FAMED – Faculdade de Medicina
URI permanente desta comunidadehttps://rihomolog.furg.br/handle/1/2422
Navegar
29 resultados
Filtros
Configurações
Resultados da Pesquisa
- ItemPerfil clínico-epidemiológico e diagnóstico de candidemia em hospital universitário do extremo sul do Brasil(2024) Wilot, Leandre Carmem; Xavier, Melissa Orzechowski; Poester, Vanice RodriguesEntre os fungos de interesse médico, as leveduras do gênero Candida são de extrema importância, causando desde lesões leves superficiais a infecções invasivas graves. A candidemia, infecção de corrente sanguínea por Candida spp., representa importantes taxas de morbidade e mortalidade hospitalar. Considerando a importância da detecção precoce de candidemia, e a escassez de dados na literatura quanto a prevalência dessa fungemia no extremo sul do Brasil, este estudo objetivou evidenciar o perfil clínico-epidemiológico dos casos de candidemia em um hospital terciário no sul do Rio Grande do Sul (HU-FURG/EBSERH) nos últimos 05 anos, e o perfil de suscetibilidade dos isolados, bem como avaliar o impacto de distintos meios de hemocultura na precocidade diagnóstica. Para avaliação do perfil clínicoepidemiológico foram coletadas informações dos bancos de dados e dos prontuários de todos os pacientes com diagnóstico de candidemia e foram avaliados a taxa de mortalidade, o agente etiológico e seu perfil de suscetibilidade, as unidades hospitalares de origem, a taxa de incidência, a prevalência anual e total, além dos desfechos, como óbito ou alta hospitalar. No período de 2019 a 2023, foram diagnosticados 44 pacientes com candidemia no HUFURG/EBSERH, correspondendo a uma taxa de incidência média de 2,2 casos a cada 1.000 internações. Com relação a unidade de origem, a maior incidência foi registrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, com taxa de 26 casos a cada 1.000 internações. As espécies mais prevalentes foram C. albicans, responsável por 56,8% dos casos, seguida de C. parapsilosis em 29,5%. A taxa de resistência antifúngica (fluconazol, anfotericina B e micafungina) dos isolados foi de 15,4%. Os fatores predisponentes para candidemia foram uso de antibióticos de amplo espectro, acesso venoso central, uso de esteroides, uso de nutrição parenteral total e cirurgia abdominal recente e/ou ventilação mecânica. A taxa de mortalidade com maior índice observado (92%) ocorreu na UTI adulto. Para avaliação da relação entre meio de cultivo e precocidade diagnóstica foram realizados experimentos incluindo seis espécies de Candida, utilizando meio específico BD BACTEC™ Myco/F Lytic (Myco) e inespecífico BD BACTEC™ Plus Aerobic/F (Aero). O inóculo, ajustado a 5-25 unidades formadoras de colônias por mililitro (UFC/mL), foi adicionado a 2 mL de sangue total de voluntários saudáveis e semeado em frascos de hemocultura específicos para fungos (Myco) e inespecíficos (Aero), os quais foram incubados a 37°C no sistema automatizado BD BACTEC™ FX 40 até detecção automatizada de crescimento. Os experimentos foram realizados em duplicata. O cálculo da média do tempo de detecção para cada espécie foi calculado e comparado entre os distintos meios de cultivo. As espécies C. albicans e Nakaseomyces glabratus (Candida glabrata), foram detectadas 17 e 21,8 horas mais precocemente quando utilizados frascos específicos para fungos (Myco) em comparação com frascos para aeróbios. O estudo contribuiu para o conhecimento da prevalência e do impacto das candidemias no HU-FURG/EBSERH agregando dados importantes ao controle de infecção hospitalar e contribuiu para a literatura científica nacional, subsidiando medidas específicas de prevenção, controle, e de melhoria diagnóstica local, tendo como resultado benefícios à comunidade regional e à saúde pública.
