Indicadores de assistência ao parto em um hospital universitário da região sul do Brasil
Resumo
Nas últimas duas décadas, houve avanços significativos na redução da mortalidade e morbidade materna, mas esses desafios persistem. No Brasil, diversas estratégias foram implementadas nos últimos 30 anos para melhorar a qualidade da assistência e reduzir as taxas de mortalidade materna e neonatal. Este estudo objetivou analisar os indicadores de assistência ao parto em um hospital universitário da região sul do Brasil. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, descritiva e delineamento transversal e retrospectivo, realizado em um Hospital Universitário (HU) da região sul do Brasil, utilizando dados secundários obtidos do sistema hospitalar. A população do estudo foi constituída pelas gestantes internadas no Centro Obstétrico do HU, no período de abril a dezembro de 2023, que tiveram parto normal ou cesáreo. A amostra incluiu 769 gestantes com idade média de 27,71 anos, predominantemente brancas e na faixa etária de 20 a 34 anos. A maioria vivia com parceiro, tinha entre duas e três gestações e alta taxa de consultas de pré-natal, embora com início tardio do acompanhamento. Foram identificados fatores de risco significativos, como infecção urinária, diabetes gestacional e hipertensão, além de condições como HIV e violência, indicando a necessidade de monitoramento contínuo e intervenções adequadas durante a gestação. Os principais tipos de parto foram: cesárea eletiva (46,7%) e parto normal (37,7%), com alta presença de acompanhantes. A prática de deambulação foi adotada por 50,2% das gestantes, e 39,4% utilizaram métodos não farmacológicos para alívio da dor. A amniotomia foi realizada em 7,7% dos casos e o uso de ocitocina em 16,5%, com a dieta prescrita variando entre líquidos claros e dieta livre. Os resultados deste estudo proporcionam uma visão abrangente do perfil sociodemográfico, e dos indicadores de assistência ao parto das gestantes atendidas no Hospital Universitário. Este conhecimento permite aos profissionais de saúde oferecerem cuidados mais personalizados e promover intervenções que minimizem os impactos negativos, melhorando assim a qualidade de vida das gestantes durante esse período de intensas transformações. O estudo destaca a importância de uma assistência personalizada e a necessidade de melhorar práticas e acompanhamento durante o parto e pré-natal. Além de consolidar a relevância dos indicadores de assistência como instrumentos de mensuração de gerenciamento, avaliação e planejamento de ações em saúde que possibilitam mudanças efetivas nos processos e nos resultados, por meio dos estabelecimentos de metas e ações prioritárias que garantam a melhoria contínua e gradativa da assistência ao parto.
In the last two decades, significant progress has been made in reducing maternal mortality and morbidity, but these challenges persist. In Brazil, various strategies have been implemented over the last 30 years to improve the quality of care and reduce maternal and neonatal mortality rates. This study aimed to analyze childbirth care indicators at a university hospital in the southern region of Brazil. This is a quantitative, descriptive study with a cross-sectional and retrospective design, carried out at a University Hospital (HU) in the southern region of Brazil, using secondary data obtained from the hospital system. The study population consisted of pregnant women admitted to the HU's Obstetric Center between April and December 2023 who had a normal or cesarean delivery. The sample included 769 pregnant women with a mean age of 27.71 years, predominantly white and aged between 20 and 34 years. The majority lived with a partner, had between two and three pregnancies and a high rate of prenatal consultations, although with late start of follow-up. Significant risk factors were identified, such as urinary infection, gestational diabetes and hypertension, as well as conditions such as HIV and violence, indicating the need for continuous monitoring and appropriate interventions during pregnancy. The main types of delivery were: elective cesarean section (46.7%) and normal delivery (37.7%), with a high number of accompanying women. The practice of walking was adopted by 50.2% of the pregnant women, and 39.4% used non-pharmacological methods for pain relief. Amniotomy was performed in 7.7% of cases and the use of oxytocin in 16.5%, with the prescribed diet varying between clear liquids and a free diet. The results of this study provide a comprehensive overview of the sociodemographic profile and childbirth care indicators of pregnant women treated at the University Hospital. This knowledge allows health professionals to offer more personalized care and promote interventions that minimize negative impacts, thus improving the quality of life of pregnant women during this period of intense transformation. The study highlights the importance of personalized care and the need to improve practices and follow-up during childbirth and prenatal care. In addition, it consolidates the relevance of care indicators as measurement tools for managing, evaluating and planning health actions that enable effective changes in processes and results, through the establishment of targets and priority actions that guarantee the continuous and gradual improvement of childbirth care.
