Navegando por Autor "Santos, Cristiano Pinto dos"
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- ItemA adaptação do enfermeiro à cultura organizacional : uma imersão nas formas de produção de subjetividades(2016) Santos, Cristiano Pinto dos; Lunardi Filho, Wilson DaniloO processo de trabalho do enfermeiro deve suplantar qualquer forma de articulação estanque em suas práticas, pois suas ações necessitam de um planejamento contextualizado, para que se possa identificar, envolver e apreender as subjetividades inerentes a este processo, além de produzir sua subjetividade de maneira singular. Estar normalizado à cultura organizacional pode indicar adaptação ao processo de trabalho instituído, adotando um código de comandos de poder e saber, em que os conhecimentos científicos não se apresentam como instrumento de enfrentamento, frente ao processo estabelecido. Suas propriedades, que poderiam gerar enfrentamentos, são utilizadas para a normalização de sua condição e não para um entorpecimento ou modificação da cultura organizacional. Desta forma, defende-se a seguinte tese: O enfermeiro, independentemente do tempo, instituição de origem de sua formação e cursos de pós-graduação realizados, ao ser admitido em uma instituição hospitalar, geralmente, se adapta à cultura organizacional como uma estratégia de normalização, que parece inibir sua produção de subjetividade, dificultando assim, a realização de ações transformadoras que promovam um cuidado de qualidade. Este estudo teve como objetivo geral conhecer os fatores que envolvem a adaptação do enfermeiro à cultura organizacional, em uma perspectiva de modos de produção de sua subjetividade. Foi realizada uma pesquisa de cunho qualitativo, desenvolvida no contexto de um Hospital. Os participantes do estudo foram 12 enfermeiros, sendo a pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande (CEPAS-FURG) sob parecer número 41/2015. Os dados foram tratados pelo método de análise de conteúdo proposto por Bardin. Com os resultados foi possível constatar que existem alguns fatores principais que influenciam a adaptação do enfermeiro à cultura organizacional: a força da instituição hospitalar; a conduta de enfermeiros mais antigos sobre mais novos; o medo de perder o emprego; mudança da função de técnico de enfermagem para enfermeiro; a formação acadêmica; pouca autonomia no trabalho; pensamento político enfraquecido por parte do enfermeiro; identidade unificada pelo sistema dominante; culpabilização; falta de integração dos enfermeiros; atividades burocráticas; ambição profissional limitada; valorização do capital financeiro. O enfermeiro, ao mergulhar no ambiente hospitalar, veste o uniforme subjetivo padrão, expressando minimamente suas ferramentas contra-hegemônicas, unificando ainda mais os comportamentos singulares que podem promover uma protrusão com a ordem capitalista. Dessa forma, coíbe alguns processos que poderiam se tornar inovadores e atuais, evitando a possibilidade de ser visto como um ser marginalizado, que não se encaixa nas leis do trabalho. Aprofundar o estudo das questões que envolvem o trabalho do enfermeiro é fundamental e, acredita-se, que os pontos destacados precisam de estudos permanentes, não se encerrando com os resultados desta tese, pois o contexto de trabalho do enfermeiro é diversificado e dinâmico e a forma como o enfermeiro vem produzindo e reproduzindo subjetividade merece estudos fartos e impetuosos.
- ItemPercepções da equipe de enfermagem acerca da importância da presença do familiar/acompanhante no hospital(2009) Sousa, Lenice Dutra de; Gomes, Giovana Calcagno; Santos, Cristiano Pinto dosO estudo teve por objetivo identificar a percepção da equipe de enfermagem de unidade de pediatria acerca da importância da permanência do familiar/acompanhante junto à criança hospitalizada. Trata-se de estudo exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados através de entrevistas semiestruturadas com cinco enfermeiras, três técnicas de enfermagem e duas auxiliares de enfermagem, no segundo semestre de 2006, na unidade de pediatria de um hospital universitário, do Estado do Rio Grande do Sul. Mediante o método hermenêutico-dialético, foi possível apreender que a equipe de enfermagem reconhece a importância da permanência do familiar/acompanhante junto à criança hospitalizada e seu papel como cuidador desse cliente. Conclui-se que a equipe de enfermagem percebe o familiar/acompanhante como alguém que favorece o estabelecimento de um clima emocional desejável para a criança e colabora no desenvolvimento do trabalho da equipe de enfermagem na realização dos cuidados.
