Navegando por Autor "Siqueira, Hedi Crecencia Heckler de"
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- ItemAbsenteísmo e sua relação com o ambiente de trabalho e sua interferência no cuidado de enfermagem(2010) Barboza, Michele Cristiene Nachtigall; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deA presente pesquisa teve como objetivo estudar o absenteísmo, sua relação com o ambiente de trabalho e sua interferência no cuidado de enfermagem. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório com abordagem qualitativa, com base na teoria sistêmica, que considera seus elementos integrantes interdependentes, interrelacionados, influenciando-se mutuamente. A coleta de dados ocorreu nos meses de junho a agosto de 2009. Com a finalidade de conhecer a unidade com maior percentual de absenteísmo, conforme critério estabelecido, realizou-se, junto ao serviço de recursos humanos o levantamento das faltas dos trabalhadores de enfermagem no ano de 2008. Obteve-se como resultado a unidade de clínica cirúrgica com maior índice de absenteísmo. Como método para coleta de dados optou-se pela observação sistemática da unidade selecionada, a fim de encontrar relação do absenteísmo com o ambiente de trabalho e entrevista semi-estruturada com os enfermeiros dessa unidade. Para análise, interpretação e discussão dos dados foi utilizado o método da análise temática. Diante do objetivo, da questão pesquisa e dos respectivos pressupostos foram desenvolvidos dois artigos: “O absenteísmo dos profissionais de enfermagem hospitalar e sua relação com o ambiente de trabalho” e “O absenteísmo e sua interferência no cuidado ao cuidador de enfermagem hospitalar”. Os resultados do primeiro artigo mostraram que a estrutura física e recursos materiais apresentavam-se inadequados, tanto em quantidade como em qualidade e que os recursos humanos encontravam-se diminuídos gerando a sobrecarga de trabalho que desencadeou problemas como: insatisfação, falta de comprometimento e discussões entre equipe, os quais evidenciaram relação direta entre o absenteísmo e o ambiente de trabalho. E os resultados do segundo artigo demonstraram que a falta de dimensionamento de pessoal ou realizado de forma errônea, acarreta absenteísmo na unidade, sendo que o mesmo interfere, negativamente, no ser humano cuidador/trabalhador nas suas multidimensões, comprometendo sua dimensão biológica ao desenvolver o adoecimento; dimensão psicológica por ocasionar o estresse ocupacional. Além disso, compromete a dimensão social por prejudicar as relações interpessoais entre equipe, enquanto na dimensão espiritual ele predispõe a falta de comprometimento, solidariedade, insatisfação. Enfim, percebeu-se que, o absenteísmo repercutiu, negativamente, no cuidado prestado ao cliente, pois, o mesmo não foi atendido de forma integral, devido à sobrecarga de trabalho estabelecida pelos recursos humanos diminuídos. Da mesma forma ele causa prejuízos no cuidador, integrante da equipe de enfermagem, que necessita absorver as atividades do profissional que está ausente, gerando excesso de trabalho e predispondo-o ao adoecimento. Além disso, as outras dimensões humanas, de forma sistêmica, também sofrerão as conseqüências do absenteísmo. Desta maneira, conclui-se que existe relação entre o ambiente de trabalho com o absenteísmo dos trabalhadores de enfermagem hospitalar, e que, de forma sistêmica, irá interferir no cuidado prestado, repercutindo de forma desfavorável na saúde do cuidador nas suas multidimensões e na diminuição da qualidade do cuidado prestado ao cliente.
- ItemAções do enfermeiro aos usuários com feridas crônicas na Unidade Básica de Saúde à luz do Pensamento Ecossistêmico(2021) Silva, Dápine Neves da; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deIntrodução: A ferida crônica é caracterizada como uma lesão grave, que não progride segundo as fases de cicatrização, ocasionada por fatores intrínsecos ou extrínsecos sendo frequentemente assistida nas Unidades Básicas de Saúde. É neste ecossistema das Unidades Básicas de Saúde que o enfermeiro desenvolve ações assistenciais, educativas, gerenciais e investigativas, por meio de uma postura autônoma, ética e com liberdade na tomada de decisões, considerando todos os elementos bióticos e abióticos que integram e se relacionam, pois esses elementos influenciam direta ou indiretamente no processo de cuidar desse usuário. Objetivo: analisar as ações assistenciais, educativas, gerenciais e investigativas desenvolvidas pelo enfermeiro aos usuários com feridas crônicas em Unidade Básica de Saúde, à luz do Pensamento Ecossistêmico. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem quali- quantitativa. Os dados foram coletados no período de maio à junho de 2021, por meio de um formulário eletrônico online adaptado ao Google Forms com questões objetivas e subjetivas elaboradas, especificamente, para esta pesquisa. Participaram da pesquisa 16 enfermeiros de Unidades Básicas de Saúde, da zona urbana do Município de Pelotas, RS. A análise dos dados quantitativos, deu-se por meio da análise estatística descritiva, utilizando-se o programa Excel e a análise qualitativa, foi realizada por meio da técnica de Análise Temática, de Minayo. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Saúde da FURG (CEPAS- FURG) com o parecer n° 4.660.085/2021. Resultados: Da pesquisa emergiram seis categorias: Perfil Sociodemográfico dos participantes das UBS, da zona urbana do Município de Pelotas; Perfil Funcional dos participantes das UBS, da zona urbana do Município de Pelotas; Elementos bióticos e abióticos das Unidades Básicas de Saúde da zona urbana do Município de Pelotas, onde os participantes atuam; Ações assistenciais, educativas, gerencias e investigativas desenvolvias pelo enfermeiro no cuidado aos usuários com feridas crônicas no ecossistema das UBS; Dificuldades e facilidades, encontradas pelo enfermeiro ao prover ações de cuidado aos usuários com feridas crônicas na UBS; Inter- relações e interconexões entre os elementos bióticos e abióticos da UBS, para o desenvolvimento das ações de cuidado aos usuários com ferida crônica. Discussão dos dados: A discussão dos dados desta pesquisa foi realizada por meio de dois artigos científicos, utilizando-se somente parte dos resultados obtidos. Evidenciando-se que as ações dos enfermeiros aos usuários com feridas crônicas encontram-se fragmentadas, desarticuladas, pouco resolutivas e efetivas impactando, negativamente, sobre a saúde e qualidade de vida dos usuários. Considerações finais: Detectou-se que há necessidade de maior interação e articulação, entre os serviços, corroborando com a construção e implementação de protocolos, diretrizes e políticas públicas que direcionem a práxis dos enfermeiros. Destaca-se também a importância da continuidade de elaboração de estudos acerca da temática dos cuidados aos usuários com feridas crônicas nas diversas áreas da atenção à saúde, para aprofundar e enriquecer essa área do conhecimento e, não apenas, nas unidades ambulatoriais e hospitalares.
