Perfil da sífilis gestacional e congênita no município do Rio Grande

Abstract

A Sífilis Congênita permanece um grande desafio à Saúde Pública em muitos países, incluindo no Brasil. O objetivo da pesquisa foi conhecer o perfil da Sífilis Gestacional e Congênita no município do Rio Grande. Realizou-se no período de junho a setembro do ano de 2019 um estudo de abordagem quantitativa do tipo descritivo e transversal. A amostra foi composta por 67 casos de sífilis em gestantes diagnosticados, através do teste rápido para sífilis nas Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Estratégia de Saúde da Família do ano de 2018 e por 89 casos de sífilis congênita diagnosticados por meio de teste não treponêmico reagente nos Hospitais do município de Rio Grande, Rio Grande do Sul, do ano de 2018. A coleta de dados deu-se nos prontuários das gestantes e dos recém-nascidos por meio de dois instrumentos. Foi utilizado o software estatístico Statistical Package for Social Science versão 24.0 para organização dos dados. Esses receberam tratamento estatístico descritivo, sendo apresentados em tabelas. Foram respeitados os aspectos éticos para pesquisa com seres humanos seguindo os preceitos da resolução 466/2012, CAAE: 12658919.2.0000.5324. Em relação à Sífilis Gestacional, 60% das gestantes estavam na faixa etária entre 20 a 34 anos, 33% eram brancas, 36% conviviam com o companheiro, 40% não chegaram ao ensino médio, 66% residiam na zona urbana, 46% estavam na terceira gestação ou mais, 55% iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre, 48% foram diagnosticadas no primeiro trimestre de gestação, a Penicilina G. Benzatina 7.200 000UI foi prescrita para 97% das gestantes, sendo o tratamento concluído 30 dias antes do parto em 66% dos casos. Apenas 15% dos parceiros concluíram o tratamento. Nos hospitais, foram analisados 89 prontuários de recém-nascidos e de suas genitoras. A incidência de sífilis congênita foi de 31,4 casos para cada 1000 nascidos vivos, 52% dos recém-nascidos foram do sexo masculino, a média de idade gestacional ao nascimento foi de 39 semanas, 8% nasceram pré-termo, 14% nasceram com baixo peso, não houve óbitos. Todos nasceram assintomáticos, 98% realizaram tratamento para sífilis congênita no hospital e 76% dos tratamentos foram com a Penicilina G. Cristalina. Porém, 91% das suas genitoras tiveram assistência pré- natal, realizando uma média de sete consultas e 42% das genitoras foram consideradas adequadamente tratadas antes do parto. Ao comparar os dados da atenção básica com os dos Hospitais, pelo menos 14 gestantes da atenção básica tiveram seus recém-nascidos tratados para sífilis congênita. Verificou-se a necessidade de melhoria na qualidade da assistência pré-natal, no sentido da busca ativa da gestante e do parceiro para realização do diagnóstico e início precoce do tratamento. É necessária a disponibilização de tecnologias necessárias para diagnóstico, tratamento e controle/seguimento, melhoria na qualidade dos registros e atividades educativas dentro da comunidade relacionadas à sífilis. Espera-se que este trabalho contribua para o planejamento de ações mais eficazes no combate à sífilis congênita.