- ItemEpidemiologia da Tuberculose no Brasil: um estudo das curas e abandonos de tratamento nos municípios brasileiros(2023) Claro, Carolina Larrosa de Oliveira; Silva, Pedro Eduardo Almeida da; Dumith, Samuel de CarvalhoEm 2021 a tuberculose (TB) foi a segunda doença infecciosa com um agente único que causou mais óbito no mundo sendo um grave problema de saúde pública global. Tem sido demonstrado que alguns fatores estão associados às altas taxas de TB (pobreza, coabitação familiar, etilismo, pessoas privadas de liberdade, coinfecção com HIV, diabetes e pessoas em situação de rua). Além dos fatores condicionantes, outro desafio para o controle da TB é o abandono do tratamento. O longo tratamento e o precário monitoramento da adesão a terapia, favorecem o abandono que resulta em manutenção da cadeia de transmissão do bacilo, além de favorecer o aparecimento da resistência aos antimicrobianos. Este estudo tem como objetivo principal estudar possíveis fatores associados aos desfechos de cura ou abandono de tratamento da TB, em 5565 municípios brasileiros. Os testes estatísticos foram realizados em linguagem Phyton em um ambiente de desenvolvimento integrado (IDE), utilizando a ferramenta Google Colab. Foram realizadas análises espaciais e geoestatísticas com uso do software ArcGis. Em um objetivo secundário, foi realizada uma análise em escala intramunicipal das curas e abandonos de tratamento para TB, utilizando metodologia análoga aplicada para os municípios brasileiros. O município selecionado para este trabalho foi o Rio Grande (RS). Este estudo buscou encontrar variáveis que podem estar diretamente relacionadas à questão do abandono de tratamento e cura de TB, permitindo assim que as políticas públicas sejam compartilhadas e direcionadas no sentido de aumentar o número de curas e diminuir os abandonos de tratamento para TB. A principal conclusão deste estudo é que o concluído do tratamento está associado à escolaridade; o abandono de tratamento a pacientes HIV + e pessoas em situação de rua.
- ItemTuberculose em instituições penais do Rio Grande do Sul: análises epidemiológica e molecular(2022) Busatto, Caroline; Ramis, Ivy Bastos; Possuelo, Lia Gonçalves; Silva, Pedro Eduardo Almeida daA tuberculose (TB), por se tratar de uma grave doença infectocontagiosa, é uma das prioridades do Ministério da Saúde, sendo que o seu controle é considerado um desafio, principalmente entre as populações de maior risco, como as pessoas privadas de liberdade (PPL). Há um reconhecimento crescente do elevado risco de adquirir TB em prisões, o que está associado com precários ou inexistentes serviços de saúde, com a superlotação e a ventilação deficiente destes locais, bem como com as fragilidades sociais inerentes ao próprio indivíduo. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi analisar os dados epidemiológicos de PPL diagnosticadas com TB e a diversidade genética de cepas de Mycobacterium tuberculosis de PPL do estado do Rio Grande do Sul (RS), Brasil. Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo, que incluiu notificações de TB, e cepas de M. tuberculosis, provenientes de PPL do RS, entre o período de 2013 a 2018. Os dados clínicos, epidemiológicos, prisionais e laboratoriais dos pacientes foram obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (INFOPEN) e nas fichas de registro do Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) do RS. As cepas utilizadas no estudo foram provenientes do banco de cepas do LACEN/RS. A caracterização molecular das cepas foi realizada através da técnica de MIRU-VNTR 15 loci (mycobacterial interspersed repetitive units - variable number of tandem repeats). Os achados deste estudo resultaram em quatro manuscritos. O primeiro consistiu em uma revisão integrativa que abordou a epidemiologia da TB e as estratégias de controle realizadas em países com maior população carcerária. O segundo, analisou a completude de 3.557 notificações de TB em PPL do RS. Nas fichas de notificação, 80% das variáveis analisadas tiveram de 75,1% a 100% de completude. No entanto, as variáveis tratamento diretamente observado (TDO) e baciloscopia de 6º mês tiveram de 50,1% e 75% de completude, respectivamente. O terceiro manuscrito analisou os indicadores epidemiológicos e operacionais de controle da TB. No período do estudo, a maior taxa de incidência de TB foi no ano de 2017 com 1.465 casos por 100 mil indivíduos. A proporção de casos novos de TB pulmonar confirmados por critérios laboratoriais foi de 52,6%. No entanto, a proporção de casos novos de TB testados para HIV foi de 83,4% e entre os testados, 12,9% estavam coinfectados pelo HIV. Por fim, o último manuscrito, avaliou a epidemiologia molecular de 598 cepas de M. tuberculosis e identificou que 37,5% (224) estavam agrupadas em 53 clusters. Os tamanhos dos clusters variaram de 2 a 34 cepas. Através dos dados encontrados neste estudo, foi possível conhecer o perfil epidemiológico das PPL diagnosticadas com TB, e compreender a dinâmica de transmissão do M. tuberculosis. Importantes dados para traçar estratégias para interromper a cadeia de transmissão do M. tuberculosis, através da otimização de medidas de controle, evitando a disseminação do microrganismo intra e extramuros.
