EENF – PPGENF-Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
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- ItemFatores associados à vacinação entre profissionais de saúde: estudo em um hospital universitário no sul do Brasil(2023) Sousa, Flávia Santana Freitas; Cezar-Vaz, Marta ReginaNo trabalho em saúde observa-se exposição a diferentes tipos de riscos, ganhando destaque, pela natureza do trabalho, a exposição aos riscos biológicos. Como forma de prevenção, recomenda-se que os trabalhadores da saúde estejam vacinados com as vacinas do calendário básico de vacinação do adulto: Hepatite B, Difteria e Tétano, Sarampo, Caxumba e Rubéola, incluídas as vacinas contra Influenza e covid-19. O objetivo deste estudo foi investigar os fatores associados à vacinação completa para as vacinas recomendadas entre profissionais de saúde da assistência hospitalar. Trata-se de um estudo observacional, do tipo transversal, de abordagem quantitativa realizado com profissionais de saúde que atuam no contato direto aos pacientes internados em um hospital universitário localizado no estado do Rio Grande do Sul. Realizou-se amostragem por conveniência, tendo sido incluídos no estudo os profissionais de saúde atuantes nos cargos de enfermeiro, fisioterapeuta, médico, auxiliar e técnico de enfermagem, terapeuta ocupacional, nutricionista, biomédico, técnico em análises clínicas e técnico em laboratório, técnico e tecnólogo em radiologia que atuam diretamente no cuidado aos pacientes internados e que aceitaram participar do estudo. Os dados coletados por meio da aplicação de um questionário foram analisados com a utilização do Software Statical Panckage for Social Science, versão 24.0. A magnitude das associações e os intervalos de confiança a 95% foram estimados utilizando-se a razão de prevalência. Foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher para a avaliação do nível de significância estatística na análise bivariada e após, na análise multivariada, foi utilizada regressão de Poisson, com estimativa de variância robusta, adotando-se nível de 5% de significância (p ≤ 0,05) para avaliar os fatores associados ao desfecho. Participaram do estudo 219 profissionais de saúde, e os resultados foram apresentados sob a forma de dois artigos, o primeiro intitulado “Fatores associados à vacinação completa em profissionais de saúde de um hospital universitário” e o segundo intitulado “Situação vacinal e percepção de profissionais de saúde da assistência hospitalar sobre vacinação”. No primeiro artigo, observou-se que a vacinação apresentou associação com as variáveis: ser enfermeiro (p=0,007); não ter diagnóstico médico para doenças do aparelho digestivo (p=0,040); e não tersofrido acidente de trabalho com exposição à material biológico (p=0,035). Já no segundo artigo, foi demonstrado que os enfermeiros se vacinaram 1,79 vezes mais que as demais categorias e a percepção de que têm muito a ganhar ao se vacinar e discordar de que não teria medo de pegar covid-19 se se vacinasse contra covid-19 associou- se à vacinação completa. Concluiu-se que fatores relacionados os hábitos de vida, situação de saúde e aspectos ocupacionais, além do conhecimento sobre vacinas e sobre as ações de vacinação apresentaram-se como preditores de vacinação entre os profissionais de saúde.
