IE - Instituto de Educação
URI permanente desta comunidadehttps://rihomolog.furg.br/handle/1/484
O INSTITUTO DE EDUCAÇÃO pauta suas ações na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e nas inter-relações com o ambiente, inserido no Ecossistema Costeiro, em consonância com a Filosofia e o Projeto Político-Pedagógico da Institucional. Com este propósito visa uma educação voltada para a vida, por meio de práticas educativas culturais, reflexivas e criativas na emergência de utopias e da "sensibilidade solidária para com o meio ambiente" (PPP-FURG). Esta unidade acadêmica tem por missão promover a educação plena e a formação integral do ser humano, com foco na formação de educadores, de modo a produzir conhecimentos na área do ensino e da aprendizagem e a desenvolver as potencialidades criativas. Com este sentido, busca implementar ações que tenham repercussões nos espaços educativos e na comunidade em geral para a melhoria da qualidade de vida e do desenvolvimento local e regional. Nosso compromisso é com a formação de educadores que, além da competência teórica, técnica e prática, têm um projeto alternativo de sociedade, bem como um compromisso com a construção de uma sociedade efetivamente democrática, dentro de uma ética fundada na justiça, na igualdade e na solidariedade humana.
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- ItemLatas d’água nas cabeças: Percepções sobre a água na comunidade quilombola de Mata Cavalo(2017-12-19) Amorim, Priscilla Mona; Silva, Regina Aparecida; Sato, Michèle TomokoA pesquisa teve como objetivo compreender a percepção que os quilombolas de Mata Cavalo têm sobre a água. O aporte metodológico utilizado foi a Cartografia do Imaginário que proporcionou muitas formas de interpretar. Foram realizados trabalhos de campo com entrevistas semiestruturadas. Os entrevistados percebem a água como algo essencial à vida e apontam que as ações humanas têm afetado na sua qualidade e disponibilidade. As temáticas “água e educação ambiental” são trabalhadas pontualmente na escola da comunidade, fato que dificultou a compreensão sobre os problemas socioambientais vivenciados cotidianamente. A escassez da água é uma das mais dramáticas consequências das mudanças climáticas, por isso é necessário que a educação ambiental enfatize este problema enfrentado pelos quilombolas, pois isso os fragiliza e, juntamente com o descaso do poder público, os tornam ainda mais vulneráveis às injustiças ambientais.
- ItemUm Estado da Questão sobre Ambientalização Curricular na Educação Superior brasileira: práticas, desafios e potencialidades(2017-12-19) Mota, Junior Cesar; Kitzmann, Dione Iara SilveiraAs pesquisas acerca da Ambientalização Curricular (AC) vêm se potencializando nas últimas décadas. Desse modo, esse artigo tem como objetivo analisar o que tem sido produzido em relação à temática, para que se possa ter uma visão de para onde se quer ir, e como/por que construir os próximos caminhos a serem trilhados. A partir disto, emerge o seguinte questionamento: o que se mostra de AC nas pesquisas acadêmicas realizadas entre os anos de 2002 e 2016no Brasil? De modo geral, identificamos que os estudos estão relacionados a diagnósticos e/ou indicam fragilidades, bem como os desafios e possibilidades de integração da Educação Ambientalnos currículos. No mais, mesmo não tendo encontrado propostas para ambientalizar os currículos, identificamos subsídios sobreo saber-fazer, capazes de potencializar a AC na Educação Superior.
