EQA – Mestrado em Engenharia e Ciência de Alimentos (Dissertações)
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- ItemNanofibras antimicrobianas para aplicação em alimentos(2017) Kuntzler, Suelen Goettems; Morais, Michele Greque deAs microalgas como a Spirulina sp. LEB 18 apresentam compostos biologicamente ativos como os compostos fenólicos que possuem atividade antifungica e antibacteriana. O poli(hidroxibutirato) (PHB) é um biopolímero extraído da microalga Spirulina sp. LEB 18 que apresenta características como biodegradabilidade e propriedades mecânicas semelhantes aos plásticos convencionais, podendo ser alternativa aos materiais termoplásticos de origem petroquímica. Além disso, os polímeros quitosana e poli (óxido de etileno) (PEO) também apresentam importantes características como biodegradabilidade, biocompatibilidade com células e tecidos e propriedade antimicrobiana, os quais podem ser aplicados na produção de embalagens de alimentos. As nanofibras poliméricas produzidas por electrospinning são nanomateriais que em função do polímero utilizado apresentam elevada área superficial em relação ao volume, alta porosidade que permite a incorporação de compostos e propriedades mecânicas semelhantes aos filmes. O objetivo do trabalho foi desenvolver nanofibras poliméricas contendo compostos fenólicos obtidos da biomassa da microalga Spirulina sp. LEB 18 com potencial propriedade antibacteriana. Na primeira etapa deste trabalho foi realizada a extração dos compostos fenólicos e a atividade antimicrobiana do extrato foi testada através dos métodos de difusão com discos e macrodiluição. Os dois métodos foram realizados com as bactérias Escherichia coli ATCC 25972 e Staphylococcus aureus ATCC 25923. Na outra etapa, a biomassa da microalga Spirulina sp. LEB 18 foi utilizada para extração do biopolímero PHB, o qual foi solubilizado em clorofórmio e a solução polimérica foi testada no electrospinning para produção de nanofibras. Os polímeros quitosana e PEO também foram utilizados para o desenvolvimento de nanofibras. Após, os compostos fenólicos foram incorporados às nanofibras, as quais foram conduzidas às análises mecânicas, termogravimétricas, de molhabilidade, fisico-químicas, morfológicas e microbiológicas. Dessa forma, os compostos fenólicos presentes na microalga e identificados por cromatografia foram os ácidos gálico e cafeico capazes de formar halos de inibição de 11,0 ± ≤0,1 e 15,7 ± 0,6 mm com a concentração mínima inibitória de 200 e 500 ug mL" para os micro-organismos Staphylococcus aureus ATCC 25923 e Escherichia coli ATCC 25972, respectivamente. As nanofibras poliméricas contendo os compostos fenólicos apresentaram diâmetro médio de 810 ± 85 nm e 214 ± 37 nm para PHB e blenda de quitosana/PEO, respectivamente. A partir da análise do ângulo de contato foi possível determinar que as nanofibras de PHB e a blenda de quitosana/PEO ambas com os compostos fenólicos apresentam caráter hidrofóbico e hidrofilico, respectivamente. As propriedades térmicas confirmaram a incorporação dos compostos e possibilitaram a utilização das nanofibras como embalagens de alimentos por apresentarem temperatura de máxima degradação de 287,0 e 323 C, para nanofibras de PHB e blenda de quitosana/PEO, respectivamente. O espectro FTIR confirmou a incorporação dos compostos fenólicos nas nanofibras e a análise da atividade biológica determinou que as nanofibras de PHB e blenda de quitosana/PEO contendo os compostos fenólicos apresentaram halos de inibição de 7,5 ± 0,4 e 6,4 ± 1,1 mm para o Staphylococcus aureus ATCC 25923. Esta alternativa nanobiotecnológica de caráter inovador contribui para à ciência pois as nanofibras quando aplicadas em alimentos podem aumentar as propriedades mecânicas e térmicas adequando-as ao uso como embalagens. Além disso, a adição de compostos fenólicos com a atividade antibacteriana auxilia a embalagem a interagir com o alimento de forma desejável, protegendo os produtos alimentares do ambiente externo e proporcionando maior segurança alimentar para o consumidor.