Congenital Syphilis remains a major public health challenge in many countries, including Brazil. The objective of this research was to know the profile of Gestational and Congenital Syphilis in Rio Grande. From June to September of 2019, a descriptive and cross-sectional quantitative study was carried out. The sample consisted of 67 cases of syphilis in pregnant women diagnosed through the rapid syphilis test in the Basic Health Units and Family Health Strategy Units of 2018 and 89 cases of congenital syphilis diagnosed by non-treponemal test. reagent in the hospitals of the city of Rio Grande, Rio Grande do Sul, from 2018. Data were collected from the records of pregnant women and newborns using two instruments. Statistical Package for Social Science version 24.0 was used for data organization. These received descriptive statistical treatment, being presented in tables. The ethical aspects for research with human beings were respected following the precepts of resolution 466/2012, CAAE: 12658919.2.0000.5324. Regarding Gestational Syphilis, 60% of pregnant women were between 20 and 34 years old, 33% were white, 36% lived with their partner, 40% did not reach high school, 66% lived in the urban area, 46% were In the third pregnancy or more, 55% started prenatal care in the first trimester, 48% were diagnosed in the first trimester, Penicillin G. Benzatin 7,200,000UI was prescribed to 97% of pregnant women, and treatment was completed 30 days before childbirth in 66% of cases. Only 15% of partners completed the treatment. In hospitals, 89 medical records of newborns and their mothers were analyzed. The incidence of congenital syphilis was 31.4 cases per 1000 live births, 52% of newborns were male, mean gestational age at birth was 39 weeks, 8% were born preterm, 14% were born underweight, there were no deaths. All were born asymptomatic, 98% underwent treatment for congenital syphilis in the hospital and 76% of the treatments were with Penicillin G. Cristalina. However, 91% of their mothers had prenatal care, performing an average of seven consultations, and 42% of their mothers were considered to be adequately treated before delivery. When comparing primary care data with those from hospitals, at least 14 primary care pregnant women had their newborns treated for congenital syphilis. There was a need to improve the quality of prenatal care, in the sense of active search of pregnant women and partners for diagnosis and early treatment initiation. The availability of technologies necessary for diagnosis, treatment and control / follow-up, improved quality of records and syphilis-related educational activities within the community is required. This work is expected to contribute to the planning of more effective actions to combat congenital syphilis.

La sífilis congénita sigue siendo un importante desafío para la salud pública en muchos países, incluido Brasil. El objetivo de la investigación fue conocer el perfil de la sífilis gestacional y congénita en la ciudad de Río Grande. De junio a septiembre de 2019, se realizó un estudio cuantitativo descriptivo y transversal. La muestra consistió en 67 casos de sífilis en mujeres embarazadas diagnosticadas a través de la prueba rápida de sífilis en las Unidades Básicas de Salud y las Unidades de Estrategia de Salud Familiar de 2018 y 89 casos de sífilis congénita diagnosticada por prueba no treponémica. reactivo en los hospitales de la ciudad de Río Grande, Rio Grande do Sul, desde 2018. La recolección de datos se realizó en los registros médicos de mujeres embarazadas y recién nacidos utilizando dos instrumentos. Se utilizó el paquete estadístico para ciencias sociales versión 24.0 para la organización de datos. Estos recibieron tratamiento estadístico descriptivo, que se presenta en tablas. Los aspectos éticos para la investigación con seres humanos se respetaron siguiendo los preceptos de la resolución 466/2012, CAAE: 12658919.2.0000.5324. Con respecto a la sífilis gestacional, el 60% de las mujeres embarazadas tenían entre 20 y 34 años, el 33% eran blancas, el 36% vivía con su pareja, el 40% no llegó a la escuela secundaria, el 66% vivía en el área urbana, el 46% eran En el tercer embarazo o más, el 55% comenzó la atención prenatal en el primer trimestre, el 48% fueron diagnosticados en el primer trimestre, se prescribió penicilina G. Benzatin 7,200,000UI al 97% de las mujeres embarazadas, y el tratamiento se completó 30 días antes parto en el 66% de los casos. Solo el 15% de los socios completaron el tratamiento. En los hospitales, se analizaron 89 registros médicos de recién nacidos y sus madres. La incidencia de sífilis congénita fue de 31.4 casos por 1000 nacidos vivos, el 52% de los recién nacidos eran varones, la edad gestacional media al nacer fue de 39 semanas, el 8% nacieron prematuros, el 14% nacieron bajo peso, no hubo muertes. Todos nacieron asintomáticos, el 98% se sometió a tratamiento para la sífilis congénita en el hospital y el 76% de los tratamientos fueron con Penicilina G. Cristalina. Sin embargo, el 91% de sus madres recibieron atención prenatal, realizando un promedio de siete consultas, y el 42% de sus madres fueron consideradas adecuadamente tratadas antes del parto. Al comparar los datos de atención primaria con los de los hospitales, al menos 14 mujeres embarazadas de atención primaria hicieron que sus recién nacidos recibieran tratamiento para la sífilis congénita. Era necesario mejorar la calidad de la atención prenatal, en el sentido de la búsqueda activa de mujeres embarazadas y parejas para el diagnóstico y el inicio temprano del tratamiento. Se requiere la disponibilidad de tecnologías necesarias para el diagnóstico, tratamiento y control / seguimiento, una mejor calidad de los registros y actividades educativas relacionadas con la sífilis dentro de la comunidad. Se espera que este trabajo contribuya a la planificación de acciones más efectivas para combatir la sífilis congénita.