IE - Mestrado em Educação Ambiental (Dissertações)
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- ItemÀ busca da cultura da relação educação e pesquisa: alguns projetos de ensino na Escola Silva Gama como horizonte de tematização(2006) Veiga Júnior, Álvaro; Molon, Susana InêsPretendo apresentar este estudo como um produto de pesquisa e educação que transparecesse alguns significantes percursos de vida dos sujeitos, de seus ofícios e saberes, que aqui estão referidos. Duas professoras e um espaçotempo de projetos, numa escola pública, no Cassino, RS. Deu-se um processo de pesquisa que aproximou algumas trajetórias com produção de experiências inovadoras próximas, com identificação e valorização regional. A inovação parte de uma educação criativa frente à hegemonia do currículo Fordista-Taylorista, construto de uma lógica fabril disciplinar, estanque, que marginaliza as Ciências Humanas. Denominei as experiências selecionadas de práticas diferenciadas, de projetos escolares. Este estudo pretende versar sobre as escolhidas experiências, fornecendo, como objetivação da pesquisa, uma narrativa reflexiva, aprofundada e sistematizada, junto à construção de um quadro teórico coerente, aproximando-a do campo selecionado, movida pela problematização e tematização de pesquisa. As pesquisas participantes foram influenciadoras, por entender ser uma contracorrente do que se denomina de academicismo, cientificismo, de isolamento e superioridade que a Ciência consagrou. Este trabalho fundamenta-se num panorama de crise civilizatória, de impasses contemporâneos. Entende que o modelo Cartesiano-Baconiano-Kantiano é identificável como construtor de realidades da modernidade. Ainda busca construir seu quadro teórico em Educação Ambiental (EA), e, neste Programa de Pós-graduação, na linha de pesquisa Educação Ambiental: Currículo e Formação de Professores. A insatisfação com a escola fechada e burocrática aproximou tais experiências com os movimentos políticos e sociais, com a distensão do jugo setorizante que amiúde estabelece a tritomia educação formal, não formal e informal. Assim, a educação consagraria o seu modelo mental redutor e pragmático, que desconhece o desafio da sustentabilidade. São autoras/es aqui destacados; Arroyo(2000), Demo(1995, 1997, 2000, 2002), Grün(1995, 2002, 2003), Freire(1997, 2003), Lopes Velasco(2000), Reigota(1994, 1999, 2001), Souza Santos(1989,2003), Vorraber Costa(2002), entre outras/os. Esta escrita pode levar ao que é possível chamar de práticas pedagógicas diferenciadas, projetos de ensino, culturas colaborativas comunitárias e comunidades de aprendizagem. Os sujeitos, grupos de estudantes e educadoras que pretenderam ir além da cultura disciplinar, do currículo empedernido dos conteúdos, da não submissão ao paradigma da competição, do vestibular, do mercado, da imposição monolítica de uma sociedade da produção-consumo.Quanto à contribuição intencional mais específica deste estudo, aponto para o paradigma da interdependência nas esferas formativas de professores, inicial e continuada, contextualizadas no meio ambiente, como energia política e cultural para interferir nas configurações das instituições públicas.
- ItemAdolescentes: Corpos inscritos pelo gênero e pela cultura do consumo.(2006) Quadrado, Raquel Pereira; Tagliani, Paulo Roberto ArmaniniEsta dissertação foi produzida no Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental, na Linha de Pesquisa Educação Ambiental: Ensino e Formação de Educadores(as), com o objetivo de investigar como a cultura consumista vem sendo inscrita nos corpos dos/as adolescentes, constituindo modos de ser e identidades. Para tanto, analisei narrativas de adolescentes, alunos/as do Ensino Médio, de uma Escola Estadual do Município de Rio Grande/RS. Essas narrativas foram produzidas a partir da metodologia de Grupo Focal, constituído a partir do curso Papo de Adolescente. Nesse estudo, estabeleci conexões com os Estudos Culturais, nas suas vertentes pós-estruturalistas, dialogando com autores como Bauman, Baudrillard, Canclini, Fischer, Foucault, Hall, Louro, Neckel, Goellner, Sant’Anna, Santos, Silva, Souza, Veiga-Neto, entre outros. Entendo que a sociedade capitalista reforça uma cultura de consumo que vem produzindo “necessidades” individuais e coletivas cada vez maiores, (re)produzindo e valorizando discursos como o da saúde, do sexo, da beleza, da juventude, entre outros. Esses discursos vêm interpelando de modo especial, os/as adolescentes, inscrevendo-se em seus corpos e constituindo as suas identidades. Ao proceder os movimentos de análise, optei por percorrer, inicialmente, todos os encontros do referido curso a fim de analisar a multiplicidade de discursos e estratégias presentes nas narrativas, que vêm produzindo os corpos desses/as adolescentes, ensinando-lhes modos de ser e estar no mundo. Em seguida, analisei as narrativas referentes a dois eixos temáticos que emergiram: gênero e consumo. O curso Papo de Adolescente possibilitou o estabelecimento de uma comunidade de interlocutores – adolescentes e pesquisadora – que através das suas narrativas tiveram a oportunidade de problematizar, discutir, construir e reconstruir alguns significados a respeito dos corpos e da sociedade de consumo. As narrativas produzidas evidenciaram algumas inscrições da cultura de consumo nos corpos dos/as adolescentes participantes da pesquisa, tais como as inscrições de gênero, de beleza, de “normalidade”, de “padrões” de consumo e de sexualidade. Também foi possível perceber efeitos dos discursos que circulam nas diversas instâncias e pedagogias culturais, como a família, a escola e, sobretudo, a mídia, e que vêm engendrando formas “legítimas” de pensar e viver a adolescência, instituindo “padrões” de consumo “característicos” deste grupo social. As análises feitas dão indícios da centralidade que o consumo vem ocupando nas relações sociais e na produção de significados nas diversas instâncias da vida contemporânea. Lugar de distinção simbólica, de afirmação de pertencimento a grupos sociais e de construção de identidades, o consumo vem fabricando adolescentes generificados e inscrevendo em seus corpos as marcas da sua cultura.
