Abstract:
Resenha da “História das crianças no Brasil meridional”, de 2020, com 471 páginas, organizado pelos historiadores José Carlos da Silva Cardozo, Jonathan Fachini da Silva, Tiago da Silva Cesar, Paulo Roberto Staudt Moreira e Ana Silva Volpi Scott, publicado há quatro anos pela Editora Oikos em junto da Editora da UNISINOS, teve destaque no Prêmio Açoriano de Literatura em 2016. Agora, as Editoras supracitadas brindam o público leitor no ano de 2020 com uma 2a do livro em e-book, possibilitando maior circulação do conhecimento. A obra em tela é um referencial bibliográfico fundamental e determinante no campo da história social. A obra descortina as várias histórias de pequenos indivíduos, meninos e meninas que, até então, estavam escondidos e esquecidos em documentos produzidos por adultos de múltiplas temporalidades. Tais fontes encontram-se espalhadas em arquivos de muitas regiões do Brasil, com uma presença maior da região Sul. A coletânea apresenta textos sobre o processo de consolidação da história da criança na América Latina. O livro anuncia um estado da arte do objeto examinado, demonstrando crítica apurada e criteriosa sobre trabalhos elaborados e publicados em déc. passadas, tanto da historiografia brasileira quanto em escala internacional. O livro está estruturado em cinco partes: História das crianças: caminhos e trilhas; Crianças nos tempos coloniais; Crianças: entre leis, direitos e justiça; Crianças: instituições, ensino e representações; e Crianças: violência e assistência. Tais seções são detalhadas em 17 capítulos buscando atender um amplo arco temporal, de análises da segunda metade do séc. XVIII, até a déc. de 1920. As fontes históricas utilizadas na elaboração dos capítulos foram: produzidas pela Igreja para registar nascimentos; fabricadas pelo Estado para arrolar pequenos prisioneiros em cadeias e calabouços do Império do Brasil; ou redigidas pela iniciativa privada, jornais que noticiavam assuntos sobre a vida de escravos de tenra idade. Destacam-se os seguintes capítulos: “Um norte em comum: infância no sul do Brasil na produção historiográfica brasileira”, escrito por Esmeralda Blanco B. de Moura e Silva Maria Fávero Arend; “Sem pai ou mãe: batismos de crianças naturais no Extremo Sul do Brasil (Freguesia Madre de Deus de Porto Alegre, séculos XVIII e XIX)”, por Denize Terezinha Leal Freitas; seguidos por “Sem lar, viviam abrigados sob o teto da casa de seus senhores: experiências de vida e morte dos filhos do Ventre Livre (Porto Alegre, RS –1871/1888)”, de Paulo Roberto Staudt Moreira e Natália Garcia Pinto; “Jovens pobres, jovens mansos, jovens expostos: menores de idade no Exército Imperial brasileiro”, de José Ivan Ribeiro; e, por último, “Doenças, dolência e perfis da população infantojuvenil da Casa de Correção de Porto Alegre (1850-1888)”, por Tiago da Silva Cesar. O elo entre os capítulos e outros textos do livro, é a busca constante de revelar ao público leitor uma longa história da criança, mas, não apenas isso: evidenciam-se histórias de discriminações, conflitos, lutas, estratégias, acordos e negociações. Os capítulos são lentes de observação que focaram, sobretudo, na criança depauperada, bastarda, negra, parda, escrava, bem como nas brancas pobres com sangue mestiço e nas quase negras.