- ItemCarga de trabalho na perspectiva da saúde socioambiental : estudo com trabalhadores agricultores.(2014) Rocha, Laurelize Pereira; Cezar, Marta Regina VazEste estudo discute a relação da carga de trabalho vivenciada pelo trabalhador agricultor em uma perspectiva da saúde socioambiental, alicerçada na tríade saúde-trabalho-ambiente. Elencam-se o objetivo geral: avaliar a carga de trabalho, buscando identificar as possíveis implicações para a saúde decorrentes do processo de trabalho na agricultura; e os objetivos específicos: analisar as cargas de trabalho decorrentes das atividades desenvolvidas pelos agricultores, conforme autorreferência; identificar problemas de saúde relacionados ao trabalho dos agricultores, conforme autorreferência; analisar, conforme autorreferência, a dor gerada pela carga de trabalho em agricultores; verificar os tipos de cargas de trabalho decorrentes do trabalho da agricultura, conforme reconhecimento dos trabalhadores e identificar os acidentes de trabalho ocorridos entre os agricultores de dois ambientes rurais. Estudo quantitativo, exploratório e descritivo realizado em dois ambientes rurais do Rio Grande do Sul: Ilha dos Marinheiros - Rio Grande e zona rural de Uruguaiana. A amostra compreendeu 259 agricultores. A coleta dos dados ocorreu a partir de um questionário semiestruturado com questões mistas, um diagrama para localização de regiões dolorosas e o instrumento NASA-TLX (Task Load Index) para avaliar a carga de trabalho. Para a organização e a análise dos dados utilizou-se o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0, por meio a análise estatística descritiva, Teste t de Levene, Teste de correlação de Spearman, Teste Mann-Whitney e Teste Qui-quadrado de Pearson, para qual se calculou o V-Cramer e Coeficiente de Contingência. Foi adotado p-valor <0,05 como significância estatística em todas as análises. Para a análise da carga de trabalho, primeiramente realizou-se a média ponderada e a taxa global ponderada de cada sujeito, após os dados foram transportados para o SPSS. A carga de trabalho foi identificada como elevada pelos agricultores. Para os agricultores e agricultoras de um ambiente a demanda que mais contribui para a formação da carga de trabalho foi nível de esforço total, para agricultoras do outro ambiente foi exigência física. 61,4% dos trabalhadores adoeceram no último ano por problemas de saúde relacionados ao trabalho. Verificaram-se associações entre as atividades do trabalho agrícola e dores em diferentes regiões do corpo. Os agricultores que apresentaram dores evidenciaram maior carga de trabalho, assim como a carga de trabalho foi significativa para os agricultores que apresentaram estresse, ansiedade e transtorno do ciclo vigília-sono. As cargas mais evidenciadas pelos agricultores foram calor, fungos, produtos químicos, poeira, esforços repetitivos, levantamento de carga pesada e postura inadequada. A prevalência de acidentes ocorreu com instrumentos de trabalho, seguido das quedas. Identificaram-se associações significativas entre diferentes instrumentos utilizados e os acidentes ocorridos. O estudo confirma a tese de que a carga de trabalho, dentro do seu próprio conceito, permite ser utilizada na perspectiva da saúde socioambiental, individual ou coletivamente, na relação do processo de trabalho e o adoecimento do trabalhador agricultor. As evidências sugerem a necessidade do investimento em 6 ações de saúde no ambiente rural; fornecem subsídios para os enfermeiros desenvolverem estratégias para a prevenção de dores, acidentes e doenças relacionadas ao trabalho; e motivam para a investigação de outras categorias profissionas.
- ItemAlterações da função respiratória em trabalhadores portuários e a exposição a fontes de riscos ocupacionais.(2015) Gelati, Tatiele Roehrs; Vaz, Marta Regina CezarIntrodução: O sistema respiratório é um dos sistemas orgânicos em que mais comumente ocorrem alterações devido à exposição aos riscos físicos, químicos e biológicos, transportados pelo ar, presentes nos ambientes laborais, podendo ocasionar impactos negativos às condições de saúde dos trabalhadores que operam em ambientes com presença desses riscos. Objetivos: identificar as fontes de exposição dos trabalhadores portuários avulsos aos riscos químico, físico e biológico no ambiente de trabalho, como potencial para alterações da função respiratória e também identificar as alterações da função respiratória em trabalhadores portuários avulsos. Método: Estudo observacional descritivo, exploratório de caráter quantitativo desenvolvido no Porto Novo, área do Porto Organizado, do extremo sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu utilizando-se de dois procedimentos: a primeira corresponde à observação do trabalhador no ambiente de trabalho com 87 observações não participantes de 66 trabalhadores portuários avulsos. Na segunda etapa, Utilizaram-se dois procedimentos metodológicos: análise retrospectiva de dados secundários para identificação de alterações do sistema respiratório a partir do resultado dos exames de Radiografia de tórax e de Espirometria; e análise prospectiva por observação não participante dos trabalhadores em seu local de trabalho, no foco da identificação do uso ou não da proteção respiratória durante as atividades no porto. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) através da análise de descritiva, com apresentação de frequências e porcentagens e de análise inferencial por meio dos testes Qui-quadrado de Pearson e de correlação de Spearman. Resultados: As principais fontes de exposição observadas foram o frio (67; 77%), o vento (63; 72,4%), a umidade (41; 47,1%) e a radiação não ionizante (22; 25,2%), somados à poeira em 80 (91,0%) oriunda do transporte de fertilizantes e dos gases combustíveis 20 (23%). Houve alteração da função respiratória de trabalhadores portuários avulsos, que pode estar associada à exposição aos fertilizantes e a baixa adesão ao uso dos EPI. Houve correlação positiva entre o tempo de trabalho e a espirometria, que pode justificar-se pelo período longo de trabalho da maioria dos trabalhadores portuários, o que aumenta a exposição aos compostos químicos prejudiciais à saúde respiratória. Considerações finais: Os resultados sugerem a necessidade de ações de enfermagem voltadas à identificação da exposição às fontes de riscos e à proteção da saúde respiratória dos trabalhadores em seu cotidiano de trabalho, de modo a prevenir agravos à saúde. O ambiente de trabalho portuário apresenta potencial para o desenvolvimento de alterações à saúde respiratória dos trabalhadores portuários avulsos e por isso, é importante conhecer as alterações respiratórias para planejar ações de enfermagem voltadas à especificidade.
