Abstract:
Este trabalho objetiva analisar o último livro de Michel Laub, O tribunal da quinta-feira (2016), quanto aos conteúdos abordados – internet, homossexualidade, HIV/Aids – e as propriedades formais da obra – narrador em primeira pessoa, formas tecnológicas. A ficção de Laub aborda temas diversos e pode ser investigada por vários vieses. Propõe-se este estudo apoiado em conceituações sobre narrativa em primeira pessoa de Maria Lúcia Dal Farra (1978) e Käte Hamburger (1976). Além disso, a pesquisa de aspectos da literatura contemporânea será abordada a partir de teóricas como Regina Dalcastagnè (2001) e Heloísa Buarque de Hollanda (s/d), argumentando-se que o fator narrativo é pertinente à leitura da obra, tornando quem lê empático ao enredo e ao personagem principal. Ainda que o narrador em primeira pessoa aparentemente retire a vilanidade de suas atitudes, a violência simbólica e verbal de um discurso divulgado na internet passa a ser pensada de modo a não se ignorar o alvo de tal violência nem seu praticante.
This paper aims to analyze the last book by Michel Laub, O Tribunal de quinta-feira (2016), regarding the contents addressed - internet, homosexuality, HIV / Aids - and the formal properties of the work - narrator in first person, technological forms. Laub's fiction addresses diverse subjects and can be investigated for various biases. This study is based on conceptualizations on first- person narrative by Maria Lúcia Dal Farra (1978) and Käte Hamburger (1976). In addition, the research of aspects of contemporary literature will be approached from the theoretical ones like Regina Dalcastagnè (2001) and Heloísa Buarque de Hollanda (s / d), arguing that the narrative factor is pertinent to the reading of the work, making who reads empathic to the plot and the main character. Although the first-person narrator apparently removes the villainy from his attitudes, the symbolic and verbal violence of a discourse circulated on the Internet is now thought of so as not to ignore the target of such violence or its practitioner.
Este trabajo tiene como objetivo analizar el último libro de Michel Laub, O tribunal da quinta-feira (2016), en lo que se refiere a los contenidos abordados – internet, homosexualidad, VIH/SIDA - y las propiedades formales de la obra – narrador en primera persona, formas tecnológicas. La ficción de Laub aborda temas diversos y puede ser investigada por varios sesgos. Se propone este estudio apoyado en conceptualizaciones sobre narrativa en primera persona de María Lúcia Dal Farra (1978) y Käte Hamburger (1976). Además, la investigación de aspectos de la literatura contemporánea se abordará a partir de teóricas como Regina Dalcastagnè (2001) y Heloísa Buarque de Hollanda (s/d), argumentando que el factor narrativo es pertinente a la lectura de la obra, haciendo el lector amistoso con el personaje principal. Aunque el narrador en primera persona aparentemente quita la villanía de sus actitudes, la violencia simbólica y verbal de un discurso divulgado en Internet pasa a ser pensada de modo que no se ignora el objetivo de tal violencia ni su practicante.