- ItemAfroescrevivências: um diálogo com as intelectuais kilombolas à luz de Conceição Evaristo e a Educação Ambiental(2024) Pereira, Maria Escarlate; Anello, Lúcia de Fátima Socoowski deA pesquisa tem por objetivo revelar as experivivências de mulheres negras kilombolas do kilombo Coxilha Negra, que, geograficamente, está localizado na zona rural do município de São Lourenço do Sul, região Sul do Rio Grande do Sul, trazendo as vozes que ecoam da comunidade, por meio de mulheres negras Kilombolas. A metodologia da pesquisa é inspirada no conceito de “Escrevivência” de Conceição Evaristo, evidenciando a oralidade e a ancestralidade como categorias fundamentais para a produção e a reprodução social. A pesquisa se desenvolve pelo diálogo das narrativas das mulheres kilombolas e as pensadoras negras, notadamente Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento e Grada Kilomba, ao pautar as questões raciais e a educação popular e ambiental que atravessam nossas vidas. Para além do trabalho téorico e acadêmico, foi importante a contribuição de duas mulheres negras e Kilombolas, que são chamadas de intelectuais da comunidade, justamente por serem grandes dentro do Kilombo. Assim, esta pesquisa se mantém fiel à Conceição Evaristo, que orienta sobre a necessidade de falar e escrever sobre nossas vivências e histórias, que, por muitas vezes, são anuladas e silenciadas por um sistema extremamente racista. Os principais resultados obtidos foram a emergência das temáticas: potência de oralidade; vivências coletivas; valorização do saberes ancestrais; atravessamentos sofridos pelos corpos negros femininos; práticas socioambientais e racismo nas suas perversas formas. A oralidade é herança viva do nosso povo, sendo por meio dela e de uma escuta sensível e acolhedora que as narrativas são compartilhadas. Nas palavras do Mestre Antônio Bispo dos Santos, “mesmo que queimem a escrita, não queimarão nossa oralidade; mesmo que queimem os símbolos, não queimarão os significados; mesmo queimando o nosso povo, não queimarão a ANCESTRALIDADE”.
- ItemO ambiente judiciário e as interações com as famílias pobres: risco ou proteção às relações familiares?(2024-01-24) Silveira, Simone de Biazzi Avila Batista da; Yunes, Maria Ângela MattarPara construir uma sociedade eco-equilibrada, é importante que cientistas sociais, pesquisadores e políticos pensem com seriedade no aprimoramento das estruturas sociais. As relações familiares têm expressivo papel na existência humana e constituem-se em contexto para o desenvolvimento e aprendizagem de importantes competências. A abordagem bioecológica de desenvolvimento humano destaca a importância das outras interações e processos proximais que se estabelecem para além do microssistema familiar. O presente estudo buscou investigar os processos, interações e mecanismos relacionais que operam no atendimento oferecido pelo ambiente judiciário às famílias pobres em situação de conflito judicial. A presente pesquisa teve por objetivo analisar as formas de interação dos profissionais com as famílias na recepção das mesmas; investigar as percepções e crenças profissionais e familiares que podem influenciar o andamento do processo judicial; pesquisar os fatores que podem minimizar ou acirrar os conflitos familiares e, portanto, tornarem-se risco ou proteção ao desenvolvimento humano. O método utilizado foi a inserção ecológica, que pressupõe a presença constante do pesquisador e seu olhar investigativo por determinado período de tempo no ambiente pesquisado. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: o diário de campo, utilizado nas situações de observações da dinâmica dos processos tanto nos corredores de espera, como nas salas de audiência e balcões das varas de família e a entrevista semi estruturada com quatro profissionais do direito e integrantes de uma família nuclear cujo conflito foi levado a justiça. A análise dos dados seguiu o procedimento da análise textual que consiste na unitarização, com posterior categorização e produção de interpretações pela leitura e escrita profunda em processos recursivos. Os resultados apontam que as crenças dos profissionais sobre o mundo familiar estão consoantes com uma realidade relacional pautada mais pela afetividade do que pela consanguinidade ou vínculos legais destes grupos. Os profissionais entendem o sistema adversarial como fator que coloca em risco as relações familiares. A composição amigável é apontada que a saída “saudável” para a qualidade das ligações. Por outro lado, os trabalhadores evidenciam sentimentos de impotência com relação à descrença da população no papel protetor do judiciário e referem o seu desconhecimento dos temas das áreas psi que possibilitariam lidar eficazmente com os conflitos familiares. As pressões da exigência de produtividade, acúmulo de serviço interno e a noção equivocada e atribuída de poder que se apresentam no imaginário da população, constituem-se em importantes aspectos que interferem na realização das atividades no que tange ao desfecho das questões familiares. Por sua vez, as famílias observadas e a família entrevistada têm uma percepção distorcida do judiciário,que não é reconhecido como ambiente a disposição da população para salvaguardar interesses particulares e coletivos através da realização da justiça aos casos concretos. As famílias demonstram reconhecer no judiciário e seus operadores a figura abstrata da lei, buscando auxílio apenas em último caso. Alegam que, após o ajuizamento da ação, a comunicação familiar dificulta, sendo relatado o bloqueio do diálogo, estabelecido somente através do judiciário, cuja linguagem é específica do Direito. Estes resultados apontam para uma desconexão entre os profissionais do judiciário e os indivíduos envolvidos nas questões familiares, o que pode trazer dificuldades na condução dos conflitos com vistas a implementação de mecanismos de proteção da qualidade das relações familiares.
