Abstract:
A presente dissertação analisa as crônicas de Hilda Hilst (1930-2014) que estão no livro
Cascos & Carícias & outras crônicas (2007). Considera-se que a autora constrói uma
crônica híbrida através da intertextualidade e da metalinguagem, características da escrita pósmoderna.
Percebemos assim na sua criação uma ressignificação do gênero, ampliando o
conceito tradicionalmente construído de crônica. O embasamento teórico utilizado para a
análise sobre intertextualidade provém de Mikhail Bakhtin e Júlia Kristeva. Na investigação
da metalinguagem, o embasamento teórico aplicado é de Roman Jakobson e Samira Chalhub.
Hilst desejava viver da sua literatura – como todo escritor naturalmente almeja – , ser lida por
um público diverso e numeroso, fato esse que não aconteceu. Através da análise dos textos
percebemos que foi nas crônicas que ela conseguiu aproximar-se verdadeiramente dos
leitores, dando voz as suas angústias, enquanto escritora descontente.
La presente disertación analiza las crónicas de Hilda Hilst (1930-2014) que están en el
libro Cascos & Carícias & outras crônicas (2007). Considerase que la autora construye una
crónica hibrida a través de la intertextualidad y del metalenguaje, características de la
escritura post-moderna. Percibimos así en la creación una re-significación del género,
ampliado el concepto tradicionalmente construido de crónica. El embasamiento teórico
utilizado para el análisis sobre la intertextualidad proviene de Mikhail Bakhtin y Júlia
Kristeva. En la investigación del metalenguaje, el embasamiento teórico es de Roman
Jakobson y Samira Chalhub. Hilst deseaba vivir de su literatura –como cualquier escritor
naturalmente almeja- ser leída por un público diverso y numeroso, fato eso que no ocurrió.
Con el análisis de los textos, percibimos que fue en las crónicas que ella consiguió acercarse
verdaderamente de los lectores, dando voz a sus angustias, en cuanto escritora insatisfecha.