Abstract:
Essa dissertação propõe-se a analisar as crônicas escritas por Lupicínio Rodrigues
(1914-1974) para o jornal Última Hora no ano de 1963. Nesses escritos, o autor relata suas
experiências de vida as quais motivam a escrita de cada crônica, perpassando questões que
envolvem memórias e escritas de si. Por tudo isso, fica claro que esses relatos refletem dados
biográficos do autor e passagens de sua vida, implicando em uma escrita autoficcional regada
a relatos íntimos e convicções boêmias. Nesse sentido, o foco desse estudo gira ao redor da
ficcionalização dos relatos em forma de crônica, bem como a influência das letras das canções
nesse contexto. Para isso, Vincent Colonna e Serge Doubrowski embasarão as teorias da
Autoficção utilizadas, acompanhados de Anna Friedrich Martins e Kelley Baptista Duarte,
que trazem à tona discussões sobre o tema de uma perspectiva atual. Também, é demonstrada
a importância da figura feminina dentro da lírica de Lupicínio, a qual divide-se em três perfis
distintos que apresentam os espaços habitados pelo boêmio, bem como cada uma representa a
reflexão do próprio.
Cette dissertation propose analyser les chroniques écrites par Lupicinio Rodrigues
(1914-1974) au journal Ultima Hora en 1963. Dans ces écrits, l'auteur raconte ses expériences
de vie qui motivent l'écriture de chaque chronique, passant questions impliquant des souvenirs
et écrits lui-même. Ainsi, il est clair que ces rapports reflètent détails biographiques de
l'auteur et des passages de sa vie qui implique une écrite autoficcional arrosé les histoires
intimes convictions et bohème. En ce sens, la mise au point de cette étude tourne autour de la
fictionnalisation des rapports sous forme de chronique, ainsi que l'influence des paroles des
chansons dans ce contexte. Vincent Colonna et Serge Doubrovsky sous-tendent les théories de
l'autofiction utilisés, accompagnées par Anna Friedrich Martins et Kelley Baptista Duarte, qui
apportent des discussions sur le sujet d'un point de vue actuel. A également démontré
l'importance de la figure féminine dans le lyrique de Lupicinio, qui est divisé en trois profils
différents qui ont l'espace habité par bohème et représentent chacun la réflexion elle-même.