- ItemSaúde hunana e ambiental: estudo com trabalhadores agricultores da ilha dos marinheiros(2015) Borges, Anelise Miritz; Cezar, Marta Regina VazEste estudo apresenta uma relação entre o trabalho agrícola familiar e a saúde humana e ambiental em um cenário insular com características rurais, tendo-se como objetivo geral, analisar a sustentabilidade da relação socioambiental do trabalho de agricultores moradores da Ilha dos Marinheiros. Os objetivos específicos foram: Caracterizar a sustentabilidade do trabalho agrícola familiar na Ilha dos Marinheiros; Identificar como os trabalhadores agricultores da Ilha dos Marinheiros significam a sua saúde e atuam para mantê-la; Compreender como os trabalhadores agricultores identificam os impactos positivos e negativos do trabalho agrícola familiar desencadeados no ambiente e a conservação da saúde ambiental. Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, transversal com desenho de método misto com estruturação [QUAL + quan]. Foi realizada na Ilha dos Marinheiros, Rio Grande, Brasil, com 129 trabalhadores agricultores entre março a outubro de 2013, utilizando-se entrevista com aplicação individual de um questionário semiestruturado, gravado, previamente elaborado e testado. Também foram utilizados dados secundários referentes à constituição geográfica, cultural e econômica da Ilha. A organização dos dados qualitativos ocorreu a partir da transcrição dos dados oriundos das entrevistas no Microsoft Word, seguido da Análise de Conteúdo por temas com auxílio do Software Nvivo10. Para ambos os processos de análise utilizou-se o apoio teórico na racionalidade cultural de Enrique Leff. A organização dos dados quantitativos se fez pela codificação dos dados e digitação no software Statistical Package for the Social Sciences, 21.0, seguido da análise estatística descritiva e Teste Qui-quadrado de Pearson, com o p-valor <0,05 como significância estatística. Foram asseguradas as exigências éticas e científicas preconizadas nas pesquisas com seres humanos, mediante Resolução 466/2012 e aprovação do macroprojeto pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande sob parecer 026/2013. Teve-se 78 trabalhadores agricultores do sexo masculino com idade média de (55,33±14,27), e 51 do sexo feminino, com idade média de (54,68±11,08). Predominou a descendência portuguesa 106 (84,8%), a maioria 100 (77,52%) com ensino fundamental incompleto, média de 2,53 integrantes no domicílio e renda familiar média de (1.648,39±947,72) para uma média de 2,58 dependentes desta. Os participantes atuavam em média há 40,56 anos, por (8,51± 3,10) horas diárias de trabalho em suas propriedades com média de 12,49 hectares. A atividade que mais exerciam e que eram mais auxiliados foi colher os produtos agrícolas, predominando o sexo masculino nesta função. O desenvolvimento do trabalho era conduzido mais pelos homens e de forma diária 83 (64,34%), seguido dos filhos 33 (25,58%) também diariamente 24 (18,60%). Quanto à saúde humana, esta foi concebida como boa, regular e ruim, com ações que convergem à continuidade do exercício laboral e adesão aos serviços de saúde mínima anualmente. Já os impactos positivos do trabalho no ambiente incidiram na conservação do trabalho como uma riqueza, o que exige atenção quanto ao uso dos agrotóxicos frente aos impactos negativos desencadeados ao ambiente em uma perspectiva sustentável à vida humana e não humana. O estudo fornece subsídios 6 contributivos à prática argumentativa do Enfermeiro à saúde ocupacional na agricultura familiar sob uma perspectiva sustentável ao ambiente.