- ItemAções do Enfermeiro nos serviços que integram a Rede Cegonha na Perspectiva Ecossistêmica(2016) Thurow, Mara Regina Bergmann; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deObjetivou-se investigar as ações desenvolvidas pelo enfermeiro nos serviços que integram a Rede Cegonha na perspectiva ecossistêmica. Os questionamentos abarcaram temáticas de saúde pública como a redução da mortalidade materna e neonatal, violência obstétrica, baixa qualidade da rede de atenção ao pré-natal, parto e nascimento e o desenvolvimento adequado da criança. Estudo oportunizou aprofundar o conhecimento científico acerca da Rede Cegonha na perspectiva ecossistêmica, trazendo novas possibilidades para o cuidado integral. Além disso, o valor da pesquisa incide, não somente por questões pessoais, mas também por acreditar na possibilidade de mudança do modelo assistencial vindo a substituir o cartesiano, curativista, para o da prevenção e promoção da saúde em forma de redes. Pontua-se ainda, como fator relevante dessa temática que a mesma é prioridade de pesquisa nacional conforme consta na Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde. O enfermeiro como profissional da saúde e participante ativo desta nova configuração das ações e serviços de saúde em rede, pode contribuir, significativamente, para concretizá-los nos quatro pilares de atuação: assistência, gestão, educação e pesquisa. O estudo configura-se como descritivo, exploratório com abordagem qualitativa. A coleta de dados ocorreu no período de 31 de outubro a 11 de novembro de 2016, por meio de entrevista semi-estruturada, a pesquisa foi efetuada nos serviços de atenção primária e secundária no município de Pelotas, Rio Grande do Sul. Análise e interpretação dos dados foram mediante Análise de conteúdo seguindo os passos de Minayo. Da análise e organização dos dados formularam-se as seguintes categorias: perfil sócio-demográfico dos participantes do estudo, linhas de cuidado, ações do enfermeiro nos serviços que integram Rede Cegonha, educação continuada e os desafios do enfermeiro na Rede Cegonha, inter-relação entre os serviços, facilidades e dificuldades do enfermeiro para desenvolver a ações de cuidado na rede cegonha e desafios do enfermeiro na Rede Cegonha, sob a perspectiva do pensamento ecossistêmico. Da categoria linhas de cuidado e as ações que o enfermeiro desenvolve nos serviços que integram a Rede Cegonha no município de Pelotas, na perspectiva Ecossistêmica emergiu o primeiro artigo que contribui com novas bifurcações a respeito do intento do saber e do fazer do enfermeiro, configurando uma atuação, em todos os campos de desempenho: na assistência direta, na gestão, na educação em saúde e na ação investigativa neste novo modelo de atenção à saúde da mulher e da criança. O segundo artigo, foi construído embasado na categoria inter-relações entre os serviços, facilidades e dificuldades do enfermeiro com o objetivo para desenvolver as ações de cuidado na Rede Cegonha, no intento de compartilhar os desafios encontrados e formar a teia de cuidado integral, percebida como um todo, demonstrando a necessidade de educação permanente em saúde.
- ItemAções educativas do enfermeiro na ótica do cuidador de usuário com doença crônica não transmissível: perspectiva ecossistêmica(2016) Paula, Saul Ferraz de; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deO conceito de Educação em Saúde vem sendo reformulado e repensado, ao longo dos anos e é inegável que diferentes fatores influenciaram e influenciam na construção e no entendimento deste constructo. Considerando os fatores de influência que culminam, em adequações, adaptações e transformações da Educação em Saúde, entende-se que é necessário contextualizá-la no tempo/espaço no qual se desenvolve, ou seja à luz do Pensamento Ecossistêmico. No atual cenário mundial, a Educação em Saúde vem auferindo, cada vez mais, destaque, pois está intimamente ligada à promoção da saúde, prevenção de agravos, bem como, a manutenção da qualidade de vida, principalmente, no que se refere às Doenças Crônicas não Transmissíveis que se apresentam como uma das principais causas de morte no mundo. O ato de educar, vinculado à profissão da enfermagem vem sendo aprimorado e executado pelo enfermeiro, que é considerado um educador, enquanto seus educandos são seus aprendizes, usuários, familiares, como também a sua equipe de trabalho. Assim a educação em saúde para o cuidador de usuário com doenças crônicas não transmissíveis, desenvolvida pelo enfermeiro, durante a internação, precisa considerar a totalidade dos elementos que formam o ecossistema domiciliar, local no qual o cuidador exercerá o cuidado. Além de considerar a totalidade dos elementos que formam o ecossistema domiciliar, é necessário considerar a sua inter-relação, articulação e integração, possibilitando uma Educação em Saúde mais integral. Objetivou-se investigar as ações educativas, na ótica do cuidador, que o enfermeiro, durante o período de internação do usuário com doença crônica não transmissível, oportuniza ao cuidador domiciliar para a continuidade do cuidado no domicílio na perspectiva ecossistêmica. A revisão da literatura foi realizada para dar sustentação à pesquisa, onde foram abordadas as temáticas: Contexto da educação em saúde no Brasil, Educação em saúde sob a ótica do paradigma Ecossistêmico, O cuidado e o cuidador no ecossistema domiciliar e, ainda, a pedagogia de Paulo Freire e sua relação com a prática educativa desenvolvida pelo enfermeiro. A metodologia utilizada na pesquisa de campo foi do tipo descritivo, exploratório e com abordagem qualitativa. A busca dos participantes aconteceu nas unidades de clínica médica do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Correa Jr. e Associação de Caridade Santa Casa do Rio Grande e a coleta dos dados na residência dos participantes, nos meses de outubro e novembro de 2016, por meio de entrevista semiestruturada, no intuito de fundamentar a questão de pesquisa, pressupostos, objetivos e principais aspectos da revisão de literatura. Análise e interpretação dos dados foi realizada mediante Análise de conteúdo na modalidade análise temática seguindo os passos de Minayo. Os resultados e a categorização foram apresentados no formato quadros e a discussão foi realizada por meio de dois artigos científicos. O primeiro artigo aborda as ações educativas do enfermeiro ao cuidador de usuário com doença crônica não transmissível na perspectiva ecossistêmica e o segundo trata das relações entre a crise econômica e as ações de educação em saúde no ambiente hospitalar: uma análise ecossistêmica. Ressalta-se que o referencial ecossistêmico, mostrou-se inteiramente adequado, para conduzir a superação da fragmentação entre o cuidado a as ações educativas no ambiente hospitalar, bem como, para sinalizar e direcionar uma educação em saúde dialógica, participativa, contextual com base nas necessidades dos cuidadores, a partir do contexto onde vivem, trabalham e se desenvolvem.
- ItemAmbiente hospitalar saudável e sustentável na perspectiva ecossistêmicas: contribuição da enfermagem(2010) Svaldi, Jacqueline Sallete Dei; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deEste texto propõe uma discussão sobre o ambiente hospitalar saudável e sustentável destacando-se as contribuições da enfermagem nesse processo. As bases filosóficas encontram-se ancoradas na teoria ecossistêmica que analisa as sensibilidades necessárias para entender a natureza e os elementos estruturantes do ambiente/espaço hospitalar. Enfatiza-se a força aglutinadora das Unidades Produtivas que, de maneira interdependente e inter-relacionada, devem buscar o espaço sustentável e saudável através da cooperação, flexibilidade e parceria dos elementos constituintes. Reitera-se que a realimentação constante do conhecimento, envolvendo de forma sistêmica todas as Unidades Produtivas, pode facilitar as atualizações necessárias para acompanhar as modificações e transformações do espaço e, assim, do próprio cosmos. Compreende-se que o profissional de enfermagem, ao favorecer a construção de inter-relações em um processo de interconexões, pode ser o agente de transformação e representar os nós conectivos que tecem a rede viva da organização do ambiente hospitalar, levando-o à sustentabilidade e a ser mais saudável.
