Identidades culturais e imigração em Myra, de Maria Velho da Costa

Padovani, Luciana Zardo

Abstract:

 
O romance Myra (2008), de Maria Velho da Costa, apresenta como centro a temática das migrações. As estratégias de narração e os conflitos vividos pelos personagens suscitam discussões a respeito das identidades e suas especificidades, principalmente em relação ao confronto entre as representações de cunho nacionalista e as traduções culturais dos indivíduos. Com base nos Estudos Culturais e na denominada Teoria Crítica Pós-colonial, através dos estudos de Boaventura de Sousa Santos (2006), Stuart Hall (2003), Homi Bhabha (1998) e Edward Said (1999), pretende-se averiguar como esses elementos são desenvolvidos no livro, partindo-se da premissa de que o enredo converge para a ressignificação histórica do período após a Guerra Fria, aproximando-se do conceito de metaficção historiográfica, elaborado por Linda Hutcheon (1998). O fim da União Soviética corroborou para a propulsão do capitalismo em nível mundial, culminando na chamada globalização. A partir de tal prática econômica, o fluxo migratório tornou-se mais intenso e chamou a atenção para a condição opressiva dos sujeitos em deslocamento. Além de possibilitar a evidência dos estereótipos construídos desde a colonização, que ainda interferem nas relações humanas. Com isso, surge Portugal como palco para o universo multicultural, onde são confrontados discursos binaristas e plurais, construídos ou reconstruídos através de intertextualidades presentes no romance investigado.
 
El romance Myra (2008), de Maria Velho da Costa, presenta como centro de la temática las migraciones. Las estrategias de narración y los conflictos vividos por los personajes suscitan discusiones a respeto de las identidades y sus especificidades, principalmente en relación al confronto entre las representaciones de cuño nacionalista y las tradiciones culturales de los individuos. Basándose en los Estudios Culturales y en la denominada Teoría Critica Pos-.colonial, a través de los estudios de Boaventura de Sousa Santos (2006), Stuart Hall (2003), Homi Bhabha (1998) e Edward Said (1999), se pretende averiguar cómo eses elementos son desarrollados en el libro, partiéndose de la premisa de que el enredo convierte para la re significación histórica del período después de la Guerra Fría, aproximándose del concepto de meta ficción historiográfica, elaborado por Linda Hutcheon (1998). El fin de la unión Soviética corroboro para la propulsión del capitalismo al nivel mundial, culminando en la llamada globalización. A partir de esta práctica económica, el flujo migratorio se ha tornado más intenso y llamó la atención para la condición opresiva de los sujetos en dislocamiento. Además de posibilitar la evidencia de los estereotipos construidos desde la colonización, que aún interfieren en las relaciones humanas. Con esto, surge Portugal como palco para el universo multicultural, donde son confrontados discursos binarios y plurales, construidos o reconstruidos a través de intertextualidades presentes en el romance investigado.
 

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  • ILA- Mestrado em Letras – (Dissertações)