As vítimas de violência física atendidas pelo SAMU e as redes de atenção a saúde em um município do sul do Brasil
Resumo
Introdução: O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência está inserido na Rede de Atenção à Saúde e geralmente é o primeiro a realizar o atendimento a vítima de violência física. Este estudo tem como objetivos: analisar as características do atendimento às vítimas de violência física, a partir dos boletins realizados pelas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgências em município no sul do Brasil; e, Conhecer a assistência às vítimas de violência física e o funcionamento da Rede de Atenção à Saúde, a partir do trabalho das enfermeiras, em Unidades Básicas de Saúde e Unidades Saúde da Família. Metodologia: a pesquisa foi realizada em duas etapas. A primeira, analítica, retrospectiva, documental e de abordagem quantitativa analisando os boletins de atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência no período entre 2013 a 2017. Fizeram parte da amostra 1.201 boletins de atendimento. A coleta ocorreu de outubro a dezembro de 2018, por meio de um instrumento estruturado. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Sciences versão 21, mediante estatística descritiva simples, Teste Kruskal Wallis e Teste Qui- Quadrado. A segunda etapa constituiu-se de pesquisa analítica, exploratória e de abordagem qualitativa, na qual foram efetuadas entrevistas semiestruturadas com 14 enfermeiras das Unidades Básicas de Saúde e Unidades Básicas de Saúde da Família, dos bairros com maior índice de atendimento pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência as vítimas de violência física. Resultados: Os resultados foram apresentados em dois artigos: ―Os atendimentos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência às vítimas de violência física.‖ e ―Enfermeiras e a Rede de Atenção à Saúde na assistência as vítimas de violência física‖. No primeiro artigo foi possível identificar maior frequência de violência física entre homens de 18 a 25 anos, vítimas de agressão. Constatou-se diferenças significativas entre os tipos de violência e faixa etária (p=0,000) e entre o tipo de violência e segmento corporal atingido (p=0,000). Constatou-se associação significativa entre as condutas adotadas pelas equipes e os tipos de violência sofridos pelas vítimas (p=0,000). O segundo artigo evidenciou que a maioria das enfermeiras desconheciam os índices de violência que ocorrem nos bairros em que trabalham. O uso de drogas foi elencado como fator predisponentes de violência física. As enfermeiras não reconhecem o funcionamento da Rede de Atenção a Saúde, assim como, os serviços de apoio da comunidade. A educação em saúde foi reconhecida como uma forma de reduzir índices de violência física, porém não há ações nas unidades com essa finalidade. Conclusões: Ao caracterizar os atendimentos realizados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência às vítimas de violência física foi possível concluir que a maioria dos enfermeiros desconhecem os índices dos casos de violência física que ocorrem nos bairros em que trabalham, gerando angústia e medo em relação aos impactos na assistência prestada, o que leva a necessidade de esclarecimento destes profissionais sobre a temática, bem como quanto ao funcionamento da Rede de Atenção à Saúde.
Introduction: The Mobile Emergency Care Service is part of the Health Care Network and is usually the first to provide care to victims of physical violence. This study objective: analyze the characteristics of care for victims of physical violence, based on the bulletins made by the teams of the Mobile Emergency Care Service in a municipality in southern Brazil; and, To know the assistance to the victims of physical violence and the functioning of the Health Care Network, based on the nurses' work in Basic Health Units and Family Health Units. Methodology: The research was conducted in two steps. The first descriptive, retrospective, documentary and quantitative approach analyzing the bulletins of the Mobile Emergency Care Service from 2013 to 2017. The sample included 1,201 bulletins. The collection took place from October to December 2018, through a structured instrument. Data were analyzed using the Statistical Package for Social Sciences software version 21 using simple descriptive statistics, Kruskal Wallis Test and Chi-Square Test. The second stage consisted of a descriptive, exploratory and qualitative approach, in which semi-structured interviews were conducted with 14 nurses from the Basic Health Units and Basic Family Health Units, from the neighborhoods with the highest attendance rate by the Mobile Assistance Service. of Emergency the victims of physical violence. Results: The results were presented in two articles: ―The Mobile Emergency Care Service for victims of physical violence.‖ And ―Nurses and the Health Care Network in assisting victims of physical violence‖. In the first article it was possible to identify a higher frequency of physical violence among men aged 18 to 25, victims of aggression. Significant differences were found between the types of violence and age group (p = 0.000) and between the type of violence and body segment reached (p = 0.000). A significant association was found between the behaviors adopted by the teams and the types of violence suffered by the victims (p = 0.000). The second article showed that most nurses were unaware of the rates of violence that occur in the neighborhoods where they work. Drug use was listed as a predisposing factor of physical violence. Nurses do not recognize the functioning of the Health Care Network, as well as the community support services. Health education has been recognized as a way to reduce rates of physical violence, but there are no actions in the units for this purpose. Conclusions: By characterizing the care provided by the Mobile Emergency Care Service to victims of physical violence, it was possible to conclude that most nurses are unaware of the rates of cases of physical violence that occur in the neighborhoods in which they work, generating anguish and fear regarding their lives. impacts on the care provided, which leads to the need for clarification of these professionals about the theme, as well as regarding the functioning of the Health Care Network.