- ItemO ambiente judiciário e as interações com as famílias pobres: risco ou proteção às relações familiares?(2007) Silveira, Simone de Biazzi Ávila Batista da; Yunes, Maria Angela MattarPara construir uma sociedade eco-equilibrada, é importante que cientistas sociais, pesquisadores e políticos pensem com seriedade no aprimoramento das estruturas sociais. As relações familiares têm expressivo papel na existência humana e constituem-se em contexto para o desenvolvimento e aprendizagem de importantes competências. A abordagem bioecológica de desenvolvimento humano destaca a importância das outras interações e processos proximais que se estabelecem para além do microssistema familiar. O presente estudo buscou investigar os processos, interações e mecanismos relacionais que operam no atendimento oferecido pelo ambiente judiciário às famílias pobres em situação de conflito judicial. A presente pesquisa teve por objetivo analisar as formas de interação dos profissionais com as famílias na recepção das mesmas; investigar as percepções e crenças profissionais e familiares que podem influenciar o andamento do processo judicial; pesquisar os fatores que podem minimizar ou acirrar os conflitos familiares e, portanto, tornarem-se risco ou proteção ao desenvolvimento humano. O método utilizado foi a inserção ecológica, que pressupõe a presença constante do pesquisador e seu olhar investigativo por determinado período de tempo no ambiente pesquisado. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: o diário de campo, utilizado nas situações de observações da dinâmica dos processos tanto nos corredores de espera, como nas salas de audiência e balcões das varas de família e a entrevista semi estruturada com quatro profissionais do direito e integrantes de uma família nuclear cujo conflito foi levado a justiça. A análise dos dados seguiu o procedimento da análise textual que consiste na unitarização, com posterior categorização e produção de interpretações pela leitura e escrita profunda em processos recursivos. Os resultados apontam que as crenças dos profissionais sobre o mundo familiar estão consoantes com uma realidade relacional pautada mais pela afetividade do que pela consanguinidade ou vínculos legais destes grupos. Os profissionais entendem o sistema adversarial como fator que coloca em risco as relações familiares. A composição amigável é apontada que a saída “saudável” para a qualidade das ligações. Por outro lado, os trabalhadores evidenciam sentimentos de impotência com relação à descrença da população no papel protetor do judiciário e referem o seu desconhecimento dos temas das áreas psi que possibilitariam lidar eficazmente com os conflitos familiares. As pressões da exigência de produtividade, acúmulo de serviço interno e a noção equivocada e atribuída de poder que se apresentam no imaginário da população, constituem-se em importantes aspectos que interferem na realização das atividades no que tange ao desfecho das questões familiares. Por sua vez, as famílias observadas e a família entrevistada têm uma percepção distorcida do judiciário,que não é reconhecido como ambiente a disposição da população para salvaguardar interesses particulares e coletivos através da realização da justiça aos casos concretos. As famílias demonstram reconhecer no judiciário e seus operadores a figura abstrata da lei, buscando auxílio apenas em último caso. Alegam que, após o ajuizamento da ação, a comunicação familiar dificulta, sendo relatado o bloqueio do diálogo, estabelecido somente através do judiciário, cuja linguagem é específica do Direito. Estes resultados apontam para uma desconexão entre os profissionais do judiciário e os indivíduos envolvidos nas questões familiares, o que pode trazer dificuldades na condução dos conflitos com vistas a implementação de mecanismos de proteção da qualidade das relações familiares.
- ItemAmbientes de lazer no bairro Castelo Branco II - Rio Grande-RS : o que dizem as crianças(2009) Domingos, Suzane Carvalho; Machado, Carlos Roberto da SilvaAs inquietações a respeito da temática se deu a partir de investigações anteriores, na condição de bolsista de Iniciação Científica, através da oportunidade de sistematizar o estudo no Programa de Educação Ambiental – PPGEA/FURG, desenvolvendo esta dissertação. Mas, também, em virtude das escassas opções de equipamentos públicos para lazer num bairro popular e de quais atividades de lazer as crianças desenvolviam frente a esse condicionamento existente na comunidade. Portanto, estudamos o “lazer e infância” a partir do ponto de vista de um grupo de crianças do bairro Castelo Branco II- Rio Grande/RS, situado na periferia da cidade. O problema de pesquisa era então, saber o que elas faziam, o que era lazer para elas e verificar possiveis contribuições sobre a participação infantil. A Sociologia da Infância, ao valorizar a fala e as ações das crianças, ao fazer um enfrentamento teórico as concepções adultocêntricas hegemônicas, me possibilitaram o referenial de fundo ao estudo. Mas, também orientou minhas atividades de coleta de dados ao “deixar falar as crianças”, “ouvi-las”, bem como na análise, sistematização e interpretação dos dados. Ao optar por uma metodologia que tomasse a criança, não por suas incompletudes, mas como um grupo geracional diferente dos adultos, com uma cultura própria da infância, necessitava de instrumentos adequados as peculiaridades e características deste grupo de crianças. Os instrumentos para desenvolver a pesquisa foram as observações participantes, escrita de diários de campo, conversas informais e instrumentos que apelavam para oralidade como entrevistas que se utilizavam de recursos lúdicos. Por fim, diria que, mesmo sem equipamentos para o lazer, as crianças realizam atividades de lazer, criando estratégias para a diversão e prazer. E que lazer é brincar, fazer o que gosta, se divertir. Dentre as atividades descritas pelas crianças, nesta pesquisa, um ponto comum entre todas foram as brincadeiras desenvolvidas no ambiente doméstico, espaço no qual a maior parte das atividades de lazer são realizadas. Mas, as crianças também sonham, melhor, afirmaram suas utopias de lazer. Mostraram que elas têm muito a dizer sobre o lugar onde habitam, de como tornar o bairro mais acolhedor. Espero que o trabalho leve o leitor a repensar a forma como as crianças tem sido tratadas em nossa sociedade, reconhecendo ao final que elas são “seres sociais atuais”que podem contribuir com a elaboração de políticas públicas para a infância nas cidades.
