Abstract:
Este trabalho situa-se no campo da educacional, com a metodologia respalda em Pierre Bourdieu sobre a imigração de ideias, o que denominamos de circulação de ideias de outros campos no campo educacional. Assim, objetiva-se mostrar as combinações conceituais da reivindicação da racionalidade ambiental na literatura que circula pelos espaços de formação de educadores ambientais, bem como identificar os argumentos formativos associados à racionalidade ambiental, mapeando os significados educativos intermediados pelo discurso ambiental no campo educacional. Consideramos que os saberes ambientais na educação constituem apenas mais um dos saberes que circulam por este campo. Com isso, visualizamos
dois tipos problemas. Primeiro, as IES’ parecem ainda estarem distantes de um modelo de instituição no qual professores e alunos estejam mais próximos daquilo que poderíamos
denominar de um habitus ecológico, caracterizando-se como o lugar de exercício e prática da própria visão de conhecimento que exige a mudança de uma concepção mecânica e
compartimentada para algo mais próximo e orientado por uma cultura da complexidade. Em
segundo lugar, percebe-se que a formação do educador ambiental recebe influências do modelo predominante da relação das ciências com a educação que privilegia a constituição de uma figura de educador perfilado no discurso da reivindicação ambientalista no campo educacional.
This work takes place in the educational field, through a method based on Pierre Bourdieu immigration ideas, which we call the flow of ideas of other fields in the educational field. Thus, the objective is to show the conceptual combinations of the claim of rationality in the environmental literature that goes around spaces of the formation of environmental educators, as well as identify the formative arguments regarded to the environmental rationality, mapping the educational meanings which are mediated by the environmental discourse in the educational field. We believe that the knowledge in environmental education is just an additional knowledge that exists in this field. Thus, we face two kinds of problem. First, the IES ' still seem far from being an institution model in which teachers and students are closer to what we may call an ecological habitus, characterized as a place of exercise and practice of their own knowledge vision, which requires a change from a mechanical and compartmentalized conception to something closer, guided by a culture of complexity. Secondly, it is clear that the formation of the environmental educator is influenced by the predominant model of the relationship between science and education which prioritizes the constitution of an educator person profiled by the discourse of environmentalist claim in the educational field.