- ItemObtenção de concentrado, isolado e hidrolisado protéico a partir de biomassa de Spirulina(2016) Pereira, Aline Massia; Costa, Jorge Alberto Vieira; Lisbôa, Cristiane ReinaldoOs suplementos alimentares são preparações destinadas a complementar a dieta e fornecer nutrientes como, vitaminas, minerais, fibras, ácidos graxos e proteínas ou aminoácidos, cuja necessidade nutricional não é suprida através da alimentação. A proteína é o principal componente dos alimentos encontrados em formulações para recém-nascidos, crianças em estado de desnutrição, idosos e praticantes de atividade física. Nas últimas décadas, as proteínas solúveis do soro do leite (whey protein), nas formas concentrada, isolada e hidrolisada, vêm sendo mais utilizadas devido à sua qualidade nutricional, porém elas estão altamente diluídas na porção aquosa do leite, gerada durante a fabricação do queijo, o que dificulta e encarece sua obtenção e utilização. A soja também é utilizada em suplementos alimentares, pois seus grãos possuem aproximadamente 40 % de proteína, porém é necessário tratamento térmico para eliminação de fatores antinutricionais, sem contar com questões éticas, ambientais e de segurança alimentar ligadas a utilização de soja transgênica. A microalga Spirulina apresenta elevado conteúdo protéico em sua biomassa e cerca de 50 % da massa total de proteínas é constituída de aminoácidos essenciais. Além disso, destaca-se por possuir o certificado GRAS (Generally Recognized As Safe) do FDA (Food and Drug Administration) o que garante o seu uso como alimento ou fármaco. A hidrólise de proteínas de microalgas proporciona rápida absorção e digestão de aminoácidos livres, di e tri-peptídeos resultantes do processo de hidrólise, o que pode favorecer a recuperação muscular de atletas pós-treinamento físico. O objetivo da presente dissertação consiste em utilizar a biomassa da microalga Spirulina sp. LEB 18 para obtenção de concentrado, isolado e hidrolisados protéicos que possam ser destinados à aplicação em alimentos e/ou suplementos alimentares. A biomassa da microalga foi obtida da planta piloto do Laboratório de Engenharia Bioquímica (LEB) localizada em Santa Vitória do Palmar (RS), moída, e suas proteínas foram concentradas e isoladas por precipitação isoelétrica. O concentrado e isolado protéico da microalga foram hidrolisados com protease comercial de Bacillus licheniformis, em biorreator agitado com controle automático de temperatura, agitação e pH, conforme condições ótimas da enzima. As propriedades funcionais, valor biológico e a atividade antioxidante dos concentrados, isolados e hidrolisados protéicos de Spirulina foram avaliados. Com o método de precipitação isoelétrica, foi possível obter concentrado e isolado protéico de Spirulina com 83,9 % e 91,3 % de proteína, respectivamente. A hidrólise enzimática com Protemax 580L, em biorreator STR, proporcionou a obtenção de hidrolisados protéicos com 54,4 %, 66,8 % e 77,9 % de grau de hidrólise. O valor nutritivo, funcional e biológico, avaliados neste trabalho, sugerem a incorporação dos extratos protéicos de Spirulina sp. LEB 18 e seus hidrolisados, como fontes alternativas de proteína, com alegação funcional e de saúde, podendo ser utilizados por praticantes de atividade física, idosos ou indivíduos que necessitem de proteínas.
