Reconversão de áreas portuárias abandonadas e atividades terciárias - casos das cidades de santos e Belém
Abstract:
Este trabalho é uma contribuição aos estudos relacionados à expansão territorial e dos negócios no porto de Santos, identificando novas oportunidades, dentro dos princípios do ecoempreendedorismo. Trata sobre o abandono de significativa parcela de áreas portuárias, resultando em espaços vazios e sem função, concomitante a um aumento da renda disponível pela população para ser despendida durante o tempo livre e o crescimento dos empreendimentos náuticos de luxo, que passaram a disputar, não somente a ocupação da zona costeira, como, em particular, trechos de antigos portos. Decorre daí propostas de requalificação dos locais com maior potencialidade, tanto através de projetos ligados à terra firme, materializados em intervenções residenciais, edifícios históricos, museus, restaurantes, centros de convenções e centros comerciais etc, como nas operações relacionadas ao mar, pela criação de marinas e estruturas recreativas e náuticas. Este processo, definido como “retorno ao waterfront”, utiliza como modelo de gestão invariavelmente uma “sociedade públicoprivada”. Na cidade de Santos, Estado de São Paulo, foi criado o projeto “Alegra Centro”, pela Prefeitura Municipal, propondo várias ações de revitalização de locais e edifícios de valor histórico, entre eles, o aproveitamento de antigos armazéns do porto para uso cultural e turístico, numa parceria com a Autoridade Portuária e as empresas privadas. Projetos similares também foram executados em diversos portos no mundo e alguns no Brasil, como é o caso da “Estação das Docas”, em Belém, Estado do Pará, administrada de forma muito semelhante a uma empresa privada, cujo vínculo com o poder público está no cumprimento de metas de eficiência.