- ItemAnálise bioecológica de um serviço de atendimento às crianças e adolescentes vítimas de violência, abuso e exploração sexual(2010) Albuquerque, Beatriz de Mello; Yunes, Maria Angela MattarO Serviço de Enfrentamento à Violência, ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, oferece um conjunto de procedimentos técnicos especializados para o atendimento e proteção imediata das vítimas destas modalidades de violência, bem como de seus familiares. Este estudo buscou realizar uma análise das práticas sociais e relacionais da equipe de agentes sociais para com os usuários do Serviço de atendimento na cidade de Rio Grande/RS e investigou as relações/interações das famílias vitimizadas com os profissionais. A pesquisa é de cunho qualitativo, na linha de pesquisa da Educação Ambiental não formal. Teve como base a Inserção Ecológica, metodologia que requer a imersão do pesquisador no ambiente investigado e está referendada na teoria bioecológica de desenvolvimento humano. Foram entrevistados individualmente dois técnicos responsáveis pelo Serviço, a saber: um psicólogo, um assistente social; e duas famílias usuárias do mesmo Serviço, indicadas como participantes pelos técnicos. Os procedimentos de entrevista foram padronizados e utilizados para técnicos e familiares. Todas as entrevistas foram gravadas, transcritas na íntegra e analisadas qualitativamente seguindo os passos da grounded-theory. Os resultados apontaram que tanto os técnicos como os usuários do Serviço se sentem satisfeitos com os atendimentos e acreditam na sua eficácia. Pode-se observar uma relação deste fato com a diversidade de metodologias de abordagem desenvolvidas e o trabalho comprometido dos profissionais, tanto nos grupos psicoterapêuticos, como nos grupos de cuidadores. Os profissionais consideram que o número de casos de reincidência após a alta do atendimento é baixo. As crianças e adolescentes revelaram que gostam de ir aos atendimentos e as cuidadoras referendaram esta apreciação, afirmando que estes aprendem a lidar com o “problema” sem julgamentos pelo fato ocorrido. Todos revelaram que saem das reuniões com sentimentos de calma e tranquilidade. Pode-se concluir que, no município pesquisado, o Serviço está atingindo seus objetivos enquanto política pública nacional, pois as famílias referiram a real interrupção da situação de violência. Isso colabora para minimizar os danos psicológicos dos envolvidos e facilita a superação do sofrimento causado na família. Em conclusão, pode-se constatar que são três os fatores cruciais para a obtenção de resultados satisfatórios no tratamento às vítimas de violência sexual: a vinculação e a confiança das famílias no tratamento, a troca de experiências entre os cuidadores envolvidos nestas situações e as crenças otimistas dos profissionais do Serviço responsável nas possibilidades de superação dos usuários.
- ItemAnálise de programas de educação ambiental no licenciamento ambiental de usinas hidrelétricas no Rio Grande do Sul : um estudo de caso(2013) Dolci, Danielle Schmidt; Caporlingua, Vanessa HernandezO trabalho intitulado - Análise de programas de Educação Ambiental no licenciamento ambiental de usinas hidrelétricas no Rio Grande do Sul: um estudo de caso - busca fazer uma análise compreensiva, reflexiva e problematizadora das ações de Educação Ambiental realizadas durante o processo de licenciamento ambiental, como medidas mitigadoras e/ou compensatórias de impactos ambientais causados pela instalação/operação de empreendimentos hidrelétricos. O objeto de análise foi o Programa de Educação Ambiental da UHE São José, instalada no rio Ijuí, interior do estado. Utilizou-se o movimento recursivo e reflexivo para elaboração da pesquisa, onde a primeira fase foi composta pelo levantamento bibliográfico que serviu de base para as discussões propostas, e a segunda fase foi composta pela investigação do referido programa, tendo como corpus da pesquisa documentos e entrevistas, e utilizando-se da Análise Textual Discursiva (ATD) como metodologia de análise. Os resultados obtidos fazem refletir sobre a ocupação dos espaços do licenciamento ambiental por uma Educação Ambiental que vá além do simples cumprimento das leis e normas, mas que seja de fato integradora e participativa, e envolva o compromisso dos empreendedores, das comunidades atingidas e dos órgãos fiscalizadores, contribuindo com a gestão ambiental e a sustentabilidade dos locais em transformação.
- ItemAnarquismo e Educação Ambiental: contribuições a partir de Piotr Kropotkin, Murray Bookchin e da pedagogia libertária(2024-01-30) Cunha, Leonardo Leite da; Machado, Carlos Roberto da SilvaNesta dissertação são abordadas questões referentes às possibilidades de contribuição dos aportes teóricos libertários em relação à Educação Ambiental. Portanto, este trabalho se insere na linha de Fundamentos da Educação Ambiental. Desta forma, através do aprofundamento em relação à obra de Piotr Kropotkin (1842-1921) e Murray Bookchin (1921-2006), bem como das teorias e práticas da Pedagogia Libertária, buscou-se argumentos no sentido de atribuir possíveis contribuições dos libertários. O primeiro capítulo tratou de uma pesquisa, quantitativa e qualitativa, em relação às produções libertárias em Educação Ambiental relacionadas ao Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental FURG. O segundo e terceiro dizem respeito à obra de Piotr Kropotkin e Murray Bookchin. Buscou-se, através das "macro-áreas" de interesse da Educação Ambiental, sociedade-natureza-educação, identificar a crítica ao capitalismo e ao Estado, a utopia e a concepção de natureza, bem como a educação, na obra de cada autor. O quarto capítulo, referente à Pedagogia Libertária, trata de apresentar a crítica da educação no capitalismo, pelos libertários, para posteriormente apresentar os princípios teóricos e as experiências práticas da Pedagogia Libertária. Nas conclusões finais, destaca a contribuição das teorias e práticas anarquistas para ampliar os horizontes críticos da Educação Ambiental.
