Abstract:
Em seu renomado livro O cânone Ocidental, Harold Bloom
apresenta os vinte e seis escritores obrigatórios para conhecer a
literatura ocidental. Dentre eles, figuram apenas três nomes femininos.
O livro de Bloom é tomado como exemplo neste trabalho para se
pensar o silenciamento e invisibilidade das mulheres na historiografia
literária ocidental e as teorias da crítica literária. Partindo dos estudos
desenvolvidos pela História das Mulheres e da Leitura e pelos Estudos
Culturais, que, além de contestar o binarismo feminino/masculino,
contribuem para dar visibilidade às mulheres e aos seus escritos, o
presente discute a importância de uma crítica literária revisionista do
cânone, pautada nas diferenças culturais.
In his renowned book O cânone Ocidental, Harold Bloom
presents twenty-six writers required to know the Western literature.
Among them there are only three female names. Bloom’s book is
taken, in this work, as an example to think about women silencing
and invisibilit in Western literary history and about theories of literary
criticism. Based on the studies conducted by the History of Women
and History of Reading and the Cultural Studies, which not only
contests the male / female binarism, but also contribute to give visibility
to women and their writings, this work discusses the importance of
revisionist literary criticism canon , based on cultural differences.