SARS-CoV-2 nas gestantes e recém-nascidos e a possibilidade de transmissão vertical: uma revisão de escopo
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Introdução: As pandemias virais ou bacterianas ameaçam e podem afetar a população em geral. No entanto, existem populações especiais que podem apresentar maior risco e suscetibilidade ou podem ser mais gravemente afetadas por doenças infecciosas, como crianças e mulheres grávidas. As gestantes são consideradas um grupo populacional especial devido à sua condição imunológica única durante a gravidez, podendo ser mais suscetíveis frente a algumas doenças infecciosas, como a causada pelo SARS-CoV-2. Objetivos: Identificar as características da infecção por SARS-CoV-2 durante a gestação e a possibilidade de transmissão vertical. Metodologia: Realizou-se uma revisão de escopo, conforme o método de revisão proposto pelo Joanna Briggs Institute – JBI, seguindo as recomendações do PRISMAScR. A questão de pesquisa desta revisão foi: Quais os efeitos da infecção por SARSCoV-2 na saúde materna, neonatal e possibilidade de transmissão vertical. A pesquisa compreendeu os seguintes termos de busca: Covid-19 OR Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 OR 2019-nCoV OR Coronavirus AND Pregnant OR pregnancy AND vertical transmission. O processo de seleção dos estudos ocorreu de forma independente por dois pesquisadores e a busca foi realizada através das bases de dados MEDLINE, WoS e BVS que inclui a LILACS. Resultados e discussão: A pesquisa inicial encontrou 550 artigos que foram agrupados e carregados no software Rayyan. Após a leitura dos textos na íntegra selecionou-se 24 artigos das bases de dados. Identificou-se 4.051 gestantes com COVID-19 e 3.463 recém-nascidos. O desfecho adverso da gravidez mais frequente, foi o parto prematuro 7,90% (322). A taxa de mortalidade materna foi 1,20% e mortalidade fetal 1%. Pneumonia, pré-eclâmpsia e anemia também foram relatados. Tanto a transmissão vertical como a possibilidade de transmissão vertical foi citada em 0,19% (8) dos casos. Além disso, houve um relato de transmissão perinatal (0,02%). Obteve-se alterações clínicas e laboratoriais maternas e neonatais. Conclusão: De acordo com os estudos analisados na revisão, constata-se que a infecção por SARS-CoV-2 apresenta riscos importantes à mulher e seu feto/criança e a vacinação contra COVID-19 é segura na gravidez. Sendo necessário mais estudos de monitoramento a longo prazo das gestantes e crianças, para atender os efeitos adversos na gestação e buscar reduzi-los, bem como mitigar sequelas no feto/criança semelhantes às observadas em gerações nascidas durante pandemias virais anteriores.
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