Universidade
Federal do Rio Grande
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IE – Mestrado em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde (Dissertações)

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    Suscitando as questões sobre os gêneros na disciplina de Ciências em uma escola pública do município do Rio Grande/RS
    (Suscitando as questões sobre os gêneros na disciplina de Ciências em uma escola pública do município do Rio Grande/RS, 2018) Oliveira, Natalia de Quadros; Ribeiro, Paula Regina Costa
    Esta dissertação tem como objetivo analisar as narrativas de estudantes de 9º ano do Ensino Fundamental sobre as questões de gêneros, bem como investigar a narrativa da professora de Ciências sobre as questões de gêneros. Fundamentamos nossa pesquisa nos Estudos de Gênero, pois nos possibilita colocar em xeque algumas produções culturais naturalizadas na sociedade, em específico, as questões sobre os gêneros. Assim, compreendemos que os gêneros são uma produção sociocultural que se dá através de diversas instâncias, como a escola, as mídias, as famílias, entre outras. Entendemos, assim, a escola como uma instância fundamental na formação de sujeitos capazes de discutir sobre as diversas situações da sociedade, em especial as de gêneros. Também utilizamos o conceito de educação menor pois nos dá algumas pistas dos caminhos que podemos adotar para que as discussões relacionadas aos gêneros ocorram na escola. Enquanto estratégia metodológica, nos debruçamos na investigação narrativa entendendo que ela pode ser utilizada tanto na produção, quanto na análise dos dados. Dentre as/os 47 estudantes que participaram das discussões, havia 32 meninas e 15 meninos, com idade entre 13 e 16 anos. Para tanto, analisamos as narrativas dos estudantes e da professora de Ciências. Os temas de gêneros sugeridos para as discussões foram: Ações generificadas; Binarismos de gêneros; Feminilidades e masculinidades; Violência de Gênero e Violência no namoro. As narrativas da professora foram produzidas a partir de um relato de experiência escrito pela mesma. Ao analisarmos as narrativas dos/as estudantes, observamos que eles/as entendem que existem diversos entendimentos para o termo gênero, sendo que há um entrelaçamento entre gêneros e sexualidades que reafirmam a linearidade sexo-gênero-sexualidade. Além disso, as/os estudantes reconhecem as desigualdades presentes entre os gêneros por conta da produção de atributos dados a mulheres e homens. Reconhecemos que tais articulações com as questões de gêneros foram possíveis em meio às aulas de ciências, pois a professora é uma militante, que defende que as questões sobre os gêneros sejam debatidas na escola, assim ela procura incluir os debates sobre essas temáticas em sua sala de aula, o que nos possibilita perceber que mediante compromisso da/o professora/professor é possível alcançar discussões de cunho social concomitante às aulas. Diante disto, elas/es narram a importância da escola enquanto promotora da igualdade de gêneros, e que as discussões sobre esta temática devem acontecer desde a infância. Deste modo, consideramos que a abordagem de discussões de gêneros com as/os estudantes é importante como modo de desconstruir alguns estereótipos e distinções existentes entre os gêneros, além de contribuir na ruptura das violências causadas por esta diferenciação. Além disso, aos observarmos algumas brechas a partir de educação menor, entendemos que o ensino de Ciências pode ser articulado às questões de gêneros, dando reconhecimento à visibilidade de sujeitos e as suas experiências que emergem nas aulas.
