Mulheres, corpos e vigorexia: análise da rede discursiva nas produções científicas
| dc.contributor.advisor | Ribeiro, Paula Regina Costa | |
| dc.contributor.author | Stein, Fabiana Loréa Paganini | |
| dc.date.accessioned | 2025-05-09T19:29:31Z | |
| dc.date.available | 2025-05-09T19:29:31Z | |
| dc.date.issued | 2020 | |
| dc.description | Tese (Doutorado) | pt_BR |
| dc.description.abstract | Esta Tese foi produzida no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde, na linha de pesquisa “Educação científica: implicações das práticas científicas na constituição dos sujeitos” e teve, como objetivo geral, investigar como a rede de enunciações de diferentes campos do saber vem produzindo “verdades” sobre as mulheres vigoréxicas. Também foram objetivos: promover um tensionamento entre saúde e aptidão quando se considera a busca por um corpo musculoso (hipertrofia muscular); analisar, nos artigos científicos, como vêm sendo produzidas as mulheres vigoréxicas, procurando entender os processos de objetivação e subjetivação que estão atuando sobre elas e os enunciados presentes nos discursos científicos que tratam dessa temática; e investigar como as mulheres são posicionadas nos artigos científicos sobre vigorexia, que relações de poder e de saber estão relacionadas a esses dizeres. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais V (DSM-V), a vigorexia é considerada um transtorno em que o indivíduo, apesar de ter a musculatura bem desenvolvida, não a enxerga como sendo assim. A pesquisa se realizou com a contribuição dos Estudos Culturais em Educação e foi inspirada em análises pós- estruturalistas, especialmente foucaultianas. A ferramenta metodológica, para a produção de dados, foi a revisão bibliográfica a partir da Base de Dados Science Direct e Scielo.Org (Portal de Periódicos da Capes) de 1993 a 2016, sendo analisados 52 artigos. Partimos da reflexão de que os discursos que relacionam a prática de exercícios físicos à saúde não consideram que essa prática pode acontecer muito mais pelo desejo de aptidão, de modo a não serem percebidos comportamentos obsessivos e compulsivos associados à vigorexia. Além disso, entendemos ser necessário problematizar as verdades apresentadas pelos discursos científicos, os quais vão instituindo sentidos acerca da produção do corpo feminino musculoso e considerando essa prática como um transtorno. A análise das enunciações sobre as mulheres, presentes nos artigos científicos selecionados, possibilitou-nos perceber que sobre elas têm recaído, muito mais do que aos homens, a preocupação com a beleza corporal instituída pela cultura de cada época, pelas mídias e pelas redes sociais. Também, a partir das enunciações apresentadas nos artigos que abordavam a vigorexia em (ou também em) mulheres, encontramos dois enunciados: “mulheres constroem corpos musculosos na busca da beleza fitness presentes nas mídias e/ou na busca de minimizar vioências” e “mulher vigoréxica como doente”. O entendimento da vigorexia como um transtorno ou como estilo de vida vai depender a que saberes os indivíduos estão se submetendo, pois eles não são universais. Assim, acreditamos que é possível promover discussões, nas diferentes instâncias culturais, as quais busquem desconstruir a forma binária de ser homem e mulher, instituindo novas performatividades para as mulheres, com a possibilidade delas realizarem atividades físicas, para a potencialização muscular, sem que suas feminilidades ou saúde sejam questionadas. Queremos fomentar a discussão a respeito da diversidade de corpos em nossa sociedade, sobre as práticas de subjetivação e a forma como os discursos acerca da beleza corporal e da saúde vêm interpelando os indivíduos, para que sejam abordadas as questões sobre vigorexia, igualmente, nas mulheres. | pt_BR |
| dc.description.abstract | This thesis was produced in the Postgraduate Program in Science Education: Chemistry of life and Health, following the research line “Scientific education: implications of scientific practices in the constitution of subjects” its overall goal was to investigate how the network of statements, developed by different knowledge fields, has been producing “truths” about women’s vigorexia. The goals were also: to promote a tension between health and fitness when considering a search for a muscular body (muscle hypertrophy); analyze, in scientific articles, how women’s vigorexia has been produced, seeking to understand objectification and subjectification processes that are acting on them and the statements present in scientific discourses dealing with this theme; and investigate how women are placed in scientific articles about vigorexia, what power and knowledge relationships are related to these sayings. According to Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders V (DSM-V), the vigorexia is considered a disorder in which the individual, despite having a well-developed musculature, does not see it as being so. The research was performed with the contribution of Cultural Studies in Education and was inspired by post-structuralist analyzes, especially Foucault’s ones. The methodological tool, for data production, was the bibliographic review covering Science Direct and Scielo.Org (Capes Journals Portal) database, from 1993 to 2016, with 52 articles analyzed. We start from the reflection that the discourses that relate the physical exercise to health do not consider it can happen much more due to the desire for fitness, so that obsessive and compulsive behaviors associated with vigorexia are not perceived. In addition, we understand that it is necessary to problematize the truths presented by scientific discourses, which are establishing meanings about the production of the muscular female body and considering this practice as a disorder. The analysis of the statements about women, present in the selected scientific articles, allowed us to realize that over women, the concern about the corporal beauty instituted by the culture of each time, by the media and by social networks has fallen on them, much more than on men. Also, from the statements presented in the articles that addressed vigorexia in (or also in) women, we found two statements: "women build muscular bodies in search of fitness beauty present in the media and/or in search of minimizing violence " and "woman’s vigorexia as sickness". The understanding of vigorexia as a disorder or a lifestyle will depend on what knowledge individuals are undergoing, since they are not universal. Thereby, we believe it is possible to promote discussions, in different cultural instances, which seek to deconstruct the binary way of being men and women, instituting new performativities for women, with the possibility of them perform physical activities, for muscle enhancement, without questioning their femininities or health. We want to promote the discussion about the diversity of bodies in our society, about the practices of subjectivation and the manner in which discourses about body beauty and health have been questioning individuals, in order that issues about vigorexia are addressed, equally, in women. | pt_BR |
| dc.identifier.citation | STEIN, Fabiana Loréa Paganini. Mulheres, corpos e vigorexia: análise da rede discursiva nas produções científicas. 2020. 200f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde, Instituto de Educação, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2020. | pt_BR |
| dc.identifier.uri | https://repositorio.furg.br/handle/123456789/12842 | |
| dc.language.iso | por | pt_BR |
| dc.rights | open access | pt_BR |
| dc.subject | Vigorexia | pt_BR |
| dc.subject | Mulheres | pt_BR |
| dc.subject | Corpos | pt_BR |
| dc.subject | Poder | pt_BR |
| dc.subject | Discurso Científico | pt_BR |
| dc.subject | Women | pt_BR |
| dc.subject | Bodies | pt_BR |
| dc.subject | Power | pt_BR |
| dc.subject | Scientific Discourse | pt_BR |
| dc.title | Mulheres, corpos e vigorexia: análise da rede discursiva nas produções científicas | pt_BR |
| dc.type | doctoralThesis | pt_BR |