En las dos últimas décadas se han logrado avances significativos en la reducción de la mortalidad y la morbilidad maternas, pero estos retos persisten. En Brasil se han aplicado diversas estrategias en los últimos 30 años para mejorar la calidad de la atención y reducir las tasas de mortalidad materna y neonatal. Este estudio tuvo como objetivo analizar los indicadores de atención al parto en un hospital universitario del sur de Brasil. Se trata de un estudio cuantitativo, descriptivo, con diseño transversal y retrospectivo, realizado en un Hospital Universitario (HU) de la región sur de Brasil, a partir de datos secundarios obtenidos del sistema hospitalario. La población de estudio estuvo constituida por gestantes internadas en el Centro Obstétrico del HU entre abril y diciembre de 2023 que tuvieron parto normal o cesárea. La muestra incluyó 769 mujeres embarazadas con una edad media de 27,71 años, predominantemente blancas y con edades comprendidas entre los 20 y los 34 años. La mayoría vivía en pareja, tenía entre dos y tres embarazos y una alta tasa de visitas de atención prenatal, aunque con un inicio tardío del seguimiento. Se identificaron importantes factores de riesgo, como infección urinaria, diabetes gestacional e hipertensión, así como afecciones como el VIH y la violencia, lo que indica la necesidad de un seguimiento continuo y de intervenciones adecuadas durante el embarazo. Los principales tipos de parto fueron: cesárea electiva (46,7%) y parto normal (37,7%), con un elevado número de mujeres acompañantes. La práctica de la marcha fue adoptada por el 50,2% de las gestantes, y el 39,4% utilizó métodos no farmacológicos para el alivio del dolor. Se practicó amniotomía en el 7,7% de los casos y se utilizó oxitocina en el 16,5%, y la dieta prescrita varió entre líquidos claros y una dieta de flujo libre. Los resultados de este estudio proporcionan una visión global del perfil sociodemográfico y de los indicadores de atención al parto de las gestantes atendidas en el Hospital Universitario. Este conocimiento permite a los profesionales sanitarios ofrecer una atención más personalizada y promover intervenciones que minimicen los impactos negativos, mejorando así la calidad de vida de las gestantes durante este periodo de intensa transformación. El estudio pone de manifiesto la importancia de la atención personalizada y la necesidad de mejorar las prácticas y el seguimiento durante el parto y la atención prenatal. Asimismo, consolida la relevancia de los indicadores de atención como herramientas de medición para la gestión, evaluación y planificación de acciones de salud que permitan cambios efectivos en procesos y resultados, a través del establecimiento de metas y acciones prioritarias que garanticen la mejora continua y gradual de la atención al parto.
In the last two decades, significant progress has been made in reducing maternal mortality and morbidity, but these challenges persist. In Brazil, various strategies have been implemented over the last 30 years to improve the quality of care and reduce maternal and neonatal mortality rates. This study aimed to analyze childbirth care indicators at a university hospital in the southern region of Brazil. This is a quantitative, descriptive study with a cross-sectional and retrospective design, carried out at a University Hospital (HU) in the southern region of Brazil, using secondary data obtained from the hospital system. The study population consisted of pregnant women admitted to the HU's Obstetric Center between April and December 2023 who had a normal or cesarean delivery. The sample included 769 pregnant women with a mean age of 27.71 years, predominantly white and aged between 20 and 34 years. The majority lived with a partner, had between two and three pregnancies and a high rate of prenatal consultations, although with late start of follow-up. Significant risk factors were identified, such as urinary infection, gestational diabetes and hypertension, as well as conditions such as HIV and violence, indicating the need for continuous monitoring and appropriate interventions during pregnancy. The main types of delivery were: elective cesarean section (46.7%) and normal delivery (37.7%), with a high number of accompanying women. The practice of walking was adopted by 50.2% of the pregnant women, and 39.4% used non-pharmacological methods for pain relief. Amniotomy was performed in 7.7% of cases and the use of oxytocin in 16.5%, with the prescribed diet varying between clear liquids and a free diet. The results of this study provide a comprehensive overview of the sociodemographic profile and childbirth care indicators of pregnant women treated at the University Hospital. This knowledge allows health professionals to offer more personalized care and promote interventions that minimize negative impacts, thus improving the quality of life of pregnant women during this period of intense transformation. The study highlights the importance of personalized care and the need to improve practices and follow-up during childbirth and prenatal care. In addition, it consolidates the relevance of care indicators as measurement tools for managing, evaluating and planning health actions that enable effective changes in processes and results, through the establishment of targets and priority actions that guarantee the continuous and gradual improvement of childbirth care.