- ItemAntropocentrismo e crise ecológica: direito ambiental e educação ambiental como meios de (re) produção ou superação.(2011) Soler, Antonio Carlos Porciuncula; Machado, Carlos Roberto da SilvaA crise ecológica está posta e com ela o desafio de compreendê-la, para reforçá-la ou superá-la, num cenário de conflitos teóricos e práticos, num materialismo histórico e ecológico, no qual o Direito Ambiental (DA) e a Educação Ambiental (EA) instrumentalizam essa disputa de poder na sociedade, que sintetiza um Pensamento Verde hegemônico, dito antropocêntrico, onde a natureza humana é exterior e superior a natureza não humana, atribuindo a essa última valor predominantemente econômico. A materialidade econômica, em geral, ameaça os metabolismos naturais planetários, tendo em vista a crença e a perseguição ao crescimento sem limite, o que tem levado a deteriorização da Natureza e a inequidade social, onde os elememtos naturais beneficiam uma elite plenatária. Como contraponto à visão antropocêntrica de Natureza, se projeta o não antropocentrismo, moldado por diversas correntes, visando libertar, de toda e qualquer dominação, a Natureza humana e não humana, pois coloca a vida no centro das considerações, apesar da sua crescente instrumentalização e mercantilização. A partir de uma análise descritiva e qualitativa de documentos da ONU, das leis ambientais e documentos nacionais voltados ao DA e a EA, a presente pesquisa procurou desvelar conexões entre o antropocentrismo e a Crise Ecológica, problematizando aspectos de sua manutenção ou superação, abordadas de forma crítica e considerando as contradições inerentes ao Pensamento Verde. A crise ecológica, ao cabo, é reproduzida quando supostas ações de enfrentamento acabam por se dar sob a influência de tais documentos e normas, cujo conteudo é majoritariamente antropocêntrico, ainda que por vezes contraditórios, contendo, assim, a potência de enfrentar a crise e de uma práxis reconstrutora do mundo, se não livre, permanentemente combativa à opressão da Natureza humana sobre si mesma e sobre a Natureza não humana, para uma nova tutela da Terra e da vida em geral.
- ItemAprender a ser educador da Educação de Jovens e Adultos nos ambientes onde transitam: o olhar de uma educadora ambiental(2013) Barreto, Sabrina das Neves; Dias, Cleuza Maria Sobral; Zasso, Silvana Maria BelléAs trajetórias de formação de quatro educadoras da EJA constituem o campo de estudo desta Tese, que tem como propósito compreender o que contam as educadoras de jovens e adultos sobre os ambientes que as constituem. Entrelaçando trajetórias, organizo este estudo em percursos, que narram histórias de vida, incluindo minha trajetória profissional e as trajetórias das professoras, propondo um diálogo com os teóricos que fundamentam a Educação de Jovens e Adultos, e a Educação Ambiental. Como opção metodológica para o desenvolvimento desta pesquisa de cunho qualitativo, busco orientações na abordagem (auto)biográfica, que encaminhou o processo de produção de informações, a partir das narrativas, assim como também orientou a análise textual das narrativas expressas pelas quatro educadoras, possibilitando conhecer os percursos realizados por cada uma, interpretando os sentidos dados aos seus ambientes de formação. A análise das narrativas mostra que a formação e as práticas educativas, assim como as especificidades da EJA foram evidenciadas pelas educadoras, revelando a realidade e o movimento desta modalidade de ensino na história da educação brasileira. Elas mostraram que a docência na EJA ainda é vivida sem a formação acadêmica específica e que esta vai sendo construída na prática profissional, especialmente, na relação com os alunos no espaço da sala de aula. Embora não deixem de indicar a importância da participação nos seminários, cursos, congressos, bem como, da contribuição das leituras individuais e das trocas de experiências com os colegas como constitutivos dos ambientes formativos; denunciam de forma contundente a escassez de políticas públicas permanentes para a formação dos educadores da EJA.
- ItemAproximações do tratado de educação ambiental para sociedades sustentáveis e responsabilidade global e das diretrizes curriculares nacionais da educação infantil no processo de ampliação da educação infantil no município do Rio Grande a partir do proinfância(2013) Oliveira, Vânia Dias; Molon, Susana InêsA presente dissertação está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental (PPGEA/FURG) na linha de pesquisa Educação Ambiental: Ensino e Formação de Educadores(as) (EAEFE). O estudo fundamenta-se na abordagem sócio-histórica de Freitas (2002), Molon (2008) e Zanella et all (2007), a qual proporciona uma análise crítica dos contextos históricos, compreendendo os sujeitos nas e pelas interações sociais. Assim, a pesquisa de cunho qualitativo buscou analisar a legislação da Educação Infantil e o Tratado de Educação Ambiental para as Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, a fim de possibilitar a compreensão da proposta da cidade do Rio Grande para a ampliação da Educação Infantil, a partir do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil - Proinfância. Para a discussão da política pública de Educação Infantil foram fundamentais as contribuições das autoras Albuquerque (2010), Fulgraff (2007). No campo da Educação Ambiental, as ideias de Loureiro (2009; 2011; 2012); Lima (2011), Castro e Baeta (2011), Novick e Souza (2010), colaboraram na questão da cidadania e sustentabilidade. Nesta perspectiva busca-se uma sociedade mais justa, reconhecendo as crianças como sujeitos históricos e construtores de cultura. Ao compreender o distanciamento entre a legislação e as condições das práticas pedagógicas nas instituições de Educação Infantil no município do Rio Grande e a falta de produção acadêmica em relação à política do Proinfância, emergiu a problematização da pesquisa, definida pelo questionamento: Como os dois documentos, as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil e o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global podem contribuir na ampliação da Educação Infantil no município do Rio Grande, promovida pelo Proinfância? Para o desenvolvimento deste estudo, foram realizadas entrevistas a fim de que os sujeitos da pesquisa pudessem relatar os processos de implementação das novas unidades da Educação Infantil no município do Rio Grande a partir do Proinfância, além de apresentarem propostas para o desenvolvimento deste nível de ensino na rede municipal. A análise dos dados coletados caracterizou-se pela abordagem da análise do conteúdo baseada em Franco (2007), a qual contempla as condições dos contextos onde os sujeitos estão imersos e a análise documental. A partir da compreensão dos discursos dos sujeitos da pesquisa, Secretário de Educação e Superintendente Pedagógica do município, e dos documentos analisados duas categorias emergiram: a) a Educação Infantil no município do Rio Grande no que se refere aos aspectos como a demanda deste nível e a situação atual das instituições municipais; e b) os contextos da política do Proinfância enfocando a situação das unidades do Proinfância no município, os avanços e limitações frente à legislação federal e municipal, além de expor as expectativas para a Educação Infantil no município com o Proinfância. Foi possível compreender com a análise dos diálogos dos sujeitos da pesquisa e dos documentos estudados, as aproximações do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global e das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, pois se unem na busca de uma educação de qualidade, pautada no diálogo e por princípios éticos, políticos e estéticos, considerando a relação da cidadania e sustentabilidade como fundamentais nos processos de efetivação das políticas públicas para a Educação Infantil.
