Abstract:
The objective of this thesis was produce information to low salinity cultivation of Pacificwhite shrimp Litopenaeus vannamei in low salinity waters. The thesis was divided in threemain chapters: the chapter one verifies the effects of different alkalinities and salinities ingrowth and survival of L. vannamei during nursery and grow out phase. The second chapterevaluates the effect of different waterborne calcium concentration on survival and growth ofL. vannamei and the third chapter evaluates the effect of calcium and salinity in shrimpNa+/K+ATPase activity, nitrogen excretion and respiration. Based on data presented in thefollowing chapters, we can conclude that at salinities 12 and above alkalinity had just a minoreffect in shrimp performance. It is safer to produce shrimp in salinity 12 and 24 than insalinity two due to fast ammonia and nitrite build up that may occur in BFT system. Whenusing low salinity water its necessary to utilize some strategy to avoid ammonia and nitritebuild up. Ammonia can be easily mobilized adding a carbon source, but nitrite might demandmore complicated strategies such as inoculation of a mature biofloc, artificial substrates orwater renewal. Higher calcium concentration enhance shrimp growth in low salinity (4ppt andbelow) and calcium supplementation may be a good choice for low salinity shrimp culturewhen calcium concentration are under 118 mg/L. In chapter tree we found that calciumaddition reduced TAN excretion and oxygen consumption at salinity 2 ppt. These findingssuggest that higher calcium concentration might be beneficial to L. vannamei living in lowsalinity waters and high alkalinity concentration may be counterproductive in low salinity asammonia toxicity increases with pH and decreases with salinity.
O cultivo de camarões marinhos em sistema de bioflocos (BFT) é realizado com pouco ou nenhuma renovação de água, forte aeração, alimentação balanceada, redução nos níveis de proteína marinha e estímulo à produtividade natural nos meios de criação. O custo mais elevado das terras em regiões costeiras e a legislação ambiental limitam a expansão da aquicultura e o cultivo em locais afastados da costa pode ser uma solução para este problema. Estudos recentes têm focado no cultivo do camarão branco do Pacífico Litopenaeus vannamei em águas oligohalinas e em águas artificiais obtidas através da mistura de sais. Entretanto, pouco se sabe a respeito da alcalinidade ideal para o cultivo de L. vannamei em BFT e sobre o efeito da suplementação de cálcio no desempenho e sobrevivência da espécie. Desta maneira, o presente estudo teve como objetivo verificar a influência da adição de sais de cálcio e de diferentes níveis de alcalinidade no crescimento e sobrevivência dessa espécie em diferentes salinidades. Foram realizados três experimentos: 1. Efeito da salinidade e da alcalinidade no crescimento e sobrevivência de juvenis de L. vannamei cultivado em sistema de bioflocos; 2. Efeito da adição de cálcio no crescimento e sobrevivência de juvenis de L. vannamei em baixa salinidade;. 3. Efeito da concentração de cálcio e da salinidade na respiração, excreção de nitrogênio amoniacal e na atividade da Na+/K+ ATPase em juvenis de L. vannamei. Com os resultados obtidos neste estudo podemos chegar as seguintes conclusões: 1. O cultivo em salinidade 12 ou acima é mais seguro frente a possíveis picos de amônia e nitrito no sistema, alcalinidades menores podem ser adotadas em sistemas BFT uma vez que as variações diurnas nos valores de pH são menores se comparados a sistemas convencionais, ademais, menores valores de pH conferem mais segurança ao cultivo uma vez diminuem a concentração do gás amônia (tóxico); 2. A adição de cálcio melhora o crescimento dos camarões cultivados em salinidade iguais ou superiores a 4. Recomenda-se a adição de cálcio em águas de salinidade 2 e 4 com concentrações de cálcio iguais ou inferiores a 118 mg/L; 3 A adição de cálcio no meio experimental diminui a excreção de amônia e a respiração de L. vannamei na salinidade 2, indicando que a adição de cálcio pode diminuir o gasto energético com a osmorregulação podendo propiciar maior energia para outros fins como o crescimento.