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    Mulheres na ciência: vozes, tempos, lugares e trajetórias
    (2012) Silva, Fabiane Ferreira da; Ribeiro, Paula Regina Costa
    Nesta tese investigo a inserção e a participação das mulheres no campo da ciência moderna buscando problematizar alguns dos discursos e práticas sociais implicados na constituição de mulheres cientistas. A pesquisa foi orientada pelas teorias dos Estudos Feministas da Ciência e Estudos de Gênero, bem como utilizou alguns conceitos de Michel Foucault. Neste estudo, tomo a ciência e o gênero como construções sociais, culturais, históricas e discursivas em meio a relações de poder/saber. Esta tese ancora-se metodologicamente na investigação narrativa a partir dos pressupostos de Jorge Larrosa e de Michel Connelly e Jean Clandinin. Orientada por esses autores, entendo a narrativa tanto como uma metodologia investigativa como uma prática social que constitui os sujeitos. Para compor meu corpus de pesquisa optei pela realização de entrevistas narrativas produzidas com seis mulheres cientistas atuantes em universidades públicas e numa instituição de pesquisa do Rio Grande do Sul, sendo uma da área da Farmácia, duas de Ciências Biológicas, duas da Física e a outra da Engenharia de Computação. Desse modo, busquei conhecer a trajetória acadêmica e profissional dessas mulheres, as motivações para a escolha da profissão, as dificuldades vivenciadas na profissão, como elas percebiam a participação das mulheres na ciência, entre outros aspectos. Para análise das narrativas estabeleci conexões com a análise do discurso na linha de Michel Foucault. Ao analisar as narrativas, percebi a emergência do discurso biológico utilizado como justificativa para explicar a feminização e a masculinização de determinadas áreas do conhecimento, bem como para justificar o entendimento de que as mulheres fazem ciência de “maneira diferente” dos homens. Esses entendimentos estão relacionados ao pressuposto de que é o sexo – o fator biológico – que determina as características e funções sociais diferenciadas entre mulheres e homens. Este estudo possibilitou-me perceber também que a escolha profissional das entrevistadas foi influenciada por diferentes processos discursivos e práticas sociais, ora de identificação, ora de confronto, com pessoas da família, com antigos(as) professores(as), nas experiências escolares, na interação com determinados artefatos culturais, tais como brinquedos e brincadeiras. A análise das narrativas me mostrou as diferentes facetas do preconceito de gênero que perpassa as práticas sociais. Sobre essa questão emergiram a negação do preconceito, o reconhecimento de “brincadeiras” sexistas que não são percebidas como preconceito e situações explícitas de preconceito de gênero. Outro aspecto evidenciado refere-se à necessidade de conciliar as exigências da vida profissional com as responsabilidades familiares, que implicou em jornadas parciais de trabalho, no adiamento ou recusa da maternidade. Analisar as narrativas produzidas pelas entrevistadas me possibilitou compreender que a trajetória delas na ciência foi e é construída em um ambiente baseado em valores e padrões masculinos que restringem, dificultam e direcionam a participação das mulheres na ciência. Ao analisar as trajetórias dessas mulheres na ciência, percebi que elas foram de alguma forma levadas a se adaptar ao “modelo masculino” de pensar e fazer ciência, não apenas para serem consideradas cientistas, mas também para serem bem-sucedidas na profissão.
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    O linguajear e o emocionar no diário de uma professora iniciante
    (2013) Antunes, Adriana Guimarães; Rodrigues, Sheyla Costa
    Este trabalho propõe-se a investigar como o linguajear e o emocionar da docência modificam-se no início da carreira. O estudo foi desencadeado pelo desconforto que a metodologia do ensino de Matemática, baseada em sua maioria na apresentação do conteúdo e na realização de exercícios, causava tanto nos estudantes quanto na professora. A situação vivenciada nos primeiros anos da docência indicava a necessidade de estabelecer outro linguajear e emocionar com os estudantes, que favorecesse suas aprendizagens e não mais os negasse enquanto sujeitos aprendentes. Escolhemos a metodologia de Projetos de Aprendizagem como proposta facilitadora da aprendizagem, o que demandou a construção do saber no coletivo. Para conhecermos as transformações no linguajear e no emocionar foi necessário utilizar um instrumento de acompanhamento das atividades docente. Escolhemos o diário de aula como instrumento para o registro da experiência vivida no ensino de Matemática, de junho a dezembro de 2012, com os alunos do sexto e sétimo anos, de uma escola da rede pública de ensino. Analisamos e discutimos a narrativa presente no “Diário de uma professora iniciante” a partir da Investigação Narrativa, que se constitui tanto como fenômeno que se investiga quanto método de investigação. O conversar no diário mostrou uma professora iniciante com muitas inquietações em relação ao seu fazer docente, trazendo indicadores da insatisfação com a metodologia de ensino utilizada e o quanto o trabalho na perspectiva reprodutiva refletia-se na falta de desejo de aprender dos estudantes. Revelou também um emocionar de conflito com as certezas relacionadas aos processos de ensinar e aprender. Na experiência, aprendemos a respeitar os diferentes sujeitos e aceitá-los na sua singularidade, a refletir na ação e a tomar decisões a respeito do que já estava determinado de antemão (sistema escolar, ambiente físico, relações sociais, finalidades e objetivos educativos) que normalmente não questionávamos. Refletir na e sobre a ação permitiu-nos compreender os fundamentos de um fazer que emergiu da constituição docente que, em sua maioria, ocorre pela incorporação de um modo de viver. Estar em constante processo de formação foi o que nos mobilizou e forneceu subsídios para realizarmos a reflexão e, consequentemente, modificarmos as condutas estabelecidas com os estudantes. Problematizar a própria ação e as questões que permeiam a profissão docente possibilitou-nos questionar e compreender as razões pelas quais definimos nosso linguajear e emocionar no espaço de sala de aula e qual cultura de escola queremos gerar com os alunos. Tomamos a reflexão sobre a reflexão na ação como estratégia que nos permitirá fazer a docência na objetividade-entre-parênteses e gerar uma cultura que legitime a ação de todos os sujeitos como protagonistas dos processos de ensinar e aprender, de forma recíproca e igualmente válida.