- ItemO processo de (re)construção da identidade da pessoa estomizada à luz do modelo de adaptação de Roy(2012) Santos, Cristiano Pinto dos; Gomes, Giovana CalcagnoAs pessoas que realizam cirurgia para a construção de uma estomia, experenciam alterações multidimensionais trazendo reflexos na manutenção de sua identidade. Estas pessoas são envolvidas por complexas mudanças que emergem sob a sua dimensão física, psíquica, espiritual, social e familiar, fazendo assim, que sua identidade siga um itinerário de desconstrução e (re)construção. Para que ocorra uma reestruturação e consolidação da nova identidade é preciso que o enfermeiro otimize primeiramente, a adaptação da pessoa estomizada à presença da bolsa coletora e a nova condição de ser/estar estomizada. Este estudo teve por objetivo compreender o processo de (re)construção da Identidade da Pessoa Estomizada à Luz do Modelo de Adaptação de Roy. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, descritiva, apoiada noModelo de Adaptação de Roy. Foi realizada no Serviço de Estomaterapia do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. na Cidade do Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul. Os participantes do estudo foram dez pessoas cadastradas no referido serviço. A coleta de dados ocorreu nos meses de junho e julho de 2011 por meio da técnica de entrevista semi-estruturada. A análise dos dados foi norteada pelos preceitos da análise textual. A pesquisa ocorreu após a autorização do Comitê de Ética em Pesquisa na Área da Saúde sob o parecer n° 77/2011 e foram seguidos todos os preceitos éticos que regem as pesquisas com os seres humanos. A partir da análise dos dados obtiveram-se cinco categorias: A adaptação do corpo fisiológico à nova condição; Autoconceito: percepções abarcadas pelo eu físico e o eu pessoal; O processo adaptativo ao novo papel social; Adequação afetiva: comportamentos relacionados com pessoas significativas e sistemas de apoio; Identidade e adaptação: nexos e reflexos para o viver da pessoa estomizada. O processo de (re)construção da identidade da pessoa estomizada tem uma relação de proporcionalidade com o potencial de adaptação. Quanto mais adaptada, mais desfragmentada e concreta sua identidade se apresenta. Neste sentido, a atuação da enfermagem não deve ser direcionada somente por um modelo de assistência à saúde que tenha o corpo como seu foco. È preciso uma visão integral da pessoa que recebe seus cuidados, auxiliando-a a mobilizar seus recursos próprios, desenvolvendo estratégias que lhe possibilite um adequado enfrentamento e posterior adaptação à nova condição. Com os resultados deste estudo poderá emergir um novo entendimento para a enfermagem, saúde e sociedade acerca do potencial de adaptabilidade e (re)construção da identidade da pessoa estomizada de acordo com o contexto sócio-histórico-cultural no qual está inserida.
- ItemA produção científica de enfermagem acerca da clínica: uma revisão integrativa(2011) Sousa, Lenice Dutra de; Lunardi Filho, Wilson Danilo; Lunardi, Valéria Lerch; Santos, Silvana Sidney Costa; Santos, Cristiano Pinto dosO estudo objetivou conhecer a produção de conhecimento da Enfermagem brasileira atrelada à temática da clínica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa operacionalizada por meio de uma revisão integrativa. Os dados foram coletados na base de dados SciELO através das palavras-chave enfermagem e clínica, presentes no resumo dos artigos. Verificou-se que a clínica é concebida como um instrumento atuante na construção de nexos entre a pesquisa e o cuidado em enfermagem, exercendo um constante movimento de construção e desconstrução de saberes e práticas. Os resultados do estudo podem contribuir para a produção de pesquisas e conhecimentos em Enfermagem, proporcionando subsídios para a melhoria dos cuidados de enfermagem, nos quais as práticas e os saberes biológicos e não biológicos interagem.
