Navegando por Autor "Silva, Carla Regina André"
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- ItemAcolhimento: uma construção transversal, ética, estética e política na saúde(2009) Silva, Carla Regina André; Lunardi Filho, Wilson DaniloA Política Nacional de Humanização da Saúde (PNHS) é focada na autonomia e no protagonismo dos sujeitos. Utiliza o acolhimento como uma de suas estratégias e defende as relações, interconexões e interdependências. Sua ideologia e filosofia tornaram-se fatores motivacionais para a realização deste estudo, emergindo o seguinte questionamento: Qual é o entendimento e/ou a concepção dos usuários, colaboradores e gestores do HU/FURG sobre acolhimento e humanização da assistência à saúde no SUS? Assim, este estudo utilizou a PNHS como referencial teórico. O objetivo foi “Conhecer o entendimento dos usuários, colaboradores e gestores sobre o acolhimento e a humanização, com vistas ao fortalecimento e instrumentalização do Grupo de Trabalho de Humanização do HU/FURG para implementar a PNHS. É um estudo qualitativo, exploratório e descritivo. A coleta de dados foi realizada por meio de trabalho em grupo e, após, os dados foram organizados, categorizados e analisados através de análise temática. Os sujeitos foram os usuários, os colaboradores e gestores do HU/FURG. Para os usuários, o acolhimento e a humanização foram expressos pela resolutividade dos problemas que atingem sua condição de saúde. Para os colaboradores, o foco principal foram as questões de relacionamentos pessoais. Percebem-se como equilibristas, entre as prerrogativas dos usuários e gestores e, ao desequilibrarem-se, muitas vezes, têm suas condições de trabalho e de saúde alteradas. Para os gestores, o entendimento sobre o tema foi expresso pela necessidade e obrigação de garantir a viabilidade da oferta da assistência, através de recursos materiais, condições financeiras e condições de ambiências. Buscam assegurar o funcionamento do sistema por meio de satisfação dos usuários através de ações pontuais, objetivas e quantitativas. Usuários, colaboradores e gestores demonstraram compreender a essência do significado do acolhimento na assistência à saúde e também como seria uma assistência mais humanizada, embora não compartilhem da mesma concepção sobre o tema. Ficou evidenciado que urge a necessidade de compreender o ser humano em sua integralidade e de melhorar as relações interpessoais para que se tenha uma assistência à saúde mais acolhedora e humanizada. A subjetividade dos diferentes atores parece estar espremida, em meio a fatores da instituição, do município, das políticas e do próprio sistema de saúde nacional, fazendo com que as pessoas entendam o que é acolhimento, mas não se percebam e não se sintam acolhidas e, consecutivamente, não consigam acolher o outro. Assim, ao não experienciarem e não exercitarem as ações de acolher, colaboram para a assistência à saúde ficar mais focada no objetivo de tratamento da doença e, se possível, de cura, reduzindo as pessoas a portadores e tratadores de patologias, esvaziando estes atores de sua essência humana, ao desconsiderar as subjetividades e aspectos integrais de cada ser.
