproximação entre direção e funcionários e da partilha de vivências e talentos, dentre outros; 3) a humanização centrada no usuário, norteando a política institucional de humanização e enfocando o que representa a razão de ser e existir de um hospital. Em suma, um programa de humanização necessita ser assumido enquanto processo de construção dinâmica, coletiva e participativa que supõe estabelecer um ambiente de cuidado humano e uma cultura de respeito e valorização não da doença, mas do ser humano que adoece e do ser humano que cuida, contemplando uma relação sujeito-sujeito e não sujeito-objeto.
- ItemA construção de um processo interdisciplinar de humanização à luz de Freire(2005) Backes, Dirce Stein; Lunardi Filho, Wilson Danilo; Lunardi, Valéria LerchNum mundo complexo e competitivo, torna-se cada vez mais difícil encontrar estratégias para a resolução de problemas no contexto profissional e institucional. O grande desafio está em construir elementos de reflexão e estratégias de intervenção capazes de resgatar valores básicos coerentes com a ética profissional e o respeito à dignidade humana, como balizadores para o desenvolvimento de um processo de humanização institucional. Por meio do método de Paulo Freire, com base no diálogo e reflexão crítica sobre a realidade concreta, objetivou-se construir um processo interdisciplinar, com vistas à humanização do ambiente hospitalar, a partir de lideranças pertencentes à equipe multiprofissional da saúde, perfazendo o total de dezoito membros. Emergiram como temas geradores, dentre outros: humanizar-se para humanizar; o ser humano um ser de relações dialógicas; a humanização passa pela comunicação e decorre do acolhimento e vínculo afetivo
- ItemConstrução e implantação da prescrição de enfermagem informatizada em uma UTI(2004) Aquino, Deise Ribeiro; Lunardi Filho, Wilson DaniloO uso do método científico através do Processo de Enfermagem contribui para a consolidação da profissão enquanto ciência do cuidado. Esse estudo descreve uma construção coletiva da Prescrição de Enfermagem Informatizada (PEI), desde a criação dos protocolos de intervenções até a implantação e avaliação da proposta e tem como objetivo construir coletivamente um instrumento metodológico para o trabalho, a partir do conhecimento da realidade e da interação dos indivíduos. Sugere um modelo simplificado para operacionalizar o Processo de Enfermagem (PE), buscando atender as necessidades tanto da academia quanto das instituições hospitalares, através da aproximação teórico-prática e da atenção à integralidade preconizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Tenta ainda, traçar um diferencial entre Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e PE, bem como a sua complementação na fusão de ambos dentro da organização do trabalho. O modelo de PE é fundamentado na teoria de Wanda Horta, sendo constituído de três fases: histórico, evolução e prescrição informatizada. O acesso às intervenções no sistema informatizado acontece pela escolha do problema de enfermagem dentro de subsistemas corporais afetados. A abordagem metodológica utilizada é a pesquisa convergente-assistencial com a equipe de enfermagem da UTI de um Hospital Universitário, que segue cinco passos dentro da construção dos protocolos e implantação da PEI: Conhecimento da realidade, com as técnicas de observação sistemática e pesquisa documental; construção individual dos protocolos, com a consulta bibliográfica; construção coletiva com enfermeiros, através da estratégia de revisão dos protocolos; implantação da prescrição informatizada, com a técnica de observação participante; (re) construção coletiva na avaliação, com entrevistas semi-estruturadas. Como resultado obteve-se 177 intervenções em 64 problemas de enfermagem. As intervenções foram classificadas, selecionando-se as previsíveis, relevantes, viáveis, funcionais e as rotinas mais adequadas ao contexto pesquisado para inserir nos protocolos. O estudo evidencia a viabilidade da adoção do PE com o uso da PEI, instrumento fundamental para a valorização cultural da enfermagem e organização do trabalho, sendo possível de ser construído, quando parte da interação humana para a transformação da realidade.
