Abstract:
Apresentam-se resultados de uma experiência de orientação coletiva com pressuposto na (auto) formação na relação com o outro. O foco é o processo de formação de pesquisadores. Apresentam-se narrativas desde suas formações iniciais até o momento atual. Com isso encaminha-se a reorganização dos espaços de orientação institucionalizados de formação de pesquisadores. A certeza da necessária ampliação dos espaços de formação continuada e a possibilidade da contribuição dos grupos de orientação coletiva são alguns argumentos desta experiência. Os doutorandos, todos professores apostam no educar pela pesquisa (Demo, 1997), na escrita recursiva como recurso de formação (Moraes e Galiazzi, 2007) e na narrativa como formação para si (Josso, 2002). Isso em sintonia com a Educação Ambiental nos permite fundamentar a necessidade do coletivo para evidenciar a singularidade e a diversidade. Apresenta-se assim, a partir das narrativas de professores orientandos e da sua orientadora, como a formação de cada um contribuiu e contribui para a constituição de um espaço institucional que tem se transformado à luz das narrativas (auto)biográficas em um lugar de (trans)formação e (eco)formação tendo a Educação Ambiental como eixo articulador. Nesse sentido, os envolvidos em cada processo investigativo são autores de histórias (a própria, a do grupo de orientação, as dos espaços de formação continuada de professores e o da pesquisa em Educação Ambiental) que, para eles próprios, poderiam estar sendo desconsideradas como constitutivas de uma história mais ampla. O entendimento da constituição do indivíduo enquanto professor e pesquisador indica elementos ao desvelar um processo de formação específico (de especialistas/professores) e isso aponta alguns caminhos na organização de espaços de formação continuada. E o resgate da história de formação de cada pesquisador, por meio de narrativas, remete para o entendimento da importância de um dos princípios da EA que é a diversidade que não deve ser destoante, mas presente para engendrar o todo fortalecido na soma das diferentes partes, princípio este que deve nortear as instâncias escolares, perpassando pela formação continuada em Educação Ambiental. Conhecer esta história pode contribuir para pensar formas de pesquisar a formação de professores; isso se relaciona com o discurso em EA da importância do conhecimento local e suas especificidades para contribuir para o conhecimento global; encontra ressonância em processos de formação inicial de professores em rodas de formação em rede; inclui pensar em planejamentos narrativos da sala de aula como forma de registro em movimento da ação de professores.
This paper shows the results of an experience in collective orientation, based on (self)education in relation to others. The focus is the process of researchers’ education. Narratives, written in initial stages up to current ones, are presented. It leads to the reorganization of institutionalized orientation spaces for researchers’ education. Some of the arguments defended by this experience include the need to broaden spaces for in-service education and the contribution of groups undergoing collective orientation. Students in a doctoral program, who are also teachers, believe in teaching through research (Demo, 1997), in writing as a resource for education (Moraes and Galiazzi, 2007) and in narrative as self education (Josso, 2002). These beliefs, in agreement with
Environmental Education, enable us to defend the need of collective work to highlight singularity and diversity.Based on the narratives written by the doctoral students and their advisor, this paper shows how each one’s education has contributed to the constitution of an institutional space which has gone through changes in the light of (auto)biographical narratives in a space that transforms and (eco)educates in Environmental Education. Therefore, subjects involved in each investigative process are the authors of stories, i. e., their own story, their orientation group’s one, the one written in teacher education spaces and the one about research in Environmental Education. These stories could have been disregarded as if they did not constitute a broader story.
Comprehending a teacher’s/researcher’s constitution points out elements which reveal a specific education process (specialists/teachers); this fact leads to some ways to the organization of spaces in in-service education. Rescuing each researcher’s story through narrative makes us understand the importance of one of the principles in Environmental Education: diversity. It must be present in order to generate the whole whose strength is the sum of every part; this principle must direct school events and go beyond in-service education in Environmental Education. To know these stories may contribute to think about new ways to research teacher education. It is related to the discourse in Environmental Education regarding the importance of knowing local things and their specificities in order to contribute to global knowledge. It is also supported by pre-service education processes in wheels of education and makes us believe in narrative in the class as a way to record teachers’ actions.