- ItemAtendimento aos portadores de doenças crônicas transmissíveis nas unidades básicas de saúde: participação do enfermeiro(2014) Vieira, Flávio Peraça; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deO presente estudo teve como questão pesquisa: Na visão dos usuários, como é realizado o atendimento aos portadores de doenças crônicas transmissíveis (DCT) (HIV, hepatites B e C) nas Unidades Básicas de Saúde, na visão ecossistêmica? Qual a participação do enfermeiro nesse atendimento? Objetivou-se Averiguar junto aos usuários, o atendimento realizado nas Unidades Básicas de Saúde, medidas de promoção e prevenção ao usuário portador de DCT (HIV e hepatites B e C), na visão ecossistêmica e verificar a participação do enfermeiro nessas atividades. Construiu-se uma revisão de literatura buscando fundamentar a questão de pesquisa, pressupostos e objetivos. Teve como referência, principalmente as políticas públicas em saúde, fundamentado em autores como Freire e Collière. É preciso reconhecer que a promoção da saúde constitui parte fundamental na melhoria da qualidade de vida, de saúde do ser humano e, consequentemente, da sociedade. Para que sejam desenvolvidas medidas de promoção em saúde faz-se necessário trabalhar, também, medidas de prevenção de doenças como forma de minimizá-las. O enfermeiro possui função importante tanto nas ações de prevenção da doença como na promoção da saúde. Presta assistência em saúde pública e participa do processo de educação em saúde. Além disso participar na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos programas de vigilância epidemiológica, atua, também, em programas e atividades de educação sanitária, visando à melhoria de saúde do indivíduo, da família e da população. Ancorado na visão ecossistêmica buscou-se identificar os usuários portadores de doenças crônicas transmissíveis, no seu contexto e conhecer se foram oferecidas ações educativas de promoção e prevenção, assim como, conhecer a participação do profissional enfermeiro nessas ações. Como caminho metodológico adotou-se a pesquisa descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa. O local da captação dos 08 participantes foi o Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Júnior da cidade do Rio Grande/RS, mais precisamente os serviços de Clinica Médica; Centro Integrado Regional de Gastroenterologia (Ala Verde), referência para atendimento aos portadores de Hepatites e no Hospital Dia Aids, onde são realizados os atendimentos a complicações decorrentes da infecção pelo vírus da vírus da imunodeficiência humana (HIV). Justifica-se a escolha dessas unidades por contemplar o atendimento de usuários portadores de HIV, Hepatite B e C, tema de interesse dessa pesquisa. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semi-estruturada, após aprovação pelo Comitê de Ética CEPAS/FURG, sob o nº 160/2013. A análise e discussão dos dados foi realizada pelo método de Análise Temática seguindo os passos de Minayo. Os dados evidenciaram fragilidades quanto à assistência prestada pelo enfermeiro, sendo identificado pelos entrevistados como o profissional que realiza a triagem e os serviços burocráticos da unidade. A promoção da saúde é desenvolvida, principalmente, por intermédio de informações obtidas com recursos midiáticos. Poucos participantes possuem algum conhecimento mais técnico em relação aos riscos de transmissão das patologias Aids, Hepatite B e C . Os relatos evidenciaram que o médico continua sendo o profissional que detém a assistência aos usuários do serviço de saúde, ou seja, que realiza a consulta e orienta os usuários em relação à saúde. O enfermeiro não aparece como o profissional ativo nesse serviço, em relação ao cuidado, promoção e prevenção à saúde do usuário e sua família. Recomenda-se novas pesquisas para aprofundar a temática.
- ItemAtendimento pré-hospitalar móvel na cidade do Rio Grande: socorro às vítimas de trauma(2006) Divino, Eveline do Amor; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deA questão norteadora deste estudo emergiu da prática assistencial em Pronto-Socorro. Ao abordar o tema Atendimento Pré-Hospitalar móvel (APH móvel) no socorro às vítimas de trauma buscou-se responder a questão pesquisa: Como atuam os profissionais componentes da equipe de APH móvel, da área da saúde, no socorro às vítimas de trauma na cidade do Rio Grande? Para responder esta indagação objetivou-se conhecer a atuação dos profissionais componentes da equipe de APH móvel, da área da saúde, no socorro às vítimas de trauma na cidade do Rio Grande. Justifica-se este objetivo a partir dos seguintes pressupostos: pouca relevância de algumas instituições/serviços que prestam o APH quanto ao cumprimento das exigências presentes na legislação que o regulamenta, atentando, inclusive, à qualificação e recertificação desses profissionais de maneira contínua e permanente; escassez de materiais e equipamentos disponíveis nos veículos de resgate e transporte dificultando o atendimento eficaz; desinformação ou despreparo da população que, muitas vezes, aciona, desnecessariamente, vários serviços ao mesmo tempo. Assim, a coleta de dados foi realizada através de entrevista semi-estruturada com os profissionais que atuam no APH móvel de três instituições/serviços, sendo complementada pela observação sistemática de uma equipe em cada local. A partir dos dados coletados foram realizadas análise e interpretação qualitativas, das quais resultaram os seguintes achados: duas, das três instituições/serviços pesquisadas apresentam escassez de materiais e equipamentos em quantidade, diversidade e especificidade para prestar o APH móvel. Em relação à capacitação prévia e educação permanente, das três instituições/serviços pesquisados, somente uma disponibiliza um programa de qualificação profissional e incentiva os trabalhadores a participarem do programa. Os dados demonstraram que a insegurança, a insatisfação e o estresse são fatores diretamente relacionados à não disponibilização de um programa de educação permanente para que possam atualizar seus conhecimentos, associando-se, ainda, aos componentes do ambiente que cercam este profissional, como: o tipo de trabalho, o cenário diversificado, a escassez de recursos humanos e materiais para o atendimento gerando uma sobrecarga de trabalho. Com base nos achados, é possível concluir que o APH móvel da Cidade do Rio Grande, ainda que empregando esforços, apresenta-se deficitário em diversos aspectos. Enfatiza-se, especialmente, a insuficiência de recursos humanos e materiais, o pouco e insuficiente preparo das equipes profissionais e de apoio, a falta do apoio psicológico aos trabalhadores do APH móvel. Soma-se a todos esses aspectos a desinformação da população no que concerne o APH móvel e a falta de articulação entre as instituições/serviços que prestam o atendimento nesta área. Portanto, é urgente a necessidade de rever os serviços de socorro às vítimas do trauma do município e adequá-los a legislação que regulamenta o APH móvel – Portaria nº 2.048, para que o atendimento seja reformulado otimizando o socorro, instituindo, principalmente a Central Reguladora do APH móvel, bem como a criação dos Núcleos de Educação em Urgência (NEU).
