Abstract:
A “Teoria isosmótica” postula que o ambiente isosmótico beneficia o crescimento de 2peixes teleósteo por minimizar o gasto energético com a osmorregulação. Entretanto, 3como a significância do gasto energético com osmorregulação, além de mudar durante o 4período de desenvolvimento, é espécie-específica, o objetivo desta tese foi verificar se a 5“Teoria Isosmótica” é aplicável para Mugil liza. No experimento I foi verificado que o 6ambiente isosmótico para a espécie ocorre na salinidade 13,5‰ e que a faixa de 7variação entre 5 e 40‰ de salinidade, ao final de 15 dias, não influenciou (p>0,05) a 8sobrevivência (100%), a osmolalidade plasmática (417,6 ± 18,0 mOsmol Kg-1) e a taxa 9de consumo de oxigênio (0,39 ± 0,03 mg O2 g-1 h-1). Que a atividade da Na+, K+-ATPase 10branquial apresentou o padrão “U” como resposta, com maior atividade nas salinidades 11extremas (5‰ e 40‰), complementada pela resposta da reserva de glicogênio hepático, 12que apresentou menor concentração (p<0,05) nas salinidades extremas. No experimento 13II, após serem mantidos por 40 dias nas salinidades correspondentes a 0, 50, 100 e 14200% do ponto isosmótico de teleósteos, especificamente o crescimento e a taxa de 15crescimento específica (G) foram prejudicados em água doce (p<0,05). O experimento 16III teve como objetivo então verificar se o menor crescimento dos indivíduos mantidos 17em água doce poderia ser compensado através da adição de sódio na ração. O melhor 18crescimento foi observado nos indivíduos alimentados com o teor de sódio igual a 5,4% 19e o efeito contrário foi observado nos teores acima deste nível (8,0 e 13,2%), entretanto 20o melhor teor de sódio estimado foi de 2,6%. Os resultados desta tese permitem concluir 21que M. liza tolera um ampla faixa salinidade e, apesar de apresentar uma tendência de menor gasto energético em torno da salinidade isosmótica, a quantidade de energia 23poupada pelos indivíduos nesta faixa de desenvolvimento não foi significativa para 24incrementar o crescimento. As evidências descritas no presente estudo apontam o 25potencial de criação da tainha M. liza em ampla faixa de salinidade.
The “Isosmotic Theory” postulate that the isosmotic environment benefit teleosteo 33growth by the osmoregulatory cost minimization. However, osmoregulatory cost 34significance, besides change with the development period, is specie-specific, thus the 35target of this thesis was verify f the “Isosmotic Theory” is applied for Mugil liza. The 36experiment I determinate that the species isosmotic environment occur at 13,5‰ 37salinity and that the range variation between 5 and 40‰ of salinity, after 15 days, did 38not influence (p>0,05) survivor (100%), plasmatic osmolality (417,6 ± 18,0 mOsmol 39Kg-1) and the oxygen consumption rate (0,39 ± 0,03 mg O2 g-1 h-1). That the gill Na+, 40K+-ATPase activity shows, with “U-shaped pattern”, higher activity at extremes 41salinities (5‰ e 40‰), and that it was complemented by liver glycogen response, that 42was lower (p<0,05) at extremes salinities (5‰ e 40‰). The experiment II, after 40 days 43at salinities corresponded to 0, 50, 100 e 200% of teleosteo isosmotic point, specifically 44only the growth and the specific growth rate (SGR) were damage in fresh water 45(p<0,05). Then, the experiment III aimed to check whether the slower growth of 46individuals kept in fresh water could be compensated by supplementation of diet with 47salt. The better growth was achieved at 5,4% salt supplementation, however the best 48estimated salt supplementation level was 2.6%. The results of this thesis shows that M. 49liza tolerates a wide salinity range and, despite a trend of lower osmoregulatory energy 50cost around the isosmotic salinity, the amount of energy saved by individuals in this life 51development was not significant to improve growth. The evidence described in this 52study confirms the potential of mullet M. liza rearing on a wide range of salinity.