- ItemAumento da eficiência de biofixação de CO2 por microalgas(2014) Moraes, Luiza; Costa, Jorge Alberto Vieira; Santos, Lucielen Oliveira dosO dióxido de carbono (CO2) é considerado como um dos mais importantes gases de efeito estufa (GEE). As emissões de CO2 provenientes de combustíveis fósseis, especialmente a partir da combustão de carvão mineral contribuem para o aquecimento global tornando-se uma questão importante nos campos da ciência, meio ambiente, economia e política nos últimos anos. Neste contexto, as microalgas podem capturar o CO2, contribuindo com a redução do efeito estufa e gerando biomassa com diversas aplicações. O objetivo deste trabalho foi promover o aumento da eficiência de biofixação de CO2 por Spirulina sp. LEB 18. Para tal, o trabalho foi dividido em duas etapas, na primeira foi avaliado o desempenho de quatro configurações de difusores (pedra sinterizada, cortina porosa, madeira porosa e anel perfurado) e vazões específicas de alimentação da corrente gasosa (0,05 e 0,3 vvm) na transferência de CO2 para o meio líquido, biofixação de CO2 e na composição da biomassa produzida de Spirulina. Em uma segunda etapa, foi desenvolvido um sistema composto por membranas de fibra oca (MFO) para alimentação de CO2 no cultivo de Spirulina sob dois modos de agitação. O sistema foi avaliado quanto à biofixação de CO2, cinética de crescimento e composição da biomassa produzida. Este foi comparado a ensaios com pedra sinterizada (ensaio controle, CT). As máximas eficiência de transferência do CO2 (ε) (26,0 %) e produtividade de biomassa (Pmax) (125,9 ± 5,3 mg.L-1.d-1) foram observadas no ensaio com a menor vazão específica (0,05 vvm) e o difusor cortina porosa. Os maiores resultados de taxa de biofixação de CO2 (Tco2máx) e eficiência de utilização de CO2 (Eco2máx) foram observados na vazão de 0,05 vvm para difusores porosos (pedra sinterizada, cortina porosa e madeira porosa). A máxima concentração de proteínas (78,6 ± 0,1 % m.m"1) na biomassa foi verificada no ensaio com a madeira porosa e vazão de 0,05 vvm. Os teores de carboidratos e lipídios apresentaram incremento de 26 % e redução de 21 %, respectivamente, com aumento da vazão (0,3 vvm) no ensaio com a cortina porosa. O sistema de MFO com agitação por borbulhamento de ar na vazão de 0,05 vvm promoveu maior acúmulo de carbono inorgânico dissolvido (CID) no meio (127,4 ± 6,1 mg.L-1) e também maiores resultados de Pmáx (131,8 ± 1,9 mg.L-1.d-1), TcO2max (231,6 ± 2,1 mg.L1.d1) e Eco2max (86,2 ± 0,8 % m.m"1) quando comparados ao CT na mesma vazão. O ensaio CT na vazão de ar de 0,3 vvm apresentou maior concentração de lipídios (11,9 ± 0,6 % m.m-1). A aplicação de menor vazão de ar no ensaio com MFO proporcionou aumento de 58 % no teor de lipídios da biomassa de Spirulina. Com os resultados obtidos foi possível verificar que a aplicação de difusores porosos e sistema de MFO concomitantemente com a menor vazão no cultivo de Spirulina podem resultar em maiores produtividades de biomassa e taxas de biofixação de CO2, contribuindo com redução de custos de processo para a produção de biomassa, bem como para a atenuação das emissões deste gás de efeito estufa para atmosfera.
- ItemPurificação de C-Ficocianina por diferentes técnicas e avaliação da estabilidade da cor em sorvete(2019) Amarante, Marina Campos Assumpção de; Kalil, Susana JulianoA C-ficocianina (C-FC) é uma ficobiliproteína que representa até 20 % da fração proteica de Spirulina, e possui propriedades antioxidantes, hepatoprotetoras, anti-inflamatórias, neuroprotetoras e anticancerígenas. De acordo com a sua pureza, esta proteína pode ser utilizada como corante azul em alimentos e cosméticos, podendo ser aplicada também na indústria de biotecnologia, em diagnósticos e na medicina. Portanto, devido ao seu alto valor agregado e ampla gama de aplicações, é importante ampliar os estudos de técnicas de purificação de C-FC que permitam obter esta proteína com diferentes purezas e elevada recuperação. Dentre estas técnicas, a cromatografia de troca iônica com eluição por gradiente salino é uma das mais utilizadas. No entanto, a eluição por gradiente de pH também se mostra eficiente em purificar esta ficobiliproteína com elevada recuperação, mas é pouco reportada na literatura para este fim. As empresas do ramo alimentício têm procurado remover todos os corantes artificiais de suas linhas de produção, substituindo-os por corantes naturais, devido à preocupação com saúde e segurança alimentar. Assim, são necessários estudos de avaliação da estabilidade da cor dos biocorantes quando em contato com os outros componentes da matriz alimentícia. No que diz respeito às propriedades bioativas, a atividade antioxidante da C-FC isolada já foi investigada por diversos métodos, no entanto, existem poucos relatos na literatura