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    Curricularização da Extensão nos Cursos de Biblioteconomia das Universidades Públicas da Região Sul do Brasil: um desafio na inovação dos currículos acadêmicos
    (2023) Azevedo, Maria das Graças Pereira de; Gonçalves, Renata Braz
    As Instituições de Ensino Superior Brasileiras estão alicerçadas no tripé acadêmico: ensino- pesquisa-extensão. A extensão é responsável por promover a interação transformadora entre a universidade e os outros setores da sociedade. A Constituição Federal Brasileira de 1988, em seu artigo 207, estabeleceu a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão no Ensino Superior (BRASIL, 1988), porém a prioridade das instituições continuou sendo o ensino e a pesquisa. Desta forma, passados 30 anos da promulgação da Constituição, em 18 de dezembro de 2018, foi publicada a Resolução no 7, do MEC/CNE/CES, sobre as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, ficando estabelecida a implantação da curricularização da extensão, ou seja, as Instituições de Ensino Superior – IES teriam até dezembro de 2021 (prazo prorrogado até dez./2022, devido à pandemia do COVID-19) para introduzirem, em caráter obrigatório, a extensão na composição de, no mínimo, 10% da carga horária do currículo de suas graduações, nas modalidades de programas, projetos, cursos e oficinas, eventos, prestação de serviços. Assim, o objetivo deste trabalho é discorrer sobre o desafio de os cursos presenciais de Biblioteconomia das Universidades Públicas da Região Sul (UDESC, UFSC, UFRGS, FURG e UEL) implantarem a curricularização da extensão em seus programas e se justifica pelo relacionamento da Biblioteconomia com a sociedade, pelos cursos presenciais apresentarem tradição nas atividades de extensão, pelas Universidades Públicas da Região Sul se aproximarem da nossa realidade e serem mantidas pela sociedade e, também, por haver pouca produção intelectual sobre o tema curricularização. Quanto à metodologia, a pesquisa apresenta cunho teórico-empírico, é do tipo exploratória, retrata uma natureza quali-quantitativa e se deu em três etapas: análise documental (Planos de Desenvolvimento Institucionais - PDIs, Políticas de Extensão e Projetos Pedagógicos dos Cursos – PPCs de Biblioteconomia), coleta de campo (questionário com os coordenadores dos cursos) e tratamento dos dados (método da análise de conteúdo de Bardin). Como resultados, verificou-se que, os cinco cursos pesquisados apresentam tradição em atividades extensionistas, porém elas não são computadas em créditos, e sim, nas atividades complementares. Todos se mostraram cientes sobre o processo de curricularização da extensão e expuseram que ele se encontra em uma fase inicial, comportando estudos e reuniões para difundir e esclarecer dúvidas acerca do tema. Percebeu-se receios naturais em vista de ser matéria recente e complexa, porém manifestações de compreensão e de reconhecimento sobre a importância de efetivar a curricularização extensionista foram evidenciadas. Como considerações finais, reitera-se a ideia de que a curricularização da extensão está centrada em uma educação que realmente entrelaça os três pilares da universidade, o que não vem ocorrendo na prática. Acredita-se que este estudo pode contribuir com esclarecimentos acerca do tema.