- ItemA contribuição da tecnologia da informação à implementação da sistematização da assistência de enfermagem(2006) Busanello, Rozelaine Maria; Lunardi Filho, Wilson DaniloA enfermagem vem, ao longo do tempo, fazendo uso das mais diversas tecnologias para o exercício da profissão. Dentre elas, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) constitui uma das mais importantes para o profissional enfermeiro, pois, além de ser uma atividade exclusiva, possibilita um cuidado diferenciado, permite a sua avaliação e proporciona um novo olhar ao seu fazer. A realização deste estudo teve como objetivo geral contribuir para o desenvolvimento de aplicativo específico à informatização da Sistematização da Assistência de Enfermagem para incrementar, desta forma, a qualidade do cuidado de enfermagem e como objetivos específicos elaborar Protocolos de Ações/Intervenções de Enfermagem relacionados com os Diagnósticos de Enfermagem e analisar sua aplicabilidade e aceitação de seu uso pela equipe de enfermagem na Unidade Toco–Ginecológica, no Setor de Obstetrícia e Alojamento Conjunto do Hospital Universitário de Santa Maria-RS, sendo utilizada para a sua realização a pesquisa convergente-assistencial. Traz como contribuição para o exercício da SAE o processo de enfermagem informatizado, utilizando como referencial a Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta e a linguagem taxonômica dos Diagnósticos de Enfermagem da NANDA, contemplando Histórico de Enfermagem, Diagnóstico de Enfermagem, Ações/ Intervenções de Enfermagem, Evolução de Enfermagem e Nota de Alta. Para as ações de enfermagem, foram construídos protocolos vinculados aos diagnósticos, utilizando a revisão de bibliografia específica, a vivência profissional, bem como algumas normativas institucionais. A ferramenta utilizada para o desenvolvimento do programa foi o Delphi 6.0, através de uma parceria com profissional da área da informática. Constatou-se que o uso da informática auxilia o desenvolvimento da SAE, principalmente, ao utilizar o computador à beira do leito, bem como quando se utilizam os Diagnósticos de Enfermagem da NANDA e que os profissionais necessitam de aperfeiçoamento, no que concerne à sua utilização com acurácia. Percebeu-se ainda que, para que a SAE se efetive concretamente, é necessário o envolvimento, não somente daqueles enfermeiros ligados diretamente à prática assistencial, mas das estruturas institucionais que o apóiem e forneçam subsídios qualitativos e quantitativos, instrumentalizando-os para esta prática.
- ItemContribuições do conhecimento dos fatores de risco para parto prematuro à organização do trabalho do enfermeiro na assistência pré-natal(2018) Carvalho, Vanessa Franco de; Lunardi Filho, Wilson DaniloO estudo teve como objetivos: elencar os fatores de risco relacionados ao parto prematuro, em gestantes que receberam assistência ao parto no município do Rio Grande/RS; enumerar os fatores de risco relacionados ao parto prematuro, segundo a percepção dos enfermeiros que realizam a assistência pré-natal; conhecer a conduta dos enfermeiros diante dos fatores de risco relacionados ao parto prematuro; e identificar como está organizado o trabalho dos enfermeiros que realizam o pré-natal, para a prevenção dos partos prematuros. Trata-se de um estudo de abordagem quanti-qualitativa. A etapa quantitativa foi do tipo caso-controle, utilizando dados do projeto intitulado "Parto prematuro: estudo dos fatores associados para a construção de estratégias de prevenção". Os dados são referentes à entrevista, realizada durante o ano de 2015, com 303 puérperas, que fizeram o pré-natal no município do Rio Grande e tiveram parto prematuro e 307 mulheres que tiveram parto a termo. A análise foi desenvolvida com auxílio do programa Stata, versão 11.0, em um nível de significância de 5%, foram calculadas as frequências das variáveis estudadas, análises bivariadas e teste t para comparação das médias. A etapa qualitativa realizou entrevista, no período de julho a outubro de 2016, com os 45 enfermeiros que prestavam assistência pré-natal pelo Sistema Único de Saúde no município do Rio Grande/RS, utilizando a análise descritiva e temática dos dados. As pesquisas tiveram aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, da Universidade Federal do Rio Grande e autorização do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde do Rio Grande. A pesquisa quantitativa identificou como fatores de risco ao parto prematuro a idade materna entre 20-34 anos, escolaridade materna maior que 12 anos de estudo, maior renda materna, realização de menos de seis consultas de pré-natal, história de prematuridade prévia, hipertensão arterial, ameaça de aborto, ameaça de parto prematuro, sangramento, uso de crack na gravidez e trabalho da mãe na gravidez. A pesquisa qualitativa evidenciou que muitos enfermeiros não souberam explanar os encaminhamentos para os fatores de risco ou citaram cuidados isolados. Foi encontrada disparidade, em relação às condutas, e alguns cuidados não foram identificados. As estratégias de prevenção ao parto prematuro elencadas foram educação em saúde, organização da dinâmica de trabalho, planejamento familiar, trabalho em equipe, grupo de gestantes, organização do tempo para atendimentos das gestantes e realização de pré-natal. As questões pesquisadas nesta tese de doutorado apresentaram variáveis com resultados divergentes das publicações na área que podem ter ocorrido, devido à influência de fatores confundidores como as cesarianas eletivas. Porém, a pesquisa não conseguiu determinar tal hipótese. Ficou evidente a necessidade de qualificação do trabalho dos enfermeiros para melhorar o atendimento pré-natal e, consequentemente, diminuir os riscos de trabalho de parto prematuro. Os achados mostram a necessidade de investimentos em educação permanente para os enfermeiros, de forma que possam identificar prontamente os fatores de risco ao parto prematuro e saibam prescrever os cuidados necessários. Os resultados deste estudo permitem confirmar a tese de que a aquisição de conhecimento sobre os fatores de risco para parto prematuro qualifica o enfermeiro para a realização do pré-natal e contribui para a organização do trabalho na prevenção do parto prematuro.
