Doenças, higiene e insalubridade urbana na América Latina (séculos XIX e XX)

Utrera, Júlio Contreras

Abstract:

 
O Dossiê intitulado “Doenças, higiene e insalubridade urbana na América Latina (séculos XIX e XX)” foi produzido no contexto da Pandemia de Covid-19 e carrega as marcas de uma experiência epidêmica que provocou mudanças no comportamento social. Na etapa inicial da Pandemia –quando o esforço dos maiores centros de pesquisa do mundo esta voltado para a experimentação e na produção de vacinas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) insistiu na importância de medidas sanitárias como o isolamento social e de higiene para conter a circulação do vírus. Simultaneamente, e com a mesma finalidade, autoridades sanitárias nacionais e/ou regionais recomendaram medidas profiláticas como a proibição do velório de vítimas da Covid-19, o fechamento de fronteiras, o isolamento de infectados e dos suspeitos de infecção, a proibição de aglomerações sociais e a higienização de ambientes e objetos supostamente contaminados, dentre outras. As medidas profiláticas supramencionadas, apesar de não serem consensuais, contribuíram para a redução no número de doentes e mortos e fomentaram interessantes discussões sobre o impacto da higiene individual no coletivo social e sobre os limites da intervenção do saber médico na sociedade. Acreditamos que as discussões –e também os seus desdobramentos políticos –oferecem pistas para a interpretação histórica das epidemias que atingiram as sociedades latino-americanas no transcurso do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. E na intenção de explorar estas pistas, organizamos o presente Dossiê.
 
The Dossier entitled “Diseases, hygiene and urban unhealthy conditions in Latin America (19th and 20th centuries)” was produced in the context of the Covid-19 Pandemic and bears the marks of an epidemic experience that provoked changes in social behavior. In the initial stage of the Pandemic – when the efforts of the largest research centers in the world were focused on experimenting and producing vaccines, the World Health Organization (WHO) insisted on the importance of health measures such as social isolation and hygiene to contain the circulation of the virus. Simultaneously, and with the same purpose, national and/or regional health authorities recommended prophylactic measures such as the prohibition of funerals for victims of Covid-19, the closing of borders, the isolation of those infected and those suspected of infection, the prohibition of social gatherings and cleaning supposedly contaminated environments and objects, among others. The aforementioned prophylactic measures, despite not being consensual, contributed to the reduction in the number of sick and dead people and fostered interesting discussions about the impact of individual hygiene on the social collective and about the limits of the intervention of medical knowledge in society. We believe that the discussions –and also their political consequences –offer clues for the historical interpretation of the epidemics that hit Latin American societies in the course of the 19th century and in the first decades of the 20th century. And with the intention of exploring these clues, we have organized this Dossier.
 
El Dossier titulado “Enfermedades, higiene e insalubridad urbana en América Latina (siglos XIX y XX)” fue elaborado en el contexto de la Pandemia de la Covid-19 y lleva las huellas de una experiencia epidémica que provocó cambios en los comportamientos sociales. En la etapa inicial de la Pandemia – cuando los esfuerzos de los centros de investigación más grandes del mundo estaban enfocados en experimentar y producir vacunas, la Organización Mundial de la Salud (OMS) insistió en la importancia de las medidas sanitarias como el aislamiento social y la higiene para contener la circulación del virus. Simultáneamente, y con el mismo propósito, las autoridades sanitarias nacionales y/o autonómicas recomendaron medidas profilácticas como la prohibición de funerales a víctimas del Covid-19, el cierre de fronteras, el aislamiento de infectados y sospechosos de contagio, la prohibición de reuniones sociales y limpieza de ambientes y objetos supuestamente contaminados, entre otros. Las mencionadas medidas profilácticas, a pesar de no ser consensuadas, contribuyeron para la reducción del número de enfermos y muertos y propiciaron interesantes discusiones sobre el impacto de la higiene individual en el colectivo social y sobre los límites de la intervención del saber médico en la sociedad. Creemos que las discusiones –y también sus consecuencias políticas– ofrecen pistas para la interpretación histórica de las epidemias que azotaron a las sociedades latinoamericanas a lo largo del siglo XIX y en las primeras décadas del siglo XX. Y con la intención de explorar estas pistas, hemos organizado este Dossier.
 

Show full item record

 

Files in this item

This item appears in the following Collection(s)

:

  • ICHI - Artigos publicados em periódicos