- ItemAdoecimento osteomuscular de trabalhadores portuários avulsos e o processamento do raciocínio clínico da enfermagem(2015) Almeida, Marlise Capa Verde de; Cezar, Marta Regina VazIntrodução: O trabalho portuário é composto por condicionantes socioambientais necessários à manutenção das funções operativas, mas que influenciam na produção de doenças osteomusculares. O conhecimento desses condicionantes instrumentaliza o raciocínio clínico da Enfermagem para o planejamento de ações em saúde. Desta forma, defende-se a tese de que “O conhecimento dos condicionantes socioambientais e pessoais do adoecimento osteomuscular do trabalhador portuário avulso fornece elementos ao processamento do raciocínio clínico da Enfermagem, para assistência em saúde do trabalhador”. Objetivos: identificar evidências científicas de adoecimento ocupacional do trabalhador portuário publicadas na literatura cientifica; caracterizar o tipo, a localização e a intensidade de sintomas osteomusculares relacionados com os condicionantes socioambientais do trabalho portuário; Relacionar as doenças osteomusculares autorreferidas por trabalhadores portuários e os condicionantes socioambientais deste trabalho. Percurso Metodológico: o estudo apresentou revisão sistemática, fundamentada no método Cochrane; e estudos descritivos e exploratórios de abordagem quantitativa, realizado por meio de entrevista semi-estruturada com 232 trabalhadores portuários avulsos. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 21.0, por frequência simples, proporções e testes inferenciais não-paramétricos. A tese integra o macro projeto de pesquisa “Saúde do Trabalhador, Riscos, Acidentes e Doenças Relacionadas ao Trabalho: Estudo com Trabalhadores em um Porto no Extremo Sul do Brasil”, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande (CEPAS-FURG) sob parecer número 118/2013. Resultados: Na revisão sistemática, selecionaram-se 16 publicações; todas as publicações pertenceram ao nível de evidência quatro, destacando o câncer pulmonar, doenças osteomusculares e isquêmicas, com nexo causal em riscos químicos oriundos da exaustão veicular e das cargas transportadas. Nos estudos descritivos, os sintomas prevalentes foram a dor leve em membros superiores (51,7%) e intensa a insuportável na coluna vertebral (19%). Os dois adoecimentos mais autorreferidos foram lombocitalgia (36,8%; n=50 – em terra e 28,1%; n=27 – a bordo) e tendinite (27,9% - em terra e 31,3% - a bordo). Discussão: O câncer pulmonar ocupacional foi causado por componentes químicos da exaustão veicular e do amianto transportado nas operações portuárias. Com relação à saúde muscular, a idade, o tempo e a jornada de trabalho mostraram-se condicionantes importantes na identificação de sintomas e adoecimentos, e o quanto estes fatores interveem na percepção da intensidade, contribuindo no autocuidado para prevenção e tratamento. Conclusão: O conhecimento dos condicionantes socioambientais relacionados ao trabalhador e caracterizados nos ambientes de trabalho deve ser atual e pregresso, o que somado à apreensão dos sintomas e adoecimentos autorreferidos pelos trabalhadores instrumentalizou o RC, identificando uma atuação profissional em longo prazo para dirimir os adoecimentos identificados. As características clínicas obtidas, em conjunto com a literatura, conduziram ao processamento do RC da enfermagem nesta realidade, sendo a informação em saúde um ponto chave para a promoção da saúde muscular dos trabalhadores.