- ItemAvaliação espaço-temporal do parto cesareo e fatores associados no Brasil(2022) Belarmino, Vanusa; Gonçalves, Carla VitolaObjetivo: avaliar a tendência temporal e espacial correlacionando o parto cesáreo com fatores socioeconômicos e obstétricos no Brasil. Métodos: estudo ecológico de série temporal, com base nos registros de nascidos vivos do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. O desfecho foi o parto cesáreo e as variáveis maternas independentes analisadas foram: idade, escolaridade, situação marital, cor, tipo de gravidez, duração da gestação e número de consultas de pré-natal. A análise temporal de 2000 a 2017 foi calculada pela regressão linear generalizada de Prais-Winsten. A análise espacial de 2000 a 2019 foi realizada pelo Índice Global de Moran (I) e apresentada por mapas temáticos das macrorregiões e das unidades federativas do Brasil. O nível de significância para as análises temporal e espacial foram de 5% e 1%, respectivamente. Os programas estatísticos utilizados foram o Stata versão 15, TerraView versão 4.2.2 e GeoDa versão 1.18. Resultados: De 2000 a 2019 foram registrados 59.291.381 nascimentos no Brasil, sendo 49% por cesárea. O estado com a menor prevalência de parto obstétrico foi o Amapá com 28,3% e a maior em Rondônia com 58,8%, observa-se que as prevalências de cesárea diminuem à medida que se afastam da região Centro-Oeste. De 2000 a 2009, houve tendência crescente na prevalência de cesárea em todo o país. Entre 2000 a 2009 a média de cesárea no Brasil passou de 39,7% (DP± 9,8) para 53% (DP± 9,4) com uma variação anual de 1,7 p.p (IC95% 1,6; 1,8). Nota-se estabilidade na prevalência de cesárea entre os anos de 2010 e 2017, com um leve declínio a partir de 2015 na região Sudeste com uma variação anual de -0,9 (IC95% -1,5; 0,0). O grupo de mães com menos de 11 anos de estudo, idade entre 20 e 34 anos, de cor de pele não branca, que vivem com companheiro, tiveram filhos a termo, de gestação única e realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal apresentaram maiores prevalências de parto cesáreo. Com relação à análise espacial, reealizar cesárea apresentou autocorrelação global espacial positiva (I= 0,435 p= 0,004) e formação de cluster do tipo Alto/Alto, em todas as variávies estudadas, nos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Observou-se, claramente, a formação de cluster em alguns estados com alta prevalência de cesariana nos grupos com melhores condições socioeconômicas, melhor escolaridade, melhor assistência de pré-natal e moradoras de regiões com maior IDHM. Conclusão: O parto cesáreo continua com as prevalências acima do recomendado pela 11 Organização Mundial da Saúde e isso foi identificado nos dois tipos de análises. A tendência da cesárea mudou de 2010 e 2017, nesse período observa-se uma estabilidade na maioria dos estados, macrorregiões e no país como um todo e chama à atenção a tendência decrescente em alguns estados e na região Sudeste. Por meio da análise espacial foi possível identificar um padrão de alta prevalência de cesárea, em áreas com melhor Índice de Desenvolvimento Humano, com mais acesso aos serviços de saúde e melhores condições socioeconômicas.