Introducción: El Servicio Móvil de Atención de Emergencia es parte de la Red de Atención Médica y generalmente es el primero en brindar atención a las víctimas de violencia física. Este estudio tiene como objetivo: analizar las características de la atención a las víctimas de violencia física, en base a los boletines realizados por los equipos del Servicio Móvil de Atención de Emergencia en un municipio del sur de Brasil; y, Conocer la asistencia a las víctimas de violencia física y el funcionamiento de la Red de Atención de Salud, en base al trabajo de las enfermeras en Unidades Básicas de Salud y Unidades de Salud Familiar. Metodología: La investigación se realizó en dos pasos. El primer enfoque descriptivo, retrospectivo, documental y cuantitativo que analiza los boletines del Servicio Móvil de Atención de Emergencia de 2013 a 2017. La muestra consistió en 1,201 boletines. La colección tuvo lugar de octubre a diciembre de 2018, a través de un instrumento estructurado. Los datos se analizaron usando el paquete estadístico para el software de Ciencias Sociales versión 21 usando estadísticas descriptivas simples, Kruskal Wallis Test y Chi-Square Test. La segunda etapa consistió en un enfoque descriptivo, exploratorio y cualitativo, en el que se realizaron entrevistas semiestructuradas con 14 enfermeras de las Unidades Básicas de Salud y Unidades Básicas de Salud Familiar, de los barrios con la mayor tasa de asistencia del Servicio de Asistencia Móvil. de Emergencia a las víctimas de violencia física. Resultados: Los resultados se presentaron en dos artículos: "El servicio móvil de atención de emergencia para víctimas de violencia física" y "Las enfermeras y la red de atención médica para ayudar a las víctimas de violencia física". En el primer artículo fue posible identificar una mayor frecuencia de violencia física entre hombres de 18 a 25 años, víctimas de agresión. Se encontraron diferencias significativas entre los tipos de violencia y el grupo de edad (p = 0,000) y entre el tipo de violencia y el segmento corporal alcanzado (p = 0,000). Se encontró una asociación significativa entre los comportamientos adoptados por los equipos y los tipos de violencia sufridos por las víctimas (p = 0,000). El segundo artículo mostró que la mayoría de las enfermeras desconocen las tasas de violencia que ocurren en los vecindarios donde trabajan. El consumo de drogas fue catalogado como un factor predisponente de violencia física. Las enfermeras no reconocen el funcionamiento de la red de atención médica, así como los servicios de apoyo comunitario. La educación para la salud ha sido reconocida como una forma de reducir las tasas de violencia física, pero no hay acciones en las unidades para este propósito. Conclusiones: Al caracterizar la atención brindada por el Servicio Móvil de Atención de Emergencia a las víctimas de violencia física, fue posible concluir que la mayoría de las enfermeras desconocen las tasas de casos de violencia física que ocurren en los vecindarios en los que trabajan, generando angustia y miedo con respecto a sus vidas. impactos en la atención brindada, lo que lleva a la necesidad de aclaración de estos profesionales sobre el tema, así como sobre el funcionamiento de la Red de Atención Médica.
Introduction: The Mobile Emergency Care Service is part of the Health Care Network and is usually the first to provide care to victims of physical violence. This study objective: analyze the characteristics of care for victims of physical violence, based on the bulletins made by the teams of the Mobile Emergency Care Service in a municipality in southern Brazil; and, To know the assistance to the victims of physical violence and the functioning of the Health Care Network, based on the nurses' work in Basic Health Units and Family Health Units. Methodology: The research was conducted in two steps. The first descriptive, retrospective, documentary and quantitative approach analyzing the bulletins of the Mobile Emergency Care Service from 2013 to 2017. The sample included 1,201 bulletins. The collection took place from October to December 2018, through a structured instrument. Data were analyzed using the Statistical Package for Social Sciences software version 21 using simple descriptive statistics, Kruskal Wallis Test and Chi-Square Test. The second stage consisted of a descriptive, exploratory and qualitative approach, in which semi-structured interviews were conducted with 14 nurses from the Basic Health Units and Basic Family Health Units, from the neighborhoods with the highest attendance rate by the Mobile Assistance Service. of Emergency the victims of physical violence. Results: The results were presented in two articles: ―The Mobile Emergency Care Service for victims of physical violence.‖ And ―Nurses and the Health Care Network in assisting victims of physical violence‖. In the first article it was possible to identify a higher frequency of physical violence among men aged 18 to 25, victims of aggression. Significant differences were found between the types of violence and age group (p = 0.000) and between the type of violence and body segment reached (p = 0.000). A significant association was found between the behaviors adopted by the teams and the types of violence suffered by the victims (p = 0.000). The second article showed that most nurses were unaware of the rates of violence that occur in the neighborhoods where they work. Drug use was listed as a predisposing factor of physical violence. Nurses do not recognize the functioning of the Health Care Network, as well as the community support services. Health education has been recognized as a way to reduce rates of physical violence, but there are no actions in the units for this purpose. Conclusions: By characterizing the care provided by the Mobile Emergency Care Service to victims of physical violence, it was possible to conclude that most nurses are unaware of the rates of cases of physical violence that occur in the neighborhoods in which they work, generating anguish and fear regarding their lives. impacts on the care provided, which leads to the need for clarification of these professionals about the theme, as well as regarding the functioning of the Health Care Network.
