ICHI - Instituto de Ciências Humanas e da Informação
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- ItemUma comunidade quilomba na rota dos tropeiros(2009) Kuniochi, Marcia Naomi; Molet, Claudia Daiane GarciaO texto fala sobre a comunidade quilombola localizada no município de Palmares do Sul, no Rio Grande do Sul, a Comunidade Quilombola do Limoeiro, atualmente, luta pelo reconhecimento e titularização de suas terras, a partir do artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADTC) da Constituição Federal de 1988, que determinou o reconhecimento e conseqüente propriedade definitiva das terras ocupadas pelos remanescentes quilombolas. Desse modo, foi firmado um convênio, em 2008, entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para a realização do relatório sócio-antropológico e histórico, para pesquisar a origem, a territorialidade e a historicidade dos remanescentes quilombolas do Limoeiro. A ocupação inicial do território de Palmares, específica da mente das Sesmarias da Xarqueada e do Quintão, onde se localiza a comunidade, foi realizada no século XVIII, quando Manoel Jorge da Silva, que era tropeiro e negociante, foi agraciado com terras, ao longo do Caminho das Tropas, pelas lutas travadas em Colônia do Sacramento. Já a origem da comunidade remonta à primeira metade do século XIX, com a doação de um quinhão de terras na Sesmaria da Xarqueada, ao casal ancestral quilombola, Perpétua Maria da Conceição e Antônio Manuel Jorge que eram livres na época da doação, formando assim, um território de negros livres. No relatório, entregue no início de 2009, ficamos encarregadas de pesquisar a parte histórica com o objetivo de reconstituir a origem da Comunidade. Surpreendentemente, a origem dos primeiros povoadores, que poderiam ter levado escravos para a região, retrocedeu a um período anterior à constituição da Província do Rio Grande do Sul. Nesse sentido, apresentamos neste trabalho a pesquisa histórica que explica a concessão de terra a esses povoadores, oriundos da Colônia de Sacramento, que justifica a presença dos negros no Limoeiro.