- ItemAspectos sócio-jurídicos da sustentabilidade no âmbito do Mercosul : reflexões sobre a educação ambiental transformadora e o estado ambiental.(2012) Missiunas, Rafael de Carvalho; Veras Neto, Francisco QuintanilhaAspectos Sócio-Jurídicos da Sustentabilidade no Âmbito do Mercosul: Reflexões sobre a Educação Ambiental Transformadora e o Estado Ambiental busca contextualizar a sustentabilidade na atual sociedade global do risco, reconhecendo a importância da Educação Ambiental Transformadora para uma efetiva consolidação do Estado Ambiental. Para tanto, apresenta-se o referencial teórico sobre esse tema, analisa-se o disciplinamento do meio ambiente nas Cartas Magnas dos quatros Estados-Membros iniciais do Mercosul: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, assim como, investiga-se a forma de incorporação dos tratados e convenções internacionais sobre meio ambiente ao ordenamento pátrio desses países. A pesquisa justifica-se pela grande importância do tema, havendo a necessidade da construção de perspectivas críticas sobre a questão ambiental, em face da escassez de estudos comparativos acerca do imprescindível conceito de sustentabilidade, ainda pouco estudado e delimitado no contexto de nossa realidade sócio-histórica. Então, essa dissertação busca trazer a discussão importantes aspectos sobre a sustentabilidade, através do estudo de temas como a Educação Ambiental Transformadora e do Estado Ambiental. Em relação à metodologia da pesquisa desenvolvida, esta tem cunho qualitativo, tendo como métodos utilizados a análise bibliográfica e documental, tomando as Cartas Constitucionais dos países do Mercosul como objeto de estudo. Então, inicialmente, apresenta-se o referencial teórico, e após, passa-se a uma pesquisa analítica, por meio da análise sócio-jurídica sob perspectiva crítica, realiza-se assim um estudo comparativo entre os sistemas jurídicos dos referidos países, no que tange aos mecanismos constitucionais dispostos pelo Estado Ambiental para a construção de sociedades sustentáveis no âmbito do Mercosul. Os resultados obtidos são reveladores dos importantes avanços no tratamento constitucional das questões ambientais, mas também, da necessidade de uma Educação Ambiental Crítica para que se possa fortalecer o Estado Ambiental, e assim, modificar o atual paradigma da Sociedade Global do Risco. Para isso, defende-se a necessidade de uma mudança radical dos padrões de consumo e relacionamentos com o meio ambiente, através de ações críticas, emancipatórias e participativas, as quais somente são possibilitadas por uma educação ambiental comprometida com a sustentabilidade em todas as suas dimensões.
- ItemAspectos sócio-jurídicos da sustentabilidade no âmbito do Mercosul: Reflexões sobre a Educação Ambiental Transformadora e o Estado Ambiental(2012) Missiunas, Rafael de Carvalho; Veras Neto, Francisco QuintanilhaAspectos Sócio-Jurídicos da Sustentabilidade no Âmbito do Mercosul: Reflexões sobre a Educação Ambiental Transformadora e o Estado Ambiental busca contextualizar a sustentabilidade na atual sociedade global do risco, reconhecendo a importância da Educação Ambiental Transformadora para uma efetiva consolidação do Estado Ambiental. Para tanto, apresenta-se o referencial teórico sobre esse tema, analisa-se o disciplinamento do meio ambiente nas Cartas Magnas dos quatros Estados-Membros iniciais do Mercosul: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, assim como, investiga-se a forma de incorporação dos tratados e convenções internacionais sobre meio ambiente ao ordenamento pátrio desses países. A pesquisa justifica-se pela grande importância do tema, havendo a necessidade da construção de perspectivas críticas sobre a questão ambiental, em face da escassez de estudos comparativos acerca do imprescindível conceito de sustentabilidade, ainda pouco estudado e delimitado no contexto de nossa realidade sócio-histórica. Então, essa dissertação busca trazer a discussão importantes aspectos sobre a sustentabilidade, através do estudo de temas como a Educação Ambiental Transformadora e do Estado Ambiental. Em relação à metodologia da pesquisa desenvolvida, esta tem cunho qualitativo, tendo como métodos utilizados a análise bibliográfica e documental, tomando as Cartas Constitucionais dos países do Mercosul como objeto de estudo. Então, inicialmente, apresenta-se o referencial teórico, e após, passa-se a uma pesquisa analítica, por meio da análise sócio-jurídica sob perspectiva crítica, realiza-se assim um estudo comparativo entre os sistemas jurídicos dos referidos países, no que tange aos mecanismos constitucionais dispostos pelo Estado Ambiental para a construção de sociedades sustentáveis no âmbito do Mercosul. Os resultados obtidos são reveladores dos importantes avanços no tratamento constitucional das questões ambientais, mas também, da necessidade de uma Educação Ambiental Crítica para que se possa fortalecer o Estado Ambiental, e assim, modificar o atual paradigma da Sociedade Global do Risco. Para isso, defende-se a necessidade de uma mudança radical dos padrões de consumo e relacionamentos com o meio ambiente, através de ações críticas, emancipatórias e participativas, as quais somente são possibilitadas por uma educação ambiental comprometida com a sustentabilidade em todas as suas dimensões.