- ItemQualidade de vida dos trabalhadores de enfermagem do turno noturno do HU/FURG:na perspectiva ecossistêmica(2012) Severo, Danusa Fernandes; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deObjetiva-se investigar a qualidade de vida dos trabalhadores de enfermagem que atuam no turno da noite no Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio Grande, na perspectiva ecossistêmica, e sua interrelação com a mesma. A relevância do tema consiste na necessidade de aprofundamento para compreender as fragilidades e fortalezas que envolvem o ser humano trabalhador de enfermagem hospitalar noturno, e propiciar subsídios para a construção de estratégias para a melhoria da qualidade de vida para esse grupo de trabalhadores. A justificativa consiste em contribuir com a ciência da enfermagem, envolvendo a abordagem ecossistêmica nas especificidades do turno noturno do ser humano trabalhador de enfermagem hospitalar. O referencial teórico construído contribuiu na compreensão da qualidade de vida dos trabalhadores como um todo integrado e auxiliou na análise e discussão dos dados. Como caminho metodológico utilizou-se a pesquisa do tipo descritivo, exploratório com abordagem quantitativa. A amostra compreendeu 43 trabalhadores de enfermagem que atuam no turno noturno do Hospital. A coleta de dados foi realizada por meio de dois instrumentos atutoaplicáveis: o primeiro foi elaborado especificamente para essa finalidade com questões relativas a essa pesquisa e o segundo instrumento empregado foi o WHOQOL- Bref. Os dados obtidos por meio dos instrumentos foram submetidos à análise estatística empregando o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 13.0. A amostra caracterizou-se como a maioria dos respondentes sendo do sexo feminino, casada, idade média de 42 anos, com formação de técnico de enfermagem, tempo de trabalho em média há mais de 9 anos no setor atual e há 12 anos na instituição, são funcionários públicos e não possuem outro emprego. Os resultados obtidos pelo instrumento autoaplicável WHOQOL – Bref, demonstraram que dos quatro domínios, o Domínio III- relações sociais obteve a maior média, com escore de 71,25, seguido respectivamente do Domínio II - psicológico com escore de 68, 75, Domínio I - físico 61,75, e Domínio IV- meio ambiente com o menor escore, de 57,25. Evidenciou-se também que o enfermeiro tem uma melhor qualidade de vida em relação aos demais trabalhadores de enfermagem. Os resultados das facetas de cada domínio ratificaram a interligação existente entre os mesmos e sua influência positiva e ou negativa na qualidade de vida dos trabalhadores de enfermagem no turno noturno. Positivamente se destacaram as facetas da capacidade de locomoção, sentido da vida, satisfação com as relações pessoais, satisfação do local onde mora. Já como influenciadores negativos apontaram as dificuldades em relação ao sono prejudicado, deficit de recursos humanos e setores de apoio da instituição fechados no seu turno de trabalho. Ainda apontaram como motivos que os levam a trabalhar no turno noturno: oportuniza maior convivência com a família, estudo e ter outro emprego. Conclui-se que para avaliar a qualidade de vida dos trabalhadores de enfermagem que atuam em instituição hospitalar no turno noturno é preciso transcender ao espaço ecossistêmico hospitalar e incluir nessa avaliação os espaços/ecossistemas que os trabalhadores ocupam na comunidade/sociedade e englobar todos os componentes de forma conjunta, interdependente e analisar as suas interações numa configuração dinâmica.
- ItemAbsenteísmo e sua relação com o ambiente de trabalho e sua interferência no cuidado de enfermagem(2010) Barboza, Michele Cristiene Nachtigall; Siqueira, Hedi Crecencia Heckler deA presente pesquisa teve como objetivo estudar o absenteísmo, sua relação com o ambiente de trabalho e sua interferência no cuidado de enfermagem. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório com abordagem qualitativa, com base na teoria sistêmica, que considera seus elementos integrantes interdependentes, interrelacionados, influenciando-se mutuamente. A coleta de dados ocorreu nos meses de junho a agosto de 2009. Com a finalidade de conhecer a unidade com maior percentual de absenteísmo, conforme critério estabelecido, realizou-se, junto ao serviço de recursos humanos o levantamento das faltas dos trabalhadores de enfermagem no ano de 2008. Obteve-se como resultado a unidade de clínica cirúrgica com maior índice de absenteísmo. Como método para coleta de dados optou-se pela observação sistemática da unidade selecionada, a fim de encontrar relação do absenteísmo com o ambiente de trabalho e entrevista semi-estruturada com os enfermeiros dessa unidade. Para análise, interpretação e discussão dos dados foi utilizado o método da análise temática. Diante do objetivo, da questão pesquisa e dos respectivos pressupostos foram desenvolvidos dois artigos: “O absenteísmo dos profissionais de enfermagem hospitalar e sua relação com o ambiente de trabalho” e “O absenteísmo e sua interferência no cuidado ao cuidador de enfermagem hospitalar”. Os resultados do primeiro artigo mostraram que a estrutura física e recursos materiais apresentavam-se inadequados, tanto em quantidade como em qualidade e que os recursos humanos encontravam-se diminuídos gerando a sobrecarga