Navegando por Autor "Nobre, Camila Magroski Goulart"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
- Resultados por Página
- Opções de Ordenação
- ItemVivências de famílias no cuidado à criança com transtornodo espectro autista (TEA): subsídios para a prática de enfermagem(2023) Nobre, Camila Magroski Goulart; Gomes, Giovana CalcagnoO diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista constitui uma situação de impacto, podendo repercutir na mudança da rotina diária, na readaptação de papéis, ocasionando efeitos diversos no âmbito ocupacional, financeiro e das relações familiares. Este estudo tem como objetivo compreender os significados atribuídos pela família ao cuidado que prestam a criançascom Transtorno do Espectro Autista e construir um modelo teórico que sustente o processo evidenciado nesta adaptação. Para alcançá-lo realizou-se uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, descritivo, no período compreendido entre agosto de 2021 e agosto de 2022. Os participantes foram 16 familiares cuidadores de crianças com esse diagnóstico divididos em 3 grupos amostrais. Teve como contexto uma escola especial que essas crianças frequentam localizada em um município no sul do Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada em profundidade realizada via videoconferência, utilizando a ferramentadigital WhatsApp. O referencial teórico utilizado foi o Interacionismo Simbólico e metodológico a Teoria Fundamentada nos Dados. A coleta de dados e a análise dos dados foram realizadas concomitantemente. A análise foi realizada pela codificação aberta, axial e seletiva.Foram respeitados os princípios éticos da pesquisa, conforme a resolução 510/2016. Descobrindo o Transtorno do Espectro Autista se consolidou quando as famílias apresentaramou não intercorrências na gestação; perceberam ou não as características do transtorno do espectro autista na criança e caminharam para o processo de recebimento do diagnóstico. Sendocuidada em diferentes contextos apontou o domicílio, a escola regular, a escola especial e os serviços de saúde como os locais onde o cuidado à criança acontece. Construindo estratégias para vivenciar o processo de cuidado da criança apontou que as famílias estudam sobre o transtorno; inserem a criança em diversasterapias com diferentes profissionais; aprendem sobreo transtorno com os terapeutas da equipe de cuidados da criança; utilizam figuras para estabelecer comunicação com a criança e deixam de oferecer leite e glúten para o filho com o transtorno. Referiram como interveniências positivas durante o processo de cuidado à criança ter uma rede de apoio para auxílio no cuidado às crianças, entendersobre o assunto, estabeleceruma rotina com a criança, oferecer à criança uma alimentação saudável e ter condições financeiras favoráveis. Apresentam como interveniências negativas ter que prever com antecedência tudo que vai ser feito, ter dificuldade na realização das atividades de vida diária, de comunicação, para dormir, de encontrar profissionais qualificados na área, de entender o comportamento do filho(a), de aceitação da criança no âmbito familiar, de inclusão da criança na escola, do comportamento agressivo da criança, de sua seletividade alimentar, de não ter uma rede de apoio para o cuidado da criança e de ter uma condição financeira desfavorável. Como consequências do diagnóstico da criança verificou-se que as famílias aprendem aentender o transtorno, ressignificam o cuidado à criança e mudam a dinâmica familiar após o recebimento do diagnóstico da criança. Concluiu-se que há necessidade de aprimoramento do conhecimento teórico-científico da enfermagem acerca do tema, sustentado em reflexões que promovam transformações no cuidar.
- ItemVivências de famílias no cuidado à criança e ao adolescente com diabetes mellitus tipo 1: subsídios para a prática de enfermagem(2017) Nobre, Camila Magroski Goulart; Gomes, Giovana CalcagnoO Diabetes Mellitus interfere não só na criança e no adolescente, mas também no seu grupo familiar e social, impondo profundas modificações no estilo de vida. Nesse contexto objetivou-se conhecer as vivências de famílias no cuidado à criança e ao adolescente com Diabetes Mellitus tipo 1. Realizou-se em um Hospital Universitário no Sul do Brasil, no segundo semestre de 2017, uma pesquisa de cunho qualitativo. Participaram 12 familiares cuidadores de crianças e adolescentes atendidas no Centro Integrado de Diabetes. Os dados foram coletados por entrevistas e submetidos à Análise de Conteúdo. Foram respeitados os princípios éticos da pesquisa envolvendo seres humanos. Logo o projeto possui aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE: 68873117000005324, parecer nº 114/ 2017 Verificou-se que é comum a criança internar na urgência, receber o diagnóstico ao consultar por outro motivo ou por desconfiança da família acerca dos sinais e sintomas apresentados. Após o diagnóstico a família busca informações que a subsidie ao cuidado, referiram como positivo serem informados acerca da doença, poderem esclarecer dúvidas, aprenderem a técnica de administração da insulina e acerca da dieta a ser utilizada. Além do profissional de saúde, a família conta com auxílio de serviços especializados em Diabetes. Acreditam como importante a convivência da criança e do adolescente com outros com Diabetes, aprendem a administrar a insulina e preocupam-se em garantir seu acesso rápido aos serviços de saúde. Referiram como dificuldades para o cuidado o fato da mesma ser diferente das outras crianças e adolescentes, a não aceitação da patologia e não adesão ao tratamento, dificuldades financeiras e a sobrecarga do cuidador principal. Referiram preocupação da possibilidade da criança e do adolescente apresentar complicações da doença. A principal fonte de apoio da mãe para o cuidado é a família nuclear, sendo o marido a principal figura de apoio. Concluiu-se que o reconhecimento da família como sujeito ativo no cuidado é importante para o planejamento das ações de cuidado e apoio. Acredita-se que este estudo possibilitou a construção de conhecimentos que podem contribuir para qualificar o fazer do enfermeiro no atendimento a essas famílias e à criança e ao adolescente acometida de Diabetes Mellitus tipo 1.