- ItemUm estudo bioecológico sobre a criança com transtorno do espectro autista na educação infantil e a intervenção dos professores em contextos socioambientais distintos(2019) Moser, Carla Coutinho; Garcia, Narjara MendesO presente estudo teve por objetivo conhecer e compreender os processos de inclusão de crianças que possuem o Transtorno do Espectro Autista (TEA) inseridos na Educação Infantil em contexto luso-brasileiro, identificando-se as percepções sobre a formação dos professores e as políticas educacionais direcionadas para esse público. Nesta perspectiva, a Educação Ambiental contribui ao considerar os contextos ecológicos que o indivíduo está inserido e compreendê-los de forma sistêmica. Para isso, utilizou-se a metodologia da Inserção Ecológica (CECCONELLO E KOLLER, 2004) nos territórios pesquisados, com professores que atendem crianças com TEA, com idades de 04 a 06 anos, através da Abordagem Bioecológica de Urie Bronfenbrenner o qual privilegia que seja realizada em ambientes naturais e observar os indivíduos envolvidos em diferente sistemas em contato com diversas pessoas, compreendendo o processo de seu desenvolvimento. Para a coleta de dados, utilizou-se o registro em diário de campo, neste realizou-se as observações e percepções da pesquisadora sobre os contextos de inserção, como também, foram utilizadas entrevistas com as professoras da Educação Infantil, sendo 05 profissionais de 04 escolas no Brasil e participaram da entrevista 05 professoras de 04 escolas de Portugal. Para os distintos territórios foram utilizados os mesmos critérios de pesquisa. Com o auxílio da Teoria Fundamentada nos Dados – TFD, foi possível analisar os dados, o qual emergiram as seguintes categorias: Inserção da Criança, Criança com Autismo, Intervenção Precoce, Mediação Professora, Inclusão, Perspectiva da Família e Transição Escolar. Essas categorias foram sendo discutidas ao longo do trabalho com as percepções das entrevistadas e articuladas com o modelo Bioecológico de Bronfenbrenner relacionando as características da pessoa e do ambiente. Os dados obtidos possibilitaram de pensarmos em políticas públicas e estratégias para atender as leis já estabelecidas para as pessoas com TEA seguindo práticas recomendadas internacionalmente utilizando e organizando os recursos já existentes em nossa rede de atendimento e realizando ações de forma multidisciplinar. Além disso, os resultados apontam para a importância da Intervenção Precoce nas crianças com TEA e na formação das professoras da Educação Infantil para que busquem as perspectivas ambientais, e que possam compreender e perceber a realidade socioambiental e assim buscar caminhos de intervir na realidade a ser trabalhada, uma vez que contribuirão na qualidade de vida das crianças com TEA e na sua inclusão.
- ItemRepresentações às margens do São Gonçalo: o pertencimento e a sustentabilidade na perspectiva da Educação Ambiental da UFPEL – estudo de um processo de formação/capacitação dos servidores(2012) Pieper, Daniela da Silva; Corrêa, Luciara BilhalvaEsta pesquisa apresenta um estudo acerca das representações socioambientais do servidor técnico administrativo (STA) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). De natureza qualitativa, baseou-se na Teoria das Representações Sociais (TRS), como referencial teórico, e no Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), como metodologia para análi se dos dados. Teve como objetivos desvelar e compreender a visão, os sentid os, valores e conceitos que embasam os modos de saber/fazer nas relações entre servidor/meio ambiente de trabalho, quanto às questões ambientais que se e stabelecem durante suas práticas laborais. O contexto em que se desenvolveu esta abordagem investigativa compreende um espaço/tempo no qual se vivenciam, no âmbito da administração pública, ações na área de gestão d e pessoas visando à sensibilização dos gestores públicos para questões ambientais, bem como ao incentivo à qualificação e capacitação do quadro administrativo das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Nesse sentido, a partir de 2005, a implantação da Gestão Ambiental na UFPel, em conson ância com a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) e Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) vem construindo e imple mentando ações e metas com o enfoque sustentável nas atividades administra tivas, de ensino, pesquisa, extensão e de prestação de serviços. Como instrumentos, para coleta de dados, foram utilizadas seis (6) questões submetidas aos sujeitos nas aulas presenciais durante curso de capacitação em Educação Ambiental, realizado de agosto a novembro de 2010. As questões centrais que permearam o universo investigativo deste estudo transitam pelas noções de pertencimento à Instituição e de sustentabilidade do servidor púb lico em suas práticas diárias. O conhecimento das representações que influenciam as atividades-fim da UFPel permite estabelecer parâmetros e articulações entre aquelas e as práticas cotidianas. Desse modo, oportuniza estraté gias e ações mais efetivas dentro do processo permanente de Gestão Ambiental e m andamento na Instituição. Como resultado, concluímos, ao longo desse estudo, que as representações de sustentabilidade do coletivo analisado estão permeadas do sentido de pertencimento ao meio ambiente institucional onde convivem e desenvolvem relações socioambientais no desempenho de suas funções. Da mesma forma, está presente a vontade de aprimorar c onhecimentos para saber como agir corretamente, ao mesmo tempo que demonstram frustração pela falta de infraestrutura adequada ou a parceria de seus pares e/ou superiores para o desenvolvimento das ações sustentáveis. Dess e modo, entende-se como fundamental para a consolidação de uma comunidade universitária cidadã, consciente e comprometida socioambientalmen te na construção da sustentabilidade como um todo, uma dimensão educati va que possibilite o fortalecimento dos laços de interação entre os segmentos que compõem o meio ambiente universitário, começando pelo reconhecimento do potencial dos servidores TA em educação das IFES.
