Educação Ambiental e Nordestinidade: Desafios à práxis ecologista
Abstract:
Este artigo parte do pressuposto de que os modos de ver/ser visto, de dizer/ser dito e de reconhecer e ser reconhecido em relação a uma determinada ideia de Nordeste e de seus habitantes têm efeitos sobre aquilo que é possível experimentar em se tratando de educação ambiental. Ao reconhecer que o Nordeste é uma invenção, objetiva explorar problematizações nos cruzamentos entre nordestinidade e educação ambiental. Para tanto, apóia-se na noção de educação ambiental como prática desconstrucionista de reducionismos acerca da problemática ambiental e na ecosofia de Guattari. Conclui que “desaprender” a nordestinidade via educação ambiental é um problema de redefinição de fronteiras que inclui sair do estudo de parâmetros biológicos não apenas para problematizar nossas formas de sociabilidade, mas também para inventar narrativas que explorem liberdades e a vida em sua diversidade.