- ItemBases teórico-metodológicas utilizadas pelo enfermeiro na educação em saúde ao usuário com acidente vascular cerebral e família à luz do pensamento ecossistêmico(2021) Paula, Saul Ferraz de; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deObjetivou-se analisar as concepções teórico-metodológicas do enfermeiro acerca da educação em saúde e como ele desenvolve o processo educativo ao usuário com acidente vascular cerebral e família, no período de internação hospitalar, para o cuidado domiciliar: à luz do Pensamento Ecossistêmico. Este estudo ancorou-se no paradigma teórico-filosófico ecossistêmico, cuja aplicabilidade sustentou a temática em estudo. Assim, teve-se a Tese: As ações educativas desenvolvidas pelo enfermeiro, conforme suas concepções teórico- metodológicas ao usuário com Acidente Vascular Cerebral e família, no período de internação hospitalar, à luz do Pensamento Ecossistêmico, possibilitam transformar o conhecimento, comportamentos e atitudes dos usuários e familiares e contribuir para a prática do cuidado domiciliar e melhoria da sua saúde. O percurso metodológico caracterizou-se como pesquisa descritiva e exploratória, com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi realizada online no primeiro semestre de 2021, utilizando-se de entrevista semiestruturada com 18 enfermeiros que exercem função assistencial nas unidades de clínica médica dos três Hospitais Universitários do Estado do Rio Grande do Sul-Brasil, que possuem contrato vigente com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. Para o recrutamento dos participantes seguiu-se os passos de Goodman, por meio da técnica de amostragem não probabilística denominada Snowball. Os dados das entrevistas foram analisados pelo método de Análise de Conteúdo de Bardin. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande, sob o parecer CAAE: 39733320.6.0000.5324, sob o parecer no 4.442.386. A partir dos resultados surgiram as categorias: “Perfil sociodemográfico e funcional dos enfermeiros”; “Início e desenvolvimento do processo educativo para a alta hospitalar”; “Bases Teórico-metodológicas utilizadas pelos enfermeiros no processo educativo”; “Dificuldades para o desenvolvimento do processo educativo”; “Facilidades para o desenvolvimento do processo educativo”, as quais foram discutidas no desenvolver da Tese. As categorias permitiram traçar o perfil sociodemográfico e funcional dos participantes. Evidenciaram que as formas de desenvolver o processo educativo são diversas, e com objetivos distintos, influenciadas por diferentes Teorias Educativas, além de terem conhecimento a respeito de alguns autores, mas que não são seguidos para o desenvolver do processo educativo. O processo educativo de forma processual e continuo a usuários e familiares durante o período de internação hospitalar pode trazer benefícios para o desenvolver do cuidado domiciliar após a alta hospitalar. Os dados também permitiram conhecer as facilidades e dificuldades elencadas pelos enfermeiros para a realização do processo educativo. Desta maneira, denota- se a importância de uma Educação em Saúde, capaz de superar e o paradigma cartesiano, modificações do pensamento fragmentado e verticalizado para o paradigma do pensamento ecossistêmico. A aceitação de um novo paradigma requer não apenas mudanças conceituais nas ciências da saúde, mas uma reeducação da população, e dos profissionais de forma geral. Nesse sentido, entende-se que a prática educativa do enfermeiro, sob a luz do Pensamento Ecossistêmico envolve além da mudança paradigmática, repensar o cuidado, a própria prática educativa, bem como as concepções teóricas e metodológicas que sustentam essa prática.
- ItemBiossegurança no ambiente de trabalho hospitalar na ótica do enfermeiro, sob a perspectiva ecossistêmica(2018) Andrade, Gustavo Baade; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deEste estudo objetivou analisar a percepção do enfermeiro acerca da Biossegurança no ambiente de trabalho hospitalar na ótica do enfermeiro, sob a perspectiva ecossistêmica. A biossegurança é entendida como um conjunto de ações e cuidados que contribuem para a prevenção e redução de fatores agressores à saúde do indivíduo e, desta forma, consolidar os direitos de saúde da população. No âmbito da enfermagem, a biossegurança representa a prevenção de acidentes de trabalho, sustentada pela contribuição federal e pela legislação trabalhista. O ecossistema é percebido como um conjunto de elementos interdependentes que se influenciam mutuamente e realizam ações em cooperação, fortalecendo o trabalho realizado no coletivo. No presente caso, tem-se, como o ecossistema a ser pesquisado, a Unidade de Internação de Clínica Médica do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Júnior, localizado na cidade de Rio Grande, o qual dispõe atendimento exclusivo a usuários do Sistema Único de Saúde. Entende-se que a visão ecossistêmica permite uma compreensão em relação à novas formas de pensar e agir, capazes de gerar mudanças e transformações no todo do espaço em estudo. Portanto, as mudanças e transformações, vistos nessa perspectiva, são resultados das interações entre as partes, cujo produto é maior do que a soma das idéias isoladas de cada elemento integrante do todo e que exige soluções que venham satisfazer a população. O referencial teórico foi construído para dar sustentação à pesquisa, onde foram abordadas as temáticas: Teoria Geral dos Sistemas: conceito e princípios; Unidade de Clínica Médica na perspectiva ecossistêmica; Biossegurança: conceitos e seus princípios básicos; Ações do profissional enfermeiro no ecossistema hospitalar. O caminho metodológico teve como proposta um estudo do tipo descritivo, exploratório com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista semiestruturada com 13 participantes enfermeiros do espaço em estudo, utilizando-se um roteiro elaborado para essa finalidade, previamente testado e, aplicado a posteriori. Após a coleta os dados foram transcritos pelo pesquisador principal e a seguir organizados de forma a permitir a sua análise. Os dados foram analisados e interpretados pela técnica de análise temática, seguindo os passos de Minayo e representados por meio de quatorze quadros, alguns dos resultados foram analisados e discutidos por meio de dois artigo:“ações de prevenção dos riscos à saúde e qualidade de vida do enfermeiro e usuário” e o segundo: “Autocuidado do enfermeiro em relação aos riscos de acidentes de trabalho: dificuldades e facilidades” que em relação as ações desenvolvidas pelo enfermeiro na prevenção de riscos ocupacionais que possam interferir e/ou comprometer a saúde e qualidade de vida dos profissionais de enfermagem, usuários e familiares, destaca-se a liderança do enfermeiro como estratégia capaz de alavancar, de forma proativa e participativa, às medidas de biossegurança no ambiente de trabalho.
- ItemCalidade de vida, salud u enfermería en la perspectiva ecosistémica(2010) Zamberlan, Cláudia; Medeiros, Adriane Calvetti de; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler de; Svaldi, Jacqueline Sallete DeiLa calidad de vida en el contexto actual puede percibirse desde diversos puntos de vista. Así este estudio tiene como objetivo reflexionar sobre el concepto de calidad de vida, salud y enfermería en una perspectiva ecosistémica. Fue construido a partir de una reflexión teórica y filosófica, y en analogía con los autores que estudian y discuten el concepto de salud, enfermería y calidad de vida a la luz del pensamiento sistémico. Ello permitió el cuestionamiento de cómo la calidad de vida y la salud, en un conjunto más amplio de elementos, se relacionan con los aspectos del ecosistema. De esta manera, permite percibir el diario vivir en un contexto ambiental que es único a la persona involucrada en este espacio. Al mismo tiempo, en un contexto más amplio, numerosos espacios colectivos, con los cuales se relaciona, las acciones y actividades similares o diferentes, se construyen y reconstruyen de manera diferente corroborando para el diálogo, el debate, a la construcción y reconstrucción del conocimiento desde la perspectiva de promoción de la salud y de la calidad de vida.