En las dos últimas décadas se han logrado avances significativos en la reducción de la mortalidad y la morbilidad maternas, pero estos retos persisten. En Brasil se han aplicado diversas estrategias en los últimos 30 años para mejorar la calidad de la atención y reducir las tasas de mortalidad materna y neonatal. Este estudio tuvo como objetivo analizar los indicadores de atención al parto en un hospital universitario del sur de Brasil. Se trata de un estudio cuantitativo, descriptivo, con diseño transversal y retrospectivo, realizado en un Hospital Universitario (HU) de la región sur de Brasil, a partir de datos secundarios obtenidos del sistema hospitalario. La población de estudio estuvo constituida por gestantes internadas en el Centro Obstétrico del HU entre abril y diciembre de 2023 que tuvieron parto normal o cesárea. La muestra incluyó 769 mujeres embarazadas con una edad media de 27,71 años, predominantemente blancas y con edades comprendidas entre los 20 y los 34 años. La mayoría vivía en pareja, tenía entre dos y tres embarazos y una alta tasa de visitas de atención prenatal, aunque con un inicio tardío del seguimiento. Se identificaron importantes factores de riesgo, como infección urinaria, diabetes gestacional e hipertensión, así como afecciones como el VIH y la violencia, lo que indica la necesidad de un seguimiento continuo y de intervenciones adecuadas durante el embarazo. Los principales tipos de parto fueron: cesárea electiva (46,7%) y parto normal (37,7%), con un elevado número de mujeres acompañantes. La práctica de la marcha fue adoptada por el 50,2% de las gestantes, y el 39,4% utilizó métodos no farmacológicos para el alivio del dolor. Se practicó amniotomía en el 7,7% de los casos y se utilizó oxitocina en el 16,5%, y la dieta prescrita varió entre líquidos claros y una dieta de flujo libre. Los resultados de este estudio proporcionan una visión global del perfil sociodemográfico y de los indicadores de atención al parto de las gestantes atendidas en el Hospital Universitario. Este conocimiento permite a los profesionales sanitarios ofrecer una atención más personalizada y promover intervenciones que minimicen los impactos negativos, mejorando así la calidad de vida de las gestantes durante este periodo de intensa transformación. El estudio pone de manifiesto la importancia de la atención personalizada y la necesidad de mejorar las prácticas y el seguimiento durante el parto y la atención prenatal. Asimismo, consolida la relevancia de los indicadores de atención como herramientas de medición para la gestión, evaluación y planificación de acciones de salud que permitan cambios efectivos en procesos y resultados, a través del establecimiento de metas y acciones prioritarias que garanticen la mejora continua y gradual de la atención al parto.
Descrição
Dissertação (mestrado)
Palavras-chave
Indicadores de Qualidade em Assistência à Saúde, Enfermagem Obstétrica, Parto, Quality Indicators, Health Care Obstetric Nursing, Parturition, Indicadores de Calidad de la Atención de Salud, Enfermería Obstétrica
Citação
TORRES, Italo Roger Ferreira. Indicadores de assistência ao parto em um hospital universitário da região sul do Brasil. 2024. 65f. Dissertação (mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2024.
