Universidade
Federal do Rio Grande
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EENF – PPGENF-Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

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    Significado do cuidado familiar a crianças com doenças crônicas: subsídios para o cuidado de enfermagem
    (2016) Xavier, Daiani Modernel; Gomes, Giovana Calcagno
    A doença crônica na infância compromete a criança e sua família, que precisa desafiar inúmeras situações adversas para o seu enfrentamento. O estudo objetivou compreender o significado construído pelas famílias, a partir das interações que estabelecem acerca do cuidado que prestam à criança com doença crônica e apresentar um modelo teórico acerca desse cuidado.Realizou-se uma pesquisa com abordagem qualitativa. Teve como referencial teórico o Interacionismo Simbólico e metodológico a Grounded Theory. Foi realizada em um hospital universitário no sul do Brasil,entre 2015 e 2016. Participaram 20familiares cuidadores de crianças com doenças crônicas. Os dados foram coletados por entrevistas e analisados pela análise aberta, axial e seletiva. Os dados foram validados por duas famílias.Verificou-se que a família, frente à doença crônica da criança passa por diversas etapas, neste estudo, como:Recebendo o diagnóstico de doença crônica que revelou que as famílias apresentam intercorrências tanto na gravidez quanto no parto. Muitas vezes, não percebem a doença da criança no nascimento. Algumas crianças necessitam internar na Unidade Neonatal. O recebimento do diagnóstico (des)acompanhadas mostra-se um fator de fragilidade ou de apoio. Algumas são informadas pelo médico do diagnóstico da criança, outras descobrem a doença tardiamente. A maioria sente-se fragilizada frente ao diagnóstico. Ao aceitarem o diagnóstico passam a buscar informações acerca da doença. Cuidando em diferentes contextos mostrou a adaptação da família para o cuidado à criança no domicílio,creche,escola regular, hospital e rua.Promovendo estratégias para o cuidado mostrou o processo de adaptação e organização das famílias paracuidara criança.Vivenciando facilidades e dificuldades para o cuidado à criança com doença crônica demonstrou que as famílias convivem com frequentes internações hospitalares da criança, vivenciaram dificuldades financeiras, desestruturação familiar, dificuldades para cuidar de outros filhos, preconceito contra a criança, falta de apoio e terem que parar de trabalhar para cuidar. Convivem com a falta de acesso aos insumos e serviços necessários ao cuidado, com a revolta da criança e com a necessidade de aparatos tecnológicos para o cuidado. Como consequência, em Enfrentando a doença crônica na infância constatou-se que as famílias convivem com a mudança no cotidiano, buscam a reestruturação familiar, amadurecem e fortalecem-se para o cuidado à criança. Confirmou-se a tese de que a partir dos processos de interação que estabelecem com outras pessoas, objetos e símbolos, essas famílias constroem significados que orientam suas ações de cuidado.Concluiu-se que o cuidado familiar à criança com doença crônica é complexo e que a família necessita de auxílio para realizá-lo. O enfermeiro deve compor sua rede de apoio, compartilhando cuidados, encorajando a família para o enfrentamento da condição crônica da criança.
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    Repercussões do uso de crack para a gestante/puérpera, o recém-nascido e a família
    (2014) Xavier, Daiani Modernel; Gomes, Giovana Calcagno
    Este estudo objetivou conhecer as repercussões de uso do crack para a gestante/puérpera, recém-nascidos e familiares. Pesquisa exploratória, descritiva com abordagem qualitativa. A coleta dos dados foi realizada no primeiro semestre de 2014. Integraram a produção de dados oito gestantes e dez puérperas dependentes de crack, com seus respectivos familiares e dez prontuários de recém-nascidos. Os dados foram produzidos por entrevistas semiestruturadas com gestantes/puérperas dependentes de crack, familiares e análise dos prontuários dos recém-nascidos. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo. Evidenciou-se que as gestantes/puérperas dependentes de crack iniciam seu uso por influência de amigos e vizinhos e, muitas vezes, engravidam por realizarem sexo sem proteção. Quando grávidas muitas não realizam o pré-natal. Em relação ao parto algumas têm parto normal e sem dificuldades, apresentando sintomas de abstinência ao crack no hospital antes do parto. Outras descobrem no hospital que possuem infecções sexualmente transmissíveis. Referiram que com o uso de crack ficam emagrecidas e perdem os hábitos de higiene. Na busca por diminuir o consumo de crack procuram substituí-lo por outras substâncias psicoativas, sendo a principal o álcool por acharem menos nocivo para o bebê. As puérperas dependentes de crack referiram como facilidade para o cuidado o fato da criança chorar pouco; o apoio da família, de vizinhos e de amigos. Como dificuldades para o cuidado elencaram a abstinência da droga que as leva a não se apegarem à criança; a recomendação da não amamentação; a falta de apoio familiar; a vigilância dos profissionais do Conselho Tutelar. Como expectativas para o futuro referiram querer parar com o uso da droga; submeterem-se a tratamento; readquirirem a guarda dos filhos, reestruturarem a família e abandonarem a prostituição. Quanto às repercussões do uso de crack na gestação para o recém-nascido evidenciou-se a prematuridade, necessidade do uso de tecnologias de cuidado, ocorrência de abortos e mortes após o nascimento; malformações congênitas; contra-indicação da amamentação, levando à necessidade da criança ser alimentada com leites artificiais; abandono materno, institucionalização e adoção do recém-nascido. Em relação às repercussões do uso de crack da gestante/puérpera para a família cuidadora, constataram-se como dificuldades para o cuidado a mudança no seu modo de ser, à medida que mente, rouba e torna-se agressiva. Como facilidades para cuidar da gestante/puérpera dependente de crack referiram o apoio familiar, de amigos e vizinhos; sua vontade para se tratar; o acesso aos serviços de saúde e a fé em Deus. A problemática do uso de crack exige dos profissionais da saúde/enfermeiros preparo para o enfrentamento. Espera-se que a pesquisa contribua para a reflexão e conscientização acerca da temática e a tomada de decisão de cada profissional, identificando e aplicando intervenções terapêuticas eficazes e eficientes para a gestante/puérpera dependente de crack, a criança e a família cuidadora.