- ItemO atendimento educacional especializado na escola regular : possibilidades da educação estético-ambiental(2023) Gauterio, Laís Braga; Dolci, Luciana NettoInserido na linha de pesquisa Educação Ambiental: Ensino e Formação de Educadores(as) - EAEFE, este estudo propõe-se a analisar o trabalho docente de uma professora do Atendimento Educacional Especializado-AEE, o qual é realizado em uma escola da rede municipal localizada na cidade do Rio Grande/RS. Para tanto, fez-se necessário olhar para a tese de doutorado da professora, que é egressa do Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental - PPGEA, visando então compreender como a educadora do AEE desenvolve a inclusão dos alunos/as com deficiências nessa escola, percebendo se seu agir está atrelado com sua tese de doutorado, e se permeia a Educação Estético-Ambiental, sendo assim, capaz de potencializar a inclusão de alunos/as com deficiências, incluídos no ensino regular. O trabalho é um estudo de caso, de abordagem qualitativa, e a análise dos dados foi realizada por meio da análise de conteúdo. A partir das investigações, emergiram três categorias: (1) A in/exclusão experienciada por uma profissional do atendimento educacional especializado; (2) A dimensão do atendimento educacional especializado e (3) Entrelaçamentos entre educação especial e educação estético-ambiental. Portanto, considerei que o agir pedagógico agregado à Educação Estético-Ambiental é um importante subsídio para qualificar os processos de inclusão nas escolas regulares, pois possibilita uma prática sensível, significada e de qualidade. Com este trabalho, busquei contribuir para a formação de educadores mais sensíveis e preocupados com questões sociais.
- ItemA atividade criadora como processo político do trabalho: contribuições para uma Educação Ambiental transformadora(2011) Pagel, Thaís Guma; Castell, Cleusa Helena Guaita PeraltaEste trabalho aborda a importância da atividade criado ra tensionada ao trabalho alienado, seja nas relações sociais ou nas relações com o meio ambiente. Nele, busquei enfocar a questão da atividade criadora co mo contribuição ao processo político do trabalho a partir dos princípios de uma Educação Ambiental crítica, transformadora e emancipatória visando a superação da alienação proposta pela sociedade pós-capitalista. Traz, como proposta teórica e metodológica, uma pesquisa bibliográfica qualitativa de análise de conteú do, através de categorias analíticas e empíricas, de acordo com Maria Cecília Minayo, de artigos escolhidos dos jornais Le Monde Diplomatique Brasil e Brasil de Fato. Traz recortes da realidade relativos à constituição de cidadãos e cidadãs cr íticos(as) e participativos(as) capazes de transformação social e individual. A fundamentação teórica que contribui para a compreensão do tema e do objeto de pesquisa apresenta-se, principalmente, a partir de atividade criadora em Fayga Ostrower e da educação estética em Marly Meira, ao buscar relação com a teoria crítica e a Educação Ambiental transformadora. Abordei a Educação Ambiental crítica, transformadora e emancipatória, principalmente em Loureiro, através de sua procura por superar a alienação da sociedade que valoriza formas de reprodução do conhecimento e da conservação da realidade. A pesquisa proporcionou enfocar a temática da alienação na contemporaneidade do pensamen to de István Mészáros e Ricardo Antunes, como forma de suprir a necessidade de problematizar a realidade historicamente construída. Marx, em seu tempo, reflete muito dos problemas da nossa atualidade e, com o auxílio de Mészáros, é possível problematizar a realidade a partir de sua historicidade, pois ele nos conduz a Marx de forma contextualizada, e seu papel nesta pesquisa é trazer o pensamento marxista à atualidade. Registrei, ainda, a contribuição neomarxista de Hardt e Negri sobre a constituição daquilo que eles denominam Império. Da mesma forma, busquei pesquisar, nessas mídias autodenominadas politicamente independentes, a relação entre atividade criadora e trabalho alienado, bem como suas repercussões socioambientai s, como forma de Educação Ambiental não formal, na perspectiva de que tal processo não pode existir sem sujeitos pensantes e a complexidade de suas relações com outros sujeitos e com o mundo.
- ItemA atividade criadora como processo político do trabalho: contribuições para uma educação ambiental transformadora.(2011) Pagel, Thaís Guma; Castell, Cleusa Helena Guaita PeraltaEste trabalho aborda a importância da atividade criadora tensionada ao trabalho alienado, seja nas relações sociais ou nas relações com o meio ambiente. Nele, busquei enfocar a questão da atividade criadora como contribuição ao processo político do trabalho a partir dos princípios de uma Educação Ambiental crítica, transformadora e emancipatória visando a superação da alienação proposta pela sociedade pós-capitalista. Traz, como proposta teórica e metodológica, uma pesquisa bibliográfica qualitativa de análise de conteúdo, através de categorias analíticas e empíricas, de acordo com Maria Cecília Minayo, de artigos escolhidos dos jornais Le Monde Diplomatique Brasil e Brasil de Fato. Traz recortes da realidade relativos à constituição de cidadãos e cidadãs críticos(as) e participativos(as) capazes de transformação social e individual. A fundamentação teórica que contribui para a compreensão do tema e do objeto de pesquisa apresenta-se, principalmente, a partir de atividade criadora em Fayga Ostrower e da educação estética em Marly Meira, ao buscar relação com a teoria crítica e a Educação Ambiental transformadora. Abordei a Educação Ambiental crítica, transformadora e emancipatória, principalmente em Loureiro, através de sua procura por superar a alienação da sociedade que valoriza formas de reprodução do conhecimento e da conservação da realidade. A pesquisa proporcionou enfocar a temática da alienação na contemporaneidade do pensamento de István Mészáros e Ricardo Antunes, como forma de suprir a necessidade de problematizar a realidade historicamente construída. Marx, em seu tempo, reflete muito dos problemas da nossa atualidade e, com o auxílio de Mészáros, é possível problematizar a realidade a partir de sua historicidade, pois ele nos conduz a Marx de forma contextualizada, e seu papel nesta pesquisa é trazer o pensamento marxista à atualidade. Registrei, ainda, a contribuição neomarxista de Hardt e Negri sobre a constituição daquilo que eles denominam Império. Da mesma forma, busquei pesquisar, nessas mídias autodenominadas politicamente independentes, a relação entre atividade criadora e trabalho alienado, bem como suas repercussões socioambientais, como forma de Educação Ambiental não formal, na perspectiva de que tal processo não pode existir sem sujeitos pensantes e a complexidade de suas relações com outros sujeitos e com o mundo.
