Construções e representações do universo feminino (1920-1945)

Ismério, Clarisse

Abstract:

 
Ao longo da história da humanidade a imagem feminina passou por inúmeros significados e representações. Em nossa pesquisa objetivamos analisar as múltiplas representações do universo feminino e os discursos produzidos para delimitar seu espaço e atuação na sociedade. Segundo a mentalidade baseada na tradição judaico-cristã, na estrutura familiar as mulheres deveriam ficar subordinados ao marido, considerado um ser superior, o chefe da família, porque provia o sustento da casa e, portanto, deveria ser obedecido e admirado. Esse pensamento vem ao encontro dos arquétipos que delimitavam o homem no espaço público e a mulher no privado. Essa posição era unanimidade entre teóricos e filósofos que justificavam a posição social feminina, a citar como exemplo o iluminista Rousseau, o positivista Comte, e outros. Mas esses modelos e valores começaram a ser questionados, devido à entrada da mulher no espaço de trabalho durante a I Guerra Mundial, às conquistas do movimento feminista e ao advento do cinema norte-americano. A transição da mulher do espaço privado doméstico para o público do trabalho, resultou na construção de uma nova mentalidade que elegia como modelo a mulher determinada, independente, liberada, sensual, dona de seu corpo, contrapondo-se ao modelo de guardiã da moral familiar.
 
In the course of humanity’s history , the feminine image went by countless meanings and representations. In our research we aimed at to analyze the multiple representations of the feminine universe and to make speeches produced them to delimit her space and performance in the society. According to the mentality based on the Jewish-Christian tradition, in the family structure women should be subject to the husband, considered a superior being, the head of the family, because he takes the provide for his family and his house, and therefore should be obeyed and admired. This thought defines that the public space has to be occupated to the man, and private space belongs to women. That position was unanimity between theoretical and philosophers that justified the social position female, to quote the example of the illuminist Rousseau, positivist Comte, among others. But those models and values began to be questioned, due to the woman’s entrance in the work space during to I Guerra, the conquests of the feminist movement and to the coming of the North American movies. The woman’s of the domestic space transition for the public of the work, resulted in the construction of a new mentality that chose as model the woman certain, independent, liberated, sensual, lady of her body, in opposit to the model of the guardians of family moral.
 

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