Review of the “History of children in southern Brazil”, 2020, with 471 pages, organized by historians José Carlos da Silva Cardozo, Jonathan Fachini da Silva, Tiago da Silva Cesar, Paulo Roberto Staudt Moreira and Ana Silva Volpi Scott, published four years ago years by Editora Oikos together with Editora da UNISINOS, it was featured in the Açoriano Literature Prize in 2016. Now, the aforementioned Publishers offer the reading public in 2020 with a 2nd edition of the book in e-book, enabling greater circulation of knowledge. The work on canvas is a fundamental and decisive bibliographic reference in the field of social history. The work unveils the various stories of small individuals, boys and girls who, until then, were hidden and forgotten in documents produced by adults from multiple temporalities. Such sources are scattered in archives in many regions of Brazil, with a greater presence in the southern region. The collection presents texts on the consolidation process of children's history in Latin America. The book announces a state of the art of the examined object, demonstrating accurate and careful criticism of works prepared and published in the 19th century. past, both in Brazilian historiography and on an international scale. The book is structured in five parts: Children's history: paths and trails; Children in colonial times; Children: between laws, rights and justice; Children: institutions, teaching and representations; and Children: violence and care. Such sections are detailed in 17 chapters seeking to cover a wide temporal range, from analyzes of the second half of the 20th century. XVIII, until the 19th century. from 1920. The historical sources used in the elaboration of the chapters were: produced by the Church to register births; manufactured by the State to enroll small prisoners in jails and dungeons of the Empire of Brazil; or written by private initiative, newspapers that reported subjects about the life of young slaves. The following chapters stand out: “A common north: childhood in southern Brazil in Brazilian historiographical production”, written by Esmeralda Blanco B. de Moura and Silva Maria Fávero Arend; “Without father or mother: baptisms of children born in the extreme south of Brazil (Mother of God Parish of Porto Alegre, 18th and 19th centuries)”, by Denize Terezinha Leal Freitas; followed by “Without a home, they lived sheltered under the roof of their masters' house: life and death experiences of the children of Ventre Livre (Porto Alegre, RS –1871/1888)”, by Paulo Roberto Staudt Moreira and Natália Garcia Pinto; “Poor youth, meek youth, exposed youth: minors in the Brazilian Imperial Army”, by José Ivan Ribeiro; and, finally, “Diseases, illness and profiles of the juvenile population of the Casa de Correção de Porto Alegre (1850-1888)”, by Tiago da Silva Cesar. The link between the chapters and other texts in the book is the constant search to reveal to the reading public a long history of the child, but not only that: stories of discrimination, conflicts, struggles, strategies, agreements and negotiations are evident. The chapters are observation lenses that focused, above all, on impoverished, bastard, black, brown, slave children, as well as on poor white women with mestizo blood and on almost black women.
Reseña de la “Historia de los niños en el sur de Brasil”, 2020, con 471 páginas, organizada por los historiadores José Carlos da Silva Cardozo, Jonathan Fachini da Silva, Tiago da Silva Cesar, Paulo Roberto Staudt Moreira y Ana Silva Volpi Scott, publicada cuatro años hace años por la Editora Oikos junto con la Editora da UNISINOS, fue presentado en el Premio Açoriano de Literatura en 2016. Ahora, las mencionadas Editoriales ofrecen al público lector en 2020 una 2ª edición del libro en e-book, posibilitando una mayor circulación del conocimiento . La obra sobre lienzo es una referencia bibliográfica fundamental y decisiva en el campo de la historia social. La obra devela las diversas historias de pequeños individuos, niños y niñas que, hasta entonces, estaban escondidos y olvidados en documentos producidos por adultos desde múltiples temporalidades. Tales fuentes se encuentran dispersas en archivos en muchas regiones de Brasil, con mayor presencia en la región sur. La colección presenta textos sobre el proceso de consolidación de la historia infantil en América Latina. El libro anuncia un estado del arte del objeto examinado, demostrando una crítica precisa y cuidadosa de las obras preparadas y publicadas en el siglo XIX. pasado, tanto en la historiografía brasileña como a escala internacional. El libro está estructurado en cinco partes: Historia infantil: caminos y senderos; Los niños en la época colonial; Niños: entre leyes, derechos y justicia; Niños: instituciones, enseñanza y representaciones; y Niñez: violencia y cuidado. Dichos apartados se detallan en 17 capítulos que buscan abarcar un amplio rango temporal, a partir de análisis de la segunda mitad del siglo XX. XVIII, hasta el siglo XIX. de 1920. Las fuentes históricas utilizadas en la elaboración de los capítulos fueron: las producidas por la Iglesia para registrar los nacimientos; fabricado por el Estado para enrolar a pequeños presos en cárceles y calabozos del Imperio de Brasil; o escritos por iniciativa privada, periódicos que informaban sobre temas de la vida de los jóvenes esclavos. Se destacan los siguientes capítulos: “Un norte común: la infancia en el sur de Brasil en la producción historiográfica brasileña”, escrito por Esmeralda Blanco B. de Moura y Silva Maria Fávero Arend; “Sin padre ni madre: bautismos de niños nacidos en el extremo sur de Brasil (Parroquia Madre de Dios de Porto Alegre, siglos XVIII y XIX)”, de Denize Terezinha Leal Freitas; seguido de “Sin hogar, vivían cobijados bajo el techo de la casa de sus amos: experiencias de vida y muerte de los niños de Ventre Livre (Porto Alegre, RS –1871/1888)”, de Paulo Roberto Staudt Moreira y Natália Garcia Pinto ; “Jóvenes pobres, jóvenes mansos, jóvenes expuestos: menores en el Ejército Imperial Brasileño”, de José Ivan Ribeiro; y, finalmente, “Enfermedades, padecimientos y perfiles de la población juvenil de la Casa de Correção de Porto Alegre (1850-1888)”, de Tiago da Silva Cesar. El vínculo entre los capítulos y otros textos del libro es la constante búsqueda por revelar al público lector una larga historia del niño, pero no solo eso: se evidencian historias de discriminación, conflictos, luchas, estrategias, acuerdos y negociaciones. Los capítulos son lentes de observación que enfocaban, sobre todo, a los niños empobrecidos, bastardos, negros, morenos, esclavos, así como a las mujeres blancas pobres con sangre mestiza y a las mujeres casi negras.