- ItemO audiovisual na educação ambiental não formal : jornaleco - um programa de TV ambiental produzido por crianças do ensino fundamental.(2012) Duarte, Krischna Silveira; Gentini, Alfredo Guillermo MartinEste estudo qualitativo problematiza a influência dos meios de comunicação de massa nos fenômenos de serialização da cultura, homogeneização dos desejos e dos modos de pensar e agir nas relações ambientais contemporâneas. Numa Pesquisa-Ação-Participante desenvolvida com nove crianças de oito a dez anos de idade, objetivamos estimular sua criticidade em relação às imposições midiáticas e relacionar com a qualidade de nossas relações sociais, ambientais e subjetivas. Para isto criamos dois dispositivos: a oficina Criando Ambientes Comunicativos Sustentáveis e o programa de TV JORNALECO, que têm por objetivo a constituição de espaços experimentativos de livre expressão, capazes de aportar a criação e a disseminação de microintervenções ecosóficas. Nosso objetivo é contribuir com a Educação Ambiental Não-Formal a partir da criação de pequenas rupturas nos modos de ser instituídos pela mídia, promovendo a (re)descoberta das subjetividades e, contribuindo assim, para a constituição de sujeitos transformadores da crise ambiental vigente. Nossa proposta aposta na linguagem audiovisual para além do espetáculo televisivo, configurando-a como instrumento de mudança, - assim como é a educação ambiental -, capaz de resgatar valores de solidariedade e cooperação, reintegrando o ser humano ao contexto sistêmico do ambiente. A análise comparativa dos questionários aplicados antes e após a oficina mostra que as crianças passaram a compreender a manipulação das subjetividades e traçar paralelos entre serialização midiática, incentivo ao consumo e a degradação ambiental.
- ItemO audiovisual na educação ambiental não formal: jornaleco - um programa de TV ambiental produzido por crianças do ensino fundamental(2012) Duarte, Krischna Silveira; Gentini, Alfredo Guillermo MartinEste estudo qualitativo problematiza a influência dos meios de comunicação de massa nos fenômenos de serialização da cultura, homogeneização dos desejos e dos modos de pensar e agir nas relações ambientais contemporâneas. Numa Pesquisa-Ação-Participante desenvolvida com nove crianças de oito a dez anos de idade, objetivamos estimular sua criticidade em relação às imposições midiáticas e relacionar com a qualidade de nossas relações sociais, ambientais e subjetivas. Para isto criamos dois dispositivos: a oficina Criando Ambientes Comunicativos Sustentáveis e o programa de TV JORNALECO, que têm por objetivo a constituição de espaços experimentativos de livre expressão, capazes de aportar a criação e a disseminação de micro-intervenções ecosóficas. Nosso objetivo é contribuir com a Educação Ambiental Não-Formal a partir da criação de pequenas rupturas nos modos de ser instituídos pela mídia, promovendo a (re)descoberta das subjetividades e, contribuindo assim, para a constituição de sujeitos transformadores da crise ambiental vigente. Nossa proposta aposta na linguagem audiovisual para além do espetáculo televisivo, configurando-a como instrumento de mudança, - assim como é a educação ambiental -, capaz de resgatar valores de solidariedade e cooperação, reintegrando o ser humano ao contexto sistêmico do ambiente. A análise comparativa dos questionários aplicados antes e após a oficina mostra que as crianças passaram a compreender a manipulação das subjetividades e traçar paralelos entre serialização midiática, incentivo ao consumo e a degradação ambiental.
- ItemAuto-ética : um estudo da constituição do educador ambiental a partir da noção de metamorfose antropossociológica.(2012) Jurawski, Claudete; Calloni, Humberto; Vianna, Lauro de BritoCom o respaldo teórico da Complexidade em Edgar Morin, neste estudo qualitativo, que parte da linha de pesquisa Fundamentos da Educação Ambiental, e se configura soberanamente antropológico e ético; reflito sobre o meu processo de constituição complexa como educadora ambiental, em uma perspectiva da metamorfose antropossociológica. Respondendo como a auto-ética transparece nesta caminhada, onde a experiência e as obras se entrelaçam. E o ensaio, o gênero literário instituído por Michel de Montaigne, é o método empregado para a estratégia de operar o pensamento complexo, nesta ponderação sobre a transmutação de alguém que, em algum momento de sua vida quis se distanciar de algo semelhante ao ‘retrato de Dorian Gray’. Como a imagem no espelho é de um homo complexus, era certa a inviabilidade de adentrar mais profundamente no reflexo, num tempo tão ínfimo; por conseguinte, circunscrevo a problematização em torno de uma intervenção em favor da emergência da transformação humana e social apregoada por Morin. E apesar das insuficiências, considero que esta pesquisa traz contribuições para a compreensão da noção de metamorfose antropossociológica e de auto-ética. Refletindo sobre as estrelas que nasceram, morreram, se reconfiguraram dentro de mim; numa intimidade maior com o princípio dialógico, retiro um pouco o véu da complexidade que é ser um educador ambiental, daí também a relevância deste estudo. No movimento entre prosa e poesia, as páginas foram grafitadas ao ‘sabor’ da Complexidade. Auxiliada de várias formas, superando meus próprios limites - tendo a caminhada como mestranda no Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental me forjado para novos desafios - com a materialização desta dissertação, fica um ‘rastro no clássico’!