quanto à atividade desta proteína em matrizes alimentares. Neste contexto, esta dissertação foi dividida em três artigos. No primeiro artigo, o objetivo foi purificar a C-ficocianina extraída seletivamente a partir de biomassa úmida de Spirulina platensis LEB-52 por cromatografia de troca iônica com eluição por gradiente de pH. Diferentes parâmetros foram estudados, como o pH de alimentação, a adição de sal no tampão de eluição e o uso de diferentes tampões e volumes de eluição. Os melhores resultados foram obtidos utilizando eluição combinando degrau com 0,08 mol.L-1 de NaCl e gradiente de pH com tampão citrato 0,05 mol.L-1 pH 6,2 - 3,0, resultando em duas frações de C-FC com purezas de 4,2 e 3,5 e recuperações de 32,6 e 49,5%, respectivamente. No segundo artigo, o objetivo foi estudar diferentes designs para purificar a C-FC extraída seletivamente utilizando as técnicas de precipitação fracionada, ultrafiltração e cromatografia de troca iônica, além de avaliar a capacidade antioxidante da C-FC bruta e purificada. O design que resultou em maior pureza com maior recuperação foi o composto por ultrafiltração seguida de cromatografia de troca iônica com eluição por gradiente de pH, pois resultou em C-FC com pureza de 3,9, fator de purificação de 4,9 vezes, e recuperação de 79,7 %. A C-FC purificada apresentou capacidades de sequestro dos radicais ABTS+ (161,66 µmolTE.g-1) e peroxila (1211,41 µmolTE.g-1) significativamente superiores às do extrato bruto. No terceiro artigo, o objetivo foi avaliar a estabilidade da cor ao longo do tempo de sorvetes adicionados de C-FC e a capacidade antioxidante dos produtos após digestão in vitro. Os sorvetes adicionados de C-FC apresentaram cor estável durante 273 d. Além disso, após digestão in vitro, os sorvetes adicionados de C-FC apresentaram atividades antioxidantes de 1362,62 e 134,63 µmolTE.g-1 frente aos radicais ABTS+ e peroxila, respectivamente, sendo estes valores cerca de 13 e 2 vezes superiores aos dos sorvetes controle digeridos. Desta forma, neste estudo foi possível obter C-FC com elevada pureza e recuperação, e, além disso, este biocorante apresentou cor estável em sorvete e bioatividade, demonstrando a potencial aplicação da C-FC como corante natural em substituição aos sintéticos. Palavras-chave: Cromatografia de troca iônica. P
- ItemProdução de biogás a partir da co-digestão de resíduos da geração de energia(2014) Goularte, Pâmela Guder; Costa, Jorge Alberto Vieira; Zimmermann, Michele da Rosa AndradeAplicações de microalgas tem tornado esses micro-organismos importantes em pesquisas com fins tanto comerciais como energéticos. A biofixação de CO2 por microalgas é vista como uma forma economicamente viável e ambientalmente sustentável para mitigar as emissões de CO2 e geração de biomassa para obtenção de bioprodutos de alto valor agregado como os biocombustíveis. Na digestão anaeróbia da biomassa de microalgas a adição de um cosubstrato rico em carbono pode facilitar o processo de produção de biogás. O glicerol possui alta concentração de carbono orgânico e é solúvel em água. Neste sentido, a combinação de ambos os substratos pode solucionar um dos principais problemas para o processo de digestão, que reside no equilíbrio da razão (C/N). Co-digestão anaeróbia consiste na digestão anaeróbia de uma mistura de dois ou mais substratos com composições complementares. O objetivo do estudo foi avaliar a geração de biogás através da co-digestão anaeróbia de biomassa de Spirulina sp. LEB 18 e glicerol bruto. Para a realização do estudo foram construídos e operados sete biorreatores com volume útil de 1,5 L, alimentados com 5, 6, 10, 15 e 20 g.L -1 da mistura de biomassa de Spirulina e glicerol. A adição de diferentes quantidades de glicerol (5 e 10 g.L -1 ) foi utilizada como um suplemento na digestão anaeróbia em sistema de batelada. A razão C/N variou de 3,3×103 a 23,7. Os ensaios foram realizados a 35 °C, em reatores equipados com sistema de coleta de gás, alimentação e retirada do efluente líquido, operados em batelada sequencial. O efluente líquido dos reatores foi analisado quanto ao pH, nitrogênio amoniacal e alcalinidade. O volume de biogás produzido diariamente foi medido em gasômetro de frasco invertido. Em todos os ensaios, os valores médios de pH variaram de 7,0 a 7,3 e nitrogênio amoniacal de 62,02 a 1100,99 mg.L-1 . A alcalinidade do efluente variou entre 1133,37 e 3578,98 mg.L-1 CaCO3. Em todos os ensaios com adição de glicerol houve incremento na produção específica de biogás (0,16 – 0,24 d -1 ) quando comparado ao ensaio em que somente biomassa microalgal era alimentada no processo (0,03 L.d-1 ), demonstrando ser esta uma alternativa interessante para a produção de biocombustível e concomitante agregação de valor ao glicerol residual da produção de biodiesel.