Revue de «l'Histoire des enfants du sud du Brésil», 2020, avec 471 pages, organisée par les historiens José Carlos da Silva Cardozo, Jonathan Fachini da Silva, Tiago da Silva Cesar, Paulo Roberto Staudt Moreira et Ana Silva Volpi Scott, publiée quatre ans il y a des années par Editora Oikos avec Editora da UNISINOS, il a été présenté dans le Prix de littérature Açoriano en 2016. Désormais, les éditeurs susmentionnés offrent au public de lecture en 2020 une 2e édition du livre en e-book, permettant une plus grande circulation des connaissances . L'œuvre sur toile est une référence bibliographique fondamentale et décisive dans le domaine de l'histoire sociale. L'ouvrage dévoile les diverses histoires de petits individus, garçons et filles qui, jusqu'alors, étaient cachés et oubliés dans des documents produits par des adultes à partir de multiples temporalités. Ces sources sont dispersées dans les archives de nombreuses régions du Brésil, avec une plus grande présence dans la région sud. La collection présente des textes sur le processus de consolidation de l'histoire des enfants en Amérique latine. Le livre annonce un état de l'art de l'objet examiné, démontrant une critique précise et minutieuse des ouvrages préparés et publiés au XIXe siècle. passé, tant dans l'historiographie brésilienne qu'à l'échelle internationale. Le livre est structuré en cinq parties : Histoire des enfants : chemins et sentiers ; Les enfants à l'époque coloniale ; Enfants : entre lois, droits et justice ; Enfants : institutions, enseignement et représentations ; et Enfants : violence et soins. Ces sections sont détaillées dans 17 chapitres cherchant à couvrir un large éventail temporel, à partir d'analyses de la seconde moitié du XXe siècle. XVIIIe, jusqu'au XIXe siècle. à partir de 1920. Les sources historiques utilisées dans l'élaboration des chapitres étaient : produites par l'Église pour enregistrer les naissances ; fabriqués par l'État pour enrôler les petits prisonniers dans les prisons et les cachots de l'Empire du Brésil ; ou écrits par initiative privée, des journaux qui rapportaient des sujets sur la vie des jeunes esclaves. Les chapitres suivants se distinguent : « Un nord commun : l'enfance dans le sud du Brésil dans la production historiographique brésilienne », écrit par Esmeralda Blanco B. de Moura et Silva Maria Fávero Arend ; « Sans père ni mère : baptêmes d'enfants nés dans l'extrême sud du Brésil (Paroisse Mère de Dieu de Porto Alegre, XVIIIe et XIXe siècles) », par Denize Terezinha Leal Freitas ; suivi de « Sans domicile, ils vivaient abrités sous le toit de la maison de leur maître : expériences de vie et de mort des enfants de Ventre Livre (Porto Alegre, RS –1871/1888) », de Paulo Roberto Staudt Moreira et Natália Garcia Pinto ; « Jeunesse pauvre, jeunesse douce, jeunesse exposée : les mineurs dans l'armée impériale brésilienne », par José Ivan Ribeiro ; et, enfin, « Maladies, maladies et profils de la population juvénile de la Casa de Correção de Porto Alegre (1850-1888) », par Tiago da Silva Cesar. Le lien entre les chapitres et les autres textes du livre est la recherche constante de révéler au public lecteur une longue histoire de l'enfant, mais pas seulement : des histoires de discrimination, de conflits, de luttes, de stratégies, d'accords et de négociations sont évidentes. Les chapitres sont des lentilles d'observation qui se sont concentrées, avant tout, sur les enfants pauvres, bâtards, noirs, bruns, esclaves, ainsi que sur les femmes blanches pauvres au sang métisse et sur les femmes presque noires.