- ItemExploração sexual de crianças e adolescentes e as redes de proteção: um estudo socioambiental na cidade do Rio Grande(2011) Vega, Luciana Barbosa da Silva; Paludo, Simone dos SantosA exploração sexual de crianças e adolescentes (ESCA) é uma realidade em diversas regiões e territórios brasileiros. Devido à vulnerabilidade socioambiental do município de Rio Grande, que tem na atividade portuária a sua principal atividade econômica, uma reflexão sobre o envolvimento de crianças e adolescentes com o mercado do sexo deve ser priorizada. Diante dessa realidade, o presente estudo buscou compreender a ESCA no município do Rio Grande, e segue a linha de pesquisa da Educação Ambiental Não Formal, utilizando como método a Inserção Ecológica. Para isso, dois estudos foram propostos. O Estudo I teve como objetivo mapear a realidade da exploração sexual de crianças e adolescentes na cidade do Rio Grande e identificar a rede de proteção construída no município para o enfrentamento dessa violação. Uma versão adaptada do protocolo de mapeamento foi aplicada a três conselheiras tutelares, cada uma representando uma microrregião I, II e III e a uma representante do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). O estudo II teve como objetivo investigar a percepção da vitima de exploração sexual sobre a violação propriamente dita e o seu conhecimento, acesso e avaliação da rede de proteção existente. Nessa etapa participaram cinco meninas com faixa etária de 11 a 17 anos que cumpriram os seguintes critérios: sexo feminino ou masculino, idade até 18 anos e envolvimento em alguma forma de exploração sexual (prostituição, turismo sexual, pornografia, tráfico para fins sexuais). Entrevistas semi-estruturadas foram realizadas com as participantes. Os dados foram submetidos a análises quantitativas e qualitativas. Dentre os principais resultados obtidos no Estudo I, é possível destacar que existem registros da ESCA no município do Rio Grande, apesar do silêncio mantido quanto essa violência. Também existe uma rede destinada ao atendimento dessa demanda, porém os serviços contatados a percebem de forma confusa quanto ao papel que cada instituição desempenha na proteção integral da criança e do adolescente. Já os dados obtidos no Estudo II evidenciaram que as vítimas não percebem a condição de violação, favorecendo a manutenção e perpetuação da exploração. A rede é desconhecida para as vítimas, as meninas não reconheceram a atuação e articulação desses serviços, mesmo já tendo sido acolhida por eles. Os estudos I e II demonstraram que a exploração sexual de crianças e adolescentes na cidade do Rio Grande é uma realidade que se mantém silenciosa e velada que desafia os serviços que compõem a rede de proteção e exige uma reflexão sob a sua forma de ação e articulação no enfrentamento da exploração sexual, para que sejam reconhecidos principalmente pelas vítimas da ESCA. Esse reconhecimento é fundamental para que estratégias sejam articuladas e intervenções realizadas em sua efetividade.
