Abstract:
O presente trabalho é uma reflexão sobre os saberes e práticas docentes em uma rede de conversação virtual na qual, o coletivo-singular se engendra para sustentar a formação dos professores. Defende-se hipótese de que as transformações nos saberes e práticas dos professores decorrem de uma experiência em redes de conversação que incluem modos de conviver, de interagir, de coordenar ações e de tomar essas coordenações em objetos de reflexão. Para sustentar as ações e a experiência vivida, é realizada uma conversa teórica com os autores Maturana,
Varela e Tardif, com ênfase nos conceitos transformação na convivência, enação e cultura docente em ação. Para tanto,
discute-se diferentes perspectivas em relação a formação de professores, apontando a que enfoca a formação singular do sujeito professor e a que o coletivo aparece em uma
dimensão que possibilita ao professor aprender constantemente com a experiência, construindo saberes e práticas durante os percursos profissionais individuais ou coletivos; e uma terceira perspectiva de conversação acoplada às tecnologias e seus devires possíveis no engendramento coletivo-singular na qual os professores podem conversar ao longo de um caminho cíclico utilizando a rede como um laço de realimentação.
The present paper is a reflection on the knowledge and teaching practices in a virtual conversation network in which the collective-singular engenders itself to support the training of teachers. It defends the hypothesis that changes in knowledge and practices of teachers are due to an experience in conversation networks that include ways to live, to interact and coordinate actions and make such coordination reflection objects. To support the actions
and the lived experiences, is provided a theoretical conversation with the authors Maturana, Varela and Tardif, with
emphasis on concepts of coexistence transformation, enaction and teaching culture in action. To this end, is discussed different perspectives on teacher education, noting the one that focuses on the singular formation of the teacher subject and that in which the collective appears in a dimension
that allows the teacher to constantly learn from experience, building knowledge and practices during the individual or collective professional paths; and a third conversation perspective coupled to technologies and their potential becomings in collective-singular engendering in which teachers can talk over a cyclic path using the network as a feedback
loop.