Navegando por Autor "Marques, Letícia Amico"
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- ItemApoio familiar às mulheres com sintomas de depressão pós-parto.(2015) Marques, Letícia Amico; Oliveira, Adriane Maria Netto deA Depressão Pós-Parto compreende um transtorno mental que ocorre, geralmente, no período de até 12 meses após o parto e possui como principais sintomas: humor deprimido, sofrimento, sentimentos de ansiedade e baixa autoestima. Algumas mães podem expressar sentimentos negativos ou contraditórios em relação a seus bebês, bem como dúvidas quanto à sua capacidade para exercer as funções parentais. Em uma situação de fragilidade como esta, é evidente a mobilização dos familiares para ajudar e cuidar destas mulheres, sendo essa participação, significativa e importante. A existência do apoio familiar efetivo resulta em efeitos positivos e sensações de pertencimento, carinho e bem-estar, fortalecendo o processo recíproco de cuidado entre os membros da família e favorecendo uma relação que gera efeitos tanto para quem recebe, como para quem oferece o apoio. Este estudo, de caráter exploratório descritivo e abordagem qualitativa, está vinculado ao macroprojeto intitulado: Detecção precoce da depressão pós-parto: promoção da saúde da família. A coleta de dados realizou-se no período de agosto a setembro de 2015, por meio de entrevista semi estruturada gravada nas residências das mulheres com sintomas de depressão pós-parto, detectadas por meio da aplicação da Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo nos hospitais e residentes em áreas assistidas por Unidades de Estratégia de Saúde da Família, no município do Rio Grande/RS. As participantes foram 11 mulheres com sintomas de depressão pós-parto que foram assistidas nas maternidades dos hospitais: Associação de Caridade Santa Casa do Rio Grandee Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Correa Jr., que responderam as questões da referida escala. Os dados foram analisados por meio da Análise de Conteúdo proposta por Laurence Bardin. De forma a contemplar os aspectos éticos preconizados pela Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, concernentes às pesquisas envolvendo seres humanos, o macroprojeto citado acima obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande, com Parecer número 62/2012 e todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os resultados e discussões foram apresentados na forma de dois artigos científicos: O primeiro, "Percepção de mulheres com sintomas de depressão pós-parto acerca do apoio familiar", com três categorias de resultados: "Perspectiva das mulheres acerca do apoio familiar no pós-parto", "Percepção do apoio familiar" e "Significado do apoio e importância da família neste contexto" e o segundo artigo, "A sintomatologia depressiva no período pós-parto e sua interferência nas interações familiares", também com três categorias: "Percepção dos sintomas de Depressão Pós-Parto", "A interferência dos sintomas na relação mãe-filho" e "O impacto dos sintomas nas interações familiares". Os resultados deste estudo apontam que a família assume papel fundamental no auxílio ao enfrentamento da Depressão Pós-Parto, pois, geralmente proporciona, por meio do apoio, mais segurança e tranquilidade para que a mulher consiga superar os conflitos oriundos desta doença. Conclui-se que a sintomatologia depressiva interfere diretamente no micro sistema familiar, na maioria dos casos, negativamente, acarretando conflitos e o afastamento das pessoas, em raras exceções, influencia de forma positiva, considerando-se os mecanismos para a superação das adversidades.