- ItemConstrução de uma modelagem de um programa de aptidão física relacionada à saúde, para trabalhadores de um serviço de lavanderia hospitalar(2004) Marchand, Edison Alfredo de Araújo; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deA questão de pesquisa deste trabalho surgiu a partir da prática profissional, de educador físico. Estudar o tema Aptidão Física e Saúde, na perspectiva de verificar o desenvolvimento dos componentes da aptidão física relacionados à saúde torna possível favorecer a promoção da saúde, o tratamento de doenças e a realização das atividades diárias e de trabalho em vigor. Com base nos resultados obtidos em um programa de exercícios individualizados ao qual foram convidados a participar, objetivou-se construir uma modelagem de um programa de aptidão física relacionada à saúde para um grupo de trabalhadores de um serviço de lavanderia hospitalar. Tal objetivo é justificado, pois os trabalhadores fisicamente ativos são mais assíduos ao trabalho, apresentam maior capacidade e vida útil no trabalho e melhor condição de saúde e qualidade de vida. Essas vantagens confirmam a idéia de que o exercício físico é um bom investimento devido a seu custo-benefício, à maior e melhor produtividade, à maior segurança quanto a acidentes de trabalho e à diminuição de incapacidades decorrentes da atividade que exercem, ao menor gasto com problemas de saúde e a maior disposição para trabalhar. Após levantamento de dados através de documentos da instituição, realizou-se um estudo de campo clínico-qualitativo, caracterizado por ser um estudo de caso, quase experimental, descritivo e exploratório, com delineamento ex post facto, tendo como local o Serviço de Lavanderia Hospitalar, sendo os sujeitos os funcionários deste serviço. Inicialmente foram atendidas as questões burocráticas e administrativas institucionais, desenvolvido diálogo com os sujeitos esclarecendo o objetivo e a proposta da pesquisa, solicitando a sua participação e o seu consentimento livre e esclarecido A coleta de dados processou-se através da observação do local e das atividades desenvolvidas com, entrevista semi-estruturada em relação ao teste de percepção da dor localizada, com avaliação da aptidão física individual de cada sujeito, com prescrição, intervenção de um programa de exercícios, seguido de reavaliação da aptidão física. Logo após, foi realizado novo levantamento documental a respeito do absenteísmo relativo ao período da pesquisa, seguindo-se a análise e a interpretação dos dados obtidos. Evidenciou-se que a administração institucional necessita de redimensionamento administrativo com a participação efetiva do trabalhador, desencadeando a motivação e a valorização de cada um, objetivando o maior comprometimento de ambas as partes. Destacou-se também a necessidade de favorecer a melhoria das condições de trabalho e das inter-relações com os diversos serviços institucionais. O conhecimento construído redimensionou as interfaces que contribuem de forma positiva ou negativa no exercício da aptidão física em relação à saúde e à qualidade de vida envolvendo o trabalhador. Fundamentado nos resultados do processo de intervenção, com base nos exercícios físicos individualizados e no conhecimento teórico-prático da educação física, foi possível construir a modelagem de um programa de aptidão física relacionada à saúde que visa a melhoria da saúde, da auto-estima, da capacidade de trabalho e da qualidade de vida dos funcionários do serviço de lavanderia. Este modelo possui aplicabilidade em outros serviços da instituição ou de outras que queiram adaptá-lo as suas necessidades.
- ItemConsulta de enfermagem em saúde mental: sob a perspectiva da teorista Hildegard Peplau(2006) Bondan, Rosane Maria Martins; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deAo pesquisar o tema consulta de enfermagem em clientes emocionalmente adoecidos, buscaram-se respostas para a questão norteadora: Que contribuições a consulta de enfermagem oferece aos seus clientes da saúde mental? Objetivou-se investigar as principais contribuições da consulta de enfermagem realizada com clientes da saúde mental, com base na Teoria Parcial para a Prática da Enfermagem de Hildegard Peplau (1952). Justifica-se este objetivo a partir dos pressupostos formulados em relação à consulta de enfermagem em saúde mental CESM) acreditando que, através dela, torne-se possível: evitar ou reduzir a recaída do agravo emocional; elaborar o diagnóstico e, conseqüentemente, o tratamento prévio ao cliente emocionalmente adoecido; favorecer a reintegração e a recuperação do indivíduo na sua comunidade, em um intervalo de tempo reduzido e de forma mais eficaz, a CESM, através do incentivo direcionado ao cliente, favorece a resolutividade de suas dificuldades, promove e contribui efetivamente a saúde mental. Realizou-se um levantamento documental na Policlínica do Rio Grande/Rs para buscar os sujeitos a serem pesquisados. A coleta de dados foi realizada através da técnica de entrevista semi-estruturada. Os dados foram analisados e interpretados qualitativamente, emergindo daí as seguintes categorias: a percepção e a qualidade de vida. Na categoria da percepção destacaram-se, como elementos complementares e integradores, o auto-conhecimento, o conhecimento da doença e a auto-estima. Em relação à categoria da qualidade de vida evidenciaram-se, como elementos complementares e integradores, a valorização da vida, a motivação e o convício social. A busca da compreensão dos dados revelou que a consulta de enfermagem, utilizada como processo de trabalho em saúde mental, contribuiu terapeuticamente para a recuperação dos clientes emocionalmente adoecidos que a aceitaram como mais uma alternativa de tratamento, objetivando intensificar o processo de recuperação. Descobriu-se que a consulta de enfermagem auxiliou a todos os sujeitos a conhecerem-se e a entenderem melhor o que estava ocorrendo. Além disso, todos se manifestaram satisfeitos e progredindo com as consultas de enfermagem, dando ênfase à recuperação da auto-estima, à auto-ajuda, ao apoio, à oportunidade de expressar seus sentimentos, de desabafar, e de transmitir tranqüilidade e motivação. Os participantes do estudo destacaram a atuação e a qualificação da profissional enfermeira junto à clientela assistida, que possibilitou a eficácia da terapêutica, promovendo o resgate do papel social dos sujeitos do estudo junto a seus familiares, amigos, parentes e a seus compromissos laborais. A avaliação destes resultados permitiu a construção do conhecimento relativo à consulta de enfermagem, que auxilia os portadores de sofrimento mental e possibilita-lhes, além de conhecer-se a si mesmos e à própria doença, apoio na reconquista de dias mais felizes. Propicia-lhes uma qualidade de vida mais confiante, digna e efetiva. E também os reintegra mais brevemente ao convívio social e ameniza-lhes as recaídas dos agravos emocionais. Os resultados obtidos confirmam os pressupostos inicialmente traçados. Todos os sujeitos, em relação à consulta de enfermagem, manifestaram-se de forma positiva e salientaram sentir-se gratificados pelas conquistas alcançadas: vencer seus momentos de adversidade, por não terem desistido de si, de suas vidas, superando suas próprias limitações, otimizadas através do suporte profissional que receberam da enfermeira.
- ItemCuidado da família à criança portadora de paralisia cerebral nos três primeiros anos de vida(2008) Milbrath, Viviane Marten; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deA questão norteadora desse estudo surgiu a partir da vivência pessoal e profissional da pesquisadora. Ao pesquisar o tema cuidado à criança portadora de paralisia cerebral, buscou-se respostas para a questão norteadora: Como a família cuida da criança portadora de paralisia cerebral nos três primeiros anos de vida? Para encontrar respostas a essa questão, o estudo teve por objetivo conhecer como a família cuida da criança portadora de paralisia cerebral nos três primeiros anos de vida. Em relação aos objetivos, foram traçados os seguintes pressupostos: a anunciação da situação de saúde da criança não foi realizada conforme as necessidades da família; a incompreensão da situação de saúde da criança dificulta o cuidado prestado a ela pela família; as famílias carecem de apoio por parte da equipe de saúde; as crianças portadoras de necessidades especiais, decorrentes da paralisia cerebral, não recebem os cuidados da família conforme as suas necessidades, porque a mesma não foi orientada, de maneira sistemática e contextualizada, durante a hospitalização; as famílias desconhecem os direitos das crianças; a criança portadora de necessidades especiais, decorrentes da paralisia cerebral, não dispõe de ações e serviços de saúde específicos, para assegurar o suporte necessário as suas fragilidades. O referencial teórico que sustentou a pesquisa englobou: Família - primeiro universo de relações sociais da criança; compreendendo a família no período gestacional; nascimento e fatores de risco para a paralisia cerebral; o processo de adaptação vivenciado pela família: quando o recém-nascido não condiz com o bebê idealizado; o processo de educar /cuidar da família a fim de capacitála para prestar o cuidado à criança portadora de paralisia cerebral. O referencial teórico construído mostrou-se coerente e consistente em relação à análise e interpretação dos dados. Na trajetória metodológica, utilizou-se uma abordagem qualitativa exploratório-descritiva com as seis famílias das crianças portadoras de paralisia cerebral, que nasceram, no período de 2005 a 2007, com APGAR menor ou igual a três no quinto minuto, na cidade de Rio Grande. Para a coleta de dados, utilizou-se o método da entrevista semi-estruturada com esses atores sociais. Com a análise dos dados emergiram três categorias: refletindo sobre a formação do vínculo; o processo de adaptação do ser família; o exercício da cidadania - a saúde como um direito. Dentre os resultados observou-se que o processo de cuidar da criança inicia-se anteriormente ao período gestacional, sendo influenciado pela cultura dos ancestrais da criança. Essa cultura mostrou influenciar na determinação dos mecanismos de defesa que cada integrante da família utilizou no seu processo de adaptação. A principal rede de apoio, ressaltada pelos sujeitos do estudo foi a família ampliada. Evidenciaram-se as dificuldades encontradas pelas famílias em relação aos princípios da integralidade e acessibilidade aos serviços e ações de saúde além de perceber uma lacuna no que concerne ao ideal da assistência prestada pela atenção básica e a realidade a que essas crianças e suas famílias são expostas. Concluiu-se que o desconhecimento dos direitos da criança, bem como do exercício da cidadania dessa população, também, pôde ser constatado, fatos que interferiram no poder dessa população de decidir e mediar a sua própria existência, o que tornou essas famílias objetos passivos, os quais vivem conforme normas impostas por uma sociedade normativa e opressora.