de trabalho que desencadeou problemas como: insatisfação, falta de comprometimento e discussões entre equipe, os quais evidenciaram relação direta entre o absenteísmo e o ambiente de trabalho. E os resultados do segundo artigo demonstraram que a falta de dimensionamento de pessoal ou realizado de forma errônea, acarreta absenteísmo na unidade, sendo que o mesmo interfere, negativamente, no ser humano cuidador/trabalhador nas suas multidimensões, comprometendo sua dimensão biológica ao desenvolver o adoecimento; dimensão psicológica por ocasionar o estresse ocupacional. Além disso, compromete a dimensão social por prejudicar as relações interpessoais entre equipe, enquanto na dimensão espiritual ele predispõe a falta de comprometimento, solidariedade, insatisfação. Enfim, percebeu-se que, o absenteísmo repercutiu, negativamente, no cuidado prestado ao cliente, pois, o mesmo não foi atendido de forma integral, devido à sobrecarga de trabalho estabelecida pelos recursos humanos diminuídos. Da mesma forma ele causa prejuízos no cuidador, integrante da equipe de enfermagem, que necessita absorver as atividades do profissional que está ausente, gerando excesso de trabalho e predispondo-o ao adoecimento. Além disso, as outras dimensões humanas, de forma sistêmica, também sofrerão as conseqüências do absenteísmo. Desta maneira, conclui-se que existe relação entre o ambiente de trabalho com o absenteísmo dos trabalhadores de enfermagem hospitalar, e que, de forma sistêmica, irá interferir no cuidado prestado, repercutindo de forma desfavorável na saúde do cuidador nas suas multidimensões e na diminuição da qualidade do cuidado prestado ao cliente.
- ItemEnfermagem clínica e doenças relacionadas ao trabalho: um estudo a respeito dos trabalhadores portuários no sul do Brasil(2011) Almeida, Marlise Capa Verde de; Vaz, Marta Regina CezarO processo saúde-trabalho-doença conforma um núcleo importante para a ação da Enfermagem Clínica e considera-se a obtenção de informações em saúde para viabilizar recursos técnico-científicos que instrumentalizem a ação profissional para a assistência em Enfermagem aos trabalhadores de diferentes setores produtivos inseridos neste processo. Apresenta-se o trabalhador portuário avulso cujas atividades produtivas compostas por diversificados riscos ocupacionais, propiciam o acometimento patológico relacionado ao trabalho. Destaca-se o perfil de morbidade que os configura e a abordagem específica das patologias que mais acometem estes trabalhadores para o delineamento de ações focadas na promoção da saúde. Objetivos: identificar as doenças diagnosticadas em trabalhadores portuários avulsos atendidos em um ambulatório de medicina do trabalho portuário e identificar doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho, com base nos registros de um serviço de medicina do trabalho portuário. Metodologia: estudo quantitativo descritivo, de análise retrospectiva, realizado no Porto de Rio Grande/RS. Apresentou como fonte de dados as fichas de atendimento médico aos Trabalhadores Portuários Avulsos que utilizaram ao menos uma vez o Serviço de Medicina do Trabalho Portuário no período de 2000 à 2009. Na coleta de dados foi utilizado um formulário pré-determinado, construído com base em documentos a respeito da temática. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) através da análise de proporções e da elaboração de Tabelas de Contingência para a efetivação da estimativa do Teste do Qui-quadrado de Pearson. Os aspectos éticos foram respeitados. Resultados: foram coletados dados de 953 fichas. A população de trabalhadores é predominantemente masculina (90,47%), prevalecendo a faixa etária acima de 50 e o tempo de atuação acima de 19 anos. Identificaram-se 527 diagnósticos, dos quais os grupos orgânicos mais frequentemente afetados foram do sistema osteomuscular (15,8%), sistema circulatório (9,1%), sistema respiratório (2,6%) e o referente aos transtornos mentais (2,2%). Visualizando as doenças osteomusculares, identificaram-se 170 diagnósticos, dos quais se destacaram: lombalgia (38,8%), tendinite (19,7%) e cervicalgia (12,5%) que juntos perfizeram mais da metade dos casos identificados. Discussão: Identificaram-se patologias cujo acometimento pode estar relacionado ao processo de trabalho em si, ao ritmo, intensidade, condições físicas e ambientais; e de hábitos pessoais como no uso de substâncias psicoativas e comportamentos de saúde. Concernente ao desencadeamento de patologias osteomusculares, a existência de atividades laborais realizadas sob condições antiergonômicas, como a vibração de veículos e a movimentação manual de cargas permitiram relacionar as patologias ocorridas com as diferentes categorias profissionais portuárias. Conclusões: Este estudo despontou uma realidade de trabalho que induz a formulação de medidas preventivas para as doenças identificadas. Para tanto recomenda-se a instituição de ações interventoras e avaliativas de enfermagem in loco, que mediante a relação trabalhador-profissional da saúde viabilize a modificação da realidade de trabalho que acarretou os diagnósticos patológicos. Esta ação permitirá a produção de estudos que apresentem instrumentos tecnológicos para atuação no comportamento do trabalhador e nas condições laborais com vistas a preservação da sua saúde.