- ItemA Educação Ambiental e a atividade física: problematizando a qualidade de vida para a produção da qualidade de [e para a] vida(A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A ATIVIDADE FÍSICA: problematizando a qualidade de vida para a produção da qualidade de [e para a] vida, 2014) Bestard, Yoisell López; Machado, Carlos Roberto da SilvaPartindo do interesse de pesquisa sobre qualidade de vida e atividade física, relacionadas à educação ambiental, esta tese é um estudo que problematiza os aspectos relacionados à qualidade de vida visando sua produção. Para tanto, elaborou-se um Programa de aulas de Tai Chi Chuan – Educação Ambiental junto a um grupo de idosos do bairro São Miguel, localizado na cidade de Rio Grande/RS, Brasil. Para alcançar este objetivo, foi necessário diagnosticar a qualidade de vida dos participantes; caracterizar o Tai Chi Chuan como atividade física que contribui com a Educação Ambiental para garantir a qualidade de e para a vida dos participantes; definir os fundamentos teóricos do processo de Educação Ambiental vinculado à prática do Tai Chi Chuan, a fim de problematizar a qualidade de e para a vida. A metodologia utilizada na pesquisa é a qualitativa, de caráter exploratório, descritivo e analítico, de campo, não experimental, e vinculada ao enfoque hermenêutico, onde foram utilizados os discursos, as percepções, as vivências e experiências dos sujeitos, para entender os seus significados. As principais considerações obtidas estão no plano educativo, integrador e sociocultural, junto com a compreensão de que é possível melhorar e produzir qualidade de e para a vida em idosos que possuem Doenças Crônicas Não Transmissíveis. O Tai Chi Chuan resultou em uma boa opção de atividade física, pela sua relação com a natureza, a análise do ambiente e a possibilidade de ajustar a prática às condições dos participantes.
- ItemO “eu corpo” como dançarino: partituras de uma educação ambiental em movimento(2013) Souza, Giovana Consorte de; Rodrigues, Victor Hugo GuimarãesO objetivo deste trabalho é pesquisar formas de despertar sonhos felizes a partir da dança, enquanto possibilidade de fomentar saúde e felicidade nos sujeitos envolvidos. Explicitando algumas relações possíveis entre Dança e Educação Ambiental. Tem como questão principal de pesquisa estabelecer como essas duas áreas tornam-se reciprocamente uma a outra, não qualquer Dança, não qualquer Educação Ambiental, mas um movimento singular que entrelaça duas grandezas complexas. Esta proposta justifica-se pelo fato de até hoje não ter sido estabelecida esta relação dentro das pesquisas em Educação Ambiental, tampouco nas pesquisas sobre Dança. Elas não devem ser entendidas como sinônimos, porque de fato não o são, mas podem vir a ser se à proposta for empregado o devido cuidado. Este trabalho justifica-se também pelo fato de ser a dança um formato, uma fuga, uma possibilidade de existência. Penso e sinto a dança sob pelo menos três perspectivas diversas, quais sejam: dançarina, educadora e professora de Educação Física. Enquanto dançarina percebo a dança tal qual possibilidade de transcendência, algo que flui com naturalidade, não precisa de um grande processo de planejamento. Sinto-me bem. Sinto-me em casa. E percebo a felicidade dos meus alunos em diferentes níveis, nos mais diversos momentos. Quando acertam uma sequência, quando criam um movimento ou constroem uma postura, quando se desafiam sobre o palco e experimentam a sensação de sentirem-se vencedores. Na condição de educadora percebo o crescimento pessoal de cada um, porque entendo a educação como transformação e Educação Ambiental é perceber o todo, construir o conjunto, solidarizar-se, despertando sonhos felizes e nutrindo saúde nos demais pares que desenham o mundo. Na prática de professora de Educação Física insiro a dança nas aulas desde sempre, por entender a importância da dança na construção de outros formatos de territórios existenciais. Inicialmente a pesquisa seria desenvolvida junto ao Projeto de dança Terpsícore da FURG. Porém ela seguiu por outro curso, qual seja: 1. Revisão Bibliográfica; 2. Criação de um projeto de extensão dentro do Instituto de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul; 3. Coleta de dados a partir das impressões publicadas na rede social facebook, pelos sujeitos envolvidos; 4. A escrita do trabalho como tessitura e dança. A metodologia deste trabalho está baseada na Educação Estética Onírica, que tem como registros principais: a. Relato autobiográfico; b. Um projeto de extensão de inserção social cujos resultados sejam a matéria prima para a pesquisa; c. Despertar sonhos felizes dos sujeitos pesquisados e, consequentemente, do pesquisador; d. Expressar essa possibilidade num trabalho acadêmico, neste caso em uma Dissertação de Mestrado. Quanto às repercussões deste trabalho na vida dos sujeitos pesquisados são infinitas, porque durante toda a tessitura da pesquisa construímos juntos novas visões de mundo e possibilidades, de modo que as lembranças felizes deste tempo se manifestam para além do período compreendido nestas linhas. Sei que eles jamais esquecerão os efeitos que a dança como Educação Estética Onírica significou em suas vidas, o que para mim é a verdadeira Educação Ambiental.
