Abstract:
As maiores taxas de mortalidade registradas nos ranários são observadas logo após a
metamorfose quando os imagos precisam se adaptar à nova vida terrestre. Nesta fase os
animais passam a ser carnívoros e a dieta pode fazer a diferença. O objetivo deste
trabalho foi avaliar a sobrevivência e crescimento de duas linhagens de rã-touro
alimentadas com diferentes fontes de ácidos graxos. Para isto foram utilizados 120
exemplares de rã-touro (Rana catesbeiana Shaw, 1802) com peso médio inicial de
42,11±11,87g, sendo 60 fêmeas monossexo XX, oriundas do cruzamento de fêmeas
revertidas para macho com fêmeas normais e 60 rãs comuns. Após a marcação, os
imagos foram colocados em 12 gaiolas no interior de 6 estufas (2 gaiolas por estufa)
para um período de 15 dias de adaptação, divididas em XX e comuns. No início do
experimento foi efetuada a biometria dos imagos medindo-se o comprimento total e o
peso inicial. A biometria foi repetida a cada 10 dias, sempre após um período de 24
horas de jejum. Uma ração contendo 43,19% de proteína bruta foi servida uma vez ao
dia, na proporção de 5% do peso vivo das rãs, acrescida de 1% (volume/peso) de óleo e
25% (peso/peso) de larvas de Musca domestica. Foram utilizados óleos de soja, girassol
e bacalhau, escolhidos por sua composição em ácidos graxos n-3 e n-6. O experimento
teve duração de 60 dias e não houve morte de animais neste período. As rãs comuns
tratadas com óleo de girassol tiveram menor crescimento e ganho de peso do que as rãs
XX. As rãs monossexo obtiveram maior crescimento e ganho de peso do que as rãs
comuns em todos os tratamentos. Verificou-se uma interação entre o tipo de óleo e a
genética dos animais, refletida no desempenho das monossexo, cujo crescimento e
ganho de peso não foram influenciados pelos óleos utilizados.
The most registered rates of mortality in the frog farming are observed after the
metamorphosis when the frogs need to adapt the new terrestrial life. In this phase the
animals start to be carnivorous and the diet can make the difference. The objective of
this work was to evaluate the survival and growth of two ancestries of bullfrog, for this
had been used 120 animals (Rana catesbeiana Shaw, 1802) after metamorphosis, with
average weight of 42.11±11.87g, being 60 females XX, come from the crossing of
females reverted for male with normal females and 60 common frogs. After the
marking, the frogs had been placed in 12 cages inside of six stoves (two cages for stove)
for 15 days to adaptation, separated in XX and common. At the beginning of the
experiment the biometry of the frogs was measuring the total length and the initial
weights in gram. The biometry was repeated to each 10 days, always after a period 24-
hour of fasting. The ration contends 43.19% of crude protein and was served one time a
day, with 5% of the life weight of the frogs, increased of 1% (volume/weight) of oil and
25% (weight/weight) of larvae of Musca domestica. There were been used soy,
sunflower and cod oils. The experiment had duration of 60 days and it did not death
animals in this period. The common frogs treated with sunflower oil had less growth
and weight gain than XX frogs. The XX frogs had gotten better growth and weight gain
than the common frogs in all the treatments. There was an interaction between the type
of oil and the genetics of the animals reflected by the performance of XX animals,
whose growth and weight gain had not been influenced by used oils.