O heroísmo do homem de letras em Lima Barreto

Abstract

A presente tese de doutorado, intitulada O heroísmo do homem de letras em Lima Barreto, é fruto de análise efetuada sobre os romances do escritor e jornalista carioca Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922) Recordações do escrivão Isaías Caminha, Triste fim de Policarpo Quaresma, Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá e Cemitério dos Vivos, e sobre dois romances em que Lima Barreto é transformado em herói, Lima Barreto: um caminhante libertário de Assis Coelho e O passeador de Luciana Hidalgo. A análise se dá sobre os atributos destes heróis romanescos, enquanto protagonistas do heroísmo do homem de letras (modalidade de heroísmo concebida por Thomas Carlyle), na dinâmica de sua interação com os seus respectivos universos, inseridos no contexto histórico da cidade do Rio de Janeiro da Primeira República. Será identificada também a relação do escritor, enquanto aspirante ao heroísmo de letras, com os heróis de sua pena, através do conceito de espaço autobiográfico (de Phillipe Lejeune).

The present doctoral thesis entitled The heroism of the man of letters in Lima Barreto is the result of an analysis of the novels of the writer and journalist from Rio de Janeiro Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922) Memoirs of the scribe Isaías Caminha, The sad end of Policarpo Quaresma, Life and death of M. J. Gonzaga de Sá and The cemetery of the living, as well as of two novels in which Lima Barreto is transformed into a hero, Lima Barreto: a libertarian walker, by Assis Coelho, and The wanderer, by Luciana Hidalgo. The analysis focuses on the attributes of these Romanesque heroes, as protagonists of the heroism of the man of letters (a modality of heroism conceived by Thomas Carlyle), in the dynamics of their interaction with their respective universes, inserted in the historical context of the city of Rio de Janeiro of the First Republic. It will also be identified the relation of the writer, aspiring to the heroism of letters, with the heroes of his pen, through the concept of autobiographical space (from Phillipe Lejeune).