IE – Mestrado em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde (Dissertações)
URI permanente para esta coleçãohttps://rihomolog.furg.br/handle/1/2339
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- ItemA assistência e a atenção farmacêutica como instrumentos de formação de farmacêuticos educadores(2011) Senhorin, Gisele Zanetti; Barros, Daniela MartiA profissão farmacêutica tem passado por grandes modificações ao longo de sua história. O profissional que cuidava dos medicamentos e da saúde de quem necessitava de suas fórmulas, obteve, junto à sociedade, um lugar de destaque, contudo, após a revolução industrial e a produção de medicamentos em larga escala, ele foi perdendo esse reconhecimento e sendo direcionado a outras áreas da profissão como as análises clínicas, passando a ter uma formação mais tecnicista. Entretanto, a necessidade de estender novamente a atuação do profissional farmacêutico para as ações de educação em saúde, visando à promoção do uso seguro e racional dos medicamentos, propiciou um processo de ressignificação desta profissão na área assistencial. A formação generalista para o farmacêutico, preconizada pelas novas diretrizes curriculares dos cursos de graduação, alicerçam essas mudanças para a profissão. A inserção de disciplinas que tratam da Atenção Farmacêutica e da Assistência Farmacêutica tem por objetivo preparar os acadêmicos para a fase de transição do profissional que cuida do medicamento para o profissional que cuida de pessoas, contemplando um eixo formador humanístico-crítico-reflexivo. O objetivo desta pesquisa foi investigar o panorama desta(s) disciplina(s) nas faculdades de farmácia no Rio Grande do Sul, bem como demonstrar a sua importância na qualificação de profissionais que promovam a educação em saúde da sociedade para o uso racional de medicamentos. Também foi objetivado analisar, na percepção dos alunos dos cursos de farmácia de duas universidades particulares do Rio Grande do Sul, como a disciplina de Atenção Farmacêutica e estágio específico que aborde essa atividade têm influenciado o preparo acadêmico para promover a educação em saúde aos usuários de medicamentos. Dessa forma, foram produzidos dois artigos abordando estes temas.
- ItemCiência em animais de laboratório: um paradigma atual na educação e pesquisa acadêmica(2010) Danielski, Julio Cezar Reis; Barros, Daniela MartiEsta dissertação tem, como objetivo, investigar a utilização de animais de laboratório nas práticas didático-científicas da Universidade Federal do Rio Grande - FURG. Neste sentido questionamos e abordamos, neste estudo, questões referentes à Ciência em Animais de Laboratório. É uma nova área da Ciência que vem se estabelecendo no ambiente acadêmico, científico e social, pois, ao tratar de temas como ética, bioética, bem-estar dos animais, métodos alternativos e outros assuntos relativos ao emprego de animais em atividades de ensino e pesquisa, emerge como uma ciência multidisciplinar, por oferecer significativos conhecimentos na formação acadêmica dos profissionais das áreas biológicas e da saúde. Sendo as universidades, por excelência, centros de formação profissional e de opinião, devem, portanto, avaliar suas práticas pedagógicas na busca de aprimoramento e inovações no ensino e pesquisa universitária, processo considerado fundamental a toda instituição de ensino superior que reconheça a existência de um novo paradigma no campo da educação e experimentação com o uso de animais. Neste sentido, num primeiro momento questionamos quais são as concepções dos alunos de Medicina e Ciências Biológicas (licenciatura e bacharelado), da FURG, sobre a Ciência em Animais de Laboratório e qual a contribuição dela na formação dos mesmos. A partir de então, verificamos como ocorre a exploração do tema nos referidos cursos; analisamos se acadêmicos reconhecem a importância de ter conhecimentos específicos para o uso de animais no ensino ou pesquisa; identificamos diferentes percepções e concepções dos acadêmicos sobre o uso de animais para fins de ensino e pesquisa; verificamos se as aulas práticas constituem se num referencial pedagógico na formação acadêmica e analisamos a exploração do tema na estrutura curricular dos referidos cursos. Considerando os objetivos propostos, realizamos um estudo investigativo de cunho exploratório-descritivo, sendo que a análise dos dados permitiu-nos: perceber a necessidade de uma renovação curricular no que tange a introdução dos conceitos da Ciência em Animais de Laboratório; verificar ainda muitas divergências de opiniões entre os acadêmicos principalmente em relação ao emprego de métodos alternativos em substituição ao uso de animais como recurso didático, evidenciando a necessidade da promoção de ações educativas concretas sobre o uso dos mesmos para fins didático-científicos; e, por fim, o estudo possibilita subsídios a futuras ações da Comissão de Ética em Uso Animal, da FURG.
- ItemMal-estar docente: estressores e coping em professores de ciências(2013) Bohrer, Mírian Pereira; Barros, Daniela Marti; Carvalho, Fernanda Antoniolo Hammes deTodo organismo ao expor-se a uma situação de ameaça, sofre um conjunto de mudanças fisiológicas denominado estresse, afecção multifatorial, afeta 90% da população mundial, manifestando-se através de distúrbios psíquicos, físicos e biológicos à saúde física e mental dos indivíduos, que desenvolvem estratégias de coping, a fim de enfrentar as situações estressantes. Algumas profissões estão elencadas como causadoras de grande grau de estresse, pois envolvem alto risco devido ao envolvimento emocional de seus profissionais na tarefa, gerando desgaste causado pelo tipo de trabalho e as condições em que a atividade se desenvolve. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a docência é a segunda categoria profissional mais acometida pela Síndrome de Burnout (Mal-estar docente), causada pelo estresse relacionado ao trabalho. A ausência de motivação os alunos e a indisciplina podem ser estressores para o professor. Em, meio a essa possibilidade, alternativas metodológicas para lidar com essa situação possivelmente estressora têm sido apontadas. Atualmente, muito é defendida a necessidade de envolver os alunos ativamente na própria aprendizagem e, as aulas práticas, constituem um exemplo, em especial nas aulas de ciências. Entretanto, é essa a percepção dos professores de ciências? As aulas práticas são menos estressoras que as aulas teóricas? A percepção docente é próxima ao que se revela na prática docente?Diante desses questionamentos, e pensando na educação em ciências, tornou-se relevante pesquisar o Mal-estar docente em professores dessa área. Desse modo, a pesquisa aqui apresentada objetivou investigar a possibilidade de aulas teóricas e práticas constituírem estressores profissionais docentes. Com esse propósito, tendo como referencial ser ou não um elemento estressor na prática de sala de aula, foram caracterizadas, a partir da ótica de quatro professoras de ciências de uma escola pública do município do Rio Grande/RS, as aulas teóricas e práticas. Paralelamente, foram identificados elementos estressores existentes nesses dois tipos de aula, bem como as estratégias de enfrentamento desenvolvidas pelos docentes para driblá-los. Os dados, gerados a partir de um estudo qualitativo, realizado através de um questionário com pergunta aberta aplicado aos professores e de observação estruturada das aulas teóricas e práticas por eles ministradas, apontam que as docentes analisadas consideram ambas modalidades importantes para o aprendizado e se sentem motivadas para a realização das mesmas, mas referem dificuldades como manter a tenção dos alunos nas teóricas e controla-los na prática, o que lhes demanda maior esforço, cansaço e descontentamento, presentes na avaliação das escalas MBI (Maslach Burnout Inventory) e ISSL (Inventário de Sintomas de Stress para Adultos) aplicadas às docentes participantes da pesquisa.