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    Constituindo-se educador ambiental: um estudo das narrativas de professores que fazem educação ambiental na escola
    (2012) Dias, Vânia de Morais Teixeira; Pereira, Vilmar Alves
    Este estudo busca compreender os processos de constituição de professores que desenvolvem ações de Educação Ambiental na escola. A pesquisa inclui-se na linha de pesquisa Educação Científica: processos de ensino e aprendizagem na escola, na universidade e no laboratório de pesquisa. Portanto, os objetivos que norteiam essa dissertação de mestrado são, principalmente, compreender a constituição do professor educador ambiental; conhecer as concepções de Educação Ambiental e de meio ambiente a partir das narrativas e da subjetividade dos professores; perceber as possibilidades e as limitações da Educação Ambiental na escola a partir do olhar do professor e as suas motivações para a realização da Educação Ambiental neste contexto e, por fim, compreender a prática docente que envolve a Educação Ambiental pelo viés narrativo dos sujeitos que a vivenciam. Nesse caminho investigativo, a metodologia utilizada é qualitativa e as abordagens epistemológicas são de cunho fenomenológico e hermenêutico. Para a realização de tal estudo, a condição primeira para a participação na pesquisa era que os sujeitos investigados fossem professores e se assumissem educadores ambientais. Por isso, analisam-se as narrativas de quatro professoras educadoras ambientais, duas que atuam na Educação Infantil e duas que atuam nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Para a coleta de dados foi utilizada a entrevista semiestruturada e a produção escrita em um diário, em que as professoras narraram uma semana de histórias de sala de aula. As narrativas obtidas foram transcritas e analisadas através da análise textual discursiva, um em processo recursivo de escrita em que se inicia com a produção de unidades de sentido para posterior categorização e elaboração de metatextos. A partir da análise, três categorias emergiram, constituindo-se em capítulos, que são: (I) A Constituição do Educador (a) Ambiental, (II) A Educação Ambiental na Escola e (III) As Educações Ambientais nas Salas de Aula: vivências narradas por professoras educadoras ambientais. A aposta da pesquisa é que conhecendo as experiências que aconteceram e acontecem aos professores, a partir de suas subjetividades e narrativas, pode-se compreender a constituição do professor educador ambiental e, uma vez conhecendo seus processos de constituição, podemos compreender como acontece a Educação Ambiental no contexto escolar.
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    Corpos, gêneros e sexualidades: um estudo com as equipes pedagógica e diretiva das escolas da região sul do RS
    (2010) Barros, Suzana da Conceição de; Ribeiro, Paula Regina Costa
    Esta dissertação tem, como objetivo, investigar como as questões referentes aos corpos, gêneros e sexualidade, vêm sendo faladas e articuladas pela equipe pedagógica e diretiva, das escolas do Ensino Fundamental e Médio dos municípios de Rio Grande, São José do Norte, Santa Vitória do Palmar e Chuí. Para tanto, analiso as narrativas desses/as profissionais que participaram do curso “Corpos, Gêneros e Sexualidades: questões possíveis para o currículo escolar”. Este curso fazia parte de um projeto financiado pelo MEC/SECAD, e foi organizado pelo Grupo de Pesquisa Sexualidade e Escola, o qual visava problematizar tais temáticas com cento e cinquenta profissionais da educação, da Região Sul, do Estado do Rio Grande do Sul. Dentre os/as participantes, notei a presença significativa de integrantes das equipes pedagógicas e diretivas das escolas, tais como: supervisores/as, orientadores/as, coordenadores/as, vice-diretores/as, assistentes sociais e psicólogos/as escolares – sendo estes os sujeitos envolvidos nesta pesquisa. Este trabalho fundamenta-se a partir dos campos teóricos dos Estudos Culturais, nas suas vertentes pós-estruturalistas, bem como algumas contribuições de Michel Foucault. Por este viés, entendo os corpos, os gêneros e as sexualidades enquanto construções sociais, históricas e culturais, produzidas pelas diversas instâncias sociais. Dentre essas instituições, considero que a escola tem uma papel de destaque. Para proceder a tal pesquisa, ancorei-me na investigação narrativa enquanto estratégia metodológica. Para a produção dos dados narrativos, realizei entrevistas semiestruturadas e a formação de dois grupos focais. No total, foram realizadas quatorze entrevistas com profissionais dessas equipes, sendo seis profissionais da