- ItemA atividade criadora como processo político do trabalho: contribuições para uma Educação Ambiental transformadora(2011) Pagel, Thaís Guma; Castell, Cleusa Helena Guaita PeraltaEste trabalho aborda a importância da atividade criado ra tensionada ao trabalho alienado, seja nas relações sociais ou nas relações com o meio ambiente. Nele, busquei enfocar a questão da atividade criadora co mo contribuição ao processo político do trabalho a partir dos princípios de uma Educação Ambiental crítica, transformadora e emancipatória visando a superação da alienação proposta pela sociedade pós-capitalista. Traz, como proposta teórica e metodológica, uma pesquisa bibliográfica qualitativa de análise de conteú do, através de categorias analíticas e empíricas, de acordo com Maria Cecília Minayo, de artigos escolhidos dos jornais Le Monde Diplomatique Brasil e Brasil de Fato. Traz recortes da realidade relativos à constituição de cidadãos e cidadãs cr íticos(as) e participativos(as) capazes de transformação social e individual. A fundamentação teórica que contribui para a compreensão do tema e do objeto de pesquisa apresenta-se, principalmente, a partir de atividade criadora em Fayga Ostrower e da educação estética em Marly Meira, ao buscar relação com a teoria crítica e a Educação Ambiental transformadora. Abordei a Educação Ambiental crítica, transformadora e emancipatória, principalmente em Loureiro, através de sua procura por superar a alienação da sociedade que valoriza formas de reprodução do conhecimento e da conservação da realidade. A pesquisa proporcionou enfocar a temática da alienação na contemporaneidade do pensamen to de István Mészáros e Ricardo Antunes, como forma de suprir a necessidade de problematizar a realidade historicamente construída. Marx, em seu tempo, reflete muito dos problemas da nossa atualidade e, com o auxílio de Mészáros, é possível problematizar a realidade a partir de sua historicidade, pois ele nos conduz a Marx de forma contextualizada, e seu papel nesta pesquisa é trazer o pensamento marxista à atualidade. Registrei, ainda, a contribuição neomarxista de Hardt e Negri sobre a constituição daquilo que eles denominam Império. Da mesma forma, busquei pesquisar, nessas mídias autodenominadas politicamente independentes, a relação entre atividade criadora e trabalho alienado, bem como suas repercussões socioambientai s, como forma de Educação Ambiental não formal, na perspectiva de que tal processo não pode existir sem sujeitos pensantes e a complexidade de suas relações com outros sujeitos e com o mundo.
- ItemA Educação Ambiental como perspectiva para uma outra viagem turística: revisitando os passos do guia – educador com viajantes na Costa Doce/RS(2007) Botelho, Daniel Moraes; Rodrigues, Victor Hugo GuimarãesEste trabalho pretende compreender a educação ambiental como perspectiva para uma outra viagem turística, revisitando os passos do guia-educador com viajantes na Costa Doce. Tal proposta justifica-se como um direcionamento através de um estudo da prática do guia de turismo e professor que busca, com o turismo, o despertar para uma relação mais harmônica do ser humano com o espaço visitado, propondo, na experiência turística, outras relações entre o eu-lugar-outro. A metodologia empregada apóia-se nos pressupostos básicos da educação ambiental, na imaginação criadora de Gaston Bachelard e nos sonhos para reinventar e humanizar as viagens turísticas. As repercussões deste trabalho buscam despertar imagens, nos viajantes da Costa Doce, para possibilitar que os mesmos possam produzir diferentes interpretações de três questões de pesquisa: o encontrar-se a si próprio, o viver e o agir de forma diferente e as estratégias de educação para as viagens. Com a interpretação dessas questões é que se busca a inferência da educação ambiental nas viagens turísticas.
