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dc.contributor.advisor Fornos, José Luis
dc.contributor.author Massingue, Salomão
dc.date.accessioned 2024-11-19T23:04:22Z
dc.date.available 2024-11-19T23:04:22Z
dc.date.issued 2024
dc.identifier.citation MASSINGUE, Salomão. Memória e ressignificação histórica em Ungulani Ba Ka Khosa. 2024. 304 f. Tese (Doutorado em Letras) - Programa de Pós-Graduação em Letras, Instituto de Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2024. pt_BR
dc.identifier.uri https://repositorio.furg.br/handle/123456789/11832
dc.description Tese (Doutorado) pt_BR
dc.description.abstract Ao discutir a memória e ressignificação da história na obra literária de Ungulani Ba Ka Khosa, a presente pesquisa coloca em foco as relações sempre imbricadas entre memória, história e literatura, tomando como objeto de análise o texto literário. Tal análise decorre das possibilidades oferecidas pela obra do autor em estudo em todos os seus vetores, temático, estético e simbólico. Na tentativa de compreender os procedimentos escriturais tomados pelo autor para tomar a memória na ressignificação da história, analisamos as imbricações entre ficção e história, a partir da abordagem de White (1992, 1994, 2001), considerando que a obra de Khosa se inscreve, mutatis mutandis, como um indeclinável convite à reflexão e conhecimento da história da Nação moçambicana, a partir da releitura e revisitação dos fenômenos e eventos que marcam a memória nacional e coletiva, mormente no pósindependência. A esse respeito, defendemos e embasamos que estamos diante de um tipo de literatura pós-colonial. Com efeito, os fundamentos da crítica pós-colonial atravessam a análise de toda a tese. Dela vincamos a perspectiva e visão de dois autores africanos: Appiah (1997) e Mata (2007, 2008, 2014), dentre outros, cujas abordagens se tornaram fecundas no campo literário africano. A partir de uma análise relacional, estabelecemos um diálogo entre esta perspectiva e a de Pollak (1989), de quem emprestamos a categoria analítica da segunda seção da tese, em estreita relação com a perspectiva de memória coletiva de Halbwachs (2012) e de Seixas (2004), em quem exploramos a categoria do ressentimento, a partir da análise feita das memórias subterrâneas. Dessa análise decorre a noção de memórias silenciadas que operam numa lógica de confronto e numa relação dicotômica com a memórias oficiais. Desse modo, agrupamos essas memórias (subterrâneas e silenciadas) no quadro do que Assmann (2018) designa de memórias inoficiais. Concomitantemente, diante da representação de circunstâncias catastróficas em que a principal vítima é a memória, vincamos, por um lado, os diferentes e criativos mecanismos adotados pelos sujeitos ficcionais para a (re)existência entre violência, trauma e esquecimento, partindo da dialética memória e identidade estabelecida por Candau (2019), e, por outro, as formas de ressignificação dos lugares pela memória corporal, a partir dos pressupostos teóricos de Casey (2009), Merleau-Ponty (1999) e Ricoeur (2007). A análise efetuada permitiu-nos constatar que a escrita de Khosa se processa pela lógica de subversão e questionamento da história oficial, (re)criando a história pelas estórias ficcionais, e (re)construindo o passado pela costura da memória. É assim que, por meio da memória, o autor vai (re)inscrevendo os fragmentos de tempos e espaços e, por esse intermédio, sua escrita acaba propondo novas formas de relação com o próprio passado, numa lógica que rompe com o discurso histórico oficial e homogeneizante e persegue o que Bhabha (1998) chama de um discurso “performático”. No fundo, as memórias silenciadas e subterrâneas vincadas pelo autor atuam como memórias funcionais criticamente subversivas (ASSMANN, 2018) e tencionam deslegitimar, a partir da margem dos trilhos do discurso, a memória oficial, servindo, em última instância, de estratégias estético-literárias que Ungulani Ba Ka Khosa adota para reler e ressignificar a história. pt_BR
dc.description.abstract When we discuss memory and resignification of history in the literary work of Ungulani Ba Ka Khosa, this research focuses on the always intertwined relationships between memory, history and literature, taking the literary text as the object of analysis. Such analysis arises from the possibilities offered by the work of the author under study in all its vectors, thematic, aesthetic and symbolic. In an attempt to understand the scriptural procedures proposed by the author to take memory in the resignification of history, we analyze the overlap between fiction and history, based on White's approach (1992, 1994, 2001), considering that Khosa's work is inscribed, mutatis mutandis, as an unavoidable invitation to reflection and knowledge of the history of the Mozambican nation, based on the re-reading and revisiting of phenomena and events that mark national and collective memory, especially post-independence. In this regard, we defend and base that we are facing a type of post-colonial literature. In effect, the foundations of postcolonial criticism permeate the analysis of the entire thesis. We highlight the perspective and vision of two African authors: Appiah (1997) and Mata (2007, 2008, 2014), among others, whose approaches became fruitful in the African literary field. From a relational analysis, we establish a dialogue between this perspective and the one proposed by Pollak (1989), from whom we borrow the analytical category of the second section of the thesis, in close relation with the collective memory perspective of Halbwachs (2012), and Seixas (2004) in whom we explored the category of resentment, based on the analysis of underground memories. From this analysis comes the notion of silenced memories that operate in a logic of confrontation and in a dichotomous relationship with the official memories. In this way, we group these memories (underground and silenced) within the framework of what Assmann (2018) calls unofficial memories. Concomitantly, given the representation of catastrophic circumstances in which the main victim is memory, we highlight, on the one hand, the different and creative mechanisms adopted by fictional subjects for the (re)existence between violence, trauma and oblivion, based on the dialectic of memory and identity established by Candau (2019), and on the other, the forms of resignification of places through bodily memory, based on the theoretical assumptions of Casey (2009), Merleau-Ponty (1999) and Ricoeur (2007). The analysis carried out so far has allowed us to verify that the writing of Ungulani Ba Ka Khosa is processed through the logic of subversion and questioning of official history, (re)creating history through fictional stories, and (re)building the past through the stitching of memory. This is how, through memory, the author (re)inscribes fragments of time and space and, through this intermediary, his writing ends up proposing new forms of relationship with the past itself, in a logic that breaks with the official, historical and homogenizing discourse and pursues what Bhabha (1998) calls a “performative” discourse. Basically, the silenced and underground memories highlighted by the author act as critically subversive functional memories (ASSMANN, 2018) and intend to delegitimize, from the margins of the discourse, official memory, ultimately serving as aesthetic-literary strategies that Ungulani Ba Ka Khosa adopts to reread and give new meaning to history. pt_BR
dc.language.iso por pt_BR
dc.rights open access pt_BR
dc.subject Ungulani Ba Ka Khosa pt_BR
dc.subject Memória pt_BR
dc.subject Ressignificação histórica pt_BR
dc.subject Moçambique pt_BR
dc.subject Memory pt_BR
dc.subject Historical resignification pt_BR
dc.subject Mozambique pt_BR
dc.title Memória e ressignificação histórica em Ungulani Ba Ka Khosa pt_BR
dc.type doctoralThesis pt_BR


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  • ILA - Doutorado em Letras - (Teses)
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