O que as cores (não) dizem sobre gênero e sexualidade? Infâncias, imagens e educação

Abstract

Neste artigo, intenta-se problematizar de que maneiras as construções de gênero e a sexualidade interpelam os artefatos culturais destinados às infâncias e à Educação Infantil, sobretudo no tocante às cores. Utiliza-se da metodologia da pesquisa bibliográfica e debruça-se sobre os aspectos conceituais, históricos e políticos do gênero e da sexualidade, formulados pelos Estudos de Gênero. Também se evidenciam os atravessamentos que gênero e sexualidade promovem nos corpos e, ao mesmo tempo, as resistências que os corpos podem manifestar a tais forças. Por conseguinte, relaciona construção de gênero e sexualidade aos universos e artefatos endereçados às infâncias, recorrendo às bibliografias referentes à temática e aos documentos afetos à Educação Infantil. Compreende-se que as construções de gênero e sexualidade são engendradas social, histórico e culturalmente às infâncias, antes mesmo do nascimento do indivíduo; e delimitam as atuações de masculinidade e feminilidade conforme normatizações específicas, principalmente pelas cores azul e rosa.

En este artículo, tratamos de discutir las formas en que las construcciones de género y sexualidad desafían los artefactos culturales para la infancia y el jardín de infancia, especialmente con respecto a los colores. Enfoca en los aspectos conceptuales, históricos y políticos del género y la sexualidad, formulados por los Estudios de Género. También se evidencian los cruces que el género y la sexualidad promueven en los cuerpos y, al mismo tiempo, la resistencia que los cuerpos pueden manifestar a tales fuerzas. Por tanto, relaciona la construcción de género y sexualidad con los universos y artefactos dirigidos a la infancia, utilizando bibliografías referentes al tema y documentos relacionados con la Educación Infantil. Entiende que las construcciones de género y sexualidad se engendran social, histórica y culturalmente en la infancia, incluso antes del nacimiento del individuo; y delimitar las acciones de masculinidad y feminidad según normas específicas, principalmente por los colores azul y rosa.

In this article, we try to discuss the ways in which the constructions of gender and sexuality challenge cultural artifacts for childhood and Kindergarten, especially with regard to colors. To this end, it focuses on the conceptual, historical and political aspects of gender and sexuality, formulated by Gender Studies. The crossings that gender and sexuality promote in bodies are also evidenced, and, at the same time, the resistance that bodies can manifest to such forces. It relates the construction of gender and sexuality to the universes and artifacts addressed to childhood, using bibliographies referring to the theme and documents related to Early Childhood Education. It is understood that the constructions of gender and sexuality are socially, historically and culturally engendered in childhood, even before the birth of the individual; and delimit the actions of masculinity and femininity according to specific norms, mainly by the colors blue and pink.