região de Santa Vitória do Palmar e Chuí, e oito profissionais das regiões de Rio Grande e São José do Norte. Dentre os sujeitos de pesquisa havia um psicólogo e uma psicóloga, uma assistente social, uma supervisora escolar, uma coordenadora escolar, seis orientadoras educacionais e três vice-diretoras. Através da análise das narrativas desses/as profissionais, percebi que eles/as entendem que devem propiciar e facilitar que as discussões relacionadas a essas temáticas estejam presentes em suas escolas. No entanto, esses/as profissionais afirmam, que nas práticas escolares, as discussões relacionadas a essas temáticas são realizadas esporadicamente, apenas quando ocorrem “problemas” nas escolas, não estando presentes nos projetos político-pedagógicos da maioria delas. Além disso, notei que esses assuntos são discutidos com maior frequência nas disciplinas de Ciência e de Biologia. Desse modo, as discussões não são realizadas de maneira transversal nas escolas. Também foi possível verificar nas falas dos/as mesmos/as o quanto a escola vem atuando na constituição das identidades de gênero, ensinado gestos, estabelecendo proibições, reforçando os distintos lugares permitidos para meninos e meninas. Deste modo, considero importante discutir essas questões com esses/as profissionais, já que em suas escolas eles/a estão envolvidos na construção do currículo escolar, participando do processo de ensino-aprendizagem, contribuindo, portanto na constituição dos sujeitos.
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    “Eu já beijei um menino e não gostei, aí beijei uma menina e me senti bem”: um estudo das narrativas de adolescentes sobre homofobia, diversidade sexual e de gênero
    (2010) Longaray, Deise Azevedo; Ribeiro, Paula Regina Costa
    Esta dissertação tem, como objetivos, analisar narrativas de adolescentes sobre a diversidade sexual e de gênero, conhecer os discursos dos/as adolescentes, produzidos sobre as identidades sexuais e de gênero, e investigar as narrativas deles/as sobre a homofobia na sociedade, problematizando a importância de discutir esta temática no contexto escolar. Este estudo fundamenta-se a partir do campo dos Estudos Culturais nas suas vertentes pósestruturalistas, bem como estabeleço conexões com algumas proposições de Michel Foucault. Nesta pesquisa, utilizei a Investigação Narrativa como estratégia metodológica. Neste sentido, para a produção dos dados narrativos, foram utilizados questionários e a organização de grupos focais. A aplicação de questionários foi realizada em oito escolas do município de Rio Grande/RS. Os questionários, que tinham como objetivo conhecer os entendimentos dos/as adolescentes acerca da diversidade sexual, identidades de gênero e homofobia, foram aplicados em turmas de primeiro ano do Ensino Médio. Participaram do preenchimento dos questionários duzentos e vinte e um adolescentes, com idades entre treze e dezoito anos. Nos grupos, busquei problematizar a homofobia como uma construção social, cultural e histórica, implicada em sistemas de significação e relações de poder/saber, buscando compreender em que medida os/as adolescentes participantes da pesquisa vão sendo interpelados pelos discursos acerca da diversidade sexual e de gênero, enfatizando a importância dessa discussão no espaço escolar. Participaram dos grupos focais vinte e dois adolescentes, sendo dezesseis do sexo feminino e seis do sexo masculino. Nesta pesquisa, evidenciei que os/as adolescentes entendem a homofobia como uma maneira excludente de agir, na sociedade, na família e também na escola, local que, segundo eles/as, é propício para discutir essas questões. Além disto, percebi, nas narrativas analisadas, a (re)afirmação da heterossexualidade como o padrão normal de sexualidade, uma vez que a homossexualidade não objetiva a procriação e, por isso, não corresponde às leis de Deus. Neste sentido, problematizo a implicação dos enunciados presentes na Bíblia, na produção dos sujeitos, entendendo que as instituições religiosas utilizam as passagens bíblicas como estratégias de controle e de governo sobre os corpos e as sexualidades. Também problematizei o entrelaçamento das identidades sexuais com as identidades de gênero, discutindo o quanto os marcadores sociais de gênero instituem maneiras de ser e agir como homens e mulheres, e de pensar e atuar em relação à sexualidade. Entretanto, ao longo da escrita, enfatizo a escola como espaço privilegiado para a discussão das questões de diversidade sexual e de gênero, contribuindo para a minimização da homofobia, entendendo que essa instância contribui na formação dos sujeitos e de suas identidades.