- ItemPotencial antioxidante da microalga spirulina frente a condições de estresse oxidativo(2009) Guarienti, Cíntia; Costa, Jorge Alberto VieiraAs propriedades nutricionais da microalga Spirulina têm sido relacionadas com possíveis propriedades antioxidantes, caracterizando-a no âmbito dos alimentos funcionais. Os antioxidantes são compostos que atuam inibindo e/ou diminuindo efeitos desencadeados pelo estresse oxidativo, conservando a harmonia entre a produção fisiológica de radicais livres e sua detoxificação. Objetivou-se avaliar o potencial antioxidante da microalga Spirulina e seu principal pigmento, a ficocianina, em situações de estresse oxidativo induzido. Foram realizados estudos com células da levedura Saccharomyces cerevisiae, submetidas a estresse oxidativo pela adição de 1,1´-dimetil-4,4´-bipiridilo (paraquat) nas concentrações 0, 10 e 15 mM, avaliando o potencial antioxidante da Spirulina através da sobrevivência celular (plaqueamento) e da lipoperoxidação (índice de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, TBA). Também foi avaliado o efeito protetor da Spirulina e/ou da ficocianina em córtex cerebral de ratos submetidos a estresse oxidativo por administração de glutamato monossódico ou por situação de pânico. No córtex dos animais foram avaliados os índices de TBA e a atividade específica das enzimas superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT). O uso do herbicida paraquat nas concentrações 10 mM e 15mM, diminuiu a sobrevivência celular da levedura em relação ao controle (39,4 % e 17,1%, respectivamente) e aumentou significativamente a lipoperoxidação (p≤0,05). O agente estressor glutamato monossódico provocou aumento significativo (p≤0,05) da lipoperoxidação e diminuição significativa (p≤0,05) das atividades específicas das enzimas SOD e CAT no córtex cerebral dos ratos. O estresse por situação de pânico também provocou alterações significativas (p≤0,05) no córtex dos ratos, aumentando a peroxidação lipídica e a atividade da enzima SOD e diminuindo a atividade da enzima CAT. O uso da Spirulina, bem como da ficocianina, atenuaram os efeitos deletérios decorrentes do estresse oxidativo induzido em células de leveduras e em córtex de ratos, mantendo os parâmetros dos grupos tratados com estressor e antioxidante estatisticamente iguais aos do grupo controle. Estes resultados contribuem com a caracterização da microalga no âmbito dos alimentos funcionais antioxidantes.