- ItemFormação do técnico de enfermagem no contexto sociodemográfico da região sul do Rio Grande do Sul com ênfase na saúde da pessoa idosa(2019) Silva, Carla Regina André; Pelzer, Marlene TedaNo Brasil, a Enfermagem é uma profissão constituída por três categorias profissionais que atuam em equipe que são auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros. A essência desta profissão é prestar o cuidado de Enfermagem à população nas suas necessidades de saúde de forma integralizada. Este estudo objetivou conhecer as competências e habilidades que estão sendo desenvolvidas na formação profissional formal dos Cursos Técnicos de Enfermagem da Região Sul do RS e suas prováveis inter-relações com o contexto sociodemográfico da região, destacando a saúde da pessoa idosa. Subsidia a tese, o entendimento que o conhecimento das competências profissionais desenvolvidas na formação formal dos Técnicos de Enfermagem e de suas inter-relações com o contexto sociodemográfico regional destacando a saúde da pessoa idosa, pode contribuir para atualizar os currículos escolares destes e de outros cursos da mesma área, contemplando as necessidades do mundo do trabalho e demandas sociais de saúde regionais e nacionais. O referencial teórico é baseado nas percepções de Perrenoud sobre desenvolvimento de competências profissionais nos processos formativos e suas implicações no saber “fazer” e no saber “ser”. A metodologia seguida foi abordagem qualitativa, de natureza exploratória e caráter descritivo. O desenvolvimento da pesquisa ocorreu em quatro dos sete Cursos Técnicos de Enfermagem reconhecidos e ofertados regularmente por instituições públicas e/ou particulares na Região Sul do Rio Grande do Sul. Os participantes do estudo foram os discentes e docentes dos cursos. A coleta de dados contemplou a análise documental (Plano de Desenvolvimento institucional, Projeto Político-Pedagógico), aplicação de instrumento semiestruturado a cinco docentes e 64 discentes. Os dados foram tratados pelo método de análise de conteúdo de Bardin. Em relação aos aspectos éticos respeitou-se a Resolução 466/2012. Os resultados obtidos foram que as características dos cursos são semelhantes, a duração varia entre dois anos a dois anos e meio, porem todos os cursos são organizados em quatro módulos ou blocos, cujas aulas são integralmente presenciais, e a carga horária média é de 1.765 horas totais; distribuída em aulas teóricas, práticas e estágios e atendem as especificações exigidas pelo Catálogo Nacional de Cursos Técnicos e pelo COFEn. São realizados estágio em rede básica de saúde e hospitais, entre outros espaços de produção de saúde que compreendem o exercício profissional. Quanto aos discentes, a idade média encontrada foi de 27 anos, predominando o público feminino, solteiro, com aproximadamente de 3 filhos. A maioria dos futuros TE demonstrou a intenção de realizar graduação em enfermagem. Assim, pode-se dizer que a enfermagem é uma profissão em ascensão, por ter mercado de trabalho e pessoas interessadas em exercer a profissão em suas diferentes categorias. O tempo de exercício profissional na docência foi em torno de 18,5 anos, a maior atua exclusivamente na docência e todos os entrevistados têm formação além da graduação. O processo de formação está ocorrendo por meio do desenvolvimento de competências e os achados relacionam-se com a teoria adotada, sendo a educação entendida como um processo social de transformação do indivíduo e do mundo, o aluno é o sujeito da própria história, o ensino com significado para a vida. As competências profissionais especificas estão voltadas a formar profissionais capazes de relacionar os conhecimentos teóricos, teórico-práticos e práticos, promover reflexões sobre o papel do TE no contexto profissional e social como estratégia para soluções de problemas relacionada à prática profissional e supere as demandas do mercado de trabalho. Há relação do compromisso institucional do processo formativo com o contexto sociodemográfico regional, mas no que tange a saúde da pessoa idosa a menção a este assunto é discreta, ficando diluída nas entrelinhas dos textos, favorecendo uma vulnerabilidade deste compromisso. Nos Planos de curso, não há descrição de disciplinas ou de conteúdo específicos direcionados a este público, fato que pode vir a comprometer o desenvolvimento de competências no decorrer do processo formativo dos TE. As falas dos docentes e dos discentes confirmam o constatado na análise documental sobre o assunto saúde da pessoa idosa. Percebe-se que ainda há uma fragilidade na formação dos TE para que estes desenvolvam, com maior propriedade, competências que aprimorem sua atuação no âmbito da saúde da pessoa idosa, com mais foco no envelhecimento ativo e com qualidade de vida. Embora seja indicado nos documentos que norteiam as Políticas Públicas da Pessoa Idosa, que conste nas grades curriculares e documentos norteadores dos cursos de formação profissional na área da saúde a existência de disciplinas e ou conteúdo que abordem o tema, esta lacuna ainda está presente.
- ItemProcesso de trabalho em enfermagem/ saúde no Sistema Único de Saúde(2010) Lunardi, Valéria Lerch; Lunardi Filho, Wilson Danilo; Schwengber, Acélia Inês; Silva, Carla Regina AndréObjetiva-se apresentar o Sistema Único de Saúde (SUS) como uma proposta filosoficamente estruturada para contrapor-se às disfunções e distorções presentes no processo de trabalho em enfermagem/saúde decorrentes da influência do modo de produção capitalista e a tecnologia do cuidado como incorporação e expressão da proposta filosófica do SUS.