- ItemSaúde do trabalhador e risco no ambiente de trabalho: conhecimento dos trabalhadores portuários avulsos (TPA’s) do porto do Rio Grande - RS.(2006) Soares, Jorgana Fernanda de Souza; Vaz, Marta Regina CezarEsse trabalho está enfocado nos trabalhadores portuários avulsos (TPA´s) e incluído na linha de pesquisa “Organização do Trabalho da Enfermagem/Saúde”, do Programa de Pósgraduação em Enfermagem da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG) na vertente “Saúde Ecossistêmica e Trabalho” do Laboratório de Estudos de Processos Socioambientais e Produção Coletiva de Saúde(LAMSA), inserido no macroprojeto de pesquisa intitulado Saúde do trabalhador e conhecimento sobre situações de risco: um estudo com trabalhadores portuários avulsos no município do Rio Grande-RS financiado pelo CNPq. Teve como objetivo geral identificar o conhecimento dos TPA’s sobre risco à saúde no ambiente de trabalho. A presente pesquisa é de cunho quantitativo, de caráter exploratório e analítico do tipo transversal. A amostra da pesquisa foi de 306 TPA’s que atuam no Porto do Rio Grande. A entrada de dados foi realizada no programa EPINFO 6.0, sendo traduzido para o software Statistic® 6.0. Os dados das questões de escala nominal, foram apresentados através da distribuição de freqüência e analisados estatisticamente através do teste Quiquadrado de Pearson e os das questões em escala contínua foram apresentados através do cálculo da média e coeficiente de variação e estes foram analisados estatisticamente através da análise de variância e Teste t de student. Para a análise dos dados utilizou-se abordagem qualitativa do tipo sociohistórica e observação espontânea no sentido de contextualização e explicação do fenômeno. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética na Pesquisa em Saúde da FURG, possuiu a concordância para realização do Órgão Gestor da Mão-de-Obra do Trabalho Avulso do Rio Grande (OGMO), responsável pelos TPA’s e utilizado o consentimento livre e esclarecido com os participantes da pesquisa. A maioria dos trabalhadores reconheceu que existem riscos à sua saúde no ambiente de trabalho e isso independeu do grau de instrução, categoria, oferecimento pelo OGMO de cursos para medidas de identificação, prevenção e eliminação dos riscos existentes e o trabalhador já ter solicitado informações ao OGMO sobre como evitar os riscos existentes no ambiente de trabalho. O conceito de risco pode ser expresso como perigos à saúde e vida do trabalhador e os fatores de risco identificados pelo grupo geral foram queda de objetos suspensos, ruídos e intempéries. Os fatores de risco que se mostraram significativamente diferente entre as categorias profissionais foram: ruídos, levantamento manual de carga, ferramentas de trabalho, componentes dos ternos em número abaixo do ideal, ganho por produtividade, ritmo de trabalho, trabalho em altura, deslocamento do trabalhador sobre as cargas, escadas de acesso às embarcações, presença de ratos e de pombas no ambiente de trabalho. Os riscos à saúde e vida, no contexto portuário, não são sempre os mesmos, porque distintos são os navios e as cargas que se apresentam no porto, com exigências de procedimentos de segurança peculiares a cada operação. Pode-se concluir que os TPA’s conhecem os riscos aos quais estão expostos e que esses variam em consonância com a atividade desenvolvida, sugerindo-se a realização de outros estudos para aprofundar o conhecimento acerca dos riscos à saúde nesse cenário.
