Navegando por Autor "Monserrat, José Marìa"
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- ItemEfeitos fisiológicos e bioquímicos da contaminação por nanopartículas de prata isoladas e coexpostas ao arsênio e a sensibilidade dos ensaios toxicológicos(2019) Josende, Marcelo Estrella; Lima, Juliane Ventura-; Monserrat, José MarìaEnsaios toxicológicos bioquímicos estão entre os métodos de avaliação de toxicidade mais utilizados e de fato existe uma gama muito ampla de biomarcadores que podem ser utilizados na avaliação dos efeitos tóxicos causados pelos mais diversos tipos de contaminantes ambientais. Porém para que estas análises reflitam com fidelidade o impacto causado por estes contaminantes é necessário que todas as etapas de investigação estejam bem fundamentadas e padronizadas. Neste sentido, para pesquisadores que trabalham com espécies como o nematoide de vida livre Caenorhabditis elegans é essencial que etapas básicas como a estimativa do número de animais a ser utilizada nos experimentos esteja bem padronizada, porém o método de estimativa padrão (método da gota) apresenta um alto coeficiente de variação entre as replicatas. Com o objetivo de aprimorar este procedimento e promover maior sensibilidade aos testes de toxicidade o primeiro capítulo da presente tese apresenta uma alternativa viável para resolver este problema. O método estimativo circular - CEM (do inglês circular estimate method) apresenta coeficiente de variação entre réplicas muito abaixo do método padrão, além de suas estimativas serem muito mais acuradas e precisas. O segundo capítulo aborda a sensibilidade dos ensaios toxicológicos com organismos ao passo que os testes de toxicidade padrões adotados pelas agências de regulamentação normalmente abrangem apenas uma geração. Desta forma a adoção de ensaios multigeracionais a fim de melhor avaliar o efeito de contaminantes é sugerido. Neste trabalho, nematoides foram expostos a arsênio, nanopartículas de prata e a interação entre estes dois contaminantes em concentrações ambientalmente relevantes durante 5 gerações. Além disso, o citrato usado como estabilizante e o nitrato de prata usado na síntese de nanopartículas também foram avaliados. Parâmetros bioquímicos como biomarcadores de estresse oxidativo, peroxidação lipídica e enzimas antioxidantes foram avaliados. Somado a isto, parâmetros fisiológicos como fertilidade, reprodução e crescimento também foram avaliados. Os resultados indicam que a coexposição com as nanopartículas de prata influenciam negativamente no perfil de toxicidade do arsênio e sugerem que ensaios realizados em apenas uma geração podem não refletir adequadamente os desafios enfrentados pelos organismos quando expostos a contaminantes durante longos períodos.