- ItemO cuidado de si como condição para o cuidado dos outros na prática de saúde(2004) Lunardi, Valéria Lerch; Lunardi Filho, Wilson Danilo; Silveira, Rosemary Silva da; Soares, Narciso Vieira; Lipinski, Jussara MendesÉ necessário olhar criticamente para as nossas práticas e para as relações que estabelecemos em nossa vida pessoal e profissional, para termos um viver pautado na ética. Neste texto, problematizamos práticas de governabilidade, construídas nas relações que os profissionais de saúde e, em especial, os enfermeiros estabelecem entre si, com as instituições de saúde e com os clientes e na relação com a profissão. Concluímos que, para alguém cuidar do outro e conduzi-lo, como o fazem os enfermeiros em suas práticas, primeiramente necessita demonstrar que podem conduzir-se, que conhece os limites de sua prática e que necessita respeitar o outro como alguém diferente de si próprio.
- ItemCuidando de famílias de pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva(2003) Ferrioli, Daniele Rodrigues; Acosta, Lisiane Silveira; Gomes, Giovana Calcagno; Lunardi Filho, Wilson DaniloAo adoecer e hospitalizar-se em uma UTI, o cliente é deslocado do seu meio ambiente, gerando uma situação de crise para todos os membros de sua família que, junto com a doença que ameaça a sua vida, compartilham o medo, o estresse, os sentimentos de perda e a preocupação com a morte. Assim, temos como objetivo identificar, junto aos familiares de pacientes internados em uma UTI, as suas principais necessidades, para criar um espaço de cuidado e de ajuda, de modo a auxiliá-los a vivenciar este momento de crise, da forma menos traumática possível. A partir de observações participantes e entrevistas com sete famílias de clientes internados em uma UTI Geral, pôde-se identificar percepções e sentimentos das famílias em relação à morte e ao adoecer, suas percepções acerca da visita hospitalar e da atuação da equipe, suas reivindicações e situações em que se reconhece cuidada.
- ItemDiagnósticos de enfermagem em pacientes no período pós-operatório de cirurgias cardíacas(2010) Pivoto, Flavia Lamberti; Lunardi Filho, Wilson Danilo; Santos, Silvana Sidney Costa; Almeida, Miriam de Abreu; Silveira, Rosemary Silva daObjetivo: Identificar, em conjunto com enfermeiras de uma Unidade de Tratamento Intensivo Pós-Operatória Cardiológica, diagnósticos de enfermagem presentes em pacientes no período pós-operatório de cirurgias cardíacas, com vistas à futura implementação do processo de enfermagem nessa unidade. Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, ancorado na pesquisa convergente-assistencial. Os dados foram obtidos, nos registros de enfermagem de 20 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, no mês de abril de 2008, acrescidos da experiência profissional de seis enfermeiras participantes do grupo de convergência reunido durante cinco encontros. Resultados: Foram estabelecidos 15 diagnósticos, segundo a Taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Association, corroborados por outros autores. Conclusão: Identificar diagnósticos de enfermagem comuns em pacientes no pós-operatório de cirurgias cardíacas permite um direcionamento da assistência de enfermagem e subsidia o estabelecimento de intervenções fundamentadas e adequadas às necessidades individuais apresentadas por esses pacientes.
- ItemDinâmica da vivência do familiar que assume o cuidado de um paciente insulino-requerente(2003) Oliveira, Silvia Lúcia de Castro; Lunardi Filho, Wilson DaniloEste é um estudo qualitativo, que teve por objetivo compreender como é vivenciada a relação do cuidado familiar ao paciente diabético, baseado na Teoria do Vínculo de Pichon Rivière, subsidiada por conceitos de Caplan, Bronfenbrenner e Yunes. Com sua realização, buscou-se conhecer o impacto que esta doença provoca no contexto familiar, principalmente em relação à personagem cuidador. O estudo foi realizado em um Centro de Saúde, no município de Rio Grande, junto a familiares de pacientes vinculados ao Programa Municipal de Assistência ao Diabetes. A coleta de dados aconteceu por meio de oito reuniões semanais com este grupo de cuidadores e de entrevistas individuais com cada uma das pessoas participantes do grupo de pesquisa. Com as sucessivas reuniões, através dos depoimentos e das trocas havidas entre as mesmas, pôde ser compreendido como é distribuída a responsabilidade familiar de cuidar de uma pessoa com diabetes, sendo possível identificar fatores como preparo para a função, informação recebida, disponibilidade emocional e vital. Os aspectos políticos sociais foram abordados como forma de contextualizar o trabalho. Foram, ainda, levadas informações aos cuidadores, de forma a possibilitar, não apenas conhecer seu nível de conhecimento e sua capacidade crítica, mas, principalmente, para auxiliá-los a promover melhoras em suas condições de vida.
