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Sendo considerado o segundo maior bioma presente no território brasileiro, o Cerrado apresenta
grande heterogeneidade em sua fauna e flora, perdendo apenas para a Amazônia em termos de
número de espécies e variedade. Entretanto, devido ao crescimento de atividades agropecuárias
junto à preferência extrativista por espécies vegetativas, o Cerrado perde cada vez mais extensão
territorial, e consequentemente, sua variedade de espécies. Dentre várias espécies pertencentes ao
bioma, têm-se o barueiro, no qual se origina seu fruto, chamado de baru. O baru é uma espécie
frutífera que se destaca entre a flora nativa do Cerrado brasileiro. O fruto é composto por:
epicarpo, mesocarpo, endocarpo e amêndoa. Alguns estudos apontam o uso do baru para fins
medicinais, no combate de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e câncer. Entretanto, em
sua grande maioria, ele é originado para fins alimentícios na forma in natura ou como ingrediente.
Por sua composição nutricional rica em proteínas, lipídios e fibras, o fruto vem sendo cada vez
mais estudado e incorporado à alimentação, em especial, a amêndoa e seu óleo, por apresentarem
aspectos sensoriais agradáveis e serem bem apreciados pela população local. A cadeia de
aproveitamento do fruto apresenta não somente a capacidade de absorver a amêndoa, como
também de gerar coprodutos, como os resíduos sólidos e a torta parcialmente desengordurada, que
manifestam um grande aporte nutricional em termos proteicos, e são potenciais produtos a serem
incorporados em fontes alimentícias e outros. De modo geral, algumas informações sobre o fruto
já foram descobertas, entretanto, devido a sua grande complexidade, é possível que ainda se tenha
muito a estudar sobre o fruto. |
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