- ItemCuidado do enfermeiro ao usuário do sistema único de saúde no serviço de atenção domiciliar na perspectiva ecossistêmica(2015) Weykamp, Juliana Marques; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deObjetivou-se investigar as modalidades de atenção domiciliar do Serviço de Atenção Domiciliar nas modalidades AD2 e AD3, ofertadas nos municípios do RS e analisar as ações de cuidado praticadas pelos enfermeiros nessas modalidades e como são desenvolvidas junto aos usuários do SUS. O serviço de atenção domiciliar é percebido como um serviço substitutivo ou complementar à internação hospitalar ou ao atendimento ambulatorial, responsável pelo gerenciamento e operacionalização da equipe multiprofissional de atenção domiciliar e da equipe multiprofissional de apoio. Este serviço é composto por três modalidades de atendimento, correspondendo a AD1, AD2 e AD3, onde são realizadas ações de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde. O enfermeiro dentro do serviço de atenção domiciliar pode ser visto como o profissional que mais interage com o usuário e sua família, fazendo uso de seus conhecimentos técnico-científicos, e, principalmente, de si próprio, como instrumento terapêutico favorecendo a criação de vínculos de confiança entre ele, o usuário e família. O referencial teórico foi construído para dar sustentação à pesquisa, onde foram abordadas as temáticas: Saúde e o Sistema único de Saúde, Estratégias de Atenção domiciliar utilizadas ao longo da história, Políticas Públicas envolvendo a Atenção Domiciliar e O cuidado de enfermagem na equipe de saúde na Atenção Domiciliar. Como caminho metodológico foi utilizado à pesquisa de campo do tipo descritivo, exploratório e com abordagem qualitativa. A coleta de dados ocorreu no período de 23 a 30 de outubro de 2015, por meio de entrevista semi-estruturada, buscando fundamentar a questão de pesquisa, pressupostos, objetivos e principais aspectos do referencial teórico. A pesquisa teve como local do estudo o Serviço de Atenção Domiciliar realizada nos municípios do Rio Grande do Sul que oferecem as modalidades de Atenção domiciliar 2 e Atenção Domiciliar 3 aos usuários dos Sistema Único de Saúde. Análise e interpretação dos dados foi realizada mediante Análise de conteúdo seguindo os passos de Bardin. Ressalta-se a necessidade de uma ampliação do foco no manejo do processo de saúde da população, como também na ampliação das modalidades de atendimento do SUS. É preciso uma nova abordagem de cuidados, a partir de práticas inovadoras em espaços não convencionais como o domicílio, para prestar o cuidado à saúde, possibilitando um olhar diferenciado sobre as necessidades do usuário, família e comunidade.
- ItemCuidado ecossistêmico de enfermagem ao usuário de transplante de medula óssea(2018) Nunes, Simone dos Santos; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deObjetivou-se investigar como o cuidado ecossistêmico de enfermagem ao usuário de Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas, exercido no período de internação em isolamento hospitalar, é capaz de dissipar atitudes e comportamentos não favoráveis ao usuário de transplante e, assim, obter sucesso no pós-transplante. A revisão de literatura contemplou os temas: transplante de medula óssea; teoria geral dos sistemas e o pensamento ecossistêmico e cuidados de enfermagem, os quais foram aprofundados no decorrer do processo de pesquisa. A pesquisa do tipo descritiva e exploratória com abordagem qualitativa e quantitativa. Os participantes foram quarenta usuários, selecionados no ambulatório do serviço de Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas de três instituições hospitalares universitárias que realizam Transplante: 1ª- Rio Grande do Sul/Brasil; 2ª- Paraná/Brasil; 3ª- Múrcia/Espanha, este último, local de doutorado sanduíche da pesquisadora. Os critérios de seleção foram: possuir idade mínima de 18 anos; ser usuário transplantado de medula óssea; frequentar o ambulatório de transplante para consulta médica e de enfermagem; estar no seu domicílio, no mínimo, há trinta dias e, no máximo, há dois anos; ser atendido no ambulatório de transplante participante da pesquisa; permitir a divulgação dos dados em trabalhos científicos, e, como critério de exclusão: ter realizado mais de um transplante de medula óssea. Os dados foram coletados e gravados por meio de entrevista semiestruturada, com perguntas abertas e fechadas, pela pesquisadora e um membro auxiliar devidamente habilitado e transcritas pela pesquisadora. Na análise qualitativa dos dados utilizou-se o método de Análise de Conteúdo segundo Bardin e, para os dados quantitativos o programa Statistical Package for the Social Sciences, baseado no instrumento da entrevista, com respostas em escala do tipo Likert de 5 pontos, foi empregada a análise estatística descritiva. Além dessa análise quantitativa, foram realizados os seguintes testes estatísticos: I) frequência dos dados sociodemográficos; II) frequência dos dados clínicos; III) Teste Qui-quadrado de independência para os demais dados. Dessa forma surgiram as categorias que foram discutidas no desenvolver da tese. Neste contexto, emergiram as categorias: o perfil sociodemográfico e clínico dos usuários participantes da pesquisa; orientações aos usuários de transplante de células-tronco; intercorrências apresentadas pelos usuários de transplante; visibilidade dos profissionais da equipe multiprofissional de transplante; percepções comportamentais vivenciadas pelos usuários de transplante e expectativas de usuários de transplante. As categorias evidenciaram que todos os acontecimentos e resultados na trajetória do usuário de transplante são interdependentes e, que o sucesso do transplante, depende de múltiplos fatores interligados. Assim, essa terapêutica evidenciou possibilitar, por meio de estruturas dissipativas e bifurcações, mudanças na vida do transplantado, bem como, os enfrentamentos no pós-transplante, por meio da irreversibilidade e interdependência de todos os acontecimentos e resultados no seu ecossistema, mantendo a fé, os sonhos e a esperança de sucesso do transplante.