Introducción: El Servicio Móvil de Atención de Emergencia es parte de la Red de Atención Médica y generalmente es el primero en brindar atención a las víctimas de violencia física. Este estudio tiene como objetivo: analizar las características de la atención a las víctimas de violencia física, en base a los boletines realizados por los equipos del Servicio Móvil de Atención de Emergencia en un municipio del sur de Brasil; y, Conocer la asistencia a las víctimas de violencia física y el funcionamiento de la Red de Atención de Salud, en base al trabajo de las enfermeras en Unidades Básicas de Salud y Unidades de Salud Familiar. Metodología: La investigación se realizó en dos pasos. El primer enfoque descriptivo, retrospectivo, documental y cuantitativo que analiza los boletines del Servicio Móvil de Atención de Emergencia de 2013 a 2017. La muestra consistió en 1,201 boletines. La colección tuvo lugar de octubre a diciembre de 2018, a través de un instrumento estructurado. Los datos se analizaron usando el paquete estadístico para el software de Ciencias Sociales versión 21 usando estadísticas descriptivas simples, Kruskal Wallis Test y Chi-Square Test. La segunda etapa consistió en un enfoque descriptivo, exploratorio y cualitativo, en el que se realizaron entrevistas semiestructuradas con 14 enfermeras de las Unidades Básicas de Salud y Unidades Básicas de Salud Familiar, de los barrios con la mayor tasa de asistencia del Servicio de Asistencia Móvil. de Emergencia a las víctimas de violencia física. Resultados: Los resultados se presentaron en dos artículos: "El servicio móvil de atención de emergencia para víctimas de violencia física" y "Las enfermeras y la red de atención médica para ayudar a las víctimas de violencia física". En el primer artículo fue posible identificar una mayor frecuencia de violencia física entre hombres de 18 a 25 años, víctimas de agresión. Se encontraron diferencias significativas entre los tipos de violencia y el grupo de edad (p = 0,000) y entre el tipo de violencia y el segmento corporal alcanzado (p = 0,000). Se encontró una asociación significativa entre los comportamientos adoptados por los equipos y los tipos de violencia sufridos por las víctimas (p = 0,000). El segundo artículo mostró que la mayoría de las enfermeras desconocen las tasas de violencia que ocurren en los vecindarios donde trabajan. El consumo de drogas fue catalogado como un factor predisponente de violencia física. Las enfermeras no reconocen el funcionamiento de la red de atención médica, así como los servicios de apoyo comunitario. La educación para la salud ha sido reconocida como una forma de reducir las tasas de violencia física, pero no hay acciones en las unidades para este propósito. Conclusiones: Al caracterizar la atención brindada por el Servicio Móvil de Atención de Emergencia a las víctimas de violencia física, fue posible concluir que la mayoría de las enfermeras desconocen las tasas de casos de violencia física que ocurren en los vecindarios en los que trabajan, generando angustia y miedo con respecto a sus vidas. impactos en la atención brindada, lo que lleva a la necesidad de aclaración de estos profesionales sobre el tema, así como sobre el funcionamiento de la Red de Atención Médica.
Descrição
Dissertação (Mestrado)
Palavras-chave
Serviços Médicos de Emergência, Violência, Agressão, Exposição à violência, Enfermagem, Emergency Medical Services, Violence, Aggression, Exposure to violence, Nursing, Servicios Médicos de Urgencia, Violencia, Agresión, Exposición a la violência, Enfermería
Citação
SANTOS, Fernanda Pires Freire dos. As vítimas de violência física atendidas pelo SAMU e as redes de atenção a saúde em um município do sul do Brasil. 2019. 62f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2019.
