Abstract:
Ao longo da história da humanidade a imagem feminina passou por inúmeros
significados e representações. Em nossa pesquisa objetivamos analisar as
múltiplas representações do universo feminino e os discursos produzidos para
delimitar seu espaço e atuação na sociedade. Segundo a mentalidade baseada
na tradição judaico-cristã, na estrutura familiar as mulheres deveriam ficar
subordinados ao marido, considerado um ser superior, o chefe da família,
porque provia o sustento da casa e, portanto, deveria ser obedecido e admirado.
Esse pensamento vem ao encontro dos arquétipos que delimitavam o homem
no espaço público e a mulher no privado. Essa posição era unanimidade entre
teóricos e filósofos que justificavam a posição social feminina, a citar como
exemplo o iluminista Rousseau, o positivista Comte, e outros. Mas esses
modelos e valores começaram a ser questionados, devido à entrada da mulher
no espaço de trabalho durante a I Guerra Mundial, às conquistas do movimento
feminista e ao advento do cinema norte-americano. A transição da mulher do
espaço privado doméstico para o público do trabalho, resultou na construção
de uma nova mentalidade que elegia como modelo a mulher determinada,
independente, liberada, sensual, dona de seu corpo, contrapondo-se ao modelo
de guardiã da moral familiar.
In the course of humanity’s history , the feminine image went by countless
meanings and representations. In our research we aimed at to analyze the
multiple representations of the feminine universe and to make speeches
produced them to delimit her space and performance in the society. According
to the mentality based on the Jewish-Christian tradition, in the family structure
women should be subject to the husband, considered a superior being, the head of the family, because he takes the provide for his family and his house,
and therefore should be obeyed and admired. This thought defines that the
public space has to be occupated to the man, and private space belongs to
women. That position was unanimity between theoretical and philosophers
that justified the social position female, to quote the example of the illuminist
Rousseau, positivist Comte, among others. But those models and values began
to be questioned, due to the woman’s entrance in the work space during to
I Guerra, the conquests of the feminist movement and to the coming of the
North American movies. The woman’s of the domestic space transition for the
public of the work, resulted in the construction of a new mentality that chose
as model the woman certain, independent, liberated, sensual, lady of her body,
in opposit to the model of the guardians of family moral.