- ItemSintomatologia de dor musculoesquelética na coluna vertebral: uma perspectiva epidemiológica antes e durante a pandemia por Covid-19(2022) Silva, Elizabet Saes da; Dumith, Samuel de Carvalho; Saes, Mirelle de OliveiraA dor na coluna vertebral é um sintoma multifatorial com aumento progressivo no número de casos nas últimas décadas. Com a implementação das medidas restritivas pela pandemia por Covid-19 pode ter motivado hábitos posturais inadequados e propiciado a dor nas costas. O objetivo foi investigar a sintomatologia de dor musculoesquelética na coluna vertebral e sua relação com comportamentos de risco sob uma perspectiva epidemiológica antes e durante as medidas restritivas na pandemia por Covid-19 nos municípios de Rio Grande, RS e Criciúma, SC. O delineamento foi experimental comunitário para averiguar o antes-e-durante a pandemia por Covid-19 (intervenção) nos municípios. O antes foi verificado com dados sobre dor na coluna vertebral das pesquisas realizadas em Rio Grande, RS (2016) e Criciúma (2019) sem intervenção (pandemia). O durante foi com dados (2020) nos dois municípios com intervenção (pandemia). Foram incluídos adultos maiores 18 anos e excluídos indivíduos institucionalizados em asilos, hospitais, presídios ou com déficit cognitivo, que tenham dificuldades em responder ao questionário. A amostragem foi probabilística em dois estágios. A coleta foi através de questionários com perguntas fechadas. O desfecho foi dor na coluna vertebral. A dor sentida repentinamente ou inferior a três meses era considerada aguda, se ultrapassasse esse período, crônica. A intensidade da dor variou entre 0 (nenhuma dor) a 10 (pior dor sentida). As variáveis independentes abrangeram demográficas, socioeconômicas, comportamentais e de saúde. Como resultados antes da pandemia: Em Rio Grande, RS a dor crônica na coluna vertebral (DCC) foi 20,7% (IC 95%: 18,3, 23,0), mais evidente nas mulheres (26,0%), sendo que 31% das pessoas com DCC faltou ao trabalho e 68% visitaram o médico durante um período de 12 meses. Em Criciúma, a dor aguda foi 39,3% (IC 95%: 35,5% a 43,3%) e DCC 27,4% (IC 95%: 24,5% a 30,4%). A dor aguda foi maior entre pessoas com sobrepeso / obesidade e a DCC contribuiu para o absenteísmo e a demanda por serviços de saúde. Durante a pandemia, a prevalência de dor nas costas nos dois municípios foi de 22,1% (IC 95%: 20,3 a 23,8%). Indivíduos que trabalhavam remotamente tiveram 2,45 vezes mais chance de sentir dor aguda na região cervical e 79% mais chance de sentir dor lombar crônica. A intensidade da dor foi em média 1,09 pontos maior durante o confinamento. A exposição a ambientes ergonomicamente inadequados e jornadas de trabalho mais longas pode ter um impacto negativo na dor nas costas.
- ItemQualidade do sono em estudantes universitários e associações com contexto pandêmico (COVID-19)(2021) Maciel, Francine Villela; Dumith, Samuel de CarvalhoO sono é essencial para manutenção do bem-estar físico e mental dos seres humanos. Problemas de sono nos estudantes universitários são frequentes, e estão associados a fatores sociais e comportamentais. Estudantes que apresentam má qualidade e privação de sono correm maior risco de ter o processo de aprendizagem prejudicado, bem como o desempenho acadêmico. Com o cenário pandêmico instaurado e a preconização de medidas de controle, muitas dimensões das condições de vida e de saúde dos universitários foram afetadas, inclusive o sono. Assim, a presente tese teve como objetivo avaliar a qualidade do sono de estudantes universitários em dois momentos, um precedente à pandemia de COVID-19, em que buscou-se investigar fatores associados a pior qualidade do sono de estudantes da Universidade Federal do Rio Grande-FURG, e outro durante o período pandêmico, no qual avaliou-se os fatores pandêmicos associados à qualidade de sono de estudantes de cinco universidades brasileiras. A qualidade do sono foi avaliada pelo Mini Sleep Questionaire (MSQ), no primeiro estudo, e pela autopercepção de qualidade do sono, no segundo momento. Em ambos os artigos originais, foram realizadas análises brutas e ajustadas utilizando regressão de Poisson. Observou-se que a pior qualidade do sono esteve associada a variáveis sociodemograficas (mulheres, menor renda, preocupação com violência no bairro, discriminação na universidade, insegurança alimentar e menor suporte social), comportamentais (fisicamente inativos e insatisfeitos com o curso) e com sofrimento psicológico. No contexto pandêmico, a piora na qualidade do sono foi percebida por 23,9% dos estudantes, e esteve associada a variáveis econômicas (perda de emprego) e acadêmicas (preocupação com atraso das atividades). O medo de contrair o vírus e conhecer pessoas que morreram devido a doença, também esteve associado a percepção de piora na qualidade do sono. Os resultados sugerem aspectos sociodemográficos, acadêmicos e do contexto pandêmico desempenham importante papel na qualidade do sono dos estudantes. Além disso, destaca-se influência da qualidade do sono sobre a saúde mental.
