EENF – PPGENF-Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
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- ItemLinha de cuidado das mulheres com alterações no exame papanicolau(2012) Carvalho, Vanessa Franco de; Kerber, Nalú Pereira da CostaEste estudo é de abordagem qualitativa, exploratória e descritiva; tem como objetivo analisar a linha de cuidado percorrida pelas mulheres que apresentam alterações significativas no exame Papanicolau, no município do Rio Grande/RS, com base nas Diretrizes para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero e o referencial de Redes de Atenção à Saúde, na especificidade da Linha de Cuidado. O local do estudo foi o município do Rio Grande /RS. Utilizou o banco de dados do macroprojeto de pesquisa intitulado: “Itinerário terapêutico das mulheres com alterações cervicais no citopatológico em Rio Grande”. Os dados foram coletados através de entrevista semiestruturada, realizada na residência de 52 mulheres que apresentaram alterações no exame Papanicolau no período de janeiro/2010 a julho/2011. Das mulheres investigadas 50% tiveram alterações iniciais e 50% apresentaram lesões mais avançadas. A partir do relato das mulheres, ficou evidente que a maioria, ao iniciar sua Linha de Cuidado, teve facilidade, pois não houve limitações no acesso ao exame de Papanicolau, porém, as mesmas relataram dificuldades no agendamento da consulta de retorno após obterem o resultado do exame. No que se refere ao acesso a informações sobre a frequência no Papanicolau, percebe-se que a realização do exame está vinculada à solicitação do profissional de saúde. Ainda, ao relacionar o tratamento realizado com as diretrizes do Instituto Nacional do Câncer, foi identificado que 20 mulheres realizaram o tratamento adequado, 29 inadequado e 03 aguardavam o desfecho do caso. Com base nos depoimentos das mulheres que tiveram tratamento inadequado, foi feita análise temática despontando duas categorias: a conduta inadequada como responsabilidade da mulher; e a conduta inadequada direcionada pelo profissional. A linha de cuidado segue diversos rumos, a depender do tipo de lesão, da conduta da mulher, da conduta do profissional e da disponibilidade dos serviços. Porém, há grande dificuldade no estabelecimento da rede de atenção à saúde, uma vez que não são empregadas ações imediatas para o início do tratamento e muitos profissionais desconhecem as diretrizes clínicas. Acreditamos que uma forma de apoio para efetivação do acompanhamento da linha de cuidado seja a criação de uma rede informatizada, com prontuário eletrônico, onde o profissional consiga acompanhar o tratamento realizado para essa mulher em todos os níveis de assistência.
- ItemSatisfação de usuários e familiares relativa a centros de atenção psicossocial de municípios do Rio Grande do Sul(2006) Eickhoff, Mery Lilian; Silva, Mara Regina Santos daTomando por base o processo de reestruturação do modelo de assistência em saúde mental, foi desenvolvida esta pesquisa survey de caráter exploratório e descritivo, cujo objetivo é avaliar a satisfação dos usuários e familiares em relação ao serviço de saúde mental estruturado em Centros de Atenção Psicossocial de três municípios do Rio Grande do Sul (São Lourenço do Sul, Pelotas e Rio Grande), os quais fazem parte da terceira coordenadoria regional de saúde. Os dados foram coletados no período de agosto a dezembro de 2005, através de questionários aplicados a uma amostra constituída de noventa pacientes e sessenta familiares que utilizam esses serviços de saúde mental. Cinco variáveis retratam a satisfação dos usuários: a) equipe e infra-estrutura; b) vínculo entre usuário e serviço; c) acolhimento; d) eficácia do serviço; e) comunicação. A satisfação dos familiares em relação aos mesmos CAPS é expressa através de quatro variáveis: a) equipe e infra-estrutura; b) respeito da equipe para com a família; c) acolhimento; d) eficácia. Os resultados gerados a partir de análises descritivas, de variância e de regressão linear múltipla, mostram que os índices de satisfação dos usuários e familiares são altos. Existe uma diferença significativa entre os níveis médios de satisfação dos usuários, podendo-se traçar a seguinte relação entre as médias: equipe e infra-estrutura < eficácia < vínculo. A satisfação dos familiares fica entre regular e bom quanto à variável equipe e infra-estrutura, mas não atinge o valor das outras variáveis mais altas, o que demonstra que estatisticamente é diferente das variáveis respeito, eficácia e acolhimento. Consideram-se como pontos positivos a satisfação dos usuários e familiares no que tange: ao vínculo que estabelecem com o serviço; à forma como são acolhidos nos CAPS; à capacidade desses serviços responderem às suas necessidades; à comunicação entre equipe e usuários; ao respeito da equipe para com a família em termos de sigilo e confiabilidade nas informações; e às medidas tomadas para assegurar a privacidade da família. Entretanto, reconhecem algumas fragilidades, principalmente em termos do que foi definido neste estudo como sendo Equipe e Infra-estrutura, necessidades dos serviços que respeitam as características regionais onde estão inseridos e que subsidia a reflexão sobre a forma como vem se dando à estruturação das políticas na área da saúde mental.