- ItemProdução da microalga Spirulina (Arthrospira) em cultivo semicontínuo e diferentes concentrações de nutrientes(2008) Rosa, Ana Priscila Centeno da; Costa, Jorge Alberto VieiraSpirulina (Arthrospira) é uma microalga fotossintética, encontrada em ambientes alcalinos e é uma das mais produzidas no mundo. Sua biomassa possui alto valor nutricional e agregado. Apresenta alto teor protéico e é rica em compostos bioativos, como aminoácidos essenciais, ácidos graxos, pigmentos e vitaminas. Um sistema de produção de biomassa microalgal depende de muitos fatores, entre eles, o desenvolvimento de um meio de cultivo economicamente viável. O objetivo do presente trabalho foi estudar a influência da concentração de nutrientes no meio de cultivo para a produção da microalga Arthrospira em biorreatores tipo “raceway” e modo semicontínuo. Para os cultivos foi utilizado meio Zarrouk que teve as fontes de carbono, nitrogênio e fósforo mantidas nas concentrações padrões e os demais nutrientes (solução B) foram variados em 25% (Z-B25), 50% (Z-B50), 75% (Z-B75) e 100% (Z-100). Foram realizados ensaios com diferentes volumes do meio de cultura, 5L e 2 500 L. Nos ensaios realizados em biorreatores com volume de meio de 5 L a velocidade específica máxima de crescimento e a produtividade foram reduzidas com o consumo dos nutrientes pela microalga. Os máximos valores de velocidade específica de crescimento (0,184 d-1) e produtividade (48,03 mg.L-1.d-1) foram observados no ensaio Z-B50. Os ensaios Z-B50 e Z-B75 apresentaram velocidade específica máxima de crescimento e produtividade sem diferença significativa (p>0,15) a partir do terceiro ciclo de crescimento. No inicio do terceiro ciclo as concentrações de nitrogênio e fósforo apresentaram reduções de 21,2 e 15,7% (Z-B50) e 29,9 e 12,9% (Z-B75), respectivamente. Para cada ensaio foram realizadas análises de composição química da biomassa a cada ciclo de crescimento do cultivo. O maior teor protéico (48,8±4,1%) foi encontrado na biomassa de Arthrospira no ensaio Z-100. O ensaio ZB50 apresentou biomassa contendo 46,10±2,59% de proteína por um período de, aproximadamente, 50 d. Os cultivos em biorreatores com volume de meio de 2 500 L foram realizados em condições ambientais não controlas e foi utilizado água da Lagoa Mangueira para diluição do meio Zarrouk. A temperatura e a iluminância variaram de 16 a 42ºC e 26,3 a 105,2 klux, respectivamente. As máximas velocidades específicas de crescimento e produtividades, respectivamente, 0,276 d-1 e 148,36 mg.L-1.d-1 (ZB50) e 0,368 d-1 e 95,60 mg.L-1.d-1 (Z-100), foram encontradas no período com maior média de temperatura,. Para estes ensaios, a concentração de proteína na biomassa não apresentou diferença significativa (p>0,05). A concentração de lipídios na biomassa, ao final dos ensaios, apresentou redução em relação a concentração inicial de 22 e 52% para os ensaios Z-B50 e Z-100, respectivamente.
- ItemCultivo de microalgas com gases de combustão formados na geração termelétrica(2007) Radmann, Elisangela Martha; Costa, Jorge Alberto VieiraO aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera tem sensíveis conseqüências ambientais. Nos últimos anos a emissão de CO2 na atmosfera aumentou de 280ppm (1800) para 380ppm (2004), sendo cerca de 22% dessas emissões causadas por plantas de energia termelétrica. Dentre as várias alternativas para captura e utilização de CO2, uma abordagem particularmente interessante é o emprego de microalgas. As microalgas se destacam por apresentarem diversas potencialidades, como fonte de alimento e fonte para obtenção de bioprodutos, e também podem contribuir na redução do efeito estufa, fixando CO2. As microalgas Chlorella e Spirulina apresentam em sua composição alto teor de proteínas, ácidos graxos, sais minerais e pigmentos, e além disso, possuem certificado GRAS(Generally Recognized As Safe), podendo ser utilizadas como alimento sem oferecer risco à saúde humana. A captura do CO2 do gás de combustão de carvão é possível usando microalgas, tanto por separação como por uso direto do gás de combustão, sendo este último mais vantajoso, em função de uma maior economia de energia. Alguns agravantes podem influenciar no uso direto do gás de combustão como a alta temperatura, concentração de CO2 acima de 15% e a presença de SOx, NOx e material particulado (em especial cinzas), dificultando assim, o método direto, a menos que a microalga suporte condições extremas. O objetivo deste trabalho foi estudar a utilização de gases de combustão