Universidade
Federal do Rio Grande
  • Alto contraste


 

IE - Instituto de Educação

URI permanente desta comunidadehttps://rihomolog.furg.br/handle/1/484

O INSTITUTO DE EDUCAÇÃO pauta suas ações na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e nas inter-relações com o ambiente, inserido no Ecossistema Costeiro, em consonância com a Filosofia e o Projeto Político-Pedagógico da Institucional. Com este propósito visa uma educação voltada para a vida, por meio de práticas educativas culturais, reflexivas e criativas na emergência de utopias e da "sensibilidade solidária para com o meio ambiente" (PPP-FURG). Esta unidade acadêmica tem por missão promover a educação plena e a formação integral do ser humano, com foco na formação de educadores, de modo a produzir conhecimentos na área do ensino e da aprendizagem e a desenvolver as potencialidades criativas. Com este sentido, busca implementar ações que tenham repercussões nos espaços educativos e na comunidade em geral para a melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento local e regional. Nosso compromisso é com a formação de educadores que, além da competência teórica, técnica e prática, têm um projeto alternativo de sociedade, bem como um compromisso com a construção de uma sociedade efetivamente democrática, dentro de uma ética fundada na justiça, na igualdade e na solidariedade humana.

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 2 de 2
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Na interação com as produções televisivas, as crianças aprendem sobre gênero, violência e consumo
    (2006) Esperança, Joice Araújo; Dias, Cleuza Maria Sobral
    A presente investigação, integrada à linha de pesquisa Educação Ambiental: Ensino e Formação de Educadores/as, buscou investigar as interações que as crianças estabelecem com as produções televisivas, identificando ensinamentos presentes nesses espaços educativos, segundo o ponto de vista infantil. Fundamenta-se nas idéias de autores que estudam as temáticas TV-criança e TV-escola, dentre os quais destacam-se Giroux (2001), Merlo-Flores (2003), Porto (2001), Penteado (1999) e Moran (2003), para defender o argumento de que a mídia televisiva educa, ainda que tenha como objetivos informar, entreter e divertir. Participaram do estudo vinte e quatro estudantes de uma classe de alfabetização, de uma escola da rede pública de ensino do município do Rio Grande. Seguindo a abordagem qualitativa de pesquisa e as orientações de Sarmento e Pinto (1997), Dermatini (2002) e Gobbi (2002) sobre a condução da investigação com crianças, foram combinadas três técnicas de coleta de dados: Observação Participante, Entrevista Coletiva e Oficinas. Os principais achados da pesquisa indicam que as crianças constroem concepções de natureza, gênero, violência e consumo sob influência dos desenhos animados e seriados, aos quais elas têm acesso em seus cotidianos. Entretanto, foi possível inferir que as relações estabelecidas entre os sujeitos e as produções da mídia televisiva não se constituem como um processo homogêneo de assimilação passiva; ao contrário, as análises apontam para a existência de uma ação/influência mútua ou recíproca entre mídia e público infantil. Diante destas constatações, afirma-se a necessidade de que as propostas pedagógicas no contexto escolar considerem a diversidade de práticas e espaços de aprendizagem, como as mídias, pelos quais as crianças têm acesso a informações e constroem, de modo interativo, conceitos e valores na contemporaneidade.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Ser criança na sociedade de consumidores: outros tempos, outras infâncias
    (2013) Esperança, Joice Araújo; Ribeiro, Paula Regina Costa
    Nesta Tese investigo a construção das infâncias contemporâneas em face da centralidade assumida pelo consumo na organização da vida social. Para tanto, analiso as narrativas de um grupo de crianças dos Anos Iniciais, de uma escola da rede pública do município do Rio Grande/RS. O entendimento das infâncias como construções, que se articulam aos sistemas de significado culturalmente instituídos e às formas de sociabilidade que engendram no interior de uma conjuntura histórica, levou-me a estabelecer conexões com os estudos sociológicos de Zygmunt Bauman (1999; 2001; 2005; 2007; 2008), que focalizam a transição da modernidade sólida para a modernidade líquida e o advento da sociedade de consumidores. As ferramentas conceituais disponibilizadas por Bauman também possibilitaram refletir sobre os desafios que se colocam à Educação Ambiental na contemporaneidade. As proposições de Bauman são articuladas aos estudos de Reigota (2002), Wortmann (2001; 2004) e Sampaio (2005), que examinam a Educação Ambiental como um campo matizado e contestado, em que múltiplas práticas e teorizações são configuradas, definindo significados sobre a natureza e a vida em sociedade. Tal entendimento possibilitou atentar para as funções simbólicas e para os sentidos de identificação construídos pelas crianças em suas interações com as mercadorias. Sendo assim, neste trabalho compreendo que os ditos das crianças não constituem evidências em si mesmas, mas se conectam aos vínculos narrativos que operam na constituição identitária dos sujeitos. Essa compreensão se articula à abordagem metodológica que orientou a realização da pesquisa, a investigação narrativa, segundo os pressupostos de Connelly e Clandinin (1995) e Larrosa (1998; 2006; 2008). Para viabilizar a estratégia de contar, ouvir e contrapor histórias, nos encontros da pesquisa foram propostas atividades que provocaram as crianças a refletirem e dialogarem sobre suas experiências de consumo, tais como a produção de autorretratos, textos escritos e conversas conduzidas a partir da leitura de livros de histórias e de histórias em quadrinhos. A estratégia de análise consistiu em identificar relações de sentido entre as produções das crianças, rastreando condições históricas, códigos socioculturais, mecanismos e práticas que possibilitaram sua composição. Esse movimento analítico evidenciou que as formas contemporâneas de consumo fornecem referentes materiais e simbólicos amplamente compartilhados pelas crianças, possibilitando a articulação entre interesses e atividades de sujeitos de distintos meios culturais e condições socioeconômicas. Assim, foram construídos três focos de análise, que versam sobre as disposições das crianças em comprar, querer e desejar; as interpelações midiáticas e a produção dos corpos infantis e as repercussões do consumo no cotidiano escolar. As proposições que interligam as análises destacam a correlação entre as práticas de consumo e a reinvenção das infâncias, uma vez que os modos de ser das crianças consumidoras colocam em questão os sentidos de dependência, inocência, inaptidão e obediência, que ainda orientam as formas de tratar e educar as crianças neste início de século.