- ItemPrevalência, severidade e fatores associados a disfunção temporomandibular em estudantes de uma escola politécnica no sul do Brasil: estudo transversal(2024) Saraiva, Ana Paula Kirchhof; Dumith, Samuel de Carvalho; Silva, Elizabet Saes daIntrodução: a articulação temporomandibular é uma articulação complexa, utilizada muitas vezes durante o dia nos movimentos de falar, mastigar, deglutir, bocejar e ressonar. Alterações nesta articulação podem levar ao aparecimento da disfunção temporomandibular, acarretando na diminuição da qualidade de vida de seus portadores, com limitações funcionais e importante quadro álgico. Esta disfunção acomete 31,1% de adultos da população mundial e 11,3% das crianças e adolescentes. Identificar estes distúrbios na população jovem pode prevenir a cronicidade dos seus sintomas. Objetivo: avaliar a prevalência, severidade e fatores associados a disfunção temporomandibular (DTM) em jovens de uma escola politécnica no sul do Brasil. Material e métodos: tratase de um estudo transversal, realizado em uma escola politécnica federal na cidade do Rio Grande, no Sul do Brasil, onde participaram estudantes com idades entre 14 e 22 anos, com frequência escolar. A severidade da DTM foi avaliada através de questionário autoadministrado contendo o Índice Anamnésico de Fonseca (IAF) e a abertura máxima mandibular foi avaliada através da fotogrametria. Foi utilizado o cálculo da análise univariada para descrever a amostra, a regressão de Poisson para os fatores associados, com intervalo de confiança de 95% e valor p<0,05. Resultados: Foram avaliados 432 alunos através do questionário onde a prevalência da disfunção temporomandibular foi de 14,1% (IC95%=10,8-17,4). Os fatores associados a DTM foram sexo feminino, tabagismo, maior nível de estresse e dor na região da coluna cervical. A prevalência da abertura de boca <40mm entre os 340 alunos avaliados através da fotogrametria foi de 69,5%, porém este achado não teve associação com a severidade da DTM. A DTM afetou cerca de 3 em cada 20 jovens. Desta forma, promover políticas públicas e ações que promovam a redução do tabagismo e estresse nesta população, além do cuidado com a postura, pode auxiliar na prevenção da evolução da disfunção na vida adulta.
- ItemCOVID longa em crianças hospitalizadas com infecção pelo SARS-COV2: uma revisão sistemática de estudos observacionais(2023) Silva, Maíra Machado da; Zhang, LinjieObjetivo: investigar a prevalência das manifestaões clínicas da COVID longa em crianças hospitalizadas com infecções por SARS Cov-2 (COVID-19). Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática de estudos observacionais. A busca eletrônica foi realizada nas bases de dados do PUBMED e EMBASE de artigos publicados até março de 2023, utilizando a seguinte estratégia: "Long COVID" OR "post-acute COVID" OR " post COVID syndrome" OR "Long-term COVID" OR " late COVID sequelae " OR "persistent COVID" OR "chronic COVID syndrome". Com limitação: "Child: birth-18 years". Foram incluídos os estudos observacionais (caso-controle, transversal, coorte ou série de casos) que investigaram as manifestações clínicas da COVID longa em crianças (<18 anos) internadas com a COVID-19. A COVID longa foi definida como a permanência das manifestações clínico-laboratoriais da COVID-19 por 3 meses ou mais após o início da doença. A seleção dos estudos e a extração de dados foram realizadas independentemente por pelo menos dois investigadores e as disconcordâncias entre os investigadores foram resolvidas pelo consenso. A qualidade de estudos foi avaliada independentemente por 2 investigadores, baseada nas recomendações de Study Quality Assessment Tools de NIH, sendo classificada como boa, razoável e pobre. A estimativa somatória de prevalência das manifestações clínicas da COVID longa foi obtida através de meta-análise utilizando o modelo de efeitos aleatórios. A meta-análise da prevalência foi estratificada de acordo com sistemas envolvidos, sendo realizada para dois períodos após a fase aguda da COVID-19: ≥ 3 meses e < 12 meses e ≥ 12 meses. A meta-análise foi realizada no programa de estatística Stata 11. Resultados: Foram incluídos 11 estudos envolvendo com 2279 pacientes. A qualidade foi classificada como boa ou razoável na maioria dos estudos. No período entre ≥ 3 meses e < 12 meses após a COVID-19, o sintoma mais frequente foi intolerância ao exercício com prevalência somatória de 29% (IC 95%: 7-57%), seguida por sintomas respiratórios não específicos (12%, IC 95%: 0-48%) e sintomas gastrointestinais não específicos (10%, IC95%: 0-37%). No período ≥ 12 meses após a COVID19, a prevalência dos sintomas da COVID longa foi menor, sendo 6% (IC 95%: 2- 10%) para intolerância ao exercício e 3% (IC 95%: 0-8%) para fadiga. Conclusões: As manifestações da COVID longa em crianças internadas incluem sintomas de diversos sistemas, sendo mais prevalentes no período até 12 meses após a fase aguda da COVID-19.