do carvão provenientes da geração termelétrica, para cultivo de microalgas. Previamente foi realizada seleção de microalgas quanto à resistência a SO2 que pode ser formado da combustão do carvão para geração de energia elétrica. As microalgas estudadas foram Chlorella homosphaera, Scenedesmus obliquus e Spirulina sp. expostas a de 6% de CO2 e 30ppm de SO2. A máxima produtividade de biomassa alcançada foi 0,19 g.L-1.d-1 e concentração celular máxima 2,92 g.L-1, ambos para microalga Spirulina sp. Após estudou-se as microalgas S. obliquus e Spirulina sp. em um sistema de FBRs em série em diferentes concentrações de CO2, SO2, NO e diferentes temperaturas. Foi alcançada concentração celular média máxima de 3,29 g.L-1 e fixação de CO2 máxima de 35,87%, ambos resultados para Spirulina sp. Seguindo o estudo em biofixação de CO2 por microalgas, foram isoladas as microalgas Synechococcus nidulans e Chlorella vulgaris da lagoa de estabilização da Usina Termelétrica Presidente Médici – UTPM/CGTEE, sul do Brasil. As microalgas isoladas foram cultivadas e comparadas com as microalgas Spirulina sp e S.s obliquus, em relação a biofixação de CO2. As microalgas foram expostas a 12% CO2, 60 ppm de SO2 e 100 ppm de NO, simulando um gás de combustão de carvão. A C. vulgaris apresentou comportamento semelhante a Spirulina sp., alcançando 13,43% de fixação diária máxima. Foi determinado o conteúdo lipídico e a composição em ácidos graxos das microalgas Spirulina sp., S. obliquus, S. nidulans e C. vulgaris cultivadas em meio contendo 12% de CO2, 60 ppm de SO2 e 100 ppm de NO à 30ºC. A microalga S. obliquus apresentou o maior teor lipídico (6,18%). Para as demais microalgas o conteúdo lipídico variou de 4,56 a 5,97%. O maior conteúdo em AGMI foi 66,01% para a S. obliquus. Os ácidos graxos poliinsaturados (PUFA) foram alcançados em maior quantidade pelas microalgas Spirulina sp. (29,37%) e S. nidulans (29,54%). Os resultados mostraram que o cultivo de microalgas enriquecido com os gases CO2, SO2 e NO, apresentaram uma biomassa rica em ácidos graxos, podendo estes ser utilizados tanto para a alimentação (ácidos graxos insaturados), quanto para produção de biocombustíveis(ácidos graxos saturados). Além disso, as microalgas estudadas podem contribuir na redução do aquecimento global.
- ItemEfeitos de diferentes concentrações de spirulina nos perfis bioquímico, hematológico e nutricional de ratos wistar nutridos e desnutridos(2010) Moreira, Lidiane Muniz; Soares, Leonor Almeida de SouzaSpirulina é uma cianobactéria que vem sendo produzida e estudada devido suas propriedades nutricionais e benéficas à saúde. Atualmente, a Legislação brasileira recomenda, como limite máximo de consumo diário por pessoa, 1,6g de Spirulina (BRASIL, 2009). O presente trabalho tem como objetivo geral avaliar o efeito de dietas adicionadas de diferentes concentrações de Spirulina LEB-18 sobre os perfis bioquímicos, hematológicos, nutricionais e fisiológicos de ratos machos da linhagem Rattus norvegicus cepa Wistar/UFPel. Atendendo todas as necessidades bioclimatológicas, tanto de micro como macro ambientes, o bioensaio, aprovado pela Comissão de Ética da Universidade Federal de Pelotas – UFPel (processo nº 23110. 008077/2009-22) foi conduzido na Sala de Experimentação Animal do Departamento de Ciência dos Alimentos da UFPel. O experimento foi realizado durante 45 dias, sendo os 5 primeiros para adaptação dos animais ao ambiente e à dieta controle e os demais para a realização, em paralelo, de dois experimentos (I e II). No experimento “I”, com duração de 40 dias, os animais (n=24) foram distribuídos em 4 tratamentos, conforme dieta ofertada: C (caseína como fonte protéica); S1 (1,6g Spirulina/dia); S2 (3,2g Spirulina/dia); e S3 (4,8g Spirulina/dia). No experimento II, durante 10 dias, os animais (n=23) receberam uma dieta aprotéica (A). Posteriormente foram redistribuídos em 4 grupos (C, S1, S2 e S3) para recuperação nutricional durante 30 dias. No decorrer e ao término do experimento foram observados peso dos animais e ingestão diária de dieta; coletados materiais biológicos, como, excretas, sangue e órgãos para posteriores determinações. Dentre as concentrações estudadas, a S1, caracterizada pelo limite descrito pela ANVISA, apresentou melhores resultados. Apesar de algumas diferenças entre os tratamentos adicionados de Spirulina, a microalga mostrou-se eficaz ao desenvolvimento dos animais e não causou reações adversas, conforme determinações, condições e período de realização desta pesquisa.
