Abstract:
Objetivo: Identificar a prevalência e a média de assédio moral e fatores associados em TAEs da FURG.
População alvo: Técnicos-Administrativos em Educação da Universidade Federal do Rio Grande – RS, Brasil.
Delineamento: Estudo transversal.
Desfecho: Assédio moral, rastreado pelo Questionário de Atos Negativos – NAQ-R; Ansiedade, rastreada pelo General Anxiety Disorder-7 (GAD-7); Depressão, rastreado através do Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9); Estresse, rastreado através da Job Stress Scale e Risco de Suicídio, rastreado com o Mini International Neuropsychiatric Interview.
Processo amostral: A amostragem foi feita de forma estratificada por unidades acadêmicas e administrativas da universidade. O cálculo de tamanho de amostra estimou um N de 307 participantes.
Análise: A análise dos dados foi realizada no software Stata® 15.1. Foi utilizada a Regressão Linear Simples e Múltipla e modelo hierárquico conceitual de análise. O nível de significância para manutenção das variáveis no modelo ajustado foi de 20%. Para análise das variáveis de saúde mental, a variável de assédio moral foi utilizada como exposição para os seguintes desfechos: ansiedade, depressão, risco de suicídio e estresse. Para isso, foi utilizada a Regressão Logística binária com ajuste para o efeito dos fatores associados (p<0.05) e fatores de confusão (p<0.2) do assédio moral e para o efeito de todos os desfechos concomitantemente.
Resultados: A prevalência de assédio moral foi de 29,47%. O risco de sofrer assédio moral foi maior em indivíduos com maior idade (3.52, IC95% -4.21; -0.23), com cor da pele preta, parda ou amarela (3.03, IC95% 0.69; 5.37), obesos (3.33, IC95% 1.09; 5.56) e que trabalham fora do expediente (1.92 IC95% 0.26; 3.59). Ainda, o assédio moral mostrou-se significativamente associado ao desenvolvimento de ansiedade (1.07, IC95% 1.03;
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1.012), depressão (1.09, IC95% 1.04; 1.14), risco de suicídio (1.08, IC95% 1.03; 1.012) e estresse (1.07, IC95% 1. 03; 1.12).
Conclusão: O assédio moral no trabalho impacta não somente na vida pessoal das vítimas, mas também traz prejuízos às organizações e famílias dos envolvido. Tendo em vista a alta prevalência de assédio moral na amostra estudada, espera-se que os resultados obtidos possam contribuir no planejamento de ações de combate e prevenção do assédio moral no trabalho.
Objective: To identify the prevalence and mean of bullying and associated factors in FURG TAEs.
Target population: Administrative Technicians in Education at the Federal University of Rio Grande – RS, Brazil.
Design: Cross-sectional study.
Outcomes: Bullying, tracked by the Negative Acts Questionnaire – NAQ-R; Anxiety, tracked by General Anxiety Disorder-7 (GAD-7); Depression, tracked through the Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9); Stress, tracked using the Job Stress Scale and Risk of Suicide, tracked using the Mini International Neuropsychiatric Interview.
Sampling process: The sampling was carried out in a stratified way by academic and administrative units of the university. The sample size calculation estimated an N of 307 participants.
Analysis: Data analysis was performed using Stata® 15.1 software. Simple and Multiple Linear Regression and a conceptual hierarchical analysis model were used. The significance level for maintaining the variables in the adjusted model was 20%. For the analysis of consequences, the variable of bullying was used as exposure for the following outcomes: anxiety, depression, risk of suicide and stress. For this, binary logistic regression was used with adjustment for the effect of associated factors (p<0.05) and confounding factors (p<0.2) of bullying and for the effect of all outcomes simultaneously.
Results: The prevalence of bullying was 29,47%. The risk of suffering bullying was higher in older individuals (3.52, 95%CI -4.21; -0.23), with black, brown or yellow skin color (3.03, 95%CI 0.69; 5.37), obese (3.33, 95%CI) 1.09; 5.56) and who work outside working hours (1.92 95%CI 0.26; 3.59). Also, bullying was significantly associated with the development
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of anxiety (1.07, 95%CI 1.03; 1,012), depression (1.09, 95%CI 1.04; 1.14), risk of suicide (1.08, 95%CI 1.03; 1,012) and stress (1.07, 95%CI 1.03; 1.12).
Conclusion: Bullying in the workplace not only impacts the victims' personal lives, but also harms the organizations and families of those involved. Given the high prevalence of bullying in the studied sample, it is expected that the results obtained may contribute to the planning of actions to combat and prevent bullying in the workplace.