- ItemBruxismo do sono: estudo de base populacional na cidade de Rio Grande - RS(2017) Pontes, Leandro da Silveira; Prietsch, Sílvio Omar MacedoO bruxismo do sono é um hábito oral que ocorre enquanto a pessoa dorme, sendo caracterizado por movimentos da musculatura mastigatória, forçando atrito entre os dentes. Esta disfunção pode acarretar em diversos danos ao sistema estomatognático entre eles desgaste excessivo dos dentes, fraturas dentárias, dor muscular, inflamação e recessão das gengivas, dor na articulação temporomandibular, problemas periodontais, sobrecarga em implantes, perdas dentárias e distúrbios no sono. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência do bruxismo do sono, bem como seus principais sinais e sintomas, na população com 18 anos ou mais da cidade de Rio Grande. O estudo também avaliou a associação do bruxismo do sono com sexo, idade, escolaridade e estresse psicológico. O estudo foi do tipo transversal. Uma amostra representativa da população foi entrevistada por meio de questionário. Um total de 1280 pessoas respondeu a avaliação. O bruxismo do sono foi avaliado por instrumento específico baseado nos critérios diagnósticos estabelecidos pela Classificação Internacional de Distúrbios do Sono. A prevalência de bruxismo do sono encontrada na população foi de 8,1 % (Intervalo de Confiança [IC] 95% 6,6 - 9,5). Dentre os sinais e sintomas da disfunção utilizados para o diagnóstico de bruxismo do sono, o desgaste dentário (70,3%) e a dor nos músculos mastigatórios (44,5%) foram os mais frequentemente relatados pelas pessoas que declaram ranger os dentes durante o sono. Não houve diferença significante na prevalência de bruxismo do sono entre os sexos. A faixa acima de 40 anos teve maior prevalência de bruxismo do sono. A disfunção foi associada a um maior nível de escolaridade (Razão de Prevalência [RP] 1.92 IC 95% 1,35 -2,72) e de estresse psicológico (RP 1,76 IC 95% 1,11- 2,81).
- ItemA carga da incontinência urinária entre idosos de uma coorte no Extremo Sul do Brasil(2023) Pinheiro, Larissa Picanço; Meucci, Rodrigo DalkeTrata-se de um estudo longitudinal prospectivo, cujo objetivo é medir a incidência da incontinência urinária (IU) no período de um ano entre idosos residentes na zona rural do município de Rio Grande – RS. Serão incluídos na pesquisa os idosos com 60 anos ou mais, residentes na zona rural do município, cadastrados na coorte EPI-Rural-RS, que não tenham relatado IU no estudo linha de base em 2017 e tenham participado do acompanhamento em 2018. A incidência da IU será definida através de três perguntas com respostas sim ou não sobre a ocorrência de IU. Foi considerado incontinente o idoso que respondeu “sim” a uma das seguintes questões: “O Sr.(a) se urina sem querer?; O(a) Sr.(a) se urina sem querer quando tosse, ri, espirra ou faz algum esforço?; O(a) Sr.(a) se urina sem querer por não conseguir chegar a tempo no banheiro?”. As análises serão feitas no software Stata14®, será utilizado o teste Qui Quadrado de heterogeneidade para comparar as proporções do desfecho em relação às variáveis independentes.
- «
- 1 (current)
- 2
- 3
- »