- ItemO fenômeno violência em famílias que vivem em territórios vulneráveis(2019) Marques, Letícia Amico; Silva, Mara Regina Santos da; Lourenção, Luciano GarciaA violência é um fenômeno global que acompanha a vida em sociedade desde os primórdios da história da humanidade. É resultante de múltiplas causas, as quais estão frequentemente associadas a problemas sociais tais como a pobreza e o uso de drogas, além de fatores pessoais e culturais. Quando há relação entre as características pessoais dos indivíduos, com as características específicas do território vulnerável onde a família vive, pode ocorrer o desenvolvimento da violência entre seus membros, uma vez que a resolução dos conflitos cotidianos torna-se mais difícil, especialmente pela forma pessoal de conduzir as situações no ambiente familiar, frente às adversidades encontradas no território vulnerável. Esta pesquisa tem como objetivo geral analisar o fenômeno violência em famílias que vivem em territórios vulneráveis, e como objetivos específicos: descrever as características pessoais das vítimas e dos agressores de violência na família que vive em territórios vulneráveis; caracterizar as ocorrências de violência quanto ao tipo, meio empregado, local em que ocorreu a agressão, tempo decorrido entre o momento da agressão e o momento do registro da ocorrência, desfecho da ocorrência para a vítima e território mais incidente; e refletir sobre os possíveis impactos da violência familiar presenciada por filhos ou outros membros da família. Trata-se de um estudo exploratório e descritivo, com abordagem quantitativa, vinculado ao Grupo de Estudo e Pesquisa em Família, Enfermagem e Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande, sendo oriundo do macroprojeto intitulado: “A paternidade no contexto da violência intrafamiliar: estratégias para o trabalho de enfermagem” o qual visa aprofundar o conhecimento e a compreensão sobre o fenômeno violência na família. Os dados utilizados nesta pesquisa foram coletados diretamente das ocorrências policiais na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em Rio Grande/RS. A amostra do presente estudo são 277 ocorrências policiais as quais contemplaram a violência no ambiente familiar abrangendo diferentes membros da família e não somente a violência específica contra a mulher. Os dados foram coletados no período de julho a agosto de 2017 por meio de um instrumento previamente elaborado. Visando contemplar a análise quantitativa, foram realizados testes provenientes da estatística descritiva. Os dados foram digitados, revisados e codificados em um banco de dados construído com o programa Microsoft Excel e, posteriormente, transferidos para o software estatístico IBM SPSS Statistical versão 23. O macroprojeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), com parecer de no 42/2017 e sob o CAAE: 62448616.2.0000.5324. Os resultados estão apresentados por meio de três artigos científicos: A violência na família: uma análise a partir do modelo ecológico da violência; Caracterização das ocorrências de violência em famílias que vivem em territórios vulneráveis; e Possíveis impactos da violência familiar presenciada por filhos ou outros membros da família: estudo reflexivo. No primeiro, constata-se que é a associação entre as características pessoais dos membros da família com as características do território vulnerável que favorece o desenvolvimento de relações familiares violentas. No segundo, evidencia-se que a violência é motivada por conflitos familiares, sendo predominante a violência psicológica, registrada pelas vítimas, e ocorrendo nos territórios vulneráveis em que as famílias vivem. No terceiro, pode-se refletir acerca de dois temas, o vínculo entre a vítima e o agressor da violência e os possíveis impactos a quem presencia o ato violento e o tipo de violência praticada e os possíveis impactos a quem presencia o ato violento. Os resultados desta pesquisa permitem traçar um panorama da violência que acontece em famílias que vivem em territórios vulneráveis, viabilizando a melhoria da organização das práticas dos profissionais de saúde para o enfrentamento da violência. Elementos como as características pessoais, as características do território vulnerável e das ocorrências de violência possibilitam a elaboração de ações de saúde voltadas às reais necessidades das famílias.
- ItemThe invisibility of psychological violence against children(2016) Silveira, Tatiane Britto da; Oliveira, Adriane Maria Netto de; Algeri, Simone; Susin, Lulie Rosane Odeh; Baisch, Ana Luiza Muccillo; Marques, Letícia Amico; Silva, Priscila Arruda daDomestic violence is a social and public health problem and its rates are currently increasing. It is present in all social classes, ethnicities and educational levels. Objective: To analyse the actions done by health professionals who work in Basic Health Units (BHUs) to recognise cases of psychological violence against children. Methods: This is a qualitative, descriptive and exploratory study. It used an analysis of the thematic data content. Interviews were conducted with 24 professionals working in BHUs in a city in southern Brazil. Results: It was observed that physical symptoms are prioritised and there is an underestimation of mental health issues, especially those relating to psychological violence. Conclusions: It was identifi ed that professionals from the BHUs cannot intervene effectively because of the diffi culty in identifying cases of domestic violence and their lack of training for dealing with cases of violence against children.