- ItemTecendo saberes em Alfabeturas: a Educação Ambiental no tear das rodas de formação continuada de professoras.(2011) Clarindo, Tania Tuchtenhagen; Gomes, Vanise dos SantosA presente pesquisa está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental - PPGEA/FURG. Os estudos acerca da Educação Ambiental problematizam o atual sistema societário capitalista e as relações sociais que se configuram na sociedade. Ou seja, preocupam-se em contextualizar as relações dentro desse modelo societário, compreendendo que o homem é um ser que se relaciona com o mundo e que as relações com o meio natural, social e cultural estão interligadas na trama da vida. A pesquisa apropria-se dessas referências para compreender a constituição de um grupo de professoras alfabetizadoras em formação continuada. Assim, respalda-se em autores como Warschauer (2001), Brandão (2005), Bauman (2007), Tardif (2010), Loureiro (2004) e Marques (2008) para a problematização da questão de pesquisa, definida pelo questionamento: Como as rodas de formação continuada do grupo Alfabeturas contribuem para a reflexão/ação, bem como para a constituição das professoras alfabetizadoras? A pesquisa intitula-se TECENDO SABERES EM ALFABETURAS: A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO TEAR DAS RODAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORAS. Os sujeitos da pesquisa são dez professoras, sendo sete professoras de turmas de 2ºs e três professoras de 3°s anos do Ensino Fundamental de Nove Anos, as quais pertencem ao grupo de formação continuada de professoras, chamado Alfabeturas, cujas reuniões acontecem na Escola Municipal de Ensino Fundamental Cidade do Rio Grande-CAIC/ FURG. A coleta de dados foi realizada por meio de inserção no grupo investigado, escrita no diário de campo da pesquisadora, no diário coletivo do grupo Alfabeturas e narrativas escritas a partir de situações vivenciadas em sala de aula e fotografadas pelas docentes. Para analisar os dados coletados, recorreu-se à Análise Textual Discursiva (ATD) proposta por Moraes e Galiazzi (2007). A metodologia, bem como os procedimentos de análise, insere-se numa perspectiva qualitativa das informações discursivas, sendo constituída por diversas etapas num movimento recursivo de compreensão do fenômeno investigado. A partir dos dados analisados emergiram três categorias: A primeira, intitulada “Formação Continuada: de candangas a fazedoras”, trata de sentimentos das professoras em relação à desvalorização social de seu trabalho; ainda, são expressos na categoria os processos de apropriação das professoras de seus saberes enquanto fazedoras de sua prática docente. A segunda categoria, chamada “Entrelaçando os fios da escrita e da autoria no tear da docência”, trata da importância da escrita no processo de constituição das professoras, o que lhes possibilita reafirmarem suas posições como construtoras de teorias; argumenta-se que a construção de registros escritos faz-se importante no trabalho junto às professoras, pois contribui para a apropriação, problematização e construção coletiva de práticas pedagógicas. Na terceira categoria, intitulada “Entrelaçando os fios do tempo na contemporaneidade”, problematiza-se a questão dos tempos vividos na escola, apontados pelas professoras como aligeirados; traz o registro fotográfico como possibilidade metodológica de “desaceleração” do tempo a serviço da prática de pensar e refletir sobre o cotidiano da sala de aula e, em especial, sobre os modos como cada professora apresenta seus modos de ser docente. Na tecedura composta pelos diálogos com as professoras alfabeturandas, foi possível compreender o lugar central ocupado pela formação de professores em Roda, em que a linguagem escrita salienta-se como ato de pensar sobre o cotidiano da prática docente e, de modo especial, a ação dialógica apura a escuta para o modo como cada professora constitui-se alfabetizadora.
