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TAROUCO, Vanessa da Silva. SARS-CoV-2 nas gestantes e recém-nascidos e a possibilidade de transmissão vertical: uma revisão de escopo. 2022. 72 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2022. |
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Introdução: As pandemias virais ou bacterianas ameaçam e podem afetar a
população em geral. No entanto, existem populações especiais que podem apresentar
maior risco e suscetibilidade ou podem ser mais gravemente afetadas por doenças
infecciosas, como crianças e mulheres grávidas. As gestantes são consideradas um
grupo populacional especial devido à sua condição imunológica única durante a
gravidez, podendo ser mais suscetíveis frente a algumas doenças infecciosas, como a
causada pelo SARS-CoV-2. Objetivos: Identificar as características da infecção por
SARS-CoV-2 durante a gestação e a possibilidade de transmissão vertical.
Metodologia: Realizou-se uma revisão de escopo, conforme o método de revisão
proposto pelo Joanna Briggs Institute – JBI, seguindo as recomendações do PRISMAScR. A questão de pesquisa desta revisão foi: Quais os efeitos da infecção por SARSCoV-2 na saúde materna, neonatal e possibilidade de transmissão vertical. A pesquisa
compreendeu os seguintes termos de busca: Covid-19 OR Severe Acute Respiratory
Syndrome Coronavirus 2 OR 2019-nCoV OR Coronavirus AND Pregnant OR
pregnancy AND vertical transmission. O processo de seleção dos estudos ocorreu de
forma independente por dois pesquisadores e a busca foi realizada através das bases de
dados MEDLINE, WoS e BVS que inclui a LILACS. Resultados e discussão: A
pesquisa inicial encontrou 550 artigos que foram agrupados e carregados no software
Rayyan. Após a leitura dos textos na íntegra selecionou-se 24 artigos das bases de
dados. Identificou-se 4.051 gestantes com COVID-19 e 3.463 recém-nascidos. O
desfecho adverso da gravidez mais frequente, foi o parto prematuro 7,90% (322). A taxa
de mortalidade materna foi 1,20% e mortalidade fetal 1%. Pneumonia, pré-eclâmpsia e
anemia também foram relatados. Tanto a transmissão vertical como a possibilidade de
transmissão vertical foi citada em 0,19% (8) dos casos. Além disso, houve um relato de
transmissão perinatal (0,02%). Obteve-se alterações clínicas e laboratoriais maternas e
neonatais. Conclusão: De acordo com os estudos analisados na revisão, constata-se que
a infecção por SARS-CoV-2 apresenta riscos importantes à mulher e seu feto/criança e
a vacinação contra COVID-19 é segura na gravidez. Sendo necessário mais estudos de
monitoramento a longo prazo das gestantes e crianças, para atender os efeitos adversos
na gestação e buscar reduzi-los, bem como mitigar sequelas no feto/criança semelhantes
às observadas em gerações nascidas durante pandemias virais anteriores. |
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