- ItemCuidado integral ao ser humano possibilitado pelo toque terapêutico na perspectiva ecossistêmica(2018) Rangel, Rosiane Filipin; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deA presente pesquisa teve por objetivo investigar como o cuidado integral ao ser humano, na perspectiva ecossistêmica, pode ser alcançado pelo toque terapêutico, considerado como tecnologia relacional interativa de trabalho do enfermeiro. Para tanto, esse estudo ancora-se nos princípios do paradigma ecossistêmico, mais especificamente nos autores - Prigogine (1996, 2009, 2011), Siqueira (2001), Capra (2002, 2014), Zamberlan (2013), Medeiros (2013), entre outros. Assim, delimitou-se a Tese: O cuidado integral ao ser humano, na perspectiva ecossistêmica, pode ser possibilitado pelo toque terapêutico considerado como tecnologia relacional interativa de trabalho do enfermeiro. O Percurso metodológico caracterizou-se como exploratório-descritivo, qualitativo, realizado com 11 enfermeiros que utilizam/utilizaram o Toque Terapêutico no cotidiano de seu trabalho profissional nos diferentes cenários de saúde. Para a busca dos participantes, foi utilizada a técnica Snowball ("Bola de Neve"). Os dados foram coletados, por meio de entrevista semiestruturada, entre os meses de fevereiro a julho de 2018 e, submetidos à Análise Textual Discursiva. Os dados analisados possibilitaram a identificação de seis categorias. A pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande - FURG sob o nº 2.445.265. Os resultados apontam que os participantes discorreram sobre o cuidado integral de uma maneira polissêmica, pois entendem o mesmo como algo inerente ao profissional enfermeiro que está intrínseco no seu ser e fazer; como ir além das necessidades visíveis e cuidar considerando todas as dimensões humanas; reiteraram que essas dimensões interagem, fazem interconexões e influenciam ao mesmo tempo em que são influenciadas; salienta-se ainda que o Toque Terapêutico foi citado como uma forma de cuidar do ser humano na sua integralidade. Os profissionais visualizaram a tecnologia de maneira ampliada e compreendem que o Toque Terapêutico é uma tecnologia de cuidado na enfermagem, que possibilita a interação entre as pessoas; percebem que esse é complexo, pois exige de quem aplica, estudos, pesquisas e conhecimento para sua utilização; entendem que por meio da aplicação do Toque Terapêutico é possível cuidar na integralidade, pois ao equilibrar o campo energético existe a possibilidade de ocorrer a harmonização do ser humano como um sistema e subsistemas; essa harmonização ocorre, também, com o campo energético universal, considerando que esses estão em contínua interação. Considera-se que, a partir das falas dos enfermeiros, acerca de como utilizam e percebem o Toque Terapêutico como tecnologia relacional interativa de trabalho, é possível refletir e desenvolver novas abordagens profissionais no cuidado ao ser humano com base nas dimensões bio-psico-social-espiritual, potencializando o ser e fazer da enfermagem com vistas ao cuidado integral, relacional interativo, na perspectiva ecossistêmica. Os dados da pesquisa confirmam a tese de que o cuidado integral ao ser humano, na perspectiva ecossistêmica, pode ser possibilitado pelo toque terapêutico como tecnologia relacional interativa de trabalho do enfermeiro.
- ItemDesvelando fatores que afetam a satisfação e a insatisfação no trabalho de uma equipe de enfermagem(2005) Gallo, Cláudia Medeiros Centeno; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deEste estudo teve como objetivo desvelar os fatores, geradores de satisfação e insatisfação do trabalhador/cuidador de uma equipe de enfermagem, e como esses interferem em sua prática. Os participantes da pesquisa foram quatorze profissionais da equipe de enfermagem(enfermeiras e auxiliares de enfermagem) de uma Maternidade e de um Centro Obstétrico de um Hospital Geral Universitário do Estado do Rio Grande do Sul. A coleta de dados deu-se durante os meses de agosto e setembro de 2004 por meio da técnica de entrevista semiestruturada, observando-se um roteiro com categorias pré-estabelecidas: higiênicas/ambientais e motivacionais/satisfatórias. A análise dos dados, quanto à categoria dos fatores higiênicos, permitiu evidenciar que o não-reconhecimento do fazer (trabalho), o acúmulo e o desvio de funções, a falta de sistematização da assistência, a administração vertical impedindo a participação no poder decisório, o exercício de atividades repetitivas e sem desafios, as fragilidades no relacionamento, especialmente a falta de diálogo, o descomprometimento, o salário não-compatível com a responsabilidade assumida e as diferenças entre valores por profissionais de níveis iguais são os fatores resultantes como os de maior insatisfação dos trabalhadores. Esses fatores negativos interferem diretamente sobre o fazer (trabalho) provocando desmotivação, desestímulo, diminuição da auto-estima e, conseqüentemente, redução da produtividade. A pesquisa revelou serem fatores motivacionais geradores de maior satisfação: o próprio trabalho, a assistência direta, trabalho prestado no setor de que o profissional gosta, o reconhecimento do trabalho realizado, a visualização do trabalho de enfermagem, o trabalho realizado no Hospital Universitário, o trabalho em equipe, a possibilidade de manifestar opinião, a participação no projeto de construção da organização, o recebimento de incentivos, assim como o desenvolvimento de atividades desafiantes, com complexidade e responsabilidade crescentes. Descobriu-se que existe multicausalidade entre os fatores geradores de satisfação e insatisfação no trabalho de equipe de enfermagem. Além disso, esses constituem uma totalidade inter-relacionada, influenciando e sendo influenciados. É nesta inter-relação que se processam, de forma variada, as influências na prática da enfermagem. Evidenciou-se também, como um aspecto positivo, o fato de o trabalho ser considerado fonte de criação, realização e satisfação mesmo para os que gostariam de trocar de profissão. Essas manifestações levam à conclusão de que o ser humano possui vontade de construir o seu cotidiano e busca transformar a realidade em que trabalha. Portanto, o trabalho torna-se uma condição de libertação do indivíduo, pois é naquele espaço que pode inventar, projetar, desenvolver suas potencialidades, construir o conhecimento, sentindo-se, assim, mais realizado e mais satisfeito.
- ItemEcossistema domiciliar de pais cardiopatas e o modo de viver dos filhos: possibilidades de promoção da saúde pelo conhecimento da enfermagem/saúde(2013) Zamberlan, Cláudia; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deObjetivou-se compreender a possibilidade de o ecossistema domiciliar de pais portadores de morbidades cardiovasculares propiciar atitudes e comportamentos que corroborem para manifestações análogas na saúde dos filhos que convivem neste ambiente, e compreender como o cuidado de enfermagem/saúde com ações interativas de promoção de saúde domiciliar seja capaz de dissipar estas atitudes e comportamentos nos filhos. Para o conhecimento, a compreensão, interação do ecossistema domiciliar e o modo de viver dos filhos de pai/mãe cardiopata como um processo dinâmico e inter-relacional, foi utilizada a abordagem sistêmica de Ilya Prigogine, com enfoque nos princípios ecossistêmicos. O percurso metodológico se baseou na Teoria Fundamentada nos Dados, que, de maneira sistemática, interativa e criativa, possibilitou o desenvolvimento da teoria formal: Compreendendo possibilidades Interativas de orientações da Enfermagem/Saúde no Ecossistema domiciliar dos filhos de pais cardiopatas para mudanças de comportamentos e atitudes. Esta é uma teoria fidedigna e fundamentada nos dados da pesquisa, que culminou com o desenvolvimento de suas categorias. A coleta e análise dos dados foram realizadas conforme a preconização da teoria, de forma comparativa e constante, seguindo os passos: codificação inicial ou aberta, categorização e codificação teórica, sendo utilizada também a observação. Totalizou a amostra teórica onze filhos de pai/mãe cardiopatas, entrevistados no Brasil e em Portugal, onde, neste último, foi realizado um Intercâmbio de Doutorado com a finalidade de potencializar os conceitos e direcionar novas possibilidades aos fenômenos apresentados. Como processo de análise dos dados e agrupamento das categorias utilizou-se o modelo paradigmático desenvolvido por Glaser (1968) correspondente à família de códigos 6 Cs e de códigos interativos. A teoria formal emergiu a partir de dois fenômenos e suas categorias. O fenômeno, Conhecendo o ecossistema domiciliar de filhos de pai/mãe cardiopata na perspectiva das orientações da enfermagem/saúde, englobou as categorias: Demonstrando conhecimento sobre aspectos que possibilitam o infarto (condição causal); Associando a vivência da doença e orientações às modificações no modo de viver (condição estratégica); Relatando possibilidades de orientações para os filhos de pai/mãe cardiopata (condição de contingência); Reconhecendo a importância das orientações para o viver melhor (condição de consequência). Em relação ao fenômeno Conhecendo comportamentos e atitudes de filhos de pai/mãe cardiopata, as categorias elencadas foram: Descrevendo atitudes e comportamentos do(a) filho(a) antes da doença do(a) pai/mãe (condição causal); Relatando comportamentos e atitudes dos filhos pós-doença do(a) pai/mãe (condição estratégica); Reconhecendo a importância da mudança de comportamentos e atitudes para um viver saudável (condição de consequência). A teoria que emergiu por meio dos dados deste trabalho fundamenta a importância das ações de enfermagem/saúde para a promoção da saúde, confirma a tese proposta no projeto de pesquisa e permite concluir que a perspectiva ecossistêmica direciona para o conhecimento, a compreensão e discussão, evidentemente, mais amplos, dos contextos apresentados, pelas suas dinâmicas e interatividades.
- ItemEcossistema domiciliar de usuário com doença renal crônica: contribuições do enfermeiro(2016) Nunes, Márcia Helena Baltassare; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deObjetivou-se conhecer e analisar as relações familiares e redes de apoio aos usuários com Insuficiência Renal Crônica no ecossistema domiciliar e investigar as contribuições que o enfermeiro oferece, no ecossistema domiciliar, ao usuário e família, no enfrentamento da doença renal crônica. O referencial teórico construído a fim de fundamentar o estudo abordou as seguintes temáticas: O usuário com Insuficiência Renal Crônica na perspectiva ecossistêmica; redes de apoio ao usuário com doença renal crônica e os cuidados do enfermeiro ao usuário com IRC. O caminho metodológico foi do tipo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa. A coleta de dados ocorreu no período de maio e junho de 2016, por meio de observação não participante e entrevista semiestruturada, buscando fundamentar as questões de pesquisa e objetivos propostos. A pesquisa foi realizada no contexto domiciliar de usuários com IRC em terapia por hemodiálise, nos municípios de Pelotas e Pedro Osório, ambos situados na região sul do Rio Grande do Sul. Os 06 participantes da pesquisa foram 03 usuários com IRC e 03 familiares cuidadores, selecionados a partir de um Serviço de Terapia Renal Substitutiva, de um Hospital Universitário de médio porte da região sul do RS. A análise e interpretação dos dados foram realizadas mediante Análise Temática, seguindo as etapas descritas por Minayo, na perspectiva ecossistêmica. A partir dos resultados obtidos foram elaboradas as categorias: Perfil Sócio demográfico dos participantes do estudo; Relações familiares no ecossistema domiciliar do usuário com IRC; Mudanças no cotidiano de vida e o enfrentamento da IRC: usuários e familiares; Cuidados prestados ao usuário com IRC; Orientações ao usuário com IRC e familiares; Percepções do usuário frente aos cuidados recebidos; Contribuições do enfermeiro ao usuário com IRC e família e Redes de apoio e locais frequentados pelo usuário com IRC e familiares. Com a pesquisa vislumbrou-se uma nova possibilidade para o cuidado da enfermagem ao usuário com IRC e família. Ao abandonar a visão cartesiana, linear, fragmentada e verticalizada de saúde, centrada na doença e assumir a perspectiva ecossistêmica e voltando-se ao ser humano, usuário de IRC e seu cuidador familiar, como participante e produtor de sua própria saúde, percebeu-se que existem trocas permanentes de matéria e energia entre os componentes do ecossistema domiciliar que se inter-relacionam, se influenciam, se energizam e produzem mudanças no ambiente no qual vivem. Conclui-se que a pesquisa atingiu os objetivos propostos e sugere-se a continuidade de estudos acerca de usuários com IRC e respectivos cuidadores familiares com base no Pensamento Ecossistêmico, em busca do aprofundamento de subsídios para o cuidado da enfermagem ao ser humano percebendo-o na sua integralidade biopsicossocial e espiritual, inserido no contexto onde vive, trabalha e se desenvolve.
- ItemEducação para a saúde desenvolvida em escolas municipais do ensino fundamental de pelotas na perspectiva ecossistêmica: contribuições para os enfermeiros(2022) Silva, Sérgio Mauricio Souza e; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deA Educação para a saúde deve ser pensada como um conjunto de ações que proporcionam aprendizagens relacionadas à promoção da saúde, prevenção de agravos e formas resolutivas e eficientes de lidar com o processo saúde-doença. Objetivou-se compreender a educação para a saúde desenvolvida em escolas municipais do ensino fundamental de Pelotas na perspectiva ecossistêmica: contribuições para os enfer- meiros. A Saúde é um termo polissêmico e carrega em si múltiplos sentidos. Do ponto de vista individual e coletivo, a saúde adquire diversos significados objetivos e subjetivos, em distintos contextos. Neste sentido, é preciso educar para a saúde levando em conta todos os aspectos envolvidos na formação de comportamentos, hábitos e atitudes saudáveis. Assim, sendo, na perspectiva ecossistêmica, a educação para a saúde deve inter-relacionar-se ao contexto, as respectivas conexões entre os elementos que com- põem a escola, bem como a comunidade na qual se insere. A metodologia desenvolvida foi um estudo do tipo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa. Os cenários de estudo foram sete Escolas Municipais de Ensino Fundamental da zona urbana de Pelotas, no sul do Rio Grande do Sul. Participa- ram da pesquisa 21 professores ministrantes do tema saúde nos anos finais do ensino fundamental. O quantitativo dos participantes, no presente caso, refere-se a três participantes de cada uma das sete escolas que compõem a zona urbana de Pelotas, selecionados por meio de sorteio aleatório simples. A coleta de dados ocorreu em junho de 2022, por meio de entrevista presencial, ou virtual utilizando o WhatsApp e ou Googel Meet. Destaca-se que a maioria das entrevistas ocorreram de forma presencial no local de trabalho, em ambiente reservado, de escolha do participante. As entrevistas foram efetivadas utilizando um guia norteador com questões fechadas e abertas que teve início somente após aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande. A análise e inter- pretação dos dados foram realizadas pelo método de Análise Temática de Minayo que comporta três etapas; pré-análise, exploração dos dados e tratamento dos resultados. Foram observadas todas as exi- gências éticas previstas para pesquisas com seres humanos conforme Resoluções n° 466/12 e no 510/16 do Conselho Nacional de Saúde. Concluiu-se que a educação para a saúde nas escolas municipais do ensino fundamental de Pelotas se caracteriza por docentes brancas do sexo feminino, com idade a partir de 30 anos, com até cinco anos de experiência na docência, onde todos os participantes desenvolvem a educação para a saúde em suas aulas, buscando priorizar os temas de maior interesse e relevância para os educandos, utilizando metodologias variadas sempre que possível. Observou-se que os docentes so- licitam mais educação continuada sobre temas da saúde, que existem dificuldades em trabalhar temas relacionados à sexualidade, sendo que o tempo, a disponibilidade de recursos e material didáticos difi- culta o desenvolvimento de métodos variados de ensino. Constatou-se que a gestão da educação para a saúde no âmbito das escolas e do município deveria ser mais proativa promovendo e implementando projetos e parceiras para que a educação para a saúde aconteça de fato. Os dados levantados na pesquisa apontam caminhos para os enfermeiros participarem do contexto da educação para a saúde nas escolas de maneira mais expressiva e eficiente, assumindo assim, o papel de protagonista na